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CURSO DE TRIBUNAIS 
Direito Civil – Aulas 02 e 03 
Luciano Figueiredo 
1 
Direitos da Personalidade. 
Tema IV. 
 
Material para o Curso Módulo Básico dos Tribunais. 
Elaboração: Luciano L. Figueiredo
1
. 
 
1. Introdução e Conceito. 
 
2. Características. 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciá-
veis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
 
a) Segundo a Lei: 
 
intransmissíveis + irrenunciáveis + impossibilidade de limitação voluntária 
 
2.1 Indisponíveis. 
 
O caráter intransmissível e irrenunciável (indisponibilidade) expressamente previsto no dispositivo equivale dizer 
que os direitos da personalidade não podem sofrer limitação temporária? 
 
# Enunciado nº 4 do CJF. 
 
Enunciado 4 – Art.11: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não 
seja permanente nem geral. 
 
2.2 Absolutos. 
 
2.3 Extrapatrimoniais. 
 
2.4 Inatos. 
 
2.5 Imprescritíveis. 
 
Art. 206. Prescreve: 
 
[...] 
 
§ 3º Em três anos: 
[...] 
V - a pretensão de reparação civil; 
 
2.6 Vitalícios. 
 
# Quem são os lesados indiretos? 
 
Art. 12, parágrafo único, do CC: 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge 
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
 
 
1 Advogado. Sócio Fundador do Luciano Figueiredo Advogados Associados. Graduado em Direito pela Universidade Salvador 
(UNIFACS). Especialista (Pós-Graduado) em Direito do Estado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em Direito 
Privado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor de Direito Civil. Palestrante. Autor de Artigos Científicos e Li-
vros Jurídicos. Instagram: @lucianolimafigueiredo. Periscope: @lucianofigueiredo. Contato: lucia-
no@lucianofigueiredo.adv.br 
 
 
 
 
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CURSO DE TRIBUNAIS 
Direito Civil – Aulas 02 e 03 
Luciano Figueiredo 
2 
- São lesados indiretos na norma geral: 
 
a) cônjuge sobrevivente 
b) ascendente 
c) descendente 
d) colaterais até 4 grau 
 
# Parágrafo único do art. 20 do CC - lesados indiretos para pleitos relacionados a direito à imagem: 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o côn-
juge, os ascendentes ou os descendentes. 
 
- São lesados indiretos no direito à imagem: 
 
a) cônjuge sobrevivente 
b) ascendente 
c) descendente 
 
Como fazer? 
 
- Enunciado nº 5 da Jornada de direito civil do STJ. 
 
Enunciado nº 5 – Arts. 12 e 20: 1) as disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se, inclusive, às situa-
ções previstas no art. 20, excepcionados os casos expressos de legitimidade para requerer as medidas nele esta-
belecidas; 2) as disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de regrar a projeção dos 
bens personalíssimos nas situações nele enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que se 
conformem com a tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser aplicadas subsidiariamente as regras 
instituídas no art. 12. 
 
# Exemplo prático de lesado indireto: Resp 521697/RJ. “Caso Garrincha”. 
 
REsp 521697 / RJ 
Ministro CESAR ASFOR ROCHA (1098) 
T4 - QUARTA TURMA 
Data do Julgamento: 16/02/2006 
 
CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. DIREITO À IMAGEM E À HONRA DE PAI 
FALECIDO. 
Os direitos da personalidade, de que o direito à imagem é um deles, guardam como principal característica a sua 
intransmissibilidade. Nem por isso, contudo, deixa de merecer proteção a imagem e a honra de quem falece, co-
mo se fossem coisas de ninguém, porque elas permanecem perenemente lembradas nas memórias, como bens 
imortais que se prolongam para muito além da vida, estando até acima desta, como sentenciou Ariosto. Daí por-
que não se pode subtrair dos filhos o direito de defender a imagem e a honra de seu falecido pai, pois eles, em 
linha de normalidade, são os que mais se desvanecem com a exaltação feita à sua memória, como são os que 
mais se abatem e se deprimem por qualquer agressão que lhe possa trazer mácula. Ademais, a imagem de pes-
soa famosa projeta efeitos econômicos para além de sua morte, pelo que os seus sucessores passam a ter, por 
direito próprio, legitimidade para postularem indenização em juízo, seja por dano moral, seja por dano material. 
Primeiro recurso especial das autoras parcialmente conhecido e, nessa parte, parcialmente provido. Segundo 
recurso especial das autoras não conhecido. Recurso da ré conhecido pelo dissídio, mas improvido. 
 
Na hora da prova? 
 
1) (Banca: CESPE. Prova: Analista Judiciário – Judiciária) 
A respeito dos direitos da personalidade, do bem de família e das sucessões, julgue o item a seguir. 
Os direitos da personalidade são intransmissíveis, irrenunciáveis, extrapatrimoniais e vitalícios, não podendo so-
frer nenhum tipo de limitação legal ou voluntária, uma vez que possuem fundamento constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO DE TRIBUNAIS 
Direito Civil – Aulas 02 e 03 
Luciano Figueiredo 
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3. Tutela. 
 
O artigo 12 do CC - medida preventiva ou repressiva? 
 
Súmula 37, STJ: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
 
Súmula 387, STJ - É possível a acumulação das indenizações de dano estético e moral. 
 
Súmula 221, STJ: São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela im-
prensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação 
 
S 281, STJ - A indenização por dano moral não está sujeita à tarifação prevista na Lei de Imprensa. 
 
4. Classificação. 
 
4.1 Pilar da Integridade Física. 
 
> Art. 13 - Tutela do Corpo Vivo; 
> Art. 14 - Tutela do Corpo Morto; 
> Art. 15 - Autonomia do Paciente ou Livre Consentimento Informado. 
 
4.1.1 Tutela do Corpo Vivo (Art. 13 CC). 
 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei 
especial. 
 
O parágrafo único trata da tutela do corpo vivo no que tange aos transplantes e remete a lei 9434/97. Ou seja, 
admite essa disposição do corpo para fins de transplante. 
 
4.1.2 Tutela do Corpo Morto (art. 14). 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, 
para depois da morte. 
 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. 
 
4.1.3 Autonomia do Paciente ou Livre Consentimento Informado (art. 15). 
 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção 
cirúrgica. 
 
4.2 Integridade Psíquica ou Moral. 
 
> Art. 20 – Imagem; 
> Art. 21 - Privacidade; 
> Arts. 16 a 19 - Nome. 
 
4.2.1 Imagem. 
 
A proteção constitucional da imagem encontra-se no art. 5º, incisos V e X: 
 
Art. 5º 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à 
imagem; 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indeniza-
ção pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
 
 
 
 
 
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Direito Civil – Aulas 02 e 03 
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No CC, encontra-se no art. 20: 
 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a 
divulgação de escritos,a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma 
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a 
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
 
# Autorização expressa ou tácita? 
 
# Mitigações à necessidade de autorização: 
 
a) Necessária à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública 
 
b) Direito à imagem x direito à informação 
 
c) Direito a imagem em locais públicos 
 
d) Direito à imagem de pessoas pública sou quem estão com elas. 
 
4.2.2 Vida Privada ou Privacidade. 
 
Há uma proteção constitucional – art. 5º, XII 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações tele-
fônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de in-
vestigação criminal ou instrução processual penal; 
 
No CC, está previsto no art. 21: 
 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as provi-
dências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. 
 
4.2.3 Nome. 
 
O nome é, em regra, composto pelo prenome e sobrenome (patronímico) (art 16). 
 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
 
É possível que o nome ainda seja composto pelo agnome (elemento acessório). 
 
Limites à escolha do nome: 
 
a) Não é possível escolher um nome que venha a expor o titular ao ridículo. O § único do art. 55 da LRP (Lei 
6.015/73) 
 
Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus 
portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, inde-
pendente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz competente. 
 
b) Art. 13 da CF determina que todo registro público deve ser feito na língua portuguesa. 
 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 
 
É vedada a utilização do nome em publicações ou representações que exponham ao desprezo público, ainda que 
inexista intenção difamatória. (art 17). 
 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a expo-
nham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. 
 
 
 
 
 
 
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A utilização de nome em propaganda comercial necessita de autorização, sempre (art 18). 
 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
 
Ademais, confere o Código Civil proteção ao pseudônimo utilizado para atividades licitas idêntica àquela do nome 
(art 19). 
 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
 
É possível, ainda, a averbação no registro civil do nome utilizado para atividade profissional, conforme regula o art 
58 da LRP 
 
Art. 58. Qualquer alteração posterior de nome só por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério 
Público, será permitida por sentença do Juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publican-
do-se a alteração pela imprensa. 
Parágrafo único. Poderá também ser averbado, nos mesmos termos o nome abreviado, usado como firma comer-
cial registrada ou em qualquer atividade profissional. 
 
Seria possível a alteração do nome? 
 
Na hora da prova? 
 
2) (Banca: CESPE. Órgão: TRE-RS. Prova: Analista Judiciário – Judiciária) 
O Código Civil brasileiro cuida de relações humanas que produzem efeitos jurídicos, normatizando, entre 
outras situações, os direitos da pessoa humana. Acerca desse assunto, assinale a opção correta, no que 
se refere à pessoa natural. 
 
A) Consoante entendimento do STF, é inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras 
biográficas, literárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária autorização de pessoas retratadas como 
coadjuvantes. 
B) Todas as pessoas naturais detêm, por si só, plena capacidade para o exercício pessoal dos atos civis. 
C) O nome da pessoa natural recebe proteção legal, que não se estende aos pseudônimos quando utilizados em 
atividades lícitas. 
D) O incapaz possui capacidade de fato desde o seu nascimento, mas só adquire capacidade de direito após 
completar dezoito anos ou após obter a sua emancipação. 
E) A emancipação voluntária firmada perante o tabelionato de notas exige a anuência comum dos pais e depende 
de homologação judicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO: 
 
1 – ERRADO 
2 – A

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