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Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande Curso de Graduação em Farmácia Fármacos Antiparkinsonianos Prof. Erika Gomes de Souza Farmacêutica Hospitalar Especialista em Saúde Pública Mestre em Farmácia/UFMS Membro da Comissão de Farmácia Hospitalar CRF/MS • A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas); • Descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817; • O diagnóstico clínico de doença de Parkinson é a presença de sintomas tríade clássica . INTRODUÇÃO Tremor Rigidez Lentidão de movimentos INTRODUÇÃO • A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos. ESTATÍSTICA • Quanto maior a faixa etária, maior a incidência da doença de Parkinson. • De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos pacientes, ela surge a partir dos 55, 60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos. TIPOS • O conjunto de sinais e sintomas neurológicos é chamado de síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo. • Doenças diferentes e causas muito diversas podem produzir essa síndrome parkinsoniana. Entretanto, a principal causa dessa síndrome é a própria Doença de Parkinson, em aproximadamente 70% dos casos. CAUSAS • Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença. CAUSAS • Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração). SINTOMAS • “sintomas motores” - lentidão motora (bradicinesia), a rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo, os tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro e, finalmente, o desequilíbrio. • “sintomas não-motores” - diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono. DIAGNÓSTICO • O diagnóstico da doença de Parkinson é essencialmente clínico, baseado na correta valorização dos sinais e sintomas descritos. • Exames complementares: tomografia cerebral, ressonância magnética etc. • O exame de tomografia computadorizada quantifica a dopamina cerebral podendo ser utilizado como uma ferramenta especial para o diagnóstico de doença de Parkinson. TRATAMENTO • O objetivo principal do tratamento é a autonomia do paciente; • A terapia deve ser individualizada, com a escolha da medicação adequada para paciente; • Esquema posológico será reavaliado e ajustado periodicamente afim de atingir o equilíbrio perfeito entre o alívio dos sintomas e prevenção de reações adversas indesejáveis. TRATAMENTO • Tratamento adjuvante com equipe multiprofissional é muito recomendado, além de atividade física regular. • O objetivo do tratamento, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, atividade física entre outros é melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo o prejuízo funcional decorrente da doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, com qualidade, por muitos anos. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIPARKINSONIANOS • Os antiparkinsonianos podem ser classificados em: Liberadores de dopamina Amantadina Agonistas dopaminérgicos Bromocriptina Lisurida Pramipexol Apomorfina Ropinirole Inibidor da Monoamina oxidade Tipo B Selegilina Anticolinérgicos Biperideno Triexefenidil Benztropina Precursores de Dopamina Levodopa Precursores de dopamina • Fármacos que aumentam os níveis cerebrais de dopamina LEVODOPA • Farmacodinâmica: A levodopa ultrapassa a barreira hematoencefálica, sendo descarboxilada pela ação da enzima dopa descarboxilase em dopamina. Com isso, restauram-se as reservas desse neurotransmissor. A levodopa é convertida em dopamina nos neurônios nigroestriatais. # a Levodopa deve ser administrada em associação com inibidores da descarboxilase, que não atravessam a barreira hematoencefálica, impedindo a conversão prematura da levodopa em dopamina nos tecidos periféricos. Precursores de dopamina • Fármacos que aumentam os níveis cerebrais de dopamina LEVODOPA Anticolinérgicos BIPERIDENO • Antiparkinsoniano e corretor das síndromes extrapiramidais (movimentos involuntários). • Produz leves efeitos cardiovasculares e respiratórios. • Produtos comerciais: Akineton, Biperideno, Cinetol, Parkinsol. TRIEXIFENIDIL • Produtos comerciais: Artrane, Triexidyl, Triexiphenidil. Anticolinérgicos • Farmacodinâmica: Inibe diretamente o sistema parassimpático periférico e central. Na doença de Parkinson , a diminuição da dopamina, libera o sistema excitatório (colinérgico), cujo mediados químico é a acetilcolina. Assim, o bloqueio dos receptores muscarínicos explicam a ação antiparkinsoniana. Inibidores da monoamina oxidase tipo B SELEGILINA • Indicação: fármaco de escolha no tratamento de Parkinson. • Produtos comerciais: Deprilian, Elepril, Jumexil, Niar. Inibidores da monoamina oxidase tipo B SELEGILINA • Farmacodinâmica: A selegilina é um IMAO-B que inibe a degradação intraneural de dopamina no sistema nigroestriatal e bloqueia a recaptação desta substância. Agonistas dopaminérgicos BROMOCRIPTINA • Indicação: Em associação com a levodopa, para substituir a levodopa, quando essa for contra-indicada ou não tolerada. • Farmacodinâmica: estimula os receptores dopaminérgicos no SNC. • Produtos comerciais: Bagren, Parlodel. Agonistas dopaminérgicos LISURIDA • Indicação: Tratamento da doença de parkinson, em associação com outros fármacos. • Farmacodinâmica: é um potente agonista dos receptores de dopamina, estimulando diretamente os receptores D1 e D2 no sistema nigroestriatal. • Produtos comerciais: Dopergin. Agonistas dopaminérgicos PERGOLIDA • Indicação: Adjuvante à levodopa, no tratamento de sinais e sintomas da doença de Parkinson. • Farmacodinâmica: é um potente agonista dos receptores de dopamina, estimulando diretamente os receptores D1 e D2no sistema nigroestriatal. • Produtos comerciais: Celance PRAMIPEXOL Farmacodinâmica: antiparkinsoniano. • Indicação: Tratamento dos sinais e sintomas da doença de Parkinson. • Produtos comerciais: Mirapex, Sifrol Fármacos liberadores de dopamina AMANTADINA • Introduzida inicialmente como droga antiviralpra proteção contra influenza A. • Em 1969, descobriu-se seu benefício para a doença de Parkinson • Farmacodinâmica: Libera a dopamina de suas reservas nos terminais pré-sinápticos. • Indicação: tratamento de Parkinson. Reações extrapiramidais induzidas por fármacos. • Produtoscomerciais: Mantidan Inibidores da COMT • Fármacos que diminuem o metabolismo da dopamina TOLCAPONA • Farmacodinâmica: antiparkinsoniano. • Indicação: doença de Parkinson, em combinação com levodopa +carbidopa ou levodopa + benserazida. • Produtos comerciais: Tasmar ENTACAPONA • Farmacodinâmica: antiparkinsoniano. • Indicação: doença de Parkinson, em combinação com levodopa +carbidopa ou levodopa + benserazida. • Produtos comerciais: Comtan PREVENÇÃO • Não há como prevenir a doença de Parkinson com os recursos disponíveis atualmente. • Embora hoje seja possível identificar indivíduos com alto risco de conversão para Parkinson, por exemplo, portadores assintomáticos de genes patogênicos, as estratégias medicamentosas e com outras terapias alternativas ainda não se mostraram eficazes para prevenir a progressão da doença.
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