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Lista de exercícios da Disciplina Manejo de abelhas sem ferrão UFRB

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA – UFRB
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLOGICAS – CCAAB
CCA216 - MANEJO E CONSERVAÇÃO DE ABELHAS SEM FERRÃO
Lista de Exercícios
Diego da Silva Cunha
Cruz das Almas, BA
Março de 2013
1. Descreva três vantagens e três desvantagens da meliponicultura.
Vantagens:
1- Baixo Custo de implantação e manutenção: para se implantar um meliponário a depender da finalidade torna-se barato, além de e não exige roupas e equipamentos especiais para se trabalhar, diferente do manejo com Apis.
2- Adaptadas ao clima: por serem nativas não tem dificuldades em se adaptarem ao meio-ambiente.
3- Podem ser criadas junto as residências: Essas abelhas não são agressivas, além de possuírem o ferrão atrofiado, facilitando sua criação próximo de residencias. 
Desvantagens:
1- Falta de conhecimento Técnico: ainda se tem pouco estudo sobre esses insetos, além de ter uma grande diversidade de espécies. 
 
2- conservação do mel. Um dos males é a conservação, o mel de abelhas meliponas fica pouco tempo conservado levando entre 3 a 6 meses na geladeira, após esse tempo inicia-se a fermentação acometendo ao mel um sabor ácido.
3- Aquisição de enxames: Como são abelhas nativas elas podem ser adquiridas por meio de caixas-iscas, compradas de produtores legalizados ou capturadas em desmatamentos autorizados pelo Ibama.
2. Descreva uma tecnologia utilizada na meliponicultura.
	Uma tecnologia são as caixas rotacionais, que possuem medidas adequadas para diversas espécies de abelhas uruçus, podendo serem adaptadas a outras espécies. O custo de fabricação dessa caixa é baixo, são utilizados pedaços de madeiras o que diminui muito a fabricação, a madeira não deve ser muito pesada e nem pode empenar. Essas caixas proporcionam uma maior higiene, triplica a produção e facilita e facilita multiplicar os ninhos. 
3. Explique detalhadamente a composição e funções dos materiais de construção do ninho: cera, cerume, resina ou própolis, geoprópolis e barro:
Cera: junto com resina vegetal é usado na construção de varias partes do ninho, é produzida nas glândulas situadas no dorso do abdome das abelhas.
Cerume: se constituí de cera e resina, tendo a mesma utilização da cera, servindo para a construção de partes do ninho.
Resina ou Própolis: está presente em diferentes locais do ninho: parede interna, tubo de entrada, invólucro ou na superfície dos potes. Serve principalmente como defesa da colônia. 
Geoprópolis: É a mistura de barro com resinas, podendo haver outras substâncias na mistura. O geoprópolis é usado principalmente para delimitar espaços.
Barro ou Argila: São materiais pegos na natureza pelas abelhas, são usados por certas espécies de meliponas em vedação do ninho, na confecção e ornamentação da entrada do ninho.
4. Descreva a arquitetura do ninho da abelhas sem ferrão, e possíveis diferenças ou características de algumas espécies, caso exista.
	A arquitetura dos ninhos de meliponíneos apesar de possuírem estruturas comuns, existem varias diferenças entre os gêneros e espécies.
	Os ninhos possuem uma entrada, que caracteriza cada espécie. Como exemplo, as Meliponas utilizam barro, misturado com resina e constroem a entrada estriada característica de muitas espécies desse gênero. Os Trigonini constroem a entrada utilizando cerume, muitas vezes um simples. Em outras espécies, o tubo se alarga formando uma ampla plataforma onde se encontram as abelhas guardas. Já outras constroem entradas estreitas, onde passa apenas uma única abelha por vez e é guardada por uma só abelha que usa sua cabeça para feichar a entrada. 
	Da entrada segue-se um túnel constituído com cerume, resina ou barro que vai até a região onde é armazenado o alimento. Algumas espécies imita um ninho abandonado, do qual segue-se entradas que dão acesso à área interna do ninho, esse tipo de estrutura serve para proteger o ninho contra inimigos.
	Armazenam o alimento em potes, que são estruturas constituídas de cerume. Armazenam o Mel e pólen em potes separados. Pesquisadores observaram em algumas Trigonini formas diferentes de potes para armazenar o pólen e o mel. Outra observação é a posição dos potes no ninho, que varia de cada espécie.
	Os favos de cria são compostos de cerume e na maioria das espécies são horizontais. Constroem as células do centro do favo primeiro, logo após constroem as demais em sua volta. Nas espécies que constroem os favos em forma de cacho, a maioria das células não têm parede em comum. Em maior parte das espécies os favos de cria são envoltos por um invólucro, constituído por camadas de cerume para protegem as crias, e evitam a perda de calor. Existem espécies que utilizam ocos de árvores ou parede para construção dos ninhos, elas revestem varias vezes com resina e delimitam com batume feito de resina, geopropólis ou cerume.
	Algumas espécies que constroem seus ninhos expostos ou semi-expostos utilizam resina, barro e matéria orgânica na construção. Podem usar algumas vezes folhas e brotos de plantas cultivadas. As Trigonas constroem na parte oposta à entrada um escutelo, usado para isolar o lixo da colméia. Também á espécies que constroem ninhos subterrâneos, os envolvem com camadas de batume sólido, fazem o ninho ficar suspenso dentro da cavidade e na parte inferior, elas constroem uma galeria de drenagem.
5. Descreva como se dá a diferenciação de sexo e casta entre os grupos meliponini e trigonini.
	Os meliponíneos possuem suas família divididas em castas. Temos a rainha que é responsável pela postura de ovos e a coesão da colônia, temos as operárias que são as responsáveis pela maioria das atividades da colônia, são elas que cuidam da limpeza, alimentação da rainha, alimentação das larvas, vão a campo coletar pólen, necta, barro e fibras, além de, produzirem cera etc. Por ultimo existe a casta dos zangões, que pouco participam das atividades da colônia, tendo a função principal de cópular a rainha durante o voo nupcial. 	
	Em Trigonini as rainhas são produzidas em células especiais, que são mais volumosas, muitas vezes, localizadas na periferia do favo de cria, essas células são conhecidas como realeiras. Nas realeiras, a quantidade de alimento colocada é bem maior que aquela colocada nas células das quais emergem operárias e machos. Em algumas espécies, que constroem o favo em forma de cacho, pode ocorrer de uma larva de uma célula de operária, após ingerir o alimento da sua célula, fura a parede da célula adjacente e ingere o alimento, desenvolvendo-se em rainha. Não se tem evidências de diferenças qualitativas entre o alimento depositado em células que originarão operárias e machos e aquele depositado nas realeiras.
	Já em Meliponini não existem realeiras. As operárias, os machos e as rainhas emergem de células semelhantes. Nessas abelhas existem fatores genéticos envolvidos no processo de determinação das castas. Neste gênero também não existe evidência de diferença qualitativa entre o alimento alocado para as operárias, para os machos ou para as rainhas.
6. Descreva como se dá o ciclo de desenvolvimento das abelhas sem ferrão (ex. Construção das células, forma de aprovisionamento do alimento, tempo de desenvolvimento, processo de aprovisionamento e postura da rainha, etc.)
	O ciclo de vida de uma abelha, da fase de ovo até o momento de eclosão de uma célula, varia bastante com a espécie e o tipo de casta. O tempo de vida de um individuo adulto de meliponíneo varia com relação ao clima e o tipo de atividade que a mesma desenvolve. As abelhas são insetos holometabolos, isto é, a fêmea realiza postura de ovos que dão origem as larvas, que são morfológica e fisiologicamente diferentes dos adultos. Elas se alimentam, crescem, sofrem um certo número de mudas e se transformam em pupa, forma esta que não se alimenta e fica imóvel na célula de cria. Após algum tempo,a pupa sofre muda, se transformando em uma abelha adulta.
	Em Meliponineae o ovo é posto em uma célula construída com cerume, poucas espécies a rainha deposita em cera pura. O alimento larval é posto nas células pelas operárias, antes da postura do ovo, este tipo de aprovisionamento é conhecido como aprovisionamento massal. O alimento se estratifica dentro da célula, a larva ingere a parte líquida, composta por secreções glandulares e mel e depois o pólen que é a parte sólida. Durante o desenvolvimento a larva passa por quatro mudas larvais. Terminando de ingerir o alimento, a larva tece seu casulo de seda e muda a forma para pupa. Apos esse periodo de pupa emerge da célula uma abelha adulta, geralmente leva quarenta dias depois da postura. As operárias e os machos levam, aproximadamente o mesmo tempo de desenvolvimento, já a rainha leva menos tempo se for uma Meliponini, já em Trigonini as rainhas são maiores que as operárias e levam mais tempo para emergir. É interessante falar que, nessas abelhas, a postura envolve um ritual comportamental, bem complexo, com interações da rainha com as operárias, este ritual é típico para cada espécie.
	As células de cria são agrupadas formando os favos, que na maioria das espécies de Meliponinae são horizontais, algumas espécies de Trigonini constroem favos na forma de cacho, existe uma espécie africana, que criam favos verticais.
7. Descreva as atividades realizadas na colônia pela rainha, operárias e zagões.
Rainha: Responsável pela postura dos ovos e coesão da colônia.
Operária: desenvolvem a maioria das atividades da colônia, como exemplo: limpeza, alimentação da rainha, produção de cera, proteção contra inimigos, enchimento das células com alimento larval, coleta de recursos (néctar, pólen, resina, barro e fibra).
Zagões: Eles pouco fazem parte das atividades da colônia, tendo apenas a função de copular a rainha durante o vôo nupcial.
8. Sabemos que ao longo do ano diversas princesas são produzidas nas colônias de abelhas sem ferrão. Por que isso ocorre? Quais os possíveis destinos dessas princesas?
	Princesas são rainhas virgens, são produzidas como uma maneira de prevenção, para caso ocorra a perda da rainha ou a rainha produza zangões diploides uma princesa venha a substitui-la, enquanto não ocorre essa necessidade elas ficam enclausuradas individualmente em cápsulas contendo alimento necessário a sua sobrevivência. Quando não ocorre a necessidade de substituição da rainha, as princesas podem tomar rumos diferentes, em Trigonini as princesas morrem por falta de alimento, já em Meliponini são eliminadas por operárias.
9. Por que o melhoramento genético não se popularizou entre os produtores?
	Não ocorreu a popularização devido a crença dos produtores, de que a implantação e o processo de melhoramento genético é caro e exclusivo apenas para grandes produtores. Outro problema é que esse processo oferece melhorias a médio e longo prazo, ocasionando a falta de interesse dos meliponicultores.
10. Dependendo do produto a ser explorado o melhoramento genético pode seguir diferentes objetivos. Cite um objetivo e relacione quais características podem ser utilizadas como critério de seleção de colônias, e qual a relação ou por que do uso dessas características. 
	Melhorar e aumentar a produtividade de colônias, são objetivos bastante buscados pelos produtores, é uma prática muito comum sendo facil de ser aplicada bastando muita organização, de maneira prática trata-se da substituição de rainhas fracas de postura ou velhas por outras de melhor postura. 
	Através de pesquisas observou que as abelhas sem ferrão da espécie melipona compreessipis fasciculata aceitavam com facilidade a substituição de sua rainha por outra fisiogástrica da mesma espécie sem utilizar técnicas de aceitação, não houve nenhum tipo de comportamento adverso a rainha introduzida. Na prática retira-se a rainha indesejada de sua colônia logo após inseri uma rainha outra rainha com as características desejadas. Nos trabalho de pesquisa notou-se que em todas a caixas que executou essa técnica houve a aceitação da rainha doada.
	Na realização de um trabalho de melhoramento, deve-se separar as abelhas em um grupo contendo 100 caixas, é nesse grupo que escolhe-se as melhores colônias para a finalidade desejada, fazendo uma numeração de 1 a 33, as medianas de 34 a 66 e as fracas de 67 a 100. Observa-se nessa seleção o tamanho do ninho, número de células abertas para postura, tamanho e quantidade de potes, população e defensividade. Logo após separar, realiza-se a retirada da rainha da caixa 100, elimina-a e logo em seguida introduzimos a rainha da caixa 1. Assim de maneira sucessiva até chegarmos na caixa 33, ou seja, a rainha 2 vai para 99, a rainha 3 vai para 98, a rainha 4 para a 97.
	Essa técnica confere melhorias significativas a produção, como exemplo a melhor recuperação dos enxames após a divisão, uma maior e melhor postura, bem como a melhor capacidade produtiva de mel.
	Recomendam a realização da substituição das rainhas em cada 18 ou 24 meses, devido as rainhas com o tempo se desgastarem, mesmo as rainhas de elite precisam, serem substituídas devido ao envelhecimento.

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