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REVISÃO PSICODIAGNÓSTICO AV 2 2017 - Resuminho RESOLUÇÃO 007/2003: Manual de Elaboração de Documentos Escritos Este Manual compreende os seguintes itens: Princípios norteadores da elaboração documental; Modalidades de documentos; Conceito / finalidade / estrutura; Validade dos documentos; Guarda dos documentos. I - Princípios Norteadores na Elaboração de Documentos O psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá adotar como princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos, técnicos e científicos da profissão. 1- Princípios Técnicos da Linguagem Escrita O documento deve apresentar uma redação bem estruturada e definida, expressando o que se quer comunicar. 2 - Princípios Éticos e Técnicos 2.1. Princípios Éticos Na elaboração de DOCUMENTO, o psicólogo baseará no Código de Ética Profissional do Psicólogo. 2.2. Princípios Técnicos O DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo. II - Modalidades de Documentos Declaração * Atestado psicológico Relatório / laudo psicológico Parecer psicológico * * A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes da avaliação Psicológica III - Conceito / Finalidade / Estrutura 1 – Declaração: Declarar o acompanhamento psicológico. É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionados ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar: 2 - Atestado Psicológico: Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante. É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins de: 3 - Relatórios Psicológicos: Apresentar resultados e conclusões da Avaliação Psicológica. A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição. O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens: identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão. Identificação a finalidade de identificar. Descrição da demanda: Esta parte é destinada à narração das informações referentes à problemática apresentada e dos motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do documento. Procedimento: A descrição do procedimento apresentará os recursos e instrumentos técnicos utilizados para coletar as informações Análise: Exposição descritiva de forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações vividas relacionados à demanda em sua complexidade. Conclusão: O psicólogo vai expor o resultado e/ou considerações a respeito de sua investigação a partir das referências que subsidiaram o trabalho. 4 – Parecer: Apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação técnica especializada, de uma ¿questão-problema¿. O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora de uma "questão-problema", visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão. V - Validade dos Conteúdos dos Documentos O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, deverá considerar a legislação vigente nos casos já definidos. VI - Guarda dos Documentos e Condições de Guarda Deverão ser guardados pelo prazo mínimo de 5 anos ENTREVISTA INICIAL: A entrevista inicial é uma entrevista de receptividade e acolhimento. Caracterizamos a entrevista inicial como entrevista semidirigida. A entrevista inicial permite estabelecer um bom rapport com o paciente para reduzir ao mínimo a possibilidade de bloqueios ou paralisações e criar um clima preparatório favorável à aplicação de testes. ENTREVISTA TRIAGEM: Objetiva avaliar a demanda do sujeito e fazer um encaminhamento A HORA DO JOGO DIAGNOSTICA - PAPEL DO BRINQUEDO / BRINCAR: Papel do brinquedo Através do brinquedo, a criança não só realiza seus desejos, mas também domina a realidade, graças ao processo de projeção dos perigos internos sobre o mundo externo. O brinquedo é, então, um meio de comunicação, é a ponte que permite ligar o mundo externo e o mundo interno, a realidade objetiva e a fantasia. Indicadores da hora de jogo diagnostica 1) escolha de brinquedos e de brincadeiras, 2) modalidades de brincadeiras, 3) personificação, 4) motricidade, 5) criatividade, 6) capacidade simbólica, 7) tolerância à frustração e 8) adequação à realidade. Escolha de brinquedos e de brincadeiras Está relacionada como momento evolutivo emocional e intelectualmente em que a criança se encontra; desta forma deve-se considerar o ponto de vista evolutivo registrando-se cada uma das manifestações de conduta lúdica e classificando-a de acordo com as idades correspondentes dentro de um referencial da psicologia do desenvolvimento. Modalidades de brincadeiras Está relacionada a manifestações simbólicas do ego e de seus traços de funcionamento psíquico, podendo-se observar características tais como a plasticidade, a rigidez, a estereotipia e a perseveração. Personificação Capacidade da criança de assumir papéis no brinquedo. É um elemento comum em todos os períodos evolutivos, através do qual as crianças transformam seus brinquedos ou a sim mesmas em personagens imaginários ou não, de acordo com sua faixa etária. Motricidade Está relacionada à integração da imagem corporal, organização da lateralidade e estruturação espaço temporal, possibilitando à criança o domínio dos objetos do mundo externo no campo social, escolar e emocional, satisfazendo suas principais necessidades com autonomia Criatividade Processo mental de manipulação do ambiente do qual resultam novas idéias, formas e relações. Tolerância à frustração A tolerância à frustração é detectada, na hora de jogo, pela possibilidade de aceitar as instruções com as limitações que elas impõem (o estabelecimento de limites e a finalização da tarefa) e pelo desenvolvimento da atividade lúdica (pela maneira de enfrentar as dificuldades inerentes à atividade que se propõe a realizar). A capacidade de tolerar a frustração está intimamente relacionada com o princípio de prazer e de realidade. Aceitação ou não das instruções de enquadramento da hora do jogo, assim como a aceitação de limites, do próprio papel e do papel do outro, do tempo de início e fim da sessão. Capacidade simbólica O brincar é uma forma de expressão da capacidade simbólica e a via de acesso às fantasias inconscientes. Na capacidade simbólica valorizamos não só a possibilidade de criar símbolos, mas analisamos também a dinâmica de seu significado, tema que não incluiremos aqui, a fim de evitar um reducionismo a simbologias universais. M. Klein, ao se referir à capacidade simbólica, diz que “o simbolismo constitui não só o fundamento de toda fantasia e sublimação, mas é sobre ele que se constrói a relação do sujeito com o mundo exterior e a realidade em geral”. A) A riqueza expressiva B) A capacidade intelectual C) A qualidade do conflito Adequação à realidade Um dos primeiros elementos a serem levados em conta ao se analisar uma hora de jogo é a capacidade da criança de se adequar à realidade. Tal adequação à realidade permite-nos avaliar possibilidades egóicas, embora ela possa adaptar-se ou não aos limites que esta situação lhe impõe: a) aceitação ou não do enquadramento espaço-temporal com as limitações que isto implica; b) possibilidade de colocar-se em seu papel e aceitar o papel do outro. ENTREVISTA DEVOLUTIVA: A entrevista de devolução de informação.É comunicação verbal discriminada e dosificada dos resultados obtidosno psicodiagnóstico, feita pelo psicólogo ao paciente, a seus pais e ao grupo familiar. DOCUMENTOS DECORRENTES DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS – Natureza Documentos elaborados a partir da avaliação psicológica, quanto à natureza dos objetos desse procedimento, isto é, as questões de ordem psicológica, devem considerá-la como dinâmica. PSICODIAGNÓSTICO FORENSE A avaliação psicológica forense fornece subsídios para questões relacionadas com insanidade, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com a infração da lei. ETAPAS DO PROCESSO PSICODIAGNOSTICO Entrevista Inicial: Pode acontecer até antes da primeira sessão. O primeiro contato pode ser realizado através de uma ligação telefônica. As entrevistas iniciais são entrevistas de receptividade e acolhimento. Caracterizamos a entrevista inicial como entrevista semidirigida. A entrevista inicial permite estabelecer um bom rapport com o paciente para reduzir ao mínimo a possibilidade de bloqueios ou paralisações e criar um clima preparatório favorável à aplicação de testes Planejamento: A partir das entrevistas iniciais, de todo esse o material coletado para entendermos minimamente como é que a pessoa funciona e qual problemática trazida no processo, nós planejamento o que faremos no processo de psicodiagnostico. Este planejamento não é rígido, ele pode mudar ao longo do processo, entretanto o mesmo nos fornecer uma idéia básica o que faremos: escolha das técnicas e/ou testes, números de sessões. A partir disso é aplicação das técnicas e testes. Administração Técnicas e Testes: Aplicação das técnicas e / ou testes propriamente dita, vou aplicar HTP, Palográfico,WISC,etc. Estudo do Material Coletado: Depois de planejamento e aplicações dos testes, analisaremos exaustivamente o material coletado Comunicação dos Resultados: É a devolutiva, e a devolução de informação do material coletado. A comunicação verbal discriminada e dosificada dos resultados obtidos no psicodiagnóstico, feita pelo psicólogo ao paciente, os seus pais e ao grupo familiar
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