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Aula 1 Direito penal 3

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Plano de Aula: CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A VIDA I.
DIREITO PENAL III - CCJ0110
Título
CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A VIDA I.
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
1
Tema
CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A VIDA I. Homicídio. (ART.121, do Código Penal)
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Identificar o bem jurídico-penal vida, extrauterina e intrauterina, para fins de respectiva tipificação da conduta típica, ilícita e culpável.
Aplicar, nos casos concretos apresentados, a incidência de conflito aparente de normas ou concurso de crimes com os demais crimes contra a pessoa.
Analisar as principais figuras típicas do delito de homicídio.
Estrutura do Conteúdo
O conteúdo será apresentado com base no Materia l Didático de Direi to Penal III, entre as páginas 41 e 60 (Prado, Luiz Regis Curso de Direi to Penal
Bras i lei ro vol . 2 . Parte Especial arts . 121 a 249, editora: Revista dos Tribunais . Primeira Parte I Crimes contra Pessoa, Crimes contra a Pessoa. Crimes
contra a Vida. ). 
Antes da aula, não esqueça de ler : 
Os artigos. 121, do Código Penal , art. 302, da lei n.9503/1997 (Código de Trâns ito Bras i lei ro) e 1º, da lei n.8072/1990 (Lei de Crimes Hediondos), 1º,§3º, da
lei n.9455/1997 (Lei de Tortura). 
Verbete de Súmula n. 18, do Superior Tribunal de Justiça, disponível em: www.stj .jus .br. 
Verbete de Súmula n. 162 do Supremo Tribunal Federal , disponível em: www.stf.jus .br; 
As páginas indicadas de seu materia l Didático e as seguintes decisões proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais sobre o del i to de homicídio: 
STJ, REsp 1.455.178-DF, Rel . Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/6/2014, disponível em: www.stj .jus .br. 
TJDF, APR 2012 13 1 001125-7, 1ª Turma Criminal , Rel . GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, julgado em: 22/05/2014, www.tjdf.jus .br. 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO DESTA AULA: 
1. Homicídio – art. 121, do Código Penal . 
1.1. Bem jurídico tutelado. Considerações gerais sobre o início e término da vida extrauterina. 
1.2. Anál ise da figura típica: Elementos do tipo. Sujei tos do del i to. Class i ficação doutrinária. Consumação e tentativa. 
1.3. Des istência voluntária e arrependimento eficaz no del i to de homicídio. 
1.4. Crime imposs ível e o del i to de homicídio. 
1.5. Concurso de pessoas e o del i to de homicídio. 
2. Figuras típicas 
2.1. O homicídio s imples .- art.121, caput, do Código Penal . 
- A atividade típica de grupo de extermínio e o homicídio s imples . 
2.2. Homicídio Privi legiado. art.121, §1º, do Código Penal . 
a) Motivo de relevante valor moral . 
b) Motivo de relevante valor socia l . 
c) Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. 
- Privi légio: causa de diminuição de pena: controvérs ia - obrigatoriedade ou facultatividade. Verbete de Súmula n. 162 do Supremo Tribunal Federal . 
2 3. Homicídio Qual i ficado. art.121, §2º, do Código Penal . 
a) Natureza jurídica e incidência da Lei n. 8072/1990 (Lei de Crimes Hediondos) – consectários . 
b) Motivos qual i ficadores determinantes. 
c) Meios e modos de execução qual i ficadores. A interpretação analógica no del i to de homicídio qual i ficado. 
d) Fins qual i ficadores – conexão. 
e) Comunicabi l idade das qual i ficadoras no caso de concurso de pessoas. 
f) Confronto entre o del i to de homicídio qual i ficado pelo emprego de tortura e o del i to de tortura previsto no art. 1°, §3° da Lei n. 9455/1997. Poss ibi l idade
confl i to aparente de normas e concurso de crimes. 
g) Concurso entre o homicídio privi legiado e o qual i ficado. Controvérs ia: incidência da Lei n. 8072/1990 – Lei de Crimes Hediondos. 
2.4. Homicídio Culposo art.121, §3º, do Código Penal . 
a) Anál ise dos elementos normativos caracterizadores do crime culposo. 
b) Distinção de dolo eventual e culpa consciente no homicídio. 
c) O insti tuto da tentativa e o homicídio culposo. 
d) Majorantes do homicídio culposo - §4º 
e) Concurso de pessoas. 
f) Confl i to aparente de normas entre o homicídio culposo previsto no Código Penal e no Código de Trâns ito Bras i lei ro (Lei n. 9503/1997). 
g) Perdão Judicia l - §5º. 
- Natureza jurídica. 
- Obrigatoriedade ou facultatividade de apl icação. 
- Natureza jurídica da sentença concess iva do perdão judicia l . Controvérs ia: entendimento dos Tribunais Superiores . Verbete de Súmula n. 18, do Superior
Tribunal de Justiça. 
3. Concurso de crimes e confl i to aparente de normas com os demais del i tos contra a vida. 
4. A incidência da causa de aumento ao del i to de homicídio praticado por mi l ícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por
grupo de extermínio art.121, §6º, do Código Penal . Questões controvertidas . 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: 
Conceito de Homicídio: é a el iminação da vida extrauterina levada a termo por terceiro. 
Class i ficação doutrinária: crime comum, unissubjetivo, de dano, materia l , de forma l ivre, instantâneo de efeitos permanentes. O del i to pode ser perpetrado
por meios fís icos (mecânicos, químicos ou patogênicos – instrumentos perfurantes , substâncias corros ivas , vírus letais ); morais ou ps íquicos. 
Consumação: Por tratar-se de del i to materia l , instantâneo e de efeitos permanentes consuma-se com a ocorrência do resultado natural ís tico. 
Para fins de início e término da vida extrauterina deve ser anal isado o disposto no art.123, do Código Penal e o art.3º, da lei n.9434/199. 
O privi légio configura-se como causa de diminuição de pena direi to subjetivo do réu nos casos em que o agente atua impel ido por relevante valor moral e
socia l ou logo em seguida a injusta provocação da vítima. 
As ci rcunstâncias qual i ficadoras , por sua vez, class i ficam-se como subjetivas , objetivas ou de conexão conforme digam respeito, respectivamente, aos
motivos determinantes do crime, aos modos e maneiras de execução ou aos fins qual i ficadores. 
Ao homicídio culposo, no qual a conduta do agente atua com a quebra do dever objetivo de cuidado e produz o resultado morte que era objetivamente
previs ível , apl ica-se o insti tuto do perdão judicia l , di rei to Públ ico Subjetivo do réu de caráter uni lateral , no qual o Estado-juiz deixa de apl icar a pena em
circunstâncias expressamente previstas em lei . 
Por fim, cabe sal ientar a controvérs ia acerca da apl icação da causa de aumento prevista no §6º, do art.121 (homicídio praticado por mi l ícia privada ou
grupo de extermínio) qual seja, a caracterização de bis in idem no caso de apl icação da referida causa de aumento à conduta de homicídio qual i ficado por
motivo torpe. 
Para enriquecer seus conhecimentos, como lei tura complementar indica-se a lei tura dos seguintes l ivros didáticos constantes na Bibl iografia Bás ica e
Complementar da discipl ina Direi to Penal III: 
Bibl iografia Bás ica 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direi to Penal . 15. ed São Paulo: Saraiva.v.3,2015. ISBN 9788502619050. 
NUCCI, Gui lherme de Souza. Manual de Direi to Penal . 10.ed. Forense, 2014. ISBN 9788530953898 
PRADO, Luiz Regis . Curso de Direi to Penal Bras i lei ro. 13ª. edição revista e ampl iada. São Paulo. Revista dos Tribunais .2014. ISBN 9788520350683. 
Bibl iografia Complementar 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direi to Penal . 6.ed. São Paulo: Saraiva.v 3., 2010.ISBN 978-85-02-09165-8. 
----------------------------------- Tratado de Direi to Penal . 4.ed. São Paulo: Saraiva.v 4., 2009.ISBN 978-85-02-09149-8. 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direi to Penal . 9. ed São Paulo: Saraiva.v.2,2010. ISBN9788502078703. 
GRECO, Rogério. Curso de Direi to Penal . Parte Geral . 7.ed. Niterói , RJ: Impetus, v.3, 2010. ISBN 978-85-7626-385-2 
Aplicação Prática Teórica
 
 APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETOAdamastor Vale foi condenado como incurso nas sanções do artigo 121,§2º, inciso IV, do Código Penal por ter matado Anatalino da Silva, utilizando de
recurso que impossibilitou a defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as lesões descritas no auto de necropsia de fls. 19 do
Inquérito Policial, que foram a causa de sua morte. Na ocasião, o denunciado utilizando-se de um pedaço de madeira, uma “trama” para cerca, desferiu
pauladas na vítima, quando esta tentava se retirar do pátio da residência do acusado. Por outro lado, não se pode deixar de registrar que, momentos antes
do fato, a vítima estaria embriagada no pátio da casa do réu, proferindo diversas ofensas verbais a ele e sua cunhada, além de tentar invadir sua residência
e agredi-los fisicamente, razão pela qual, Adamastor Vale interpôs recurso de apelação com vistas ao reconhecimento da nulidade da decisão proferida
pelo Tribunal do Júri por não ter sido formulado quesito relativo à forma privilegiada do delito, consoante entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal
Federal (Verbete de Súmula n.162), pedido julgado improcedente, haja vista a tese relativa à forma privilegiada do ilícito não ter sido ventilada pela defesa
técnica em nenhum momento processual, nem mesmo no julgamento em plenário, ocasião em que propugnou apenas pelo afastamento da qualificadora
e pela absolvição. 
Sucessivamente: 
1. Arguiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio). 
2. Afastamento da hediondez do delito. 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre a teoria da pena, os crimes contra a vida e os institutos repressores da lei de crimes
hediondos (Lei n.8072/1990) analise a procedência dos pedidos sucessivos. 
QUESTÃO OBJETIVA 
1) Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
I. Segundo a jurisprudência do STJ é admissível o concurso entre o homicídio privilegiado e qualificado, desde que, as qualificadoras tenham natureza
objetiva, sendo, neste caso, caracterizado como delito hediondo. 
II. O homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que na forma simples, poderá ser considerado hediondo, consoante expressa
previsão legal na Lei n.8072/1990. 
III. No caso de um delito de homicídio ser praticado em concurso de pessoas no qual haja um contrato para o pagamento, tanto o contratante, quanto o
executor do homicídio que receber o pagamento, obrigatoriamente, serão responsabilizados pelo homicídio qualificado pela torpeza, consoante o disposto
no art.30, do Código Penal. 
IV. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de homicídio culposo previstos no Código Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e configura-se como
direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei. 
Estão corretas apenas: 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I, II e III.
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