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Conteúdo Complementar - Neurofarmacologia_Doenças degenerativas Ferramenta externa

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Neurofarmacologia: Doenças degenerativas Ferramenta externa 
 
Desafio 
 
Um homem de 85 anos procurou o atendimento médico após seus familiares terem sugerido que ele vem apresentando 
sinais de doença de Parkinson. 
 
Durante o exame, o médico percebeu que a face dele é bastante inexpressiva; tem tremor nas mãos em repouso e 
rigidez dos braços. O diagnóstico confirma doença de Parkinson, e o médico prescreve uma combinação de 
levodopa (L-dopa) e carbidopa. 
a) Como agem os medicamentos usados no tratamento da doença de Parkinson? Qual é o mecanismo de ação da 
L-dopa? 
b) Por que a L-dopa geralmente é administrada em combinação com carbidopa? 
c) Qual o papel do farmacêutico no manejo de paciente com doença de Parkinson? 
 
Padrão de resposta esperado 
a) Como agem os medicamentos usados no tratamento da doença de Parkinson? Qual é o mecanismo de ação da 
L-dopa? 
Os medicamentos usados no tratamento da doença de Parkinson aumentam os níveis de dopamina (p. ex., 
levodopa, agonistas da dopamina, inibidores da MAO e inibidores da COMT) ou inibem as ações da acetilcolina 
(anticolinérgicos) no encéfalo, o que ajuda a manter o equilíbrio entre os neurotransmissores (dopamina e 
acetilcolina). Mecanismo de ação da L-dopa: a L-dopa é descarboxilada em neurônios pré-juncionais no sistema 
nervoso central (SNC), restaurando a atividade de dopamina no corpo estriado. 
 
 
b) Por que a L-dopa geralmente é administrada em combinação com carbidopa? 
A razão pelo qual a L-dopa é administrada com carbidopa é que esta inibe o metabolismo de dopa-descarboxilase 
periférico, mas não central, de L-dopa. Assim, pelo fato de uma maior fração entrar no SNC, a dose terapêutica 
pode ser reduzida e certos efeitos adversos, minimizados. 
 
 
c) Qual o papel do farmacêutico no manejo de paciente com doença de Parkinson? 
A assistência farmacêutica no manejo do paciente com doença de Parkinson inclui a obtenção do histórico do 
paciente através da avaliação dos sinais e sintomas e a observação de reações extrapiramidais induzidas pela 
própria medicação antiparkinsoniana. Envolve também a orientação do paciente e/ou cuidador quanto ao uso dos 
medicamentos e efeitos adversos decorrentes da sua utilização, que inclui salivação excessiva, constipação, 
depressão e discinesia. 
 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=565292
Exercícios 
 
1. As doenças neurodegenerativas do SNC incluem as doenças de Parkinson e Alzheimer, esclerose múltipla, 
esclerose lateral amiotrófica, além de distúrbios motores, como doença de Huntington, de Tourette, de Wilson e 
tremor essencial ou fisiológico. Qual das seguintes alternativas sobre as doenças neurodegenerativas e motoras 
não está corretamente associada? 
 
E. Na doença de Alzheimer ocorre a perda de neurônios do hipocampo e do córtex. Há déficit de memória e 
disfunção cognitiva. O tratamento atualmente disponível com medicamentos, tais como galantamina e donezepila, 
promove a cura dos pacientes. 
O tratamento disponível para a doença de Alzheimer não promove a cura do paciente, sendo apenas intervenções 
farmacológicas paliativas, interferindo de forma modesta na progressão dos sinais e sintomas. 
 
2. Qual das seguintes associações de fármacos antiparkinsonianos constitui um tratamento medicamentoso 
apropriado? 
 
B. Levodopa, carbidopa e entacapona. 
A levodopa é precursor metabólico da dopamina, mas é necessária a administração de grandes quantidades de 
levodopa para a obtenção de resposta terapêutica. Entretanto, tais quantidades resultam em efeitos adversos 
periféricos. Para reduzir a dose de levodopa e seus efeitos adversos periféricos, é indicada a coadministração da 
carbidopa, um inibidor da dopa-descarboxilase periférica. Como resultado de tal associação, maior quantidade de 
levodopa fica disponível para metabolização pela COMT, formando 3-O-metildopa, que compete com a dopa pelo 
transporte ativo no SNC. Com a administração da entacapona (um inibidor da COMT), reduz a concentração de 3-
O-metildopa no plasma, aumenta a captação central da levodopa e eleva as concentrações cerebrais de dopamina. 
 
3. Os efeitos adversos periféricos da levodopa, incluindo náuseas, hipotensão e arritmias cardíacas, podem ser 
diminuídos, se for incluído qual dos seguintes fármacos no tratamento do paciente? 
 
C. Carbidopa. 
A carbidopa inibe a descarboxilação periférica da levodopa, aumentando a disponibilização de levodopa para a 
captação central. Dessa forma, pode-se diminuir a dose de levodopa em até 4 vezes, diminuindo, assim, os efeitos 
adversos gastrintestinais e cardiovasculares da levodopa. 
 
4. A melhora modesta na memória de pacientes portadores da doença de Alzheimer pode ocorrer com fármacos 
que aumentam a transmissão em qual dos seguintes sistema de neurotransmissão central? 
 
B. Sistema colinérgico. 
Os anticolinesterásicos (p. ex., rivastigmina) aumentam a transmissão colinérgica no SNC e promovem um leve 
retardo na progressão do Alzheimer. 
 
5. Qual das alternativas corresponde ao efeito adverso limitante mais comum em pacientes usuários de 
levodopa? 
 
E. Discinesia. 
O efeito adverso limitante mais comum de levodopa é discinesia, que pode ocorrer em até 90% dos pacientes. 
Hipotensão ortostática, depressão e náuseas também são efeitos adversos, mas podem ser mais facilmente tratados 
e tolerados pelos pacientes.

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