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Concreto Armado I CONSUMO Cimento Portland - 356 Kg/hab/ano Concreto – 1,9 ton/hab/ano Aço – 214 Kg/hab/ano Materiais Conjugados ou Compósitos • Classe de materiais compostos por uma fase contínua (matriz) e uma fase dispersa (reforço ou modificador), contínua ou não, cujas propriedades são obtidas a partir da combinação das propriedades dos constituintes individuais. As barras de aço entram como “fibras” de reforço, formando um compósito com reforços mistos ( partículas e fibras). “FIBRAS” somente onde há tração “FIBRAS” reforçando a resistência à compressão HISTÓRICO • 1824 – o inglês Joseph Aspdin inventa o cimento Portland; • 1855 – o francês Joseph Louis Lambot constrói um barco com argamassa de cimento reforçada com ferro; • 1861 – Joseph Monier obtém uma patente para seus vasos; • 1873 – o americano W. E. Ward constrói em Nova York uma casa de concreto armado; • 1888 – Dohring, de Berlim, obtém uma patente relacionada à protensão de armaduras de vigas; BARCO DO FRANCÊS LAMBOT - 1849 Em 1849, o francês LAMBOT construiu o primeiro objeto de concreto armado (precisamente de “argamassa armada”): um barco , exibido na exposição de Paris em 1855. VASOS DE FLOR DE MONIER - 1849 De todos os experimentos feitos, os de Monier ganham mais destaque. Realizou obras como pontes, vigas, painéis, escadas e coberturas em concreto armado. Algumas merecem destaque por sua dimensão, como um reservatório de água em Fontainebleu em 1868 e, em 1875, o primeiro vão de 16 metros. Em 1875, Monier criou, para o castelo Chazelet, a primeira ponte de concreto armado do mundo, que ainda existe. O sucesso do Concreto Armado se deve, basicamente, a três fatores: • Aderência entre o concreto e a armadura; • Valores próximos dos coeficientes de dilatação térmica do concreto e da armadura; • Proteção das armaduras feita pelo concreto envolvente. O principal fator de sucesso é a aderência entre o concreto e a armadura, o que implica em deformações na armadura iguais às do concreto adjacente. Este fato, aliado à hipótese das seções planas de Navier, que permitem quase todo o desenvolvimento dos fundamentos do concreto armado. A proximidade de valores entre os coeficientes de dilatação térmica do aço e do concreto tornam praticamente nulos os deslocamentos relativos entre a armadura e o concreto envolvente quando existe variação de temperatura, o que permite adotar para o concreto armado o mesmo coeficiente de dilatação térmica do concreto simples. Finalmente, o envolvimento das barras de aço por concreto evita a oxidação da armadura, evitando cuidados especiais como ocorre, por exemplo, em estruturas metálicas Diagrama σxε concretos NBR 6118 – OBJETIVOS (destaques) Fixar requisitos básicos para projeto de estruturas de concreto simples, armado e protendido, excluídas aquelas em que se empregam concreto leve, pesado ou outros especiais. Aplica-se às estruturas de concretos normais, identificados por massa específica seca maior do que 2000 kg/m3, não excedendo 2800 kg/m3, do grupo I de resistência (C10 a C50), conforme NBR 8953. Diagrama σxε concretos (NBR 6118) (PARÁBOLA-RETÂNGULO) Eci = 5 600 fck 1/2 Ecs = 0,85 Eci (NBR 8522) Diagrama retangular (NBR 6118) O diagrama parábola retângulo pode ser substituído por retângulo de altura 0,8X (onde X é a profundidade da linha neutra), com a seguinte tensão: ⎯ 0,85 fcd no caso da largura da seção, medida paralelamente à linha neutra, não diminuir a partir desta para a borda comprimida; ⎯ 0,80 fcd no caso contrário. c ck cd f f Diagramas σxε Tensão resultante x Seção transversal Resistência à tração direta (fct) Resistência à tração na compressão diametral ( spliting test : fct,sp) Ensaio de tração na flexão (fct,f) Relações e aproximações das resistências à tração (NBR 6118) A resistência à tração direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f ou, na falta de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o seu valor médio ou característico por meio das equações seguintes: fct,m = 0,3 fck 2/3 fctk,inf = 0,7 fct,m fctk,sup = 1,3 fct,m CARACTERÍSTICAS DO AÇO • CA-25 e CA-50 - laminação à quente (maior ductilidade) • CA-60 – trefilação, estiramento ou laminação à frio • fyk - tensão de escoamento – 250 MPa: CA25 – 500 MPa: CA50 – 600 MPa: CA60 Soldabilidade • Para que um aço seja considerado soldável, sua composição deve obedecer aos limites estabelecidos na ABNT NBR 8965. • A emenda de aço soldada deve ser ensaiada à tração segundo a ABNT NBR 8548. A carga de ruptura, medida na barra soldada, deve satisfazer o especificado na ABNT NBR 7480 e o alongamento sob carga deve ser tal que não comprometa a ductilidade da armadura. O alongamento total plástico medido na barra soldada deve atender a um mínimo de 2% (ABNT NBR 6118, item 8.3.9). Diagrama σxε Aços CA 25 e CA 50 Diagrama σxε Aços CA 60 Diagrama σxε Aços de armaduras passivas (NBR 6118) 10%0 Aço CA50 - barras nervurado Aço CA50 Aço CA 25 - barras liso Aço CA25 Aço CA60 - fios entalhado e liso Aço CA60 SISTEMAS E ELEMENTOS ESTRUTURAIS • Elementos estruturais: Vigas, Lajes, Pilares, blocos, estacas, etc. • A forma de arranjo dos elementos estruturais chama-se sistemas estruturais. Sistema estrutural. Estrutura Reticulada Caminhamento das cargas DIMENSIONAMENTO - FINALIDADE • O cálculo deve impedir a ruína, deformações e fissuras excessivas, durante a vida útil da estrutura. DIMENSIONAMENTO-INCERTEZAS • Resistência dos Materiais • Características geométricas das estruturas • Ações permanentes e variáveis • Imprecisões no cálculo das solicitações CÁLCULO NA RUPTURA OU ESTADOS-LIMITE Rd Sd - Resistência minorada (de cálculo) - Ações majoradas (de cálculo) VALORES DE CÁLCULO DAS RESISTÊNCIAS m k d f f γm – coeficiente de ponderação das resistências Coeficiente de ponderação das resistências 321 mmmm γm1- devido à variabilidade da resistência dos materiais envolvidos; γm2- diferença da resistência do material no C.P. e na estrutura; γm3- desvios gerados na construção e aproximações feitas no projeto. NBR 6118 • Carregamento Normal – decorre do uso previsto para a construção • Carregamento Especial – carregamentos transitórios superiores aos normais (pequeno intervalo de tempo em relação à vida da estrutura) • Carregamento Excepcional – curto espaço de tempo, causando efeitos catastróficos. • Carregamento de construção – carregamento decorrente do processo construtivo. ESTADOS LIMITE • ELU – relacionado ao colapso da estrutura • ELS – relacionado à durabilidade, aparência, conforto do usuário e à boa utilização funcional ESTADOS LIMITE DE SERVIÇO A segurança das estruturas de concreto pode exigir a verificação de alguns dos seguintes ELS: – formação de fissuras – ELS-F (inicia a formação de fissuras) – abertura de fissuras – ELS-W (fissuras com aberturas máximas especificas) – deformação excessiva – ELS-DEF (deformações atingem o limite máximo especificado) ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO • descompressão –ELS-D • descompressão parcial – ELS-DP •compressão excessiva – ELS-CE • vibração excessiva – ELS-VE concreto protendido Ações Produzem estado de tensão ou deformação na estrutura. Podem ser: •permanentes •variáveis •excepcionais Ações –permanentes : diretas – peso próprio e outros materiais não removíveis indiretas – deformações impostas por retração e fluência do concreto, deslocamentos de apoio, imperfeições geométricas e protensão. Ações –variáveis: diretas – são as ações previstas para o uso da construção, ação do vento e da chuva indiretas – devido às variações de temperatura e por ações dinâmicas (choques ou vibrações) Ações • excepcionais: duração extremamente curta e muito baixa probabilidade de ocorrência. São, por exemplo, as ações decorrentes de explosões, choques de veículos, incêndios, enchentes ou abalos sísmicos excepcionais. COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO DAS AÇÕES 321 ffff onde: •gf1 – considera a variabilidade das ações •gf2 - considera a simultaneidade de atuação das ações (ψ0 ψ1 ou ψ2) •gf3 – considera os possíveis erros de avaliação dos efeitos das ações, seja por desvios gerados nas construções, seja por deficiência do método de cálculo empregado FATORES DE REDUÇÃO • ψ0 - fator de redução de combinação para o ELU; • ψ1 - fator de redução de combinação frequente para o ELS; • ψ2 - fator de redução de combinação quase permanente para o ELS; Obs.: A NBR 8681 apresenta outros valores para esses fatores Como as ações podem ser de diversas naturezas, o índice do coeficiente γf pode ser alterado para identificar a ação considerada: g – ação permanente; q – ação variável; p – protensão; ε – ações indiretas COMBINAÇÃO DAS AÇÕES • Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidades não desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura durante um período preestabelecido. COMBINAÇÕES • ÚLTIMAS – NORMAIS - decorre do uso previsto para a construção, podendo-se admitir que tenha duração igual à vida da estrutura – ESPECIAIS - O carregamento especial é transitório e de duração muito pequena em relação à vida da estrutura (ex.: vento) – DE CONSTRUÇÃO - – EXCEPCIONAIS – tempo muito curto ( choques, incêndio, sismos, etc.) • DE SERVIÇO – QUASE PERMANENTES (50% da vida. Ex.: fluência) – FREQUENTES (se repetem várias vezes durante a vida – 5% vida) – RARAS (algumas horas durante a vida. Ex:abalos sísmicos) COMBINAÇÕES ÚLTIMAS NORMAIS qkq qjkjkqqgkggkgd F FFFFF 0 01 )( onde: Fd – valor de cálculo das ações para combinação última; Fgk – ações permanentes diretas; Fegk – ações indiretas permanentes como a retração Feqk - ações indiretas variáveis como a temperatura Fqk – representa as ações variáveis diretas, das quais Fq1k é a escolhida principal; CÁLCULOS MANUAIS DE EDIFICAÇÕES BAIXAS • Feqk, Fegk e as ações horizontais podem ser desconsiderados, o que permite reduzir a equação anterior a: kqqgkgd FFF 1 QUALIDADE DAS ESTRUTURAS – Requisitos mínimos • Capacidade Resistente – Consiste basicamente na segurança à ruptura. • Desempenho em Serviço – Refere-se a danos como fissuração excessiva, deformações inconvenientes e vibrações indesejadas. • Durabilidade Refere-se à conservação da estrutura sem necessidade de reparos de alto custo. DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO • Uma das principais responsáveis pela perda de qualidade e durabilidade da estruturas é a agressividade do meio ambiente.
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