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Casos de Direito do Trabalho II

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DIREITO DO TRABALHO II
SEMANA 1
CASO CONCRETO: (OAB/FGV, ADAPTADO) Carlos Machado foi admitido pela Construtora Y S.A. em 18/2/2005. Depois de desenvolver regularmente suas atividades por mais de um ano, Carlos requereu a concessão de férias, ao que foi atendido. Iniciado o período de descanso anual em 18/4/2006, o empregado não recebeu o seu pagamento, devido a um equívoco administrativo do empregador. Depois de algumas ligações para o departamento pessoal, Carlos conseguiu resolver o problema, recebendo o pagamento das férias no dia 10/5/2006. De volta ao trabalho em 19/5/2006, o empregado foi ao departamento pessoal da empresa requerer uma reparação pelo ocorrido. Contudo, além de não ter sido atendido, Carlos foi dispensado sem justa causa. Dias depois do despedimento, Carlos ajuizou ação trabalhista, pleiteando o pagamento dobrado das férias usufruídas. Em defesa, a Construtora Y S.A. alegou que houve um mero atraso no pagamento das férias por erro administrativo, mas que o pagamento foi feito, inexistindo amparo legal para o pedido de novo pagamento em dobro.
Em face da situação concreta, responda se Carlos faz jus ao pagamento dobrado das férias? Justifique, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
Tendo em vista a dúplice finalidade das férias (descanso anual para reposição de energias, com remuneração recebida antecipadamente para propiciar-lhe o efetivo gozo do direito), é devido o direito à dobra do pagamento por ter restado frustrada uma das referidas finalidades, eis que o pagamento foi efetuado somente em 10/05/2006, em que pese o descanso ter sido iniciado em 18/04/2006. Nos termos do art.145, da CLT, o pagamento das férias deveria ter sido efetuado até 2 (dois) dias antes do início da fruição do direito, ou seja, até 16/04/2006. E, de acordo com a OJ 386 da SBDI-I do TST, em situações como esta, onde há o descumprimento do art. 145 da CLT, deve-se usar analogicamente o art. 137 da CLT, a fim de se determinar o pagamento em dobro das férias.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) - No curso do período aquisitivo, o empregado não adquire o direito à fruição de férias se: 
a) permanecer em fruição de licença remunerada por mais de 30 (trinta) dias. art. 133, II CLT.
b) tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio doença por 3 (três) meses, mesmo que descontínuos. 
c) tiver 30 (trinta) faltas. 
d) optar por converter suas férias em abono pecuniário.
SEMANA 2
CASO CONCRETO: Frederico Santos e Marcos da Silva trabalharam na empresa Artes e Criações Ltda. Frederico foi contratado em 11.05.2009 e Marcos da Silva em 08.11.2010. Frederico foi dispensado, sem justa causa, em 10.10.2011, com aviso prévio indenizado. Marcos da Silva teve seu contrato de trabalho rompido por justa causa, em 13.05.2013. Diante dessa situação, responda aos seguintes questionamentos: 
A) Frederico e Marcos fazem jus ao aviso prévio? Explique, indicando, quantos dias de aviso prévio são devidos.
Frederico tem direito ao aviso prévio de 30 (trinta) dias, pois foi dispensado antes da vigência da Lei nº 12.506/2011, que regulamentou a proporcionalidade do aviso prévio previsto no art. 7º, XXI, da CRFB/88. Isso porque a proporcionalidade do aviso prévio somente é assegurada nas rescisões do contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506/2011, em 13.10.2011, conforme entendimento consagrado na Súmula nº 441, TST. Marcos não tem direito ao aviso prévio, em virtude da dispensa por justa causa, uma vez que deu motivo para a extinção contratual, conforme art. 487, caput, da CLT. 
B) Informe a data de extinção do contrato de trabalho (dia, mês e ano) de Frederico e Marcos, que devem constar com data de baixa (saída) na CTPS desses empregados? Justifique indicando os entendimentos do TST sobre o tema.
A data da extinção do contrato de trabalho de Frederico foi 09.11.2011, com a projeção do aviso prévio, conforme OJ nº 82, da SDI-I, TST. A contagem é realizada excluindo-se o dia de início e incluindo o vencimento, conforme dispõe o art. 132, do Código Civil. Nesse sentido é o entendimento contido na Súmula nº 380, TST. Quanto ao Marcos, em virtude da dispensa por justa causa, a data de extinção é a mesma data da dispensa, ou seja, 13.05.2013.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) João, após completar 21 anos e dois meses de vínculo jurídico de emprego com a empresa EGEST ENGENHARIA, foi injustificadamente dispensado em 11/11/2011. No mesmo dia, seu colega de trabalho José, que contava com 25 anos completos de vínculo de emprego na mesma empresa, também foi surpreendido com a dispensa sem justo motivo, sendo certo que o ex-empregador nada pagou a título de parcelas resilitórias a ambos. Um mês após a rescisão contratual, João e José ajuízam reclamação trabalhista, postulando, dentre outras rubricas, o pagamento de aviso prévio. À luz da Lei n. 12.506/2011, introduzida no ordenamento jurídico em 11/10/2011, que regula o pagamento do aviso prévio proporcional ao tempo se serviço, assinale a afirmativa correta. 
A) João é credor do pagamento de aviso prévio na razão de 93 dias, enquanto que José fará jus ao pagamento de aviso prévio de 105 dias. 
B) Tanto João quanto José farão jus ao pagamento de aviso prévio na razão de 90 dias. ART. 1º, LEI Nº 12.506/2011. Súmula nº 441, TST.
C) Uma vez que ambos foram admitidos em data anterior à publicação da Lei n. 12.506/2011, ambos farão jus tão somente ao pagamento de aviso prévio de 30 dias. 
D) João é credor do pagamento de aviso prévio na razão de 63 dias, enquanto José fará jus ao pagamento de aviso prévio de 75 dias, uma vez que o aviso prévio é calculado proporcionalmente ao tempo de serviço.
SEMANA 3
CASO CONCRETO: Após ter completado 25 (vinte e cinco) anos de trabalho na empresa Gama Ltda, Pedro Paulo conseguiu junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o deferimento de sua aposentadoria por tempo de contribuição, que somando ao período prestado para outras empresas, completou o tempo de contribuição exigido pela Autarquia Federal para a concessão da aposentadoria voluntária. No entanto, embora Pedro Paulo tenha levantado os valores depositados no FGTS, em razão da aposentadoria, não requereu seu desligamento da empresa, por não conseguir sobreviver com os proventos da aposentadoria concedida pelo INSS, porque seus valores são ínfimos e irrisórios. Assim, permaneceu no emprego trabalhando por mais 5 (cinco) anos, quando foi dispensado imotivadamente. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: 
A) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho quando o empregado continua trabalhando após a aposentadoria? Justifique indicando a jurisprudência do TST e do STF sobre a matéria. 
A aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho, com vista no entendimento disposto na OJ nº 361 da SDI-I do TST, uma vez que o STF declarou inconstitucional o art. 453, § 2º da CLT que dizia que a aposentadoria voluntária acarretava extinção do contrato de trabalho.
B) A indenização compensatória de 40% do FGTS incide sobre todo o contrato de trabalho, ou somente no período posterior à aposentadoria? Tendo em vista que a aposentadoria não extingue o contrato de trabalho, a indenização de 40% incide sobre todo o período trabalhado.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV, ADAPTADA) Em razão de forte enchente que trouxe sérios prejuízos à localidade, houve o encerramento das atividades da empresa Boa Vida Ltda., que teve seu estabelecimento totalmente destruído pela força das águas. Diante dessa situação hipotética, com relação aos contratos de trabalho de seus empregados, assinale a alternativa correta. 
A) O encerramento da atividade empresarial implicará a resilição unilateral por vontade do empregador dos contratos de trabalho de seus empregados. 
B) Os empregados têm direito à indenização compensatória de 20% (vinte por cento) sobre os depósitos do FGTS. art. 18, §2º, da Lei nº 8036/90.
C) Os empregados não podem movimentar a conta vinculadado FGTS. 
D) O contrato foi rompido por justa causa e o empregador deverá pagar todas as verbas rescisórias como se a rescisão tivesse ocorrido sem justa causa.
SEMANA 4
CASO CONCRETO: (OAB/RJ) João e Mário, atendentes da loja MM Ltda., após briga que envolveu agressão física entre ambos na frente de clientes do estabelecimento, foram chamados pelo empregador. O empregador (que verificou que os dois não mais poderiam trabalhar juntos), resolveu punir os empregados, tendo suspendido Mário por 10 dias e dispensado João por justa causa (como exemplo aos demais empregados). Comente se a conduta do empregador foi correta diante dos princípios que regem a justa causa.
A validade do rompimento do contrato de trabalho por justa causa depende da observância de alguns requisitos. É necessária a existência de previsão legal, gravidade da falta, imediatidade na punição, non bis in idem, ausência de perdão, e também a ausência de discriminação. Como João e Mário praticaram o mesmo ato faltoso a punição aplicada deveria ser igual. O empregador poderia ter dispensado ambos por justa causa, na forma do art. 482, j, da CLT. No entanto, como o empregador optou por aplicar punição menos severa ao Mário (suspensão), a justa causa aplicada a João deve ser afastada, pois viola o princípio da não discriminação e da proporcionalidade, já que a punição não foi igual, para a mesma falta.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) É correto afirmar que a CLT prevê, expressamente, 
A) a advertência verbal, a censura escrita e a suspensão como medidas disciplinares que o empregador pode adotar em relação ao descumprimento das obrigações contratuais do empregado. 
B) somente a suspensão do contrato e a dispensa, por justa causa, como medidas disciplinares que o empregador pode adotar em relação ao descumprimento das obrigações contratuais do empregado. art. 474, CLT e art. 482, CLT, a advertência não tem previsão legal.
C) a advertência, verbal ou escrita, a suspensão e a dispensa, por justa causa, como medidas disciplinares que o empregador pode adotar em relação ao descumprimento das obrigações contratuais do empregado. 
D) a censura escrita, a suspensão e a dispensa, por justa causa, como medidas disciplinares que o empregador pode adotar em relação ao descumprimento das obrigações contratuais do empregado.
SEMANA 5
CASO CONCRETO: (OAB/FGV) Felipe Homem de Sorte foi contratado pela empresa Piratininga Comércio de Metais Ltda., para exercer a função de auxiliar administrativo. Após um ano de serviços prestados, sem que tivesse praticado qualquer ato desabonador de sua conduta, recusou-se a cumprir ordem manifestamente legal de seu superior hierárquico, por discordar de juízo de mérito daquele, em relação à tomada de uma decisão administrativa. De pronto foi verbalmente admoestado, alertado para que o ato não se repetisse e sobre a gravidade do ilícito contratual cometido. No mesmo dia, ao final do expediente, foi chamado à sala de Diretor da empresa, que lhe comunicou a decisão de lhe impor suspensão contratual por 20 (vinte) dias, em virtude da falta cometida. 
Em face da situação acima, responda, de forma fundamentada, aos seguintes itens: 
A) São válidas as punições aplicadas pelo empregador? 
A primeira punição é válida no caso do descumprimento injustificado de ordem legal; a segunda punição é inválida, pois incabível dupla punição pela mesma falta ( non bis in idem).
B) Se a ordem original fosse ilegal, o que poderia o empregado fazer?
O empregado pode recusar-se ao cumprimento de ordem ilegal, valendo-se do direito de resistência (jus resistentiae) ou poderá, diante da situação, postular a resolução culposa do contrato (rescisão indireta), com base no artigo 483, “a” da CLT, pela imposição de cumprimento de ordem contrária à lei ou poderá pleitear a declaração de nulidade das punições. Em qualquer um dos casos, com as reparações patrimoniais e morais cabíveis.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) João da Silva ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Alfa Empreendimentos Ltda., alegando ter sido dispensado sem justa causa. Postulou a condenação da reclamada no pagamento de aviso prévio, décimo terceiro salário, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento) sobre os depósitos do FGTS, bem como na obrigação de fornecimento das guias para levantamento dos depósitos do FGTS e obtenção do benefício do seguro-desemprego. Na peça de defesa, a empresa afirma que o reclamante foi dispensado motivadamente, por desídia no desempenho de suas funções (artigo 482, alínea e, da CLT), e que, por essa razão, não efetuou o pagamento das verbas postuladas e não forneceu as guias para a movimentação dos depósitos do FGTS e percepção do seguro-desemprego. Considerando que, após a instrução processual, o juiz se convenceu da configuração de culpa recíproca, assinale a alternativa correta. 
(A) A culpa recíproca é modalidade de resilição unilateral do contrato de trabalho. 
(B) O reclamante tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. S. 14, do TST e art. 484, da CLT.
(C) O reclamante não poderá movimentar a conta vinculada do FGTS. 
(D) O reclamante não tem direito ao pagamento de indenização compensatória sobre os depósitos do FGTS.
SEMANA 6
CASO CONCRETO: Luis Antonio foi admitido pela Indústria Ribeirão Ltda. em 11.03.2003 na função de Analista de Finanças. No dia 13.05.2013 foi dispensado sem justa causa, com aviso prévio indenizado. O empregador efetuou o depósito das verbas rescisórias na conta salário de Luis Antonio no dia 23.05.2013, mas a homologação da rescisão contratual só aconteceu no dia 12.06.2013, data em que foi realizada a baixa na CTPS. Luis Antonio entende fazer jus à multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, em virtude da inobservância do prazo para a homologação da rescisão contratual. Além disso, considera que a data da baixa na CTPS está incorreta, pois não foi computado corretamente o período do aviso prévio, inclusive, para fins de cálculo das férias + 1/3 e do décimo terceiro salário. Diante do caso apresentado, responda: 
A) Luis Antonio tem direito à multa prevista no art. 477, §8º, da CLT? Fundamente sua resposta. 
Não é devida a multa do art. 477, §8º, da CLT, pois o pagamento das verbas rescisórias foi realizado dentro do prazo de 10 (dias) previsto no art. 477, §6º, b, da CLT, sendo a homologação da rescisão apenas ato formal que não atrai a incidência da multa, quando celebrado fora do prazo previsto no art. 477, §6º, da CLT.
B) O período do aviso prévio foi computado corretamente, para fins de baixa na CTPS de Luis Antonio e cálculo de férias + 1/3 e décimo terceiro salário? Fundamente sua resposta.
Não, pois a correta data da extinção contratual é o dia 12/07/2013, em virtude da integração do aviso prévio de 60 (sessenta) dias ao tempo de serviço para todos os efeitos legais, conforme entendimento contido na OJ 82, SDI-I, TST c/c art. 487, §1º da CLT. Isso porque, Luis Antonio trabalhou mais de 10 (dez) anos na empresa fazendo jus ao aviso prévio proporcional, haja vista que a dispensa ocorreu após a vigência da Lei nº 12.506/2011, Súmula nº 441, TST.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) O trabalhador José foi dispensado, sem justa causa, em 01/06/2011, quando percebia o salário mensal de R$ 800,00 (oitocentos reais). Quando da homologação de sua rescisão, o sindicato de sua categoria profissional determinou à empresa o refazimento do termo de quitação, sob o fundamento de que o empregador compensou a maior, no pagamento que pretendia efetuar, a quantia de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais), correspondente a um empréstimo concedido pela empresa ao trabalhador no mês anterior. Diante do exposto, assinale a alternativa correta. 
A) O sindicato agiu corretamente. A compensação não pode ser feita no valor fixado, devendo se limitar ao valor de R$ 800,00 (oitocentos reais), o que importa na necessidade de refazimento do termo de quitação, para o ajuste. Art. 477, §5º, da CLT
B)O sindicato agiu corretamente. A compensação não pode ser feita no valor fixado, devendo se limitar ao equivalente a 50% (cinquenta por cento) de um mês de remuneração do empregado, devendo o termo ser refeito para o ajuste. 
C) O sindicato agiu incorretamente. A compensação pode ser feita no valor fixado. 
D) O sindicato agiu incorretamente. A compensação pode ser feita em qualquer valor, inexistindo limite legalmente fixado.
SEMANA 7
CASO CONCRETO: Manuela foi contratada pela empresa TDB Informática Ltda., em 13/10/2008 na função de analista de sistemas e foi dispensada sem justa causa em 15/06/2010, com aviso prévio indenizado. Ajuizou ação trabalhista em 10/07/2012 postulando o pagamento de horas extras de todo período trabalhado e seus reflexos sobre o repouso semanal remunerado, férias integrais e proporcionais + 1/3, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS + 40% e aviso prévio. No entanto, no dia da audiência realizada em 19/11/2012 Manuela não compareceu e a ação trabalhista foi arquivada, com a extinção do processo sem resolução do mérito. Ajuizou nova ação trabalhista em 17.06.2013 postulando além as horas extras o adicional noturno de todo período trabalhado e os respectivos reflexos nas verbas contratuais e rescisórias. Em sua contestação, a empresa TDB Informática arguiu a prescrição total, requerendo a extinção do processo com resolução do mérito. Considerando essa situação hipotética, esclareça, de forma fundamentada, se há prescrição total no presente caso.
Há prescrição total somente em relação ao pedido de adicional noturno. Pois, tendo Manuela sido dispensada sem justa causa em 15.06.2010, a extinção do contrato de trabalho ocorreu em 15/07/2010, em virtude da integração do aviso prévio (art. 487, § 1º da CLT c/c OJ- 82 da SDI, TST c/c OJ- 83 da SDI-I do TST), que é de 30 (trinta) dias, pois a dispensa ocorreu antes da vigência da Lei nº 12.506/2011 (Súmula nº. 441, TST). Assim a ação poderia ter sido proposta até 15/07/2012, ou seja, no prazo de 2 (dois) anos. Ajuizada a ação trabalhista em 10/07/2012, interrompeu o prazo prescricional, tendo sido observado o biênio previsto no art. 7º, XXIX, da CRFB/88. A propositura da ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe o prazo prescricional em relação aos pedidos idênticos, nos termos do entendimento contido na Súmula nº 268, TST, reiniciando a contagem do prazo de 2 (dois) para a propositura da ação. Dessa forma, em relação ao pedido de horas extras foi interrompido o prazo prescricional não havendo prescrição total, já que a segunda ação trabalhista foi proposta em 17/06/2013, não tendo transcorrido o prazo de 2 (dois) anos do arquivamento da 1ª ação trabalhista. Entretanto, em relação ao adicional noturno não houve interrupção do prazo prescricional, pois não postulado na ação anterior, razão pela qual o prazo de dois anos conta-se da extinção do contrato em 15/07/2010. Como a ação trabalhista foi proposta somente em 17/06/2013 foi ultrapassado o prazo de 2 (dois) anos, estando totalmente prescrito o pedido de adicional noturno.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) De acordo com o entendimento consolidado da jurisprudência, a mudança de regime jurídico do empregado celetista para estatutário:
A) não gera alteração no contrato de trabalho, que permanece intacto. 
B) gera a suspensão do contrato de trabalho pelo período de três anos, prazo necessário para que o servidor público adquira estabilidade. 
C) gera extinção do contrato de trabalho, iniciando-se o prazo prescricional da alteração. SÚMULA Nº. 382, TST.
D) não gera alteração no contrato de trabalho, mesmo porque o empregado não é obrigado a aceitar a alteração de regime jurídico.
SEMANA 8
CASO CONCRETO: Maria Angélica foi contratada em 08/01/1990 pela empresa ABC Construtora Ltda. e imotivadamente dispensada em 28/04/2011, tendo recebido as verbas resilitórias, com a homologação da rescisão contratual pelo sindicato de sua categoria profissional. No entanto, ao sacar os valores de sua conta vinculada do FGTS percebeu que a importância depositada era muito inferior ao que considerava devido. Insatisfeita com a situação procurou escritório de advocacia e ingressou com ação trabalhista em 15/05/2013, objetivando o pagamento dos depósitos do FGTS que não foram realizados durante o contrato de trabalho. Responda fundamentadamente: operou-se a prescrição total ou parcial? Justifique
Não ocorreu a prescrição total, pois o ajuizamento da ação em 15/05/2013 observou o prazo de dois anos da extinção do contrato de trabalho, nos termos do art. 7º, XXIX, da CRFB/88, já que a extinção do contrato ocorreu em 28/05/2011, tendo em vista a integração do prazo do aviso prévio (art. 487, § 1º da CLT c/c OJ- 82 da SDI, TST c/c OJ- 83 da SDI-I do TST). Também não ocorreu a prescrição parcial, pois o pedido é de FGTS e esta tem prescrição trintenária, conforme entendimento contido na Súmula nº 362, do TST.
QUESTÃO OBJETIVA: Alexandre Matos, dispensado sem justa causa, ajuizou ação trabalhista em 20/03/2013 pleiteando somente o pagamento de férias com acréscimo de 1/3. Afirmou que nunca usufruiu férias durante todo o pacto laboral que perdurou de 12/05/2006 até 15/11/2012. A empresa arguiu a prescrição parcial da pretensão. Diante do caso apresentado assinale a opção correta. 
A) Não há prescrição de nenhum período de férias; art. 149, da CLT
B) Estão prescritas somente as férias do período 2006/2007; 
C) As férias do período 2008/2009 são devidas na forma simples e não prescreveu esta pretensão; 
D) As férias do período 2011/2012 são devidas na forma proporcional e não estão prescritas.
SEMANA 9
CASO CONCRETO: Gilberto Cardoso foi admitido pela empresa Ômega Ltda. na função de assistente administrativo em 14/05/1982 e não optou pelo sistema do FGTS. A maior remuneração recebida foi no valor de R$2.000,00. Em 05/12/2012 Gilberto foi dispensado imotivadamente e tem dúvidas quanto à indenização do tempo de serviço. Na hipótese acima apresentada, explique como será calculada a indenização do tempo de serviço de Gilberto Cardoso. Justifique sua resposta.
A indenização será dividida em dois períodos: antes e depois do advento da Constituição da República de 1988. Como Gilberto não fez a opção pelo sistema do FGTS, no período anterior à CRFB/88, quando o regime do FGTS era optativo, terá direito à indenização na forma do art. 478 da CLT (uma indenização por cada ano de serviço ou fração igual ou superior a seis meses). Sendo assim, no período anterior ao advento da Constituição da República tem direito a R$12.000,00 (doze mil reais), correspondente a 6 (seis) remunerações. Após a CRFB/88, o FGTS deixou de ser opção e passou a ser o único sistema (art. 7º, III, da CRFB/88). Logo, após a Constituição Gilberto terá direito aos depósitos mensais do FGTS (correspondente a 8% das verbas salariais percebidas na empresa) e a indenização corresponderá a 40% do saldo decorrente desses depósitos, nos termos do art. 18, § 1º da Lei nº 8.036/90 (FGTS). Portanto, a indenização devida será no período anterior à Constituição da República no montante de 6 (seis) remunerações no valor de R$12.000,00 (doze mil reais) e no período após Constituição indenização compensatória de 40% do FGTS dos depósitos do FGTS.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) Assinale a alternativa correta em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. 
(A) Durante a prestação do serviço militar obrigatório pelo empregado, ainda que se trate de período de suspensão do contrato de trabalho, é devido o depósito em sua conta vinculada do FGTS. art. 15, §5º, Lei nº 8.036/90.
(B) Na hipótese de falecimento do empregado, o saldo de sua conta vinculada do FGTS deve ser pago ao representante legal do espólio, a fim de que proceda à partilha entre todos os sucessores do trabalhador falecido. 
(C) Não é devido o pagamento de indenização compensatória sobre os depósitos do FGTS quando o contrato de trabalho se extingue por força maior reconhecida pela Justiça do Trabalho. 
(D) A prescrição da pretensão relativa àsparcelas remuneratórias não alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS, posto ser trintenária a prescrição para a cobrança deste último.
SEMANA 10
CASO CONCRETO: Janaina Lemos foi contratada em 10/05/1978 pela empresa Brasil XYZ S/A e não optou pelo sistema do FGTS. Em 08/05/2013, sob alegação de prática de ato de improbidade, o empregador dispensou sumariamente Janaina por justa causa. Inconformada Janaina ajuíza ação trabalhista postulando sua reintegração no emprego sob o argumento de nulidade da dispensa, em virtude da inobservância dos procedimentos previstos no diploma celetista para rompimento do contrato por justa causa. Pergunta-se: Janaina Lemos terá êxito na ação trabalhista? Fundamente.
Sim, pois Janaina era estável decenal, nos termos do art. 492, da CLT, uma vez que não era optante pelo sistema do FGTS e já tinha completado 10 (dez) anos de trabalho na empresa, antes do advento da Constituição da República e, portanto, o contrato só poderia ser rompido por decisão judicial na ação de inquérito judicial. A estabilidade decenal foi mantida para os que já tinham adquirido esse direito pelas regras vigentes antes da CRFB/88, como dispõe o art. 14, da Lei nº 8.036/90. No caso, em virtude da estabilidade decenal, o empregador não pode dispensar a empregada, mesmo por justa causa, na medida em que o rompimento contratual só pode ser realizado mediante o ajuizamento do inquérito judicial, nos termos do art. 494, da CLT. O empregador deveria afastar a empregada e ajuizar o inquérito judicial para apuração da falta grave.
QUESTÃO OBJETIVA: Mônica Moraes celebrou contrato de trabalho com Construtora Aurora Ltda. em 19/10/2009. Em 12/04/2013 foi dispensada imotivadamente, com aviso prévio indenizado, sem receber qualquer valor rescisório ou indenizatório. No dia 18/04/2013 obteve os resultados dos exames que confirmaram sua gravidez de 2 (dois) meses. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A) Caso Mônica ajuíze ação trabalhista após o período da estabilidade garantido à gestante, não terá direito a qualquer efeito jurídico referente à estabilidade. 
B) Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, uma vez que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. 
C) O desconhecimento, pelo empregador, do estado gravídico de Mônica afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. 
D) Na hipótese de ajuizamento de ação trabalhista no último dia do prazo prescricional, Mônica terá direito apenas aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade garantido à gestante. S. 244, II, C. TST e OJ nº 399, SDI-I, do TST.
SEMANA 11
CASO CONCRETO: Maria Antonieta foi contratada em 17/05/2004 pela Indústria Automobilística Vitória S/A. Em 25/03/2013 sofreu acidente de trabalho ficando incapacitada para o trabalho até 01/04/2013, quando obteve alta médica e retornou ao serviço. Em 03/06/2013 foi dispensada sem justa causa. Maria Antonieta entende ser detentora da estabilidade acidentária, razão pela qual ajuizou ação trabalhista postulando sua reintegração no emprego. Diante do caso apresentado, responda se as seguintes indagações: 
A) Quais os requisitos necessários para a concessão da estabilidade acidentária? Justifique indicando o prazo da garantia de emprego. 
	Os requisitos necessários para a concessão da estabilidade acidentária são: afastamento superior a 15 (quinze) dias e a consequente percepção do auxílio doença acidentário, salvo se constatada após a despedida doença profissional ou doença do trabalho que guardam relação de causalidade com a execução do contrato, nos termos da Súmula nº 378, TST. A garantia de emprego é assegurada pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses da cessação do auxílio doença acidentário, independentemente da percepção do auxílio acidente, conforme o art. 118, da Lei nº 8.213/91.
B) No caso apresentado, Maria Antonieta terá êxito na ação trabalhista? Justifique.
Não, pois a incapacidade para o trabalho não ultrapassou o prazo de 15 (quinze) dias. Assim, não tem assegurada a estabilidade decorrente do acidente de trabalho, prevista no art. 118, da Lei nº 8.213/91.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) Tício, gerente de operações da empresa Metalúrgica Comercial, foi eleito dirigente sindical do Sindicato dos Metalúrgicos. Seis meses depois, juntamente com Mévio, empregado representante da CIPA (Comissão Interna para Prevenção de Acidentes) da empresa por parte dos empregados, arquitetaram um plano para descobrir determinado segredo industrial do seu empregador e repassá-lo ao concorrente mediante pagamento de numerário considerável. Contudo, o plano foi descoberto antes da venda, e a empresa, agora, pretende dispensar ambos por falta grave. Você foi contratado como consultor jurídico para indicar a forma de fazê-lo. O que deve ser feito? 
(A) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício e Mévio, no prazo decadencial de 30 dias, caso tenha havido suspensão deles para apuração dos fatos. 
(B) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício, no prazo decadencial de 30 dias, contados do conluio entre os empregados; e simples dispensa por justa causa em relação a Mévio, independentemente de inquérito. (C) Simples dispensa por falta grave para ambos os empregados, pois o inquérito para apuração de falta grave serve apenas para a dispensa do empregado estável decenal. 
(D) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício, no prazo decadencial de 30 dias, caso tenha havido suspensão dele para apuração dos fatos; e simples dispensa por justa causa em relação a Mévio, independentemente de inquérito. Súmula nº 379, TST – art. 543, §3º, da CLT c/c art. 474, CLT c/c Súmula nº 62, TST e art. 10, II, “a”, do ADCT c/c art. 165, CLT.
SEMANA 12
CASO CONCRETO: Sandro Ferreira foi aprovado em concurso público para ingresso no Banco Brasileiro S/A., sociedade de economia mista federal. Contudo, após 5 (cinco) anos de trabalho foi dispensado sem justa causa. Inconformado com o rompimento contratual e sem saber o motivo que levou ao seu desligamento do Banco, ajuizou ação trabalhista postulando sua reintegração no emprego por entender ser detentor de estabilidade após 3 (três) anos de efetivo serviço, na forma do art. 41, da CRFB/88, em razão do ingresso mediante concurso público. Alega, ainda, que a dispensa sem justa causa é nula, pois o Banco Brasileiro, por fazer parte da administração pública, não poderia romper seu contrato de trabalho sem motivar o ato de demissão. Considerando esta situação hipotética e com base na legislação trabalhista e na jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho aplicáveis ao caso, responda: 
A) Assiste razão a Sandro ao afirmar ser detentor da estabilidade prevista no art. 41, da CRFB/88, assegurada após 3 (três) anos de efetivo serviço, por ter ingressado no Banco mediante concurso público? Justifique.
 	Não assiste razão a Sandro, uma vez que de acordo com o entendimento contido na
Súmula nº 390, II, do TST, o empregado de empresa pública ou sociedade de economia
mista não é detentor da estabilidade prevista no art. 41, da CRFB/88, mesmo que tenha
ingressado por concurso público. Isso porque, nos termos do art. 173, §1º, II, da
CRFB/88, a sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado e está
sujeita ao mesmo regime jurídico das demais empresas privadas.
B) Procede a alegação de Sandro de nulidade da dispensa sem motivação? Justifique.
Não procede a alegação de Sandro, pois conforme entendimento contido na OJ nº 247,
I, do TST, a dispensa de empregado de empresa pública e sociedade de economia mista,
mesmo que admitido mediante concurso público, não depende de motivação para sua
validade.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV, ADAPTADO) Com relação às estabilidades e às garantias provisórias de emprego, é correto afirmar que 
A)o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio não obsta a estabilidade sindical, porque ainda vigente o contrato de trabalho. 
B) a empregada gestante não tem direito à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, uma vez que não se adquire a estabilidade no contrato a termo. 
C) o servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional não é beneficiário da estabilidade prevista na Constituição da República de 1988, que se restringe ao ocupante de cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
D) os membros do Conselho Curador do FGTS representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, têm direito à estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser dispensados por motivo de falta grave, regularmente comprovada por processo sindical. (art. 3º §9º, Lei nº 8.036/90).
SEMANA 13
CASO CONCRETO: Benedito foi contratado pelo Banco Atenas S/A para trabalhar como
vigilante. Trabalhou de 2ª a 6ª feira de 9h às 18h, com 1 (uma) hora de intervalo durante os 2
(dois) anos de duração do pacto laboral e nunca recebeu o pagamento de horas extras.
Inconformado, ajuizou ação trabalhista postulando seu enquadramento como bancário e o
pagamento das horas extras a partir da 6ª hora diária, na forma do art. 224, da CLT. Diante do
caso apresentado, responda de forma justificada: 
A) Benedito deve ser enquadrado como bancário? 
Benedito não deve ser enquadrado como bancário, pois de acordo com o
entendimento contido na Súmula nº 257, do TST, não é bancário o vigilante contratado
diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas. Isso porque, o
vigilante é considerado categoria profissional diferenciada, nos termos do art. 511, §3º, da CLT, sendo sua atividade regida pela Lei nº 7.102/1983.
B) São devidas as horas extras postuladas por Benedito?
Não, pois não sendo enquadrado como bancário, Benedito não tem direito a jornada
reduzida dos bancários, prevista no art.224, da CLT. Logo, tem jornada de 8 (oito) horas.
Sendo indevidas as horas extras, pois não trabalhou além da 8ª hora diária.
QUESTÃO OBJETIVA: Em relação ao Direito Coletivo, é correto afirmar que: 
(A) a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. art. 8º, I, da CRFB/88.
(B) é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de
categoria profissional ou econômica, salvo na mesma base territorial. 
(C) é facultativa a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. 
(D) o empregado sindicalizado eleito a cargo de direção sindical, ainda que suplente, só pode ser dispensado após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
SEMANA 14: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO: Catarina Bastos, não sindicalizada, empregada do Banco Futuro S/A
recebeu auxílio educação ao longo de 5 (cinco) anos, por força de Cláusula prevista em
Convenção Coletiva de Trabalho celebrada entre o Sindicato dos Bancários e o Sindicato dos
Bancos. A norma coletiva em vigor não prevê o auxílio educação, mas dispõe sobre o desconto
salarial de contribuição confederativa de todos os integrantes da categoria profissional. O Banco
Futuro suprimiu o pagamento do auxílio educação, em razão do término da vigência da norma
coletiva e também pelo fato de a norma coletiva atual não trazer qualquer previsão sobre o auxílio
educação. Indagada sobre o ocorrido, o banco informou que direito previsto em norma coletiva
vigora somente durante o período de vigência da norma, não integrando de forma definitiva os
contratos de trabalho. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: 
A) Catarina Bastos poderá exigir a manutenção do auxílio educação, mesmo após o término da vigência da norma
coletiva? Justifique indicando o entendimento do TST sobre a matéria. 
Sim, pois de acordo com a nova redação da Súmula nº 277, do TST, as cláusulas
normativas previstas em convenção e acordos coletivos integram os contratos individuais
de trabalho, só podem ser suprimidos ou modificados mediante negociação coletiva de
trabalho
B) O Banco Futuro S/A poderá descontar dos salários de Catarina Bastos a contribuição confederativa prevista na atual
Convenção Coletiva de Trabalho. Justifique.
Não, porque de acordo com o entendimento consagrado na OJ 17 da SDC do TST, bem como no Precedente Normativo nº 1 19 do TST, a contribuição confederativa só obriga os associados, por ser ofensiva ao direito de livre associação sindical constitucionalmente assegurado.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) foi celebrada convenção coletiva que fixa jornada em
sete horas diárias. Posteriormente, na mesma vigência dessa convenção, foi celebrado acordo
coletivo prevendo redução da referida jornada em 30 minutos. Assim, os empregados das
empresas que subscrevem o acordo coletivo e a convenção coletiva deverão trabalhar, por dia:
(A) 8 horas, pois a CRFB prevê jornada de 8 horas por dia e 44 horas semanais, não podendo ser derrogada por norma hierarquicamente inferior. 
(B) 7 horas e 30 minutos, porque o acordo coletivo, por ser mais específico, prevalece sobre a convenção coletiva, sendo aplicada a redução de 30 minutos sobre a jornada de 8 horas por dia prevista na CRFB. 
(C) 7 horas, pois as condições estabelecidas na convenção coletiva, por serem mais abrangentes, prevalecem sobre as
estipuladas no acordo coletivo. 
(D) 6 horas e 30 minutos, pela aplicação do princípio da prevalência da norma mais favorável ao trabalhador.
SEMANA 15
CASO CONCRETO: Após várias tentativas frustradas de negociação coletiva, os rodoviários
decidiram em assembleia deflagrar greve geral, por tempo indeterminado no setor público de
transporte urbano. A assembleia foi realizada em 28.02.2013 e a greve teve início na manhã do
dia seguinte, surpreendendo a população e milhares de trabalhadores que dependem do transporte
público para o deslocamento para o trabalho. Após nova assembleia realizada em 05.03.2013, a
categoria resolveu acabar com a paralisação e voltar às atividades, em razão do atendimento de
parte das reivindicações. Diante dos fatos relatados, responda as questões abaixo: 
A) Considerando o que dispõe a lei de greve, o procedimento adotado pelos rodoviários foi correto? Justifique. 
Não, pois na greve em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais
ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores
e aos usuários com antecedência mínima de 72 horas da paralisação, nos
termos do art. 13, da lei nº 7.783/89. O art. 10, da lei de greve prevê que o transporte
coletivo é atividade essencial.
B) Os grevistas têm assegurado o direito aos salários no período de paralisação? Justifique.
Não, porque de acordo com o art. 7º da Lei nº 7.701/88, a greve acarreta a suspensão do contrato de trabalho. Assim, embora a greve seja um direito garantido constitucionalmente (art. 9º da CRFB/88,), a lei de greve não impõe o pagamento dos salários no período da paralisação. Contudo, o pagamento dos salários pode ser objeto de
negociação coletiva.
SEMANA 16
CASO CONCRETO: Cristóvão Buarque, advogado, exerce a função de professor de Direito na
Universidade Campo Belo. Em 10.05.2012 foi eleito dirigente sindical do Sindicato dos
Advogados, com mandato de 3 (três) anos. Ao longo do contrato de trabalho Cristóvão vem
descumprido reiteradamente as ordens estabelecidas pela Universidade em seu regulamento
interno, o que gerou a aplicação de várias advertências e suspensões, provocando diversos
transtornos para o trabalho. Diante do caso relatado, responda justificadamente: 
A) A Universidade Campo Belo poderá dispensar Cristóvão Buarque sem justa causa? Justifique. 
Sim, pois de acordo com o entendimento consagradona Súmula nº 369, III do TST, o empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só tem direito à estabilidade assegurada no art. 543, §3º da CLT e art. 8º, VIII da CRFB/88, se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. No caso apresentado, Cristóvão Buarque foi eleito dirigente sindical do sindicato dos advogados, fato que não garante a estabilidade na Universidade Campo Belo na qual exerce a função de professor.
B) Na hipótese de rompimento do contrato de trabalho por justa causa, em que modalidade seria
enquadrada a conduta faltosa? Justifique indicando o fundamento legal.
A conduta faltosa seria enquadrada como indisciplina, em virtude do descumprimento de ordens genéricas, indiretas e impessoais do empregador, com previsão no art. 482, alínea h, da CLT.
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/FGV) As alternativas a seguir apresentam casos para os quais a Lei prevê garantia de
emprego, à exceção de uma. Assinale-a. 
A) Dirigente de associação profissional. 
B) Membro representante dos empregados junto ao Conselho Nacional de Previdência Social. 
C) Representantes dos empregados em comissão de conciliação prévia de âmbito empresarial. 
D) Representante dos empregados no Conselho Curador do FGTS.
OBS: A Constituição Federal restringe a estabilidade provisória ao dirigente sindical. O disposto no art. 543, §3º, da CLT, em relação ao dirigente de associação profissional, não foi recepcionado, em virtude da perda da ratio legis que justificava a estabilidade do dirigente de associação profissional. A partir da Constituição Federal de 1988, a associação deixou de ser um requisito necessário para o surgimento de um sindicato.

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