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Emoções
Resumo baseado na apostila de Cleunice do Carmo Coutinho
Elaborado pela Professora Angela Perez de Sá
Definições
Fenômenos multidimensionais essenciais para a adaptação e sobrevivência.
São reações a eventos situacionais importantes e funcionam em conjunto com os processos cognitivos, para garantir tomada de decisões mais eficientes.
São fenômenos de curta duração fundamentais para a lida com os desafios cotidianos. 
Relações entre Motivação e Emoções
A emoção é um dos motivos básicos porque tem a propriedade de energizar o comportamento e, devido à sua função propositiva, também direcioná-lo para uma meta.
As emoções permitem a leitura sobre a adaptação do indivíduo, o que se torna fundamental para profissionais da área da saúde.
Emoções positivas e automotivação
As emoções são fenômenos de curta duração e estão sempre em mudança.
A prevalência de emoções positivas significa que o indivíduo consegue envolver-se com os desafios diários, estabelecendo recursos internos de forma a resolvê-los. 
A satisfação das necessidades psicológicas alimenta a motivação intrínseca e a capacidade de automotivação, tornando as pessoas mais flexíveis e mais adaptáveis na relação com ambientes com estímulos estressores e aversivos. 
Emoções Negativas e Comportamentos Mal Adaptativos
A prevalência de emoções negativas pode ser um indicativo de fragilidade, relacionada a um determinado momento da vida (a perda de um parente, por exemplo) ou algum traço de personalidade na pessoa. 
A relação adaptativa com o ambiente não vai bem. 
Quando a emoção torna-se exagerada, ela deixa de ser adaptativa e vira desadaptativa. 
Por exemplo: a função do medo é alertar o organismo, antes mesmo do processamento consciente do estímulo, de que algo pode colocar a vida em risco. Mas um medo exacerbado de algo vira uma patologia: a fobia.
Dimensões das Emoções
1. O sentimento que refere-se a experiência subjetiva da emoção, como a pessoa vivencia existencialmente a situação e possui origens nos processos cognitivos; 
2. O aspecto biológico desencadeado e que desperta respostas mobilizadoras que preparam o corpo para adaptar-se às situações que enfrentadas; 
3. O aspecto social porque as emoções se expressam através de sinais faciais, posturas e gestos que comunicam aos outros a qualidade e a intensidade da emoção; 
4. O aspecto funcional, pois são agentes de um propósito; uma vez acionadas, ativam o corpo para a ação através de estados motivacionais que possuem finalidades e objetivos específicos.
Exemplo das dimensões das emoções
Exemplo das dimensões emocionais
As Emoções são causadas por fatores biológicos ou cognitivos?
A emoção é um processo humano multidimensional que envolve tanto fatores biológicos quanto cognitivos. 
Se a causa das emoções for biológica, seu início estará relacionado ao sistema límbico. Caso a perspectiva seja a cognitiva, o que prevalece é a percepção que as pessoas têm das situações que vivenciam que se pautam na aprendizagem e memória de experiências anteriores. 
Os argumentos para a corrente biológica são que a ativação de reações biológicas não depende de processos cognitivos. Na verdade, as reações fisiológicas das emoções ocorrem antes da capacidade de processamento da consciência. Então as emoções podem ocorrer sem um processo cognitivo prévio, mas não sem um processo biológico. Esta perspectiva está apoiada em três descobertas: (REEVE, 2006, p.193)
Evidências da origem biológica
1. Como os estados emocionais são difíceis de verbalizar, eles devem, pois, ter origens não-cognitivas (não baseadas na linguagem). 
2. A experiência emocional pode ser induzida por procedimentos não-cognitivos, tais como estimulação elétrica do cérebro ou da musculatura facial. 
3. As emoções ocorrem em bebês e animais não-humanos. 
Bebês respondem emocionalmente a certos eventos apesar de limitações cognitivas: o bebê de 3 semanas sorri em resposta a voz humana; o bebê de 2 meses exprime raiva em resposta à dor. (REEVE, 2006) 
A Perspectiva Cognitiva
Não é possível responder emocionalmente à eventos onde não se consegue processar cognitivamente o sentido. Se um evento for irrelevante para uma pessoa, não haverá estimulação ou ativação de respostas emocionais porque ela será indiferente ao mesmo.
Se a pessoa está na frente de um leão e não sabe o significado do animal nem o risco que está correndo, não terá ativada a reação fisiológica do medo.
Uma terceira perspectiva articula os aspectos biológicos e cognitivos. Considera que nos seres humanos os sistemas biológico e cognitivo são sincrônicos para a ativação das emoções. Entretanto, o sistema biológico é inato e espontâneo, reagindo involuntariamente a situações potencialmente estimulantes para as emoções. O outro está relacionado com a aprendizagem do indivíduo através da modelagem do seu comportamento. 
Teorias das Emoções 
Quantas emoções existem? De uma forma geral, os teóricos que estudam as emoções concordam que existem emoções inatas (primárias ou básicas), como o medo e a raiva, por exemplo, e emoções secundárias ou aprendidas. Existem várias teorias, tanto na perspectiva cognitiva quanto na perspectiva biológica que consideram números bastante diferenciados em termos de emo- ções. Entretanto, há um consenso com relação a algumas emoções básicas: medo, raiva, repugnância, tristeza, alegria e interesse. Pode-se dizer que essas emoções possuem características que as diferenciam das outras, como: (REEVE, 2006, p. 198)
1. São inatas, e não adquiridas ou aprendidas por experiência ou socialização. 2. Surgem nas mesmas circunstâncias para todas as pessoas (perdas pessoais entristecem a todos, independente da idade, cultura e assim por diante). 3. São expressas de maneira própria e distinta (tal como por meio de expressão facial universal). 4. Provocam um padrão de respostas fisiológicas distinto e altamente previsível.
Medo
O medo constitui-se numa reação desencadeada por uma experiência potencialmente arriscada para o organismo, seja com relação a sua sobrevivência ou ao seu bem-estar. Os eventos perigosos ou arriscados podem ser percebidos como fisiológicos ou psicológicos e podem ser sentidos vulnerabilidades em qualquer dimensão da vida humana: afetiva, moral, física, psíquica e outras. Segundo REEVE (2006, p.198) As situações mais comuns que ativam o medo são as que se originam na antecipação ao dano físico ou psicológico, a vulnerabilidade diante da expectativa de que a capacidade de lidar com problemas não seja suficiente para as circunstâncias que estão para acontecer. O medo é uma emoção altamente adaptativa porque motiva a defesa e funciona como um sistema de alerta para o organismo de algum risco iminente ativando fisiologicamente e de forma comportamental o organismo para atos relacionado à fuga ou luta. O medo, ainda, pode favorecer a base motivacional para a aprendizagem de novas respostas de manejo (coping) que evitem a pessoa de encontrar o perigo.
A Raiva A raiva surge como uma resposta diante de uma limitação relacionado a algo desejado. Alguns eventos desencadeadores da raiva são a traição da confiança, rejeição, sentimento de injustiça, humilhação e outros. Ou seja, a raiva é ativada quando o organismo interpretação que há uma interferência externa sobre os padrões de bem-estar da pessoa. A raiva é a emoção mais passional •  É a emoção mais passional. E pode aumentar o senso de controle da pessoa. Torna as pessoas mais sensíveis e perceptíveis às injustiças do que os outros. Ativa o comportamento de luta e controle para superar os corrigir a restri- ção não-legítima. •  A raiva pode servir a uma função positiva, através da assertividade, para causas sociais (movimentos sociais) ou como sinal de alerta (“ Eu estou falando sério!”). Mas pode, também, servir a uma função negativa e com alto potencial destrutivo, tornando-se a função mais perigosa (agressão, destruição de patrimônio etc).
Repugnância •  A repugnância implica livrar-se ou afastar-se de um objeto contaminado, deteriorado
ou estragado. Tal objeto será aprendido conforme a cultura (comer insetos). •  Na primeira infância a repugnância limita-se a sabores amargos ou azedos. Na segunda infância, a as reações de repugnância incluem para repulsas psicologicamente adquiridas. Na fase adulta, a repugnância surge quando encontramos qualquer objeto que consideramos contaminados, tal como: – Contaminações corporais: má higiene, sangue coagulado, morte – Contaminações interpessoais: contato físico com pessoas indesejáveis – Contaminações morais: abusos de crianças, incesto, infidelidade •  A função da repugnância é a rejeição e possibilitam a aprendizagem de comportamentos de evitação de objetos considerados repugnantes culturalmente: higiene, violação moral etc.
Tristeza •  A tristeza ou angústia é a emoção mais negativa e desagradável. Surge principalmente de experiências de separação ou fracasso.
•  A tristeza motiva o indivíduo a assumir qualquer comportamento necessário para suavizar as circunstâncias que provocam a angústia antes que elas ocorram novamente. Motiva a pessoa a fazer o ambiente voltar ao estado anterior à situação angustiante. •  A tristeza possui a função positiva de manter a coesão grupal.
Alegria •  Os eventos que trazem alegria incluem resultados desejáveis (bom êxito na tarefa, realizações pessoais, progresso em direção a uma meta, obtenção do que se quer, ganho de respeito). •  As causas da alegria são basicamente o oposto da tristeza. •  Quando estamos alegres, sentimos entusiasmo, otimismo e somos sociáveis. •  A função da alegria é facilitar nossa disposição de exercer atividades sociais e possui uma função “calmante”, equilibrando as experiências de frustra- ção, decepção, e afeto negativo geral. 
Interesse •  O interesse é a emoção que mais prevalece no funcionamento do dia-a-dia. •  O interesse cria o desejo de explorar, investigar, buscar, manipular e extrair informações dos objetos que nos cercam, determina o grau de atenção dirigida e facilita a compreensão e memorização da informação, aprimorando a aprendizagem. 
Qual a utilidade das emoções? •  Função de enfrentamento (coping): ajudar na adaptação do organismo ao meio, seja desencadeando comportamentos para se proteger (fugir, lutar, vomitar substâncias tóxicas), seja para construir ou manter relações sociais. As emoções servem para: proteção, destruição, reprodução, reunião, afiliação, rejeição, exploração, orientação. Servem para nos preparar para uma resposta automática às tarefas fundamentais da vida. •  Funções sociais: comunicam aos outros os nossos sentimentos, influem no modo como os outros nos tratam, promovem e facilitam a interação social, criam, mantêm e dissolvem nossos relacionamentos. 
Emoção X humor 
•  As emoções surgem em resposta a um evento específico, motivam comportamentos adaptativos específicos e têm curta duração; 
•  Os estados de humor surgem de fontes mal definidas, afetam os processos cognitivos e têm longa duração. 
•  O Humor existe como um estado de afeto positivo (estado geral cotidiano de bem-estar), ou negativo.

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