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Embriologia ciclo ovariano

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30/04/2015 
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CICLO OVARIANO 
FERTILIZAÇÃO 
Profa. MSc. Eliana Alvarenga de Brito 
CLIVAGEM 
Objetivos: 
Entender o ciclo ovariano 
Conhecer e entender o processo da fertilização 
Conhecer o processo da implantação 
Conhecer o processo da clivagem 
CICLO OVARIANO 
• Na puberdade, a mulher começa a ter 
ciclos mensais regulares. 
• Esses ciclos sexuais são controlados pelo 
hipota ́lamo. 
• O hormônio liberador de gonadotrofinas 
(GnRH, do inglês gonadotropin-releasing 
hormone), produzido pelo hipotálamo, age 
nas células da glândula pituita ́ria (adeno-
hipo ́fise), que, por sua vez, secreta 
gonadotrofinas. 
CICLO OVARIANO 
• Esses hormônios: 
• o hormônio foliculoestimulante (FSH, do 
inglês, follicule-stimulating hormone) 
• e o hormo ̂nio luteinizante (LH, do inglês 
luteinizing hormone) 
CICLO OVARIANO 
Estimulam as alterac ̧ões cíclicas dos ova ́rios. 
• No início de cada ciclo ovariano, de 15 a 20 folículos 
no estágio primário são estimulados a crescer sob a 
influência do FSH 
CICLO OVARIANO 
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• Sob condições normais, apenas um desses folículos 
alcança a maturidade plena 
• e apenas um ovócito é liberado; os outros degeneram 
e entram em atresia. 
CICLO OVARIANO 
• No próximo ciclo, outro grupo de folículos primários 
e ́ recrutado e, novamente, apenas um folículo 
alcança a maturidade. 
• Consequentemente, a maior parte dos folículos 
degenera sem jamais alcançar a maturidade 
completa. 
CICLO OVARIANO 
• Quando um folículo entra em atresia, o ovócito e as 
células foliculares circunjacentes degeneram e são 
substituídos por tecido conjuntivo, formando um corpo 
atrésico. 
CICLO OVARIANO 
• O FSH também estimula a maturação das células foliculares 
(granulosas) ao redor do ovócito. 
• A proliferação dessas células e em conjunto com a teca interna - 
produzem estrógenos: 
– as células da teca interna produzem androstenediona e testosterona, 
– E as células granulosas convertem esses hormônios em estrona e em estradiol. 
 
CICLO OVARIANO 
• Como resultado dessa produção de estro ́genos: 
O endométrio uterino entra na fase folicular ou proliferativa 
O muco cervical torna-se menos espesso para viabilizar a 
passagem dos espermatozoides 
 A adeno-hipo ́fise é estimulada a secretar LH 
CICLO OVARIANO 
• Na metade do ciclo, ocorre um pulso de LH que: 
• Eleva as concentrações do fator promotor da maturação, 
fazendo com que os ovócitos completem a meiose I e 
iniciem a meiose II 
• Estimula a produção de progesterona pelas células 
foliculares estromais (luteinizaça ̃o) 
• Causa a ruptura folicular e a ovulação. 
CICLO OVARIANO 
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• LH: 
• completa a meiose I e inicia 
a meiose II 
• produção de progesterona 
• ruptura folicular e a 
ovulação 
OVOCITAÇÃO 
• Nos dias que precedem imediatamente a oocitação 
(ovocitação ou, de modo errôneo, ovulação), sob a 
influência do FSH e do LH, o folículo cresce rapidamente 
até um diâmetro de 25 mm, para se tornar um folículo 
maduro (de Graaf). 
• Concomitantemente com o desenvolvimento final do 
folículo, ocorre elevação do LH, que faz com que o 
ovócito primário complete a meiose I e o folículo entre 
no estágio maduro pre ́-ovulato ́rio. 
OVOCITAÇÃO 
• Aproximadamente 3 h antes da ovocitação, a meiose II se 
inicia, mas o ovócito fica parado na metáfase. 
• Nesse período, a superfície do ovário começa a se 
salientar localmente e no ápice aparece um ponto 
avascularizado, o estigma. 
• A alta concentração de LH aumenta a atividade da 
colagenase no ovário, resultando na digestão das fibras 
colágenas que cercam o folículo 
OVOCITAÇÃO 
• Devido ao LH o hormônio prostaglandina também 
aumentam e causam contrações musculares locais 
na parede ovariana. 
• Essas concentrações liberam o ovócito 
CORPO LÚTEO 
• Após a ovocitação, as células granulosas que permanecem na 
parede do folículo junto com as células da teca interna 
• são influênciada pelo LH, essas células desenvolvem em um 
pigmento amarelado - células luteínicas, que formam o corpo 
lúteo e secretam estrógenos e progesterona. 
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• A progesterona, junto com alguns estrógenos, faz com que a 
mucosa uterina entre no estágio progestacional ou secretor, 
preparando-se para a implantação do embrião. 
CORPO LÚTEO 
TRANSPORTE DO OVÓCITO 
• Pouco após a ovocitação, as fímbrias da tuba uterina varrem a 
superfície do ovário e a própria tuba começa a contrair-se 
ritmicamente. 
• Acredita-se que o ovócito, cercado por algumas células 
granulosas, seja carregado para a tuba por esses movimentos 
de varredura das fímbrias e pelo movimento dos cílios na 
superfície epitelial. 
• Uma vez que o ovócito esteja na tuba uterina, ele é propelido 
por contrações musculares peristálticas da tuba e por cílios 
na mucosa tubária; 
• o ovo ́cito fertilizado - alcança o lúmen uterino em 
aproximadamente 3 a 4 dias. 
TRANSPORTE DO OVÓCITO 
CORPO ALBICANS 
• Se a fertilização não ocorrer, o corpo lúteo alcança o 
máximo de desenvolvimento aproximadamente 9 dias 
após a ovocitação. 
• Após disso o corpo lúteo encolhe por causa da 
degeneração das células lúteas (luteólise) e forma uma 
massa de tecido cicatricial fibrótico, o corpo albicans. 
CORPO ALBICANS 
• Simultaneamente, 
a produção de 
progesterona 
diminui, causando 
o sangramento 
menstrual. 
corpo albicans 
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CORPO ALBICANS 
• Se o ovócito for fertilizado, a degeneração do corpo lúteo 
é evitada pela gonadotrofina coriônica humana, um 
hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do embrião 
em desenvolvimento. 
• O corpo lúteo continua a crescer e forma o corpo lúteo 
gravídico. 
CORPO ALBICANS 
• Por volta do final do 3o mês, essa estrutura pode ter 
de 1/3 a metade do tamanho total do ovário. 
• As células lúteas continuam a secretar progesterona 
ate ́ o final do 4o mês; 
CORPO ALBICANS 
• Desse ponto em diante, elas regridem lentamente, 
conforme a secreção de progesterona pelo 
componente trofoblástico da placenta se torna 
adequada para a manutenção da gravidez. 
• A remoção do corpo lúteo da gravidez antes do 4o 
mês geralmente leva ao aborto. 
 
FERTILIZAÇÃO 
FERTILIZAÇÃO 
• A fertilização, o processo pelo 
qual os gametas masculino e 
feminino se fundem, ocorre na 
região ampular da tuba uterina. 
• Essa é a porção mais larga da 
tuba e próxima ao ovário. 
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• Os espermatozoides podem permanecer viáveis no trato 
reprodutivo feminino por vários dias. 
• Apenas 1% do esperma depositado na vagina penetra a 
cérvice, onde eles podem sobreviver por muitas horas. 
FERTILIZAÇÃO 
• A viagem do espermatozoide da cérvice até o oviduto 
pode ocorrer tão rapidamente quanto em 30 minutos 
ou ate ́ 3 dias. 
 
FERTILIZAÇÃO 
• Na ovocitaça ̃o, os espermatozoides se tornam 
altamente móveis, talvez por causa dos quimiotáticos 
produzidos pelas células que cercam o ovócito e 
nadam pela ampola, onde a fertilização normalmente 
ocorre. 
FERTILIZAÇÃO 
• Os espermatozoides não são capazes de fertilizar o 
ovócito imediatamente após a chegada ao trato 
genital feminino, 
• eles devem sofrer: 
• Capacitação – são retiradas proteínas da membrana 
da região acrossômica 
• Reação acrossômica - liberação das enzimas 
necessárias para a penetração da zona pelúcida 
FERTILIZAÇÃO 
• As fases da fertilização incluem: 
 Fase 1: penetração da corona radiada 
 Fase 2: penetração da zona pelúcida 
 Fase 3: fusão entra as membranas do
ovócito e do espermatozoide 
FERTILIZAÇÃO 
Fase 1 
• Penetração da corona radiada 
• Dos 200 a 300 milhões de espermatozoides depositados normalmente 
no trato genital feminino, apenas 300 a 500 alcançam o sítio de 
fertilização. 
• Apenas 1 deles fertiliza o ovo ́cito. 
• Acredita-se que a enzima hialuronidase, liberada do acrossoma seja 
responsável pela dispersão das células foliculares da corona radiata. 
• Mas não é só isso que facilita a passagem, os movimentos da cauda do 
espermatozóide junto às enzimas da mucosa tubária também 
contribuem bastante. 
FERTILIZAÇÃO 
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Fase 2 
• Penetração da zona pelúcida 
• A zona pelúcida é uma camada de glicoproteínas que cerca 
o ovócito. 
• A liberação das enzimas acrossômicas (esterases, 
acrosina e neuraminidase) possibilita que os 
espermatozoides penetrem a zona, entrando em contato 
com a membrana plasmática do ovócito. 
FERTILIZAÇÃO 
• A permeabilidade da zona pelúcia se altera quando a cabeça do 
espermatozoide contata a superfície do ovócito. 
• Esse contato resulta na liberação das enzimas lisossomais presentes em 
grânulos na membrana plasmática do ovócito. 
• Por sua vez, essas enzimas alteram as propriedades da zona pelúcida 
(reação da zona) para evitar a penetração de outro espermatozoide 
presentes na superfície da zona. 
FERTILIZAÇÃO 
Fase 2- Penetração da zona pelúcida 
A fixação do espermatozóide na zona pelúcida... 
A reação 
acrossómica 
Fase 3 
• Fusão entre as membranas do ovócito e do 
espermatozoide 
• A adesão inicial do espermatozoide ao ovócito e ́ 
mediada parcialmente pela interação entre 
integrinas do ovócito e seus ligantes, desintegrinas, 
no espermatozoide. 
• Após a adesão, as membranas plasmáticas do 
espermatozoide e do ovócito se fundem 
FERTILIZAÇÃO 
Fase 3 
FERTILIZAÇÃO 
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Qdo o espermatozoíde entra no ovócito: 
• 1. Reações cortical e de zona. 
• Como resultado da liberação dos grânulos corticais dos ovócitos, 
que contêm enzimas lisossomais, (1) a membrana do ovócito se 
torna impenetrável a outros espermatozoides; e (2) a zona pelúcida 
altera sua estrutura e sua composição para evitar a ligação e a 
penetração do espermatozoide. 
• Essas reações evitam a poliespermia (penetração de um ou mais 
espermatozoides no ovócito) 
FERTILIZAÇÃO 
Qdo o espermatozoíde entra no ovócito: 
• 2. Continuação da segunda divisão meiótica. 
• O ovócito termina sua segunda divisão meiótica imediatamente após a 
entrada do espermatozoide. 
• Uma das células - filhas, que recebe pouco ou nenhum citoplasma, e ́ 
conhecida como segundo corpúsculo polar; a outra célula - filha e ́ o 
ovócito definitivo ou óvulo. 
• Seus cromossomos (22 mais X) se dispõem em um núcleo vesicular 
conhecido como pró- núcleo feminino 
FERTILIZAÇÃO 
Qdo o espermatozoíde entra no ovócito: 
• 3. Ativação metabólica do óvulo. 
• O fator de ativação provavelmente e ́ carregado pelo 
espermatozoide. A ativação inclui eventos moleculares e celulares 
associados ao início da embriogênese. 
FERTILIZAÇÃO 
• Enquanto isso, o espermatozoide se move para frente até 
que ele fique próximo do pró- núcleo feminino. 
• Seu núcleo se torna aumentado e forma o pro ́-núcleo 
masculino 
FERTILIZAÇÃO 
• Durante o crescimento dos pró- núcleos masculino e feminino (ambos 
haploides), ocorre a replicação do DNA 
• Após a síntese de DNA, os cromossomos se organizam no fuso -para 
a divisão mitótica. 
• Os 23 cromossomos maternos e os 23 paternos (duplicados) se 
separam longitudinalmente no centrômero e as cromátides - irmãs se 
movem para polos opostos, fornecendo às 2 primeiras células do zigoto 
a quantidade diploide de cromossomos e de DNA. 
• Conforme as cromátides - irmãs se movem para polos opostos, 
aparece um sulco profundo na superfície da célula, dividindo o 
citoplasma gradualmente em duas partes 
FERTILIZAÇÃO 
• Mitose 
separação das cromátides 
- irmãs 
os cromossomos se 
organizam no fuso 
2 primeiras células do 
zigoto- 2n 
dividindo o citoplasma 
FERTILIZAÇÃO 
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Os principais resultados da fertilização: 
• Restauração da quantidade diploide de cromossomos, metade 
do pai e metade da mãe. Assim, o zigoto contém uma nova 
combinação cromossômica diferente de ambos os pais 
• Determinação do sexo do novo indivíduo. Um espermatozoide 
carregando um X produz um embrião feminino (XX) e um 
espermatozoide carregando um Y produz um embrião 
masculino (XY). Assim o sexo cromossômico do embrião é 
determinado na fertilização 
• Início da clivagem. Sem a fertilização, geralmente o ovócito 
degenera 24 h após a ovocitação. 
CLIVAGEM 
Clivagem 
• Uma vez que o zigoto tenha alcançado o estágio de 2 células, 
ele passa por uma série de divisões mitóticas, aumentando o 
número de células. 
• Essas células, que se tornam menores a cada divisão de 
clivagem, são conhecidas como blastômeros. 
• Ate ́ o estágio de 8 células, elas formam um grupo sem 
associações entre si. 
Clivagem 
• Entretanto, após a terceira clivagem, os blastômeros 
maximizam seus contatos uns com os outros, formando uma 
bola compacta de células mantidas unidas por junções de 
oclusão. 
• Esse processo, a compactação, segrega as células internas, 
que se comunicam intensa 
Clivagem 
• Esse processo, a compactação, segrega as células internas, 
que se comunicam intensamente por junções comunicantes, 
das células externas. 
• Aproximadamente 3 dias após a fertilização, as células do 
embrião compactado se dividem novamente, formando uma 
mórula de 16 células. 
 
Clivagem 
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Clivagem 
• As células internas da mórula constituem a massa celular interna, e as 
células circunjacentes compõem a massa celular externa. 
• A massa célula interna origina os tecidos do embrião em si e a massa 
celular externa forma o trofoblasto, que mais tarde contribui para a 
formação da placenta. 
FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO 
• Por volta do período em que a mórula entra na 
cavidade uterina, um fluido começa a penetrar os 
espaços intercelulares da massa celular interna 
através da zona pelúcida. 
• Gradualmente, esses espaços intercelulares se 
tornam confluentes e, finalmente, e ́ formada uma 
única cavidade, a blastocele. 
 
FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO 
• Nesse período, o embrião é denominado blastocisto. 
• As células da massa celular interna, chamada agora de 
embrioblasto, estão em um polo e as da massa celular 
externa, ou trofoblasto, achatam-se e formam a parede 
epitelial do blastocisto. 
• A zona pelúcida desapareceu, possibilitando que a 
implantação comece. 
• Nos seres humanos, as células trofoblásticas sobre o polo do 
embrioblasto começam a penetrar entre as células epiteliais 
da mucosa uterina por volta do 6 dia. 
 
• Até o final da primeira semana do desenvolvimento, 
o zigoto humano já ́ passou pelos estágios de 
mórula e de blastocisto, e teve início a implantação 
na mucosa uterina.

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