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Curso Trilhas Monitoradas

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CURSO PARA TRILHAS MONITORADAS PARQUE MUNICIPAL DA GRUTA DE SANTA LUZIA E PARQUE NATURAL MUNICIPAL GUAPITUBA ALFREDO KLINKERT JÚNIOR
Mauá, setembro de 2014
OBJETIVOS
Objetivo principal do curso:
 Mostrar a importância do monitor� na realização das trilhas, a importância da própria trilha e dos parques� e como realizá-la de maneira a atingir os diferentes públicos.�
Objetivos da trilha monitorada:
 Apresentar e preservar a fauna e flora, biodiversidade;
 Proporcionar atividades de campo visando sensibilização, conhecimento e conscientização de crianças, adolescentes, adultos e idosos sobre questões ambientais;
 Contar a história do local;
 Trabalhar a importância das áreas verdes;
 Mostrar as intervenções do homem no meio;
 Identificar as diferenças em diferentes locais;
 Despertar e incentivar atitudes e ações que contribuam para melhorias na qualidade de vida e no meio ambiente;
JUSTIFICATIVA
Nota-se a partir da perspectiva histórica, que a temática ambiental vem crescendo e novas restrições surgindo em âmbito governamental e internacional. 
No município de Mauá nota-se problemas ambientais. Devido seu crescimento desordenado, com ocupação irregular e pouca preservação ambiental, restaram pequenos espaços de áreas verdes. 
Os parques além da preservação da biodiversidade, são minimizadores de calor, reduzindo a temperatura do ar e de superfície, ajudando na retenção da água da chuva (reduzindo enchentes) e dos poluentes do ar, diminuindo os riscos de doenças como asma e bronquite, auxiliando também na permeabilidade e fertilidade do solo e amortecimento de ruídos, sendo também espaços para o lazer da comunidade local e de visitantes. Permitindo o acesso da população é um primeiro passo para a conscientização e reconhecimento sobre a importância de conservar as áreas naturais, uma vez que as pessoas costumam dar mais valor àquilo que conhecem.
Parques localizados na área urbana proporcionam aos moradores a opção de visitar áreas naturais, com paisagens verdes, fauna e flora, sem a necessidade de percorrer grandes distâncias. É neles que grande parte da população urbana desenvolve sua relação com a natureza, o que faz deles uma importante ferramenta para conscientização ambiental.
Hoje, os nossos Parques Municipais são um dos poucos fragmentos florestais remanescentes em nossa cidade, sendo constituídos por parte de mata atlântica e também espécies exóticas, abrigando relevante biodiversidade. Os parques podem também, ser utilizados para fins científicos, culturais, educativos e recreativos, desde que essas atividades não comprometam o objetivo principal, que é preservação da biodiversidade.
Assim, a trilha monitorada é uma forma de fazer com que crianças, jovens e adultos tenham um contato direto com a natureza. As trilhas visam estimular a capacidade de observação e reflexão, viabilizando assim, a informação biológica, social, cultural, geográfica e histórica, a sensibilização e a conscientização socioambiental, propiciando ao cidadão a partir de uma nova leitura da realidade, repensar e rever sua relação com o meio ambiente como um todo.
INTRODUÇÃO
	O impacto das atividades humanas sobre o meio ambiente não é um fenômeno recente. Historicamente tem-se observado um desencadeamento de fatos contribuintes e agravantes da degradação ambiental vivenciada globalmente, que vão desde o desenvolvimento das atividades agrícolas, passando pela Revolução Industrial, até culminar no atual modo de vida capitalista, porém, a preocupação ambiental, surge de maneira global, somente em tempos recentes. 
	A primeira grande mudança no modo de vida do homem, até então marcado principalmente pelas atividades de caça e pesca para a subsistência, foi o desenvolvimento da agricultura. Sua expansão junto ao aumento populacional contribuíram para os primeiros desmatamentos, não somente para a obtenção de terras cultiváveis como também para a utilização de árvores como combustível. 
Outra grande mudança ocorreu com o desenvolvimento da manufatura, cultivo em escala de um único produto, (entre os séculos XVI e XVII → 1501 - 1700), implicando em mudanças radicais sob todos os aspectos nas relações sociais e de trabalho. Esse período histórico, que precedeu a Revolução Industrial, caracterizou-se pelo surgimento de uma forma e vida muito dependente de energia não-renovável. 
A Revolução Industrial do século XVIII pode ser entendida como uma primeira grande arrumação espacial interligando as regiões do mundo. O aumento da escala produtiva tem sido um importante fator que estimula a exploração dos recursos naturais, elevando a quantidade de resíduos gerados. A partir da Revolução Industrial, surge uma diversidade de substâncias e materiais que não existiam na natureza. A maneira como a produção e o consumo estão sendo conduzidos desde então exige recursos e gera resíduos, ambos em quantidades vultosas, que estão ameaçando a capacidade de suporte do próprio planeta. 
O desenvolvimento tecnológico e o consequente aumento da produtividade na Era da Revolução Industrial provocaram uma melhora substancial na qualidade de vida material. Entretanto, já na primeira metade do século XX, foi possível constatar novas provas do eventual dano em grande escala que as novas tecnologias poderiam causar ao meio ambiente. Se por um lado os sistemas industriais alcançaram apogeus de sucesso, o capital natural, do qual depende a prosperidade econômica da civilização, declinou rapidamente, sendo que o índice de perdas cresceu na mesma proporção dos ganhos em termos de bem-estar material.
Durante este período, a humanidade presenciou uma degradação ambiental sem precedentes, com o povoamento das cidades e a mecanização da produção agrícola, o nível de produção que o ambiente pode sustentar tem gerado polêmicas acirradas desde muito tempo e que os posicionamentos e as propostas relativas a essa questão variam dentro de um continnum que se estende do otimismo ao pessimismo extremados. 
Os grandes marcos do despertar de uma consciência ecológica mundial foram: a publicação do Relatório Limites do Crescimento, elaborado pelo Clube de Roma e a Conferência de Estocolmo, em 1972 (I CNUMAD), que teve por objetivo conscientizar os países sobre a importância da conservação ambiental como fator fundamental para a manutenção da espécie humana, sendo que a palavra-chave em Estocolmo foi poluição. Este evento colocou a questão ambiental nas agendas oficiais e nas organizações internacionais, enfocando a necessidade de tomar-se medidas efetivas de controle dos fatores que causam a degradação ambiental. A conferência foi marcada pelo antagonismo entre dois blocos: os países desenvolvidos, preocupados com a poluição e o esgotamento de recursos estratégicos e os demais países, que defendiam o direito de usarem seus recursos para crescer e assim ter acesso aos padrões de bem-estar alcançados pelas populações dos países ricos. Apesar destas divergências, o encontro conseguiu avanços positivos, dentre eles a aprovação da Declaração sobre o Ambiente Humano, um plano de ação constituído de cento e dez recomendações, e o início de um envolvimento mais intenso da Organização das Nações Unidas (ONU) nas questões ambientais de caráter global.
Com a implementação do plano de ação, observa-se o início da construção de uma infraestrutura internacional para a gestão ambiental global, na qual se destacam os seguintes eventos: criação de observatórios para monitorar e avaliar o estado do meio ambiente; maior envolvimento dos bancos multilaterais e regionais de desenvolvimento (Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, etc.) e a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que passaria a centralizar grande parte das ações da ONU em relação às questões ambientais.
Já em 1992, ocorreu a II Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) realizada na cidade do Rio de Janeiro e marcao início da fase atual das discussões ambientalistas acerca da gestão ambiental global. Este evento contou com a participação de 178 países e a aprovação de documentos importantes relativos aos problemas socioambientais globais, dentre eles: a Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Convenção sobre Mudanças Climáticas, a Convenção da Biodiversidade e a Agenda 21 (principal documento produzido). A conferência representou o primeiro passo de um longo processo de entendimento entre as nações sobre as medidas concretas, visando reconciliar as atividades econômicas com a necessidade de proteger o planeta e assegurar um futuro sustentável para todos os povos. 
Outro grande evento que marcou esta discussão acerca dos problemas de cunho ambientalista foi o Protocolo de Kyoto, realizado e aprovado no ano de 1997. O objetivo do Protocolo era de reduzir entre os anos de 2008 e 2012, em média, 5,2% as emissões da atmosfera dos seis gases que provocam o efeito estufa: dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, hidrofluocarbono, perfluorocarbono e o hexafluorocarbono de enxofre. Apesar de ter sido aprovado no ano de 1997 e de ter gerado grande otimismo, o Protocolo de Kyoto, inicialmente foi marcado pela retirada de países importantes como os EUA, China e Índia. Após sete anos o acordo foi ratificado juridicamente para os 141 países signatários, em 16 de fevereiro de 2005, visando estabelecer medidas concretas na luta contra o aquecimento global do planeta (Redação Terra, 2005). O Protocolo de Kyoto foi um grande avanço em termos de gestão ambiental, não apenas pela fixação de metas como também, por ter criado mecanismos importantes para implementá-las (Implementação Conjunta, Comércio de Emissões e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo). 
Porém, o Protocolo de Kioto perdeu forças e em 2012 foi estendida sua validade até 2020, sendo que restaram somente 36 países comprometidos com a redução das emissões de gases. 
Em 2012, ocorreu na cidade do Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A Rio+20 foi assim conhecida porque marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. O objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
	Importancia do trabalho educativo com as crianças
O Município de Mauá
As primeiras referências documentais específicas sobre o atual território de Mauá datam do início do século XVIII. Naquela época, a região que abrigava a área onde hoje se localiza Mauá recebera a denominação indígena de Cassaquera, cujo significado é "Cercados Velhos". Já a região vizinha, que ficava na parte alta do território em que se localizam Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, chamava-se Caguassu, cujo significado é "Mata Grande".
A região de Cassaquera abrigava um povoamento bastante disperso, cuja existência estava diretamente relacionada ao caminho que ligava a então Vila de São Paulo ao litoral e que, atravessando o território, passava nas vizinhanças do atual leito ferroviário, às margens do rio Tamanduateí. Com o tempo, a localidade tornou-se passagem obrigatória para os povoados de Pilar e São Bernardo. O povoado de Pilar desenvolveu-se ao redor da Capela de Nossa Senhora do Pilar, construída em 1714, no atual Pilar Velho - Ribeirão Pires. Esse povoado também estava à beira de outro caminho que conduzia para a Vila de Mogi das Cruzes através dos campos de Taiaçupeba e Guaió.
Em 1856 foi aprovado o decreto que permitiu a formação de uma companhia para a construção da estrada de ferro Santos/Jundiaí e concedeu a Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, juntamente com o Marquês de Monte Alegre e o Conselheiro José Antonio Pimenta Bueno (que viria a ser o Marquês de São Vicente) o direito de construir e explorar a ferrovia por 90 anos.
 	Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos primeiros idealizadores da construção de ferrovias que ligassem São Paulo ao litoral ou, por exemplo, ao Rio de Janeiro, foi a captação de recursos para a empreitada. Por isso, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, obteve do Imperador D. Pedro II autorização para buscar recursos fora do país. Valendo-se de seu prestígio social, o Barão de Mauá conseguiu que boa parte das ações fosse subscrita por pessoas de seu círculo de relações. Conseguiu também que os governos do Império e da Província de São Paulo oferecessem as garantias exigidas pelos banqueiros ingleses para o empréstimo de capital.
A participação do Barão de Mauá na fase de construção da ferrovia foi também intensa, fato ilustrado pela frequência com que sua presença era exigida durante as obras. Foi por essa razão, aliás, que ele adquiriu, em 1862, uma fazenda localizada no atual município de Mauá. Tal fazenda pertencia ao Capitão João e possuía uma casa grande na qual o Barão teria morado e hoje abriga a Casa da Cultura e Museu Barão de Mauá. A construção da ferrovia, que começou no porto de Santos e seguiu em direção a São Paulo, foi iniciada em maio de 1860. 
A São Paulo Railway Company, organizada em Londres, foi formada para construir a estrada de ferro que ligaria Santos a Jundiaí. A inauguração da estrada de ferro em 16 de fevereiro de 1867 melhorou significativamente o transporte de produtos agrícolas do interior para o Porto de Santos, em especial o café produzido na Província de São Paulo, impulsionando o desenvolvimento local.
O crescimento da então chamada Vila do Pilar motivou a Superintendência da São Paulo Railway Company a instalar uma estação da ferrovia na localidade. Em 1883 foi inaugurada a então Estação do Pilar, toda construída em madeira, que viria a representar importante papel no processo de industrialização do futuro município. Em 1926 a Estação do Pilar passou a chamar-se Estação Mauá.
 	Desde sua fundação, a Vila do Pilar pertencia a São Bernardo (freguesia de 1812 a 1889 e município a partir de então). Contudo, pela proximidade e pela facilidade de acesso via ferrovia, a localidade ao redor da Estação São Bernardo (mais tarde Santo André) sempre exerceu maior influência sobre Pilar, sobretudo nos aspectos econômicos, comerciais e administrativos.
Em 1938, Mauá foi de fato integrada ao município de Santo André. Em 1943, tanto no então Distrito de Mauá, quanto nos demais distritos andreenses (Ribeirão Pires, São Bernardo e Paranapiacaba), já se falava do desejo de emancipação. O plebiscito que permitiu a população optar pela autonomia do distrito ocorreu em 22/11/1953 e por meio do decreto estadual nº 2.456, de 30 de dezembro de 1953, a cidade teve sua própria emancipação. Em 1954, é realizada a primeira eleição para prefeito, vice-prefeito e vereadores, empossados no dia 1º de janeiro de 1955, quando é instalado, oficialmente, o município de Mauá, porém seu aniversário é comemorado no dia da padroeira Nossa Senhora da Imaculada Conceição, 8 de dezembro.
	O Barão de Mauá deu origem à cidade, sendo que o termo mauá significa em tupi guarani, elevado. Assim, Mauá é “cidade elevada”.
A cidade já foi conhecida como cidade da porcelana, devido ao grande número de indústrias cerâmicas e olarias que existiam.
	Mauá localiza-se na região sudeste da Região Metropolitana de São Paulo, no ABC paulista, considerado 100% urbano, possui aproximadamente 430.448 habitantes e 61,8 km² de extensão territorial, com densidade demográfica de 6.957,30 hab/ km² e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,766 (SEADE). 
A cidade abriga um dos maiores parques industriais do país, o Polo Petroquímico do Capuava. O intenso comércio local, o setor de serviços e a presença de importantes empresas, fazem do município uma interessante opção para investimento. No entanto, Mauáenfrenta sérios problemas sociais e ambientais, causados, principalmente, pela ocupação desordenada, falta de planejamento urbano e ausência de investimentos em infraestrutura. 
Mesmo sendo a 11ª maior cidade do Estado, é a 10ª mais pobre em orçamento per capita. São as indústrias que mais contribuem para a arrecadação municipal. Na composição do PIB (Produto interno bruto) do Município de Mauá, o setor de serviços responde por 50,77%, a indústria por 35,72% e os impostos por 13,50%. 
Em 2011, PIB per capita foi de 18.125,78 (Seade), a renda per capita R$ 583,61 (Seade). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,781, o que coloca o município em penúltima posição entre as cidades do ABC Paulista. 
	Limita-se com Santo André a oeste, Ferraz de Vasconcelos a nordeste, Ribeirão Pires a Leste e sul e São Paulo a norte. O clima da cidade é tropical de altitude, com temperatura média anual em torno dos 19°C. O município fica 818 metros acima do nível do mar, no limite entre a serra do mar e o planalto. O sítio físico de Mauá está assentado em uma região composta por rochas de predominância cristalino-argilosas, destacando-se os micaxistos, gnaisses e filitos. A maior parte do território é composta por rochas metamórficas e sedimentares, permeadas por afloramentos rochosos magmáticos, com maior relevância para o granito, em sua forma extrusiva. O relevo mauaense caracteriza-se pelas elevadas altitudes existentes junto aos limites com o município de São Paulo, bem como no trecho que divide as águas da sub-bacia do rio Guaió das águas da sub-bacia do Tamanduateí.
A rede hidrográfica do Município drena em direção às sub-bacias dos rios Guaió e Tamanduateí, ambas integrantes da Sub-bacia Billings-Tamanduateí que, por sua vez, compõe a Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.
A área hoje ocupada pelo município de Mauá era coberta por vegetação de Mata Atlântica mescladas com espécies do Planalto Paulista e também araucárias típicas do clima de altitude. Com a desordenada expansão urbana, à base de loteamentos clandestinos ou irregulares e ocupações de áreas públicas, a substituição das áreas anteriormente cobertas por vegetação se deu de forma rápida e indiscriminada. A vegetação existente hoje está restrita as praças públicas, aos parques municipais e a algumas áreas públicas e particulares. Abriga nascentes de rios, como o Tamanduateí, terceiro maior afluente do Rio Tietê, que nasce no Parque Municipal Gruta de Santa Luzia, e diversas áreas de proteção permanente.
Mauá possui dois parques municipais, como áreas de preservação: o Parque Natural Municipal Guapituba Alfredo Klinkert Júnior e o Parque Municipal Gruta de Santa Luzia.
A história do Parque Municipal da Gruta de Santa Luzia
No inicio do século XX havia diversas pedreiras (granito) numa região do atual Município de Mauá. Estas pedreiras, naquela época, foram muito exploradas, possibilitando inclusive, a pavimentação de alguns locais do município.
A pedreira mais distante pertencia à família Ferrari, onde se localizava uma gruta, próximo onde nasce o Rio Tamanduateí. No dia-a-dia da exploração dos blocos de granito, os trabalhadores, chamados escarpelinos, tinham seus olhos feridos por lascas de pedras e os lavavam na água limpa da nascente, invocando a proteção de Santa Luzia, conhecida como protetora dos olhos.
Mais tarde, a imagem da santa foi levada em procissão pelos bairros até a nascente do rio, onde permaneceu emprestando seu nome à gruta e posteriormente ao atual Parque Municipal da Gruta de Santa Luzia. O proprietário da área protegia o entorno da gruta, caracterizado com remanescente de Mata Atlântica. Essa vegetação esta preservada até hoje.
A área do Parque Municipal da Gruta de Santa Luzia foi incorporada pelo Decreto n0 13047/74, e o parque criado pela Lei 2425/1992 e está protegido como área de interesse relevante para a proteção ambiental, uma vez que é composto por mata natural secundária de Mata Atlântica e faz divisa com a área de proteção aos mananciais. Possui 450.899,68 m2 de área, onde se localizam as nascentes do Rio Tamanduateí.
A história do Parque Guapituba
Guapituba é uma palavra de origem tupi, podendo significar "o abundante de aguapé" ou "rio onde há muito aguapé", pela junção de awapé (aguapé), 'y (água, rio) e tyba (ajuntamento).	
No século XIX, a família Klinkert oriunda do vale do Reno, Alemanha, se dedicava a cultura da uva e produção de vinho. Por volta de 1885 a família se transferiu para o Brasil e fixou residência no município de Santos, onde havia numerosa colônia de alemães.
	Em Santos instalaram fábrica de vinagre de vinho, já que o Brasil não possuía uva de boa qualidade para a produção de vinho. Mais tarde passaram a produzir refrigerante gasoso e depois gelo em barras, produto muito solicitado na ocasião para o fornecimento a navios da marinha mercante.
	Alfredo Klinkert Junior nasceu em Santos em 1900 e, ainda menino costumava passar as férias de verão em um sitio de uma senhora chamada Bertha, em Mauá. Por ser uma cidade de clima agradável, a família adquiriu duas glebas em frente ao posto telegráfico Guapituba, onde hoje se situa a atual estação ferroviária Guapituba.
	Com o tempo, transformou essas terras pobres e devastadas em verdejante parque florestal inspirado nos bosques que margeiam o lago Konstanza que se localiza na fronteira entre Alemanha e Suíça, com jardins trabalhados em cantaria e pérgolas, local hoje conhecido como jardim de pedra. Ali plantou mais de 100.000 árvores das mais variadas espécies que ainda hoje podem ser admiradas. 
	As obras realizadas na propriedade naquela época utilizaram pedras extraídas da própria propriedade, local conhecido como pedreira.
	O Parque possui área total de 574.622 m2. Por sua importância, toda a sua área é protegida por Lei Municipal No 3272/2000, como Área Especial de Interesse Ambiental e foi criado em 1995 e em 2007 através da Lei 4.200 teve seu nome alterado para Parque Natural Municipal Guapituba Alfredo Klinkert Junior.
IMPORTÂNCIA DE MONITORIA
A educação é a forma que o homem tem de se apropriar da produção de conhecimento gerado ao longo da história pela humanidade, pela cultura, pela história dos homens, que se formam como indivíduos e que produzem, também coletivamente, novos conhecimentos (Saviani, 1994). A educação é progresso para o individuo e para a sociedade que se projeta na capacidade de exercer sua autonomia, sua emancipação e sua liberdade. 
Sendo a educação ambiental não-formal um processo de práticas educativas intencionalmente organizadas, normalmente dedicadas à população de todas as idades e que pode orientar-se em diversas vertentes, desde a aquisição de conhecimentos ao desenvolvimento de valores e atitudes positivas face ao ambiente, passando, inclusive, por atividades de lazer. As propostas nesta área podem ser mais ou menos estruturadas conforme se trate de trilhas interpretativas, oficinas, hortas pedagógicas, cursos de formação e outros. 
A força da educação ambiental não formal está no fato de que ela não opera dentro de um determinado conjunto de regras com uma estrutura e currículos rígidos e avaliações formais. A educação ambiental não formal está mais capacitada para responder a questões ambientais locais que têm um significado mais social e de utilidade para a comunidade uma vez que é menos voltada ao atendimento de necessidades acadêmicas.
Dentre as diferentes práticas de educação ambiental não formal, adotadas atualmente, a trilha de interpretação da natureza trata-se de uma das metodologias que está se consagrando dentre os educadores ambientais, pelas possibilidades de trabalho que apresentam onde aborde a relação homem e ambiente. 
A trilha interpretativa é uma prática educacional realizada ao ar livre cuja finalidade é o desenvolvimento educacional do ser humano que, durante um determinado percurso, interage em diferentes escalas com o meio ambiente natural ou construído, possibilitado estimular a capacidade de observaçãoe reflexão, viabilizando assim a informação biológica, a sensibilização e a conscientização ambiental. Além de reforçar o traço dos lugares, das regiões e das paisagens, criando novos conteúdos que até então passavam despercebidos, a interpretação ambiental é uma oportunidade de desenvolvimento humano que estimula a capacidade investigadora, levando o indivíduo a repensar seu modo de ver e sentir o meio ambiente como um todo, a partir da leitura e da percepção da realidade ambiental.
O acompanhamento de um monitor minimiza impactos ao ambiente e direciona as atividades promovendo a mudança conceitual em relação ao meio. Mais do que um simples local de lazer, o parque deve funcionar como um centro de educação ambiental e mudança conceitual e atitudinal. Os monitores podem auxiliar na compreensão dos visitantes sobre os aspectos funcionais e ambientais do parque.
Os parques situados em áreas urbanas são considerados patrimônios ambientais, históricos e culturais, proporcionando ao seu público usuário um espaço geográfico propício para convivência social, lazer, prática de esportes, contemplação, educação ambiental e a possibilidade de coexistência do ambiente natural com o ambiente construído. As trilhas monitoradas como estratégia em educação ambiental, proporcionam aos participantes a oportunidade de uma melhor compreensão acerca do processo de antropismo (ação humana sobre o ambiente) e suas conexões espaço-tempo que resultaram nas transformações socioambientais contemporâneas. As trilhas interpretativas em Educação Ambiental podem estimular a capacidade de observação e reflexão, viabilizando assim, a informação biológica, social, cultural, geográfica e histórica, a sensibilização e a conscientização socioambiental, propiciando ao cidadão a partir de uma nova leitura da realidade, repensar e rever sua relação com o meio ambiente como um todo.
Flora
Araucárias
Nome Científico: Araucaria angustifolia
Família: coníferas
Características Morfológicas: As árvores desse vegetal possuem altitudes que podem variar entre 25 e 50 metros e troncos com 2 metros de espessura. As folhas são de coloração verde-escura e persistem durante o inverno.
Origem: uma espécie que teve sua origem há 200 milhões de anos, quando surgiram as árvores primitivas com sementes sem frutos.
Ocorrência Natural: região Sudeste, em toda a região Sul do Brasil, na Argentina (região de Misiones) e no Paraguai, pontualmente, sendo nativa de Mata Atlântica.
Essa cobertura vegetal, também conhecida como Pinheiro do Paraná, se desenvolve em regiões nas quais predomina o clima subtropical, que apresenta invernos rigorosos e verões quentes, com índices de chuva relativamente elevados e bem distribuídos durante o ano.
Os frutos da araucária são, botanicamente, classificados como pseudofrutos, reunidos em estróbilo feminino ou pinha (ovário), com 10 a 25 cm de diâmetro, composto de 700-1200 escamas, com número variável de semente (5 a 150) e com até 4700 g de peso (Carvalho, 1994). Popularmente os frutos da araucária são conhecidos como pinha.
As sementes dessas árvores, conhecidas como pinhão, integram o folclore brasileiro, sendo bastante utilizadas nas festas juninas do sul e sudeste e são alimento de diversos animais como: gralhas, tucanos, canário da terra, pintassilgo, graxains, cotias, pacas, capivaras, ouriços e também para o ser humano.
Com a exploração indiscriminada, avanço da fronteira agrícola e processo de urbanização, dentre outros fatores, ocorreu a devastação da Floresta Ombrófila Mista (floresta com araucária) (DEAN, 1996) a tal ponto que, hoje, a araucária encontra-se na lista das espécies ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2008), na categoria vulnerável.
 
Palmeira Australiana ou Palmeira – Real
Nome Científico: Archontophoenix cunninghamiana 
Família: Arecaceae
Características Morfológicas: É espécie monocaule, com folhas pinadas, estipe de 20 – 25 m de altura, levemente entumecido na base, delgado, com 15 a 20 cm de diâmetro, cinza; folhas com 2 a 3m de comprimento, arqueadas na copa; flores com cerca de 1 cm de diâmetro, de coloração rosa lilás; flores masculinas com cerca de 9 a 16 estames; fruto com 1 – 1,5 cm de comprimento, ovóides, cerosos, de cor vermelho brilhante, amadurecem de dezembro à março.
Possui sistema radicular profuso (em grande quantidade) (BOVI, 1998).
Origem: Austrália	
Ocorrência Natural: Região Sudeste e Sul
A palmeira-real é uma espécie australiana bastante difundida no Brasil, principalmente por suas qualidades ornamentais. De porte elegante, seu estipe geralmente é único, anelado e alcança de 15 a 20 metros de altura e até 20 cm de diâmetro. 
Atualmente, esta palmeira vem sendo cultivada também para a produção de palmito, com excelente produtividade e qualidade.
O clima adequado para o cultivo da palmeira real australiana é o quente e úmido, com temperatura média anual de 17 a 22° C e precipitação pluviométrica de 1.200 a 2.000 mm anuais. Porém ela pode se desenvolver bem em regiões com temperaturas mais baixas e precipitação inferior à anteriormente mencionada, desde que bem distribuída. Tolera geada, mesmo no estágio de muda (20 a 50 cm de altura).
A palmeira real australiana não é exigente em solos, desenvolvendo-se mesmo em solos pobres e ácidos, com pH entre 3,6 e 4,5, desde que sejam de textura média a leve e com boa drenagem. 
Devido à facilidade de propagação, pode tornar-se invasiva nos locais onde é introduzida, fazendo com que outras plantas tenham dificuldade de crescimento.
Lírio do Brejo
Nome Científico: Hedychium coronarium
Família: Zingiberarceae
Características Morfológicas: herbácea ereta, florífera e aromática. Tem de 1 à 2,5 metros de altura, com flores brancas e grandes, muito perfumadas. Suas folhas e caules são simples e as sementes de forma ovalada e coloração avermelhada.
Origem: Ásia
Ocorrência Natural: Himalaia até a China e Madagascar e no Brasil em áreas úmidas e sub-bosques na Floresta Atlântica.
Também conhecida pelos nomes comuns de lágrima-de-vênus, lírio-branco, borboleta, jasmim-do-brejo, gengibre-branco, entre outras nomenclaturas. 
A planta lírio-do-brejo é considerada invasora, foi introduzida para fins essencialmente ornamentais, tanto pela folhagem como pelas flores que se formam o ano todo.
Houve um tempo em que ela era usada também na fabricação de papel. Atualmente se extrai dela uma essência para o preparo de perfumes. Suas flores fornecem néctar para abelhas. Além disso, de seus rizomas (leia-se caules), é possível obter uma fécula comestível. 
Pau Jacaré 
Nome Científico: Piptadenia gonoacantha
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Características Morfológicas: árvore de grande porte (chega a medir 30 metros de altura), levemente espinhenta, com troncos altos e retos, de até 90 centímetros de diâmetro. As flores, hermafroditas, são pequenas e na cor amarelo-creme.
Origem: Mata Atlântica do Brasil.
Ocorrência Natural: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, e da Bahia até Santa Catarina (inclua-se Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná).
O nome popular desta árvore já diz tudo, sua casca é muito semelhante a pele do réptil, dando origem a alcunha de pau-jacaré. É conhecida ainda só por jacaré, angico-branco, monjoleiro, monjolo, icararé e casco-de-jacaré.
Esta espécie tem crescimento rápido (5 metros em 2 anos) e, por isso mesmo, é muito usada na recuperação de áreas degradadas, seja em campo como em capoeiras.
Além disso, é polinizada por diversos insetos e abelhas. A sua floração acontece de agosto a março (e tem grande valor melífero) e a frutificação, de maio a dezembro.
Pesa ainda a seu favor a grande quantidade de mudas que ela produz no entorno da planta-mãe. Ou seja: para vingar, basta transplantá-la de raiz nua.
Considerada uma das melhores madeiras para lenha e carvão, a pau-jacaré tem usos em acabamentos internos, armação de móveis, miolo de portas, confecção de brinquedos e embalagens.� 
Jerivá
Nome Científico: Syagrus romanzoffiana
Família: Arecaceae
Características Morfológicas: tem altura média entre 10 a 15 metros de altura, com tronco de 30 a 40 centímetros de diâmetro. Chamam a atenção suas folhas, bastante longas (de 2 e 3 metros de comprimento) e o espádice (cacho), que também não é pequeno (chega a medir 120 centímetros).
Origem: Brasil.
Ocorrência Natural: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, até o Rio Grande do Sul.
No campo ou mesmo nas cidades, não há quem não tenha visto um jerivá. Ocorre em quase todas as formações vegetais, principalmente na Mata Atlântica. 
É uma palmeira que produz uns coquinhos amarelinhos, apreciados por pessoas e animais. Tanto que essa árvore é conhecida por coqueiro-jerivá, coco-de-cachorro, baba-de-boi e coco-catarro. 
Sua madeira, por ser moderadamente pesada e altamente durável (até em água salgada), costuma ser empregada no preparo de estivados sobre solos brejosos, pinguelas e trapiches. Além disso, é uma planta altamente decorativa, usada na arborização de ruas e avenidas em todo o país. 
Seus frutos do tipo drupa são globosos ou ovóides, de cor amarela ou alaranjada, com um fino exocarpo e um mesocarpo fibroso, suculento e adocicado que envolve uma única semente, são avidamente procurados por várias espécies de animais, como maritaca, papagaio, esquilos e o próprio homem.
 
 
Angico
Nome Científico: Anadenanthera sp
Família: Fabaceae – Mimosideae
Características Morfológicas: espécie que possui tamanho médio de 8 metros, mas pode crescer mais, dependendo do terreno. Os frutos são secos e de cor marrom. Chama a atenção o tronco com casca fissurada e gretada, formando muitas vezes vistosos espinhos.
Origem: Brasil
Ocorrência Natural: Cerrado brasileiro, embora seja comum em outras áreas da América do Sul. 
Essa árvore também é conhecida popularmente como angico-do-cerrado, angico-cascudo, angico-do-campo, angico-rajado, angico-vermelho, arapiraca e pitanguinha. 
Reza a lenda que muitos povos a usam em seus rituais sagrados. 
Como a angico se adapta bem a solos secos e pobres, é recomendada à recuperação ambiental, além de ser útil na arborização urbana e no paisagismo. A espécie possui um tipo de resina (goma), que tem aplicações medicinais e industriais. Até a tintura obtida de suas folhas é utilizada para fins terapêuticos. 
Serve ainda à construção naval e civil, já que sua madeira é bastante resistente. A casca também é rica em taninos (por isso mesmo, utilizada em curtumes), além de ser um excelente corante natural (com vários tons de marrom). O angico pertence a uma das maiores famílias botânicas, a fabaceae. São cerca de 18 mil espécies, dentro de 650 gêneros. Só no Brasil, estima-se 1500 espécies e aproximadamente 180 gêneros. 
Tapiá
Nome Científico: Crataeva tapia
Família: Caparidaceae
Características Morfológicas: de porte médio, de 10 a 20 metros de altura, com tronco de 50 a 70 cm de diâmetro, com folhas simples, recurvadas nos bordos, de 8 a 12 cm de comprimento e 6 a 12 cm de largura. Floresce 2 vezes ao ano em maio-junho e setembro-outubro. Os frutos quando maduros são vermelho vivo e recobrem a semente. 
Origem: Brasil
Ocorrência Natural: Rio de Janeiro, Minas Gerais até Rio Grande do Sul e principalmente na mata pluvial Atlântica.
Embora seja mais conhecida como tapiá, essa árvore, também pode ser chamada de maria mole, boleiro, tapi mirim, canela raposa. 
Sua madeira é empregada na carpintaria, tabuado para divisões internas, caixotaria e lenha. Como planta pioneira e rústica é destinada à recuperação de áreas degradadas.
Cedro Rosa 
Nome Científico: Cedrela fissilis
Família: Angiospermae – Meliaceae
Características Morfológicas: tem altura média entre 8 e 35 metros de altura. Seu tronco gira em torno de 60 a 100 centímetros de diâmetro. Apresenta folhas alternas e fruto em cápsula, que se abre para liberar as sementes monoaladas.
Origem: Brasil.
Ocorrência Natural: é registrada do Rio Grande do Sul até Minas Gerais, sobretudo na floresta semidecídua e pluvial atlântica. Mas ocorre em menor intensidade em quase todo o Brasil.
Conhecida também como cedro, cedro-vermelho, cedro-branco, cedro-batata, cedro-amarelo, cedro-cetim e cedro-da-várzea, essa árvore costuma florescer em agosto e setembro (suas flores são bem miudinhas) e seus frutos amadurecem quando a espécie está totalmente desfolhada (entre junho e agosto). De crescimento rápido, chega a atingir 3,5 metros de altura aos 2 anos. 
Árvore imponente que possui um fruto que quando se abre para liberar as sementes, transforma-se numa bela flor de madeira (como se um artesão o tivesse esculpido). 
Sua madeira é largamente empregada em compensados, esculturas e obras de talha. Serve ainda para fazer móveis, pequenas caixas, lápis e até instrumentos musicais. 
Essa espécie é muito utilizada na composição de reflorestamentos de áreas degradadas para a preservação. O único senão é que ela nunca deve ser plantada em agrupamentos homogêneos (devido ao ataque de brocas).
 
Bromélias 
Família: Bromeliaceae
Características Morfológicas: possuem inflorescência. Normalmente possuem películas que ajudam a não perderem muita água. Por existirem muitas espécies, suas folhas, flores e tamanhos são muito diversos.
Ocorrência Natural: A família apresenta distribuição essencialmente neotropical, onde três centros de diversidade podem ser reconhecidos: o leste do Brasil, nos domínios da floresta atlântica, o Escudo das Guianas e os Andes.
É uma família muito grande, compreendendo mais de 1.400 espécies em 57 diversas subfamílias.
Só florescem uma vez somente no estado adulto, depois emitem filhotes e terminam o ciclo.
São em sua grande maioria epífitas, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas. As plantas epífitas têm maior capacidade de fixação ao seu substrato e alimentam-se do ar e partículas que caem em seu tanque central que retém água da chuva e orvalho.
Musgo
Características Morfológicas: Os musgos são plantas de pequeno porte, apresentam poucos centímetros de altura.
Os musgos são os maiores representantes das briófitas (não apresentam vasos condutores de seiva), apresentam 90.000 espécies já classificadas. Eles habitam ambientes sombrios e úmidos.
Dependem de água para reprodução. Seu pequeno tamanho facilita o transporte de nutrientes que é feito célula a célula.
Apresentam uma grande importância ecológica, uma vez que reduzem o processo erosivo, atuam como reservatórios de água e nutrientes. Oferecem abrigo a microorganismos e são viveiros para outras plantas em processo de sucessão e regeneração.
 
Pau Brasil 
Nome Científico: Caesalpinia echinata
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae
Características Morfológicas: com tronco espinhento de 8-12 metros de altura e 40-70 centímetros de diâmetro. Folhas compostas bipinadas. 
Origem: Brasil.
Ocorrência Natural: da Mata Atlântica, ocorria do Ceará ao Rio de Janeiro.
Floresce em setembro e outubro e frutifica de novembro a janeiro. 
A madeira começou a ser explorada em 1503 e o pau-brasil chegou a ser considerado extinto na natureza até ser redescoberta em 1928, em Pernambuco.
Foi declarada árvore símbolo nacional em 1961 e árvore nacional em 1972.
Hoje ela está restrita a poucas manchas naturais em Pernambuco, árvores esparsas na Bahia e raras áreas comerciais plantadas, além de exemplares usados em paisagismo a partir da campanha nacional deflagrada, também em 1972, por Roldão Siqueira Pontes, criador da Fundação do Pau-Brasil (Fundbrasil). 
Possuem um cerne avermelhado devido à substância conhecida como brasileína, usada para tingir roupas desde o tempo do descobrimento e fazer tinta de escrever.
Sua madeira já foi muito usada na construção civil e naval, porém hoje sua utilização se restringe a confecção de arcos de violino.
 
Cipó Cruz
Nome Científico: Chiococca albaFamília: Bignoniaceae
Características Morfológicas: trepadeira lenhosa que tem raízes purgativas e ramos em forma de cruz, muito utilizada como ornamento, algumas de suas folhas podem ser venenosas para o gado; possui flores brancas.
Ocorrência Natural: todo o território brasileiro.
O cipó-cruz é também conhecido como crajirú, chica, crajiru, cajuru, cipo-pau, paripari, pariri, oajuru, carajuru, chica cricket-vine (inglês), puca panga, dentre outros nomes populares. Inclui os sinônimos botânicos Bignonia brachypoda, Arrabidea platyphylla e Bignonia platyphyllan.
Planta comum em formações pioneiras litorâneas, com seus longos ramos entremeando-se por entre a densa vegetação arbustiva. Possui floração bastante intensa em pleno verão, apresentando certamente um grande potencial ornamental, tanto pela rusticidade como pela beleza da planta florida e também frutificada.
Possui propriedades medicinais adstringentes, antidiarreicas, antihemorrágicas, antiinflamatórias, antiulceras, bactericidas, cicatrizantes, emolientes, expectorantes. 
Chapéu de Couro
Nome Científico: Echinodorus macraphyllum ou Echinodorus grandiflorus 
Família: alismatáceas 
Características Morfológicas: Erva perene, ereta e rizomatosa; rizoma rasteiro, grosso e carnoso; folhas longamente pecioladas, com pecíolo anguloso estriado e lâmina em forma de coração na base e aguda no ápice, ásperas e mais ou menos coriáceas, com nervuras salientes. Pode atingir 1,20 m de comprimento e 60 cm de largura; flores brancas, hermafroditas, numerosas e dispostas em cachos alongados; fruto do tipo aquênio (fruto seco) com uma semente.
 Ocorrência Natural: desde o sul do México até o Brasil.
O chapéu-de-couro, também conhecido pelos nomes de chá-da-campanha, erva-do-brejo e erva-do-pântano, é uma erva ornamental e apropriada para aquários, tendo, ainda, uso medicinal. 
A infusão das folhas fornece chá laxativo. Uma pesquisa confirmou sua eficácia em casos de hipertensão. Também é usado popularmente como antirreumático e diurético, contra inflamação de pele e de garganta, reumatismo, artrite e sífilis e como depurador do sangue e eliminador de ácido úrico. A planta produz um rizoma do qual se extrai uma massa. Dessa massa, pode ser feito um doce, como se fosse abóbora. Este doce é muito bom como depurativo do sangue.
 
Caninha do Brejo 
Nome científico: Costus spiralis (Jacq.) Roscoe.
Família: Zingiberaceae
Características Morfológicas: haste ereta, dura, de até 2 metros de altura. Possui flores rosas manchadas de branco, tubulares, por dentro amarelas bracteas cor de carmim. Folhas alternas, oblongas, invaginantes, verde-escuras, com bainha pilosa e avermelhada na margem.
Origem: nativa em quase todo o Brasil, principalmente na Mata Atlântica e região Amazônica, aparece principalmente em brejos.
Também conhecida como canarana-do-brejo, cana-do-brejo, caatinga, cana-branca, jacuanga, pacová, jacuanga, cana-do-mato, jacuacanga, paco-caatinga, periná, ubacaia, ubacayá. 
São usadas tradicionalmente pelos caboclos, especialmente em emplastros para dores, edemas, contusões. Faz parte também da farmacopéia homeopática. 
Sua ação é depurativa e diurética, aliviando infecções urinárias e auxiliando na eliminação de pedras renais.
Castanha do Maranhão
Nome Científico: Bombacopsis glabra
Família: Bombacaceae
Características Morfológicas: árvores pequenas de 4 a 6 metros de altura, muito ornamental. Tronco verde liso, com lenticelas brancas. Folhas compostas, digitadas, de 5 a 8 folíolos esparsamente pubescentes, de 10 a 27 centímetros de comprimento, com estípulas caducas, margem inteira. Flores solitárias ou geminadas. Fruto cápsula lenhosa, ovóide, vermelha. Sementes grandes sub-globosas, estriadas, envolvidas por densa e longa pilosidade.
Ocorrência Natural: de Pernambuco até o Rio de Janeiro, nas formações florestais do complexo atlântico.
Espécie perenifolia, as sementes são comestíveis, com sabor semelhante ao do cacau e a planta é largamente usada como ornamental e para cercas vivas. A madeira é utilizada na confecção de utensílios leves.
 
Cambuci 
Nome Científico: Campomanesia phaea
Família: Myrtaceae
Características Morfológicas: Árvore pequena de 3 a 5 metros de altura, com copa alongada e ereta, com tronco de casca descamante em praças irregulares de cor cinza escura externamente. Os ramos e folhas novas são pubescentes e fuscos (cobertos de pelo como veludo). As folhas são simples e glabras (sem pelos) com textura subcoriácea (um pouco mais fina e rija do que o couro) medindo 6 a 10 centímetros de comprimento por 3 a 4 centímetros de largura, sob pecíolo ou haste de 3 a 4 milímetros de comprimento. A lamina foliar tem forma oblonga (mais longa que larga) com base ovada e do meio até o ápice é lanceolada (com forma de lança), com ponta acuminada (que se afina rapidamente). As flores são solitárias, hermafroditas, pentâmeras, isto é, organizadas com números de 5 sépalas carnosas com formato triangular e 5 pétalas orbiculares (com forma de circulo) com 1,3 centímetros de diâmetro e velutina (com superfície semelhante a veludo) na face externa; que nascem nas axilas das folhas. 
Origem: Brasil
Ocorrência Natural: em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, na vertente da Serra do Mar voltada para o planalto e no começo deste, na floresta ombrófila densa da Mata Atlântica. Ocorre também na restinga do litoral norte de São Paulo. 
O nome cambuci vem do tupi guarani e significa “fruta semelhante a um pote que os índios usavam, chamado Camussí”. Também é chamada de Ubucabuci,  Camuci, Camoti, Camocim.
O cambuci é uma árvore frutífera nativa da Mata Atlântica, ameaçada de extinção. Antigamente abundante na cidade de São Paulo, deu nome a um de seus bairros tradicionais. Seus frutos são comestíveis, utilizados principalmente para sucos. Também é alimento de pássaros. 
Sua madeira é normalmente usada para confecção de cabos de ferramentas e instrumentos agrícolas. 
 
Samambaiaçu - Xaxim
Nome Científico: Dicksonia sellowiana
Família: dicksoniáceas	
Características Morfológicas: pode alcançar até 10 metros de altura. É uma planta de tronco fibroso e espesso, suas folhas são bastante grandes e surgem no topo do tronco.
Origem: Mata Atlântica, Brasil.
Ocorrência Natural: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
É resistente ao frio e apresenta crescimento muito lento. Devido ao seu diferencial, sua utilização no paisagismo é muito interessante. O "tronco" (cáudice) é constituído por um caule ereto, cilíndrico, envolvido e sustentado por uma massa de raízes adventícias (que se desenvolvem a partir do caule e não da raiz embrionária), a qual é usada de suporte para o cultivo de outras plantas epífitas, como orquídeas, bromélias e outras samambaias. Multiplica-se por esporos e através da separação dos brotos com uma parte do caule.
Gosta de terrenos baixos com solo rico em matéria orgânica, mantido úmido. 
O xaxim, devido sua utilização indiscriminada, está em risco de extinção. Em 24 de maio de 2001, o CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, na RESOLUÇÃO Nº 278, considerando a situação crítica atual das espécies da flora ameaçadas de extinção, agravada pela intensa fragmentação do bioma a Mata Atlântica, que compromete o necessário fluxo gênico; em seu Artigo 1º "Determina a proibição do corte e exploração de espécies ameaçadas de extinção em populações naturais do bioma Mata Atlântica".
Eucalipto 
Nome Científico: Eucalyptus
Família: Myrtaceae
Características Morfológicas: quase todos os eucaliptos têm folhagem persistente que estão cobertas de glândulas que segregam óleo. Muitas espécies apresentam, ainda dimorfismo foliar, quando jovens, as suas folhas são opostas, de ovais a arredondadas e, ocasionalmente, sem pecíolo. Depois de um a dois anos de crescimento, a maior parte das espécies passa a apresentarfolhas alternadas, lanceoladas a falciformes (com forma semelhante a uma foice), estreitas e pendidas a partir de longos pecíolo. A maior parte das espécies não floresce enquanto a folhagem adulta não aparece. A casca da árvore, tem um ciclo de permanência anual, podendo as várias espécies de eucalipto agruparem-se segundo a sua aparência. Nas árvores de casca lisa, cai praticamente toda a casca, deixando uma superfície de textura plana, por vezes manchada de várias cores. Nas árvores de casca rugosa, o ritidoma (“casca”) persiste agarrado ao caule enquanto vai secando lentamente. O opérculo das flores é formado por pétalas modificadas. O poder atrativo da sua flor deve-se à exuberante coleção de estames que cada uma apresenta, e não às pétalas, como acontece com muitas plantas. Os frutos são lenhosos, de forma vagamente cônica, contendo válvulas que se abrem para libertar as sementes. As flores e os frutos do eucalipto são, de fato uvas .
Origem: é nativo da Oceania, com mais de 700 espécies, a maioria de origem australiana. 
O eucalipto adapta-se praticamente a todas as condições climáticas e desde quando começou a ser plantado intensivamente, discute-se o efeito negativo do eucalipto sobre a disponibilidade de água, consolidando-se a fama de que o eucalipto “seca o solo”.
As pesquisas florestais comprovam que as árvores de eucalipto consomem a mesma quantidade de água que outras espécies vegetais e, inclusive, que as matas nativas. O eucalipto usa a água disponível de forma mais eficiente, produzindo mais madeira com a mesma quantidade de água.
Do eucalipto pode ser produzida a celulose; extraídos óleos essenciais, com os quais são fabricados produtos de limpeza, alimentícios, perfumes e remédios, tábuas, sarrafos, lambris, ripas, vigas e postes, entre outros produtos.
O eucalipto também remove gás carbônico (CO2) da atmosfera, contribuindo para minimizar o efeito estufa e melhorando o microclima local. Por fim, o eucalipto protege os solos contra processos erosivos, conferindo-lhes características de permeabilidade, aumentando a taxa de infiltração das águas pluviais e regularizando o regime hidrológico nas áreas plantadas.
 
Manacá
Nome Científico: Tibouchina mutabilis
Família: Melastomaceae
Características Morfológicas: esta árvore tem entre 7 e 12 metros de altura e tronco girando em torno de 20 a 30 centímetros de diâmetro. Suas folhas são rígidas e as flores mudam de cor à medida que ela envelhece (possui de tons brancos ao roxo, passando pelo rosa).
Origem: Mata Atlântica, Brasil.
Ocorrência Natural: Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
O manacá é uma espécie pioneira da Mata Atlântica, pode-se dizer que ela é típica da floresta ombrófila densa da encosta atlântica. Conhecida por outros nomes populares como cuipeúna, jacatirão, flor-de-maio, flor-de-quaresma e pau-de-flor, ela geralmente floresce entre os meses de novembro e fevereiro, em pleno o Verão. 
Em função de sua beleza, esta árvore tem forte apelo paisagístico (até porque seu tamanho pequeno não concorre com a rede elétrica das cidades e suas raízes não são agressivas aos calçamentos). 
Tolerante à luz direta, é muito útil no reflorestamento de áreas de preservação permanente (apesar de seu desenvolvimento não ser muito rápido: cresce cerca de 2,5 metros aos 2 anos). 
Afora isso, sua madeira também possui aplicação prática na construção civil (embora não seja considerada de boa qualidade). Serve para a confecção de vigas, caibros, postes, esteios e moirões. 
Liquens
Características Morfológicas: junção de fungos e algas
Ocorrência Natural: em todo o mundo
Os liquens são uma simbiose de fungo e alga, e são organismos simbióticos excepcionais (simbiose é uma relação mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes), são encontrados em todas as regiões do mundo e, geralmente, em áreas submetidas a condições climáticas severas. Mesmo com a capacidade de sobreviverem em diferentes ambientes, eles são muito sensíveis à poluição do ar atmosférico, tendo sido utilizados como bioindicadores. Diferentemente dos vegetais superiores (plantas de grande porte), os liquens não dependem de um sistema radicular para a absorção de nutrientes, e por possuírem cutícula reduzida ou, em geral, ausente, incorporam com facilidade altos níveis de poluentes.
Eles variam quanto a sua coloração devido ao tipo de alga que os compõem: podem ser verdes, amarelos, alaranjados ou vermelhos. 
Os liquens produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.
 
Urtiga
Nome Científico: Urtica dioica  L.
Família: Urticaceae
Características Morfológicas: subarbusto ereto, perene, de 40-120 cm de altura. Folhas inteiras, de 7-15 cm de comprimento. Flores pequenas de cor branca ou amarelada. O pecíolo das folhas e ramos possuem pêlos e cerdas com forte ação urticante, causadas pela presença de ácido fórmico e aminas.
Origem: Europa
Ocorrência Natural: Europa, Brasil.
Urtiga significa em latim nada mais nada menos que “a que arde”, isto é causam ardor quando entram em contato com a pele.
Desenvolve-se espontaneamente nos terrenos baldios, em solos com estrume e à beira de rios nas zonas temperadas, propagando-se por divisão. Considerada uma planta invasora (“erva daninha”), pois invade com espantosa rapidez também os terrenos cultivados, atesta a boa qualidade dos solos, estimulando o crescimento de outras plantas, tornando-as mais resistentes às doenças que as atacam e melhorando a qualidade de vegetais tuberosos. A suas hastes e folhas podem ser usadas como adubo e possuem efeitos medicinais. 
 
Embaúba
Nome Científico: Cecropia pachystachya
Família: Cecropiaceae
Características Morfológicas: Árvore de médio porte, pioneira, 4 a 8 metros de altura, de madeira fraca e crescimento rápido. Folhas compostas com 8 partes, de 40 cm. A flor e sementes aparecem como um pequeno cacho no topo da árvore.
Origem: Brasil
Ocorrência Natural: do Rio Grande do Norte até Santa Catarina.
Uma árvore muito apreciada por diversos animais, como mamíferos e insetos. Seu formato diferente é inconfundível. E nas florestas brasileiras mostra-se presente em diversos tipos de vegetação. Nativa da Mata Atlântica paulistana, ela pode ser considerada uma árvore símbolo, de tão comum em alguns lugares. Sua ampla distribuição é devido ao apreço da fauna por seus frutos, principalmente os morcegos e pássaros, que depois de digeri-los, espalham as sementes por todos os cantos, até em cima de telhados e frestas de muros. 
O bicho-preguiça tem nas suas folhas o prato principal. Com grande diversidade de espécies, em algumas seu tronco abriga formigas, que a defendem de invasores e são alimentadas em troca pela planta.  Não são poucos os “lenhadores” que ao dar a primeira batida com o machado no tronco receberam uma dolorosa chuva de pequenas (e ardidas) formigas.
Essas formigas são chamadas Aztecas, são pequenas, normalmente de coloração preta, vermelha ou marrom. Vivem em simbiose com a embaúba. Ao observar o pecíolo da folha de embaúba, há uma parte branca e saliente, onde podem ser vistas as glândulas, através do microscópio. Essas glândulas produzem secreção doce, “mel” que atrai as formigas, e contem o glicogênio. As formigas se alimentam desse mel e vivem entre os nós dos galhos de embaúba. Em compensação, protegem a embaúba do ataque de saúva e outros vermes ou insetos nocivos. Essas glândulas que segregam o mel, são chamadas de "corpúsculo de Mueller". Quando perturbadas, saem às centenas para defender sua moradia, mordem e secretam toxina de cheiro parecido com solvente de borracha que causa irritação, e se cheirado pode causar reação alérgica em algumas pessoas. 
Curiosidade: Um kg de sementes limpas contém mais de 1 milhão de unidades.
 	
Malvavisco (falso hibisco)
Nome Científico: Malvaviscusarboreus
Família: Malvaceae
Características Morfológicas: O malvavisco é uma arbusto grande, de textura lenhosa e que pode alcançar 4 metros de altura com facilidade. Seus ramos são eretos e bastante ramificados. As folhas são verdes, oval-lanceoladas, muito mucilaginosas e apresentam bordos serrilhados. É uma planta muito florífera e vistosa, com flores que podem ser vermelhas ou róseas, sempre pendentes e semi-fechadas, o que garante sua grande durabilidade em relação as flores de hibisco (Hibiscus rosa-sinensis).
Origem: América do Sul e Central
A floração se estende por todo o ano, mas é mais abundante na primavera e verão. É uma planta muito rústica, exigindo baixa manutenção. As podas realizadas periodicamente estimulam uma floração mais abundante e dão forma e aspecto compacto às cercas-vivas de malvavisco. O crescimento da planta é rápido a moderado, em comparação com outros arbustos. Atrai muitos beija-flores. Devem ser cultivados sob sol pleno, tolerando a sombra parcial durante o dia. O solo deve ser fértil e enriquecido com matéria orgânica, regado a intervalos regulares. Não é tolerante ao frio e às geadas. Multiplica-se por estaquia.
 
Helicônia 
Família: Heliconiaceae
Características morfológicas: As helicônias são plantas herbáceas rizomatosas, que medem de 50 cm a 10 metros de altura, conforme a espécie. As folhas apresentam-se em vários tamanhos. As espécies possuem um rizoma subterrâneo que normalmente é usado na propagação. As inflorescências podem ser eretas ou pendentes, com as brácteas distribuídas no eixo num mesmo plano ou planos diferentes. 
Origem: As helicônias são plantas de origem neotropical, mais precisamente da região noroeste da América do Sul
Ocorrência Natural: Seis espécies ocorrem nas Ilhas do Sul do Pacífico, Samoa e Indonésia. As demais estão distribuídas na América Tropical desde o sul do México até o norte de Santa Catarina, região sul do Brasil.
O nome do gênero foi estabelecido por Lineu, em 1771, numa referência ao Monte Helicon, situado na região da Beócia, na Grécia, local onde, segundo a mitologia, residiam Apolo e suas Musas.
O gênero Helicônia é ainda muito pouco estudado e ainda é incerto o número de espécies existentes, ficando na faixa compreendida entre 150 a 250 espécies. As helicônias, conforme a espécie, ocorrem em altitudes que variam de 0 a 2.000m, embora poucas sejam aquelas restritas às regiões mais altas. Ocorrem predominantemente nas bordas das florestas e matas ciliares e nas clareiras ocupadas por vegetação pioneira. Desenvolvem-se em locais sombreados ou a pleno sol, de úmidos a levemente secos e em solos argilo-arenosos. Aqui no Brasil, cerca de 40 espécies ocorrem naturalmente em nosso país e são conhecidas por vários nomes, conforme a região: bananeira-de-jardim, bananeirinha-de-jardim, bico-de-guará, falsa-ave-do-paraíso e paquevira, entre outros. 
Uma única espécie, a H. reptans Abalo e Morales apresentam a inflorescência na posição horizontal, distendendo-se junto ao solo em seu desenvolvimento. As flores da helicônia são apreciadas pelos beija-flores pois são ricas em néctar. O fruto, tipo baga, é de cor verde ou amarelo, quando imaturo, e azul escuro na maturação completa. Geralmente abriga uma a três sementes, com 1,5 cm de diâmetro. 
Quanto à forma de reprodução, é interessante observar que as helicônias são consideradas geófitas, ou seja, se reproduzem não somente pelas suas sementes, mas também por seus órgãos subterrâneos especializados, cuja principal função é servir como fonte de reservas, nutrientes e água para o desenvolvimento sazonal e, assim, assegurar a sobrevivência das espécies. O período de florescimento da planta varia de espécie para espécie e é afetado pelas condições climáticas. O pico de produção normalmente ocorre no início do verão, declina no outono e cessa no inverno, quando a temperatura média se aproxima de 10º. As helicônias podem ser multiplicadas tanto por meio de sementes como por divisão de rizomas. As espécies de helicônias têm sobrevivido por centenas de anos graças à bem-sucedida relação de troca com seus agentes polinizadores (beija-flores e morcegos) e dispersores de sementes (roedores, pássaros e esquilos). A planta fornece a eles néctar rico em carboidratos e a polpa de seus frutos e, em troca, os polinizadores transferem o pólen e os dispersores distribuem as sementes. 
Fungos
Estrutura
Os fungos são compostos por Hifas, que são filamentos de células que formam uma rede, chamada de micélio. Este, se estende até o alimento, e realiza a absorção de seus nutrientes.
Existem dois nichos ecológicos para os fungos: decompositores e parasitas. A diferença entre os dois é que os parasitas se fixam em organismos vivos, enquanto os decompositores se fixam em organismos mortos. Fungos parasitas podem infectar animais, incluindo humanos, outros mamíferos, pássaros e insetos, com resultados variando de uma suave comichão à morte. Outros fungos parasitas infetam plantas, causando doenças como o apodrecimento de troncos e aumentando o risco de queda das árvores. A grande maioria das plantas vasculares têm associações simbióticas com fungos, a nível da raiz, ao que se dá o nome de micorrizas. Esta associação ajuda as raízes na absorção de água e nutrientes.
Estão incluídos no grupo de fungos organismos de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas também muitas formas microscópicas, como bolores e leveduras. Foram já descritas umas 70.000 espécies, mas talvez existam até 1,5 milhões de espécies. 
Alguns desses fungos possuem até bioluminescência, brilhando no escuro e dando um espetáculo à parte durante a noite. Exemplos de fungo são as orelhas-de-pau e os cogumelos, alguns dos quais estamos habituados a ter como alimentos, como shitake, shimeji e champignon. Outros, juntamente com algas, formam os liquens. 
Fungo Orelha-de-Pau 
A Orelha-de-pau é um tipo de fungo, pertencente ao reino Fungi e ao filo Basidoimycota. Tem formato de orelha, portanto pertence a Ordem Aphyllopholares. São pluricelulares, com reprodução assexuada, onde precisa do agente que transporta o pólen a outra planta onde as células se juntam formando outra orelha-de-pau.
A umidade de certas regiões favorece muito o aparecimento desses fungos, muitos deles de rara beleza, que se instalam em árvores mortas. Podem apresentar várias colorações e chegam a atingir 15 cm de diâmetro.
Não fazem fotossíntese e são dos poucos seres vivos que decompõem a celulose da madeira. Alguns são exclusivos de madeira dura, onde se fixam e se alimentam dela. Embora não sirva de alimento para os animais, os fungos têm a importância para a reciclagem dos nutrientes nas florestas.
 	 
 
FAUNA
Borboletas
Características Morfológicas: Borboletas possuem escamas coloridas nas asas.  Como todo inseto, borboletas têm o corpo dividido em 3 partes: cabeça, tórax e abdômen. Na cabeça tem 1 par de antenas, 1 par de olhos compostos ( formados por várias lentes) e a boca, na forma de um canudinho usado para sugar o néctar das flores. No tórax tem 6 patas e em geral 2 pares de asas. No abdômen encontram-se os órgãos vegetativos e reprodutivos. Borboletas apresentam 4 fases distintas em seu desenvolvimento: ovo, lagarta - fase jovem, crisálida - transformação e borboleta - fase adulta.
Ocorrência Natural: As Borboletas são encontradas em quase todo o planeta terra, com exceção da Antártida e de alguns desertos áridos. As Borboletas são animais de sangue frio, por isso nos trópicos (as regiões situadas entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio) são encontradas as maiorias das espécies de Borboletas, porque são regiões de clima quente. 
As borboletas fazem parte da ordem Lepidóptera, subordem Rhopalocera, que apresenta exemplares adultos que voam durante o dia e são denominados borboletas. A ordem Lepidóptera apresenta ainda a subordem Heterócera, que tem atividade noturna e cujos exemplares são chamados de mariposas.No Brasil existem aproximadamente 50.000 espécies de lepidópteros.
Quase todas as espécies de borboletas são ativas durante o dia. Muitas espécies de borboletas têm diferentes cores e texturas em suas asas, um dos motivos que fazem seus admiradores colecioná-las. Já as mariposas geralmente são ativas durante a noite e atraídas por focos de luz, esta é uma das diferenças entre borboletas e mariposas. As borboletas são importantes polinizadoras e alimentam-se de líquidos variados. O corpo da borboleta é muito leve, as asas são muito largas, mas, mesmo assim ela acaba conseguindo pousar na flor aberta, de onde suga o néctar adocicado. 
Alguns lepidópteros são venenosos, principalmente enquanto larva (lagarta). Podem causar principalmente irritações cutâneas.
O conjunto das transformações que ocorrem durante o ciclo de vida das Borboletas, é chamado de metamorfose. Os ovos eclodem depois de alguns dias e deles saem as lagartas, que após se alimentarem da casca do ovo, começam a comer as folhas da planta onde se encontram. 
A lagarta muda de pele algumas vezes na medida em que cresce. O período entre essas mudanças é chamado de ínstar.
A lagarta deixa de se alimentar no último ínstar, ela fixa-se e sofre a última mudança, na qual surge a pupa. Durante a fase da pupa, a lagarta é lentamente transformada em borboleta; quando a transformação está completa, a crisálida se abre e a borboleta sai de seu interior.
 
Cigarras
Características Morfológicas: Atingem 4 cm de comprimento contando com as asas e envergadura de até 10 cm. Possuem olhos proeminentes bem separados nas laterais da cabeça, antenas curtas e salientes na frente dos olhos, e membranosas asas dianteiras. Além disso, cigarras têm “três olhos pequenos”, os ocelos, localizados na parte superior da cabeça entre os dois olhos grandes. Os ocelos não permitem ver uma imagem nítida, mas permitem a percepção do ambiente, principalmente em relação a luminosidade.
Ocorrência Natural: vivem em praticamente todos os continentes;
As cigarras são os insetos com maior esperança de vida, com algumas espécies, como as americanas, a viverem 17 anos, mas passam 99 % do seu tempo a alimentar-se e a crescer debaixo da terra, de onde saem na fase de ninfa (jovem) por algumas semanas, durante o verão, apenas para se reproduzirem e morrerem. 
Enquanto jovens, se alimentam da seiva das plantas, sugando-a pela raiz. Na fase adulta, elas também se alimentam da seiva, mas, desta vez, sugada pelo caule e folhas das plantas.
 Durante o pouco tempo que passam à superfície, toda a sua energia é investida no acasalamento e na deposição de ovos em plantas herbáceas.
As cigarras sofrem ecdise que é o rompimento e liberação do exoesqueleto (esqueleto externo).
Há no mundo mais de 1.500 espécies de cigarra.  Corpo grande, boa visão. Macho e fêmea morrem antes do inverno. As cigarras são muito conhecidas pelo ruído estridulante (canto), um som emitido por um órgão localizado no abdome dos machos para atraírem as fêmeas para o acasalamento. A cantoria alta é, na realidade, exclusividade dos machos, com o objetivo de atrair as fêmeas para o acasalamento. Tanto que o próprio ato da cantoria já faz com que o órgão sexual do animal se projete para fora do corpo, pronto para receber a parceira. O canto da fêmea é baixo.
A crença de que as cigarras “explodem” quando cantam não é verdadeira. A “casca” da cigarra que encontramos presas as árvores é o exoesqueleto do inseto que realizou a última muda ou ecdise, concluindo sua forma adulta. A população antiga acredita que o canto da cigarra é o sinal que ela está chamando chuva, por isso seus cantos em dias quentes.
 
Lagarto Teiú
Nome científico: Tupinambis 
Família: Teiidae
Características Morfológicas: Apresenta tamanho de 45 cm em média, podendo atingir 1 metro de comprimento.
Ocorrência Natural: Sua distribuição é restrita à América do Sul, a leste dos Andes, da Amazônia ao norte da Patagônia.
Possui hábito diurno, entocando-se à noite e hibernando nos meses frios (abril/maio até agosto/setembro). Vive em tocas próximas à água, em terra firme.
São de hábito onívoro, alimentam-se de pequenos vertebrados, ovos, frutas, insetos, folhas, folhas de flores e grandes artrópodes.
Põem 15 a 40 ovos, que são chocados em formigueiros e cupinzeiros, aproveitando seu calor, por um período de 90 dias.
Os filhotes nascem com a cabeça verde e o corpo negro, com manchas brancas. Habitam florestas, cerrados e caatingas.
É o maior lagarto da América do Sul, ocorrendo mesmo em áreas bastante exploradas pois prefere habitar em sítios e chácaras perto das casas, onde vasculha o lixo para se alimentar.
Ao atingir um certo tamanho, o Teiú se torna um animal agressivo e voraz. Quando se sente ameaçado, pode desferir mordidas dolorosas e fortes golpes com a cauda semelhante a um chicote.
Peixes
Tilapia:
Características Morfológicas: Peixes de escamas; corpo um pouco alto e comprimido. Espécies podem alcançar cerca de 5kg; 
Origem: África
Ocorrência Natural: Se desenvolve também em todo território brasileiro.
Vivem em lagos e rios, se reproduzem facilmente e crescem rápido. As tilápias são espécies oportunistas, que apresentam uma grande capacidade de adaptação aos ambientes lênticos. Além disso, suportam grandes variações de temperatura e toleram baixos teores de oxigênio dissolvido. A alimentação pode variar dependendo da espécie: podem ser onívoras, herbívoras ou fitoplanctófagas. Algumas espécies se reproduzem a partir dos seis meses de idade, sendo que a desova pode ocorrer mais de quatro vezes por ano. Como protegem a prole, o índice de sobrevivência é bastante elevado.
 
Carpa
Nome científico: Cyprinus carpio
Família: Cyprinidae
Características Morfológicas: medem até um metro e podem chegar a 55 kg. Possuem barbatana dorsal
Origem: Asiática
Peixe de água doce que habita em lagos e rios, estes peixes vivem em média 70 anos. São onívoros, ou seja, se alimentam de tudo, comem sementes e pequenos peixes, na água; larvas e insetos, ao longo das margens. Quando a temperatura desce abaixo de 10º C, a carpa se recolhe a um recanto abrigado e ali permanece jejuando até a primavera. Podem por até 1 milhão de ovos em uma estação e o período de incubação é de 4 a 6 dias.
Sapos
Os sapos pertencem à classe dos anfíbios. Nascem como seres aquáticos, respirando por brânquias como os peixes e depois de algumas semanas perdem a cauda e ganham pernas saltadoras e vão viver na terra. 
Existem cerca de 4000 espécies de sapos no mundo, menos na Antártida e Islândia. O Brasil tem o maior número de espécies de sapos, cerca de 500, e só na Mata Atlântica, existem aproximadamente 160.
Os girinos permanecem dentro do ovo por tempos diferentes. Isso depende da temperatura fora d' água  e da espécie do sapo.Os girinos não se parecem nada com sapos porque têm rabo comprido e não têm pernas. Quando eles vão crescendo, se transformam: pernas e braços começam a crescer e a boca começa a alargar. Passam a respirar pelos pulmões em vez de guelras e podem ser vistos fora da água. 
Quando o rabo desaparece, o girino passa a ser um sapo adulto. Dependendo da espécie, o ciclo de vida pode se completar em dias, semanas ou até 40 anos! 
Não se deve tocar em ovinhos ou girinos para não atrapalhar seu desenvolvimento.
Mesmo virando animais terrestres, sapos não ficam longe da água, pois eles respiram também pela pele e para isso precisam mantê-la sempre úmida. Se ela ficar seca, podem morrer sufocados.
Esses animais são importantes para o equilíbrio na natureza. Um sapo adulto come uma quantidade equivalente a três xícaras cheias de insetos por dia. Assim, ajudam a controlar a população de moscas e mosquitos.
Alguns sapos podem saltar a uma altura de até 20 vezes seu próprio tamanho.
Os olhos e narinas dos sapos ficam no topo de sua cabeça, eles podem ver e respirar enquanto o resto de seu corpo fica dentro da água. Sapos adultos têmpulmões, mas também absorvem oxigênio através de sua pele.
A maioria dos sapos sai de seus esconderijos à noite, quando a temperatura é mais baixa e eles correm menos risco de ficarem desidratados. 
As rãs são pequenas, magras e têm membranas entre os dedos para facilitar o deslocamento na água, pois passam mais tempo na beira de lagos e rios. 
As pererecas têm ventosas nas pontas dos dedos, que as ajudam a subir em árvores e grudar em lugares difíceis de escalar. O corpo delas é pequeno e leve para que possam se deslocar com facilidade. Algumas espécies possuem veneno na pele. As mais coloridas são também as mais venenosas. Estas toxinas além de ajudarem na defesa contra predadores, previnem o crescimento de fungos e bactérias.
Os sapos são maiores, mais pesados e menos ágeis. Suas patas são adaptadas à movimentação em terra. Eles possuem uma pequena bolsa atrás dos olhos que, quando apertada, libera o veneno. 
Alguns sapos passam toda sua vida sobre árvores e nunca descem. Eles põem seus ovos sobre galhos de árvores ou em folhas.
Alguns sapos põem até 25000 ovos enquanto alguns não chegam a quatro ovos. 
Os machos de sapos e rãs cantam para atrair seu parceiro. O som que produzem varia de acordo com a espécie.
Sua visão noturna é excelente e são muito sensíveis ao movimento. Os olhos esbugalhados permitem que vejam objetos na frente, nos lados e parcialmente atrás da cabeça. 
Algumas delas possuem propriedades médicas, como a epibatidina, encontrada no Epibpedobates tricolor, sapo que vive no Equador e no Peru. Essa substância é um analgésico 200 vezes mais forte do que a morfina.
Os machos de sapos e rãs cantam para atrair seu parceiro. O som que produzem varia de acordo com a espécie.
O menor sapo do mundo, o Paedophryne amauensis, é da Nova Guiné, na Oceania, e tem apenas 7,7 mm. O maior na verdade é uma rã, a Conraua goliat, da África. Pode chegar a 40 cm e 3 Kg.
 
Esquilos
Nome Científico: Guerlinguetus ingrami
Família: Sciudidae
Os esquilos possuem tamanho variável, o menor deles é o esquilo pigmeu africano, que mede 13 cm de comprimento. Os maiores são os esquilos gigantes da Ásia, seu comprimento pode chegar a 90 cm.
Características Morfológicas: O Guerlinguetus ingrami mede aproximadamente 20 cm de comprimento, isso sem contar com a cauda, longa e peluda, com mais 18 cm, podendo pesar 300 gramas.
Ocorrência Natural: ocorre no mundo todo, menos Austrália.
Também conhecido como serelepe ou caxinguelê, é um mamífero de hábitos arborícolas e diurnos. Normalmente solitários, ás vezes aos pares. Sua locomoção é rápida e fazem suas tocas em ocos de árvores. É capaz de saltar até 5 metros de um galho para outro. Sua alimentação é principalmente de pequenas frutas e nozes, mas também pode estar na sua dieta insetos, fungos, além de outras partes vegetais, como casca de árvores e flores. Uma das estratégias de sobrevivência é, quando avistado, ficar imóvel por um tempo na tentativa de se passar despercebido e fugir em seguida.
O esquilo não hiberna (não apresenta queda da temperatura corporal, fato que caracteriza a hibernação), mas alterna fases de sono mais longas que o normal, acorda e sai em busca dos seus alimentos. Ao reduzir sua atividade física, reduz sua necessidade de obter alimentos.
O esquilo desenvolve sua máxima atividade na época da reprodução, quando faz verdadeira caçada às fêmeas no topo das árvores. Os principais períodos de reprodução ocorrem durante a primavera e no início do verão. Depois de 28 dias de gestação, nascem 4 ou 5 filhotes (no máximo 7) duas vezes por ano. Os filhotes nascem cegos e sem pêlos. As fêmeas constroem mais de um ninho, assim, se forem incomodadas, podem levar suas crias para outro lugar.
 
 
Tatu
Tatu-Galinha
Nome Científico: Dasypus novemcinctus
Família: Dasypodidae
Características Morfológicas: possui carapaça mais convexa que os outros tatus, e nesta há pequenas placas com nove cintas móveis, localizadas centralmente no dorso. Possui cabeça pequena, focinho pontudo, olhos pequenos, orelhas grandes e estreitas. A cauda é longa, com presença de placas, os membros são curtos e as garras são longas e afiadas. Medem cerca de 60 cm e pesam cerca de 5 Kg. Possuem olfato apurado, porem a audição e visão são pouco desenvolvidas.
Ocorrência Natural: sul da América do Norte e América do Sul. No Brasil é encontrado em todos os biomas.
Possuem hábitos noturnos e geralmente vivem solitários. Alimentam-se de invertebrados, pequenos vertebrados, ovos, fungos, frutos, raízes e tubérculos.
O tatu-galinha está entre as dez espécies de mamíferos mais apreendidas pelo IBAMA, porem não estão em risco de extinção devido ao nascimento de 4 a 12 filhotes por gestação. Eles procriam um vez/ano e cada gestação tem duração aproximada de 120 dias. Os filhotes são univitelinos (idênticos), todos apresentando o mesmo sexo. 
Até os filhotes atingirem a maturidade sexual, que acontece no primeiro ano de vida, permanecem em ninhos construídos no interior de suas tocas, por pelo menos dois meses de idade. Esses buracos com vários metros de extensão, são cavados pelos próprios animais adultos, e servem de abrigo e refugio contra predadores.
O tatu-galinha e os demais representantes do gênero Dasypus, ainda, são os únicos animais, alem de nossa espécie, cujo organismo é capaz de desenvolver a Mycobacterium leprae, bactéria causadora da hanseníase, sendo requeridos para estudos sobre a doença e no desenvolvimento de vacinas; e também em pesquisas sobre a coccidioidomicose, causada pelo fungo Cocciodioides immitis: doença respiratória que pode ser fatal e é transmitida por esses animais.
Tatu-Bola
Nome Científico: Tolypeutes tricinctus
Família: Dasypodidae
Características Morfológicas: a espécie apresenta 30 cm de comprimento, cor marrom escura e cintas móveis. Possuem a capacidade de se enrolarem no formato de uma bola.
Ocorrência Natural: Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina
A espécie integra a lista do Ministério do Meio Ambiente de animais em extinção.
Como a espécie não costuma cavar buraco, ela se “transforma” numa bola para se defender dos predadores como as onças e raposas. A espécie se transforma em bola ao se contorcer ocultando partes frágeis como tronco, cabeça e patas na região interior de sua carapaça que se fecha no formato esférico. O tatu permanece como uma bola por mais de uma hora. O animal não consegue se esconder, sendo vulnerável para os predadores naturais e para a caça humana, principalmente, no Nordeste brasileiro.
Tatu-Canastra
Nome Científico: Priodontes maximus
Família: Dasypodidae
Características Morfológicas: O tatu-canastra pode chegar a 1,5 metro (incluindo a cauda) e pesar cerca de 50 quilos. Ele tem enormes garras, que podem chegar a medir até 20 centímetros, e hábitos noturnos.
Ocorrência Natural: América do Sul
Ele é encontrado em florestas tropicais e também no cerrado, mas seu comportamento reprodutivo ainda é pouco conhecido. A espécie está classificada como "vulnerável" pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em Inglês). A queda da população do tatu-canastra pode estar associada à perda de habitat natural.
Sabiá-Laranjeira 
Nome Científico: Turdus rufiventris
Família: Turdidae
Características Morfológicas: Apresenta tamanho de 25 cm em média
Ocorrência Natural: Vive em torno de 30 anos e sua distribuição ocorre em quase todo o território brasileiro à exceção da floresta amazônica.
Alimenta-se de frutas e habita florestas, parques e jardins. 
Seu canto é longo e melodioso assemelhado ao som de uma flauta e dependendo do local pode-se escutá-lo a mais de um quilômetro de distância. Alguns repetem o canto e chegam a passar até dois minutos emitindo-o, sem parar.
No período de reprodução, os sabiás procuram uma fêmea para fixarem suas moradas e prepararem seus ninhos, feitos basicamente de gravetos e folhas finas, chegando a

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