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COMUNICAÇÃO NAS EMPRESAS Aula 1: Administração da Linguagem EFICIÊNCIA: É usar os meios de forma correta para fazer algo, ou seja, fazer certo uma "coisa". • Bom uso de recursos • Melhor relação custo X benefício • Foco na operação EFICÁCIA: É alcançar os fins de uma tarefa, ou seja, fazer a "coisa" certa. • Alcance de objetivos e metas • Foco na tática EFETIVIDADE: Trata-se de usar os meios corretos para chegar a um fim desejado e criar novos caminhos para a realização da mesma tarefa, ou seja, fazer a "coisa" que tem que ser feita. • Resultados duradouros • Qualidade nos produtos e serviços • Foco na estratégia *O autor da Teoria Clássica da Comunicação, Roman Jakobson demonstrou que 6 são os elementos necessários para interagir de forma adequada, a fim de alcançar o êxito no ato comunicativo. EMISSOR OU REMETENTE CONTEXTO MENSAGEM CANAL OU CONTATO CÓDIGO RECEPTOR OU DESTINATÁRIO. Ruído comunicativo * Ruído é a má interação entre os elementos da comunicação, que poderá gerar ausência de mensagem ou deturpação da mensagem. Por isso, é muito importante saber escolher os elementos que estarão no ato comunicativo, percebendo, com clareza, a importância de cada um. * Comunicação Empresarial é um diferencial competitivo e um dos recursos mais importantes, para a obtenção do sucesso da organização. Por isso, é essencial que no ambiente profissional o indivíduo administre o seu comportamento, principalmente a sua fala e escrita, utilizando a pontuação de forma correta, evitando tons agressivos, gerúndio, pleonasmo etc. Aula 2: Noções de gramática no contexto empresarial *Colocação pronominal: Próclise Ocorre quando o pronome vem antes do verbo. Como norma geral, deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele houver uma palavra pertencente a um dos seguintes grupos, chamados de palavras atrativas. .Palavras Negativas: não, nada, nunca, jamais, nem, nenhum, ninguém. Exemplo: O assessor não lhes forneceu detalhes do projeto? Jamais nos afastaremos das promessas de campanha. .Relativas: quem, o qual, que, quanto, cujo, como, onde. Exemplo: Os homens que se prezam sabem que devem pensar antes no interesse público no que no pessoal. O chefe de departamento com quem nos entrevistamos afirmou que o problema está resolvido. .Interrogativas: quem, (o) que, qual, quanto(a)(s); como, onde, quanto. Exemplo: Quem nos apresentou o projeto? Quanto tempo se perde! .Conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, que, enquanto, embora, logo que etc. Exemplo: Quando me despedia do chefe da divisão, falei que não estava satisfeita. Se eles se dispusessem ao diálogo... Logo que o vi, falei que era melhor conversarmos. Ênclise Ocorre quando o pronome deve vir após o verbo. As formas verbais do infinitivo pessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio exigem a ênclise pronominal. Veja: Cumpre comportar-se bem. Essas ordens devem cumprir-se rigorosamente. Aqui estão as ordens: cumpra-as. Aventurou-se pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais. Mesóclise Ocorre quando o pronome deve vir no meio do verbo. Na Mesóclise usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presente ou do pretérito do indicativo. Exemplo: Quando for possível, transmitir-lhes-ei mais informações. Ser-nos-ia útil contar com o apoio de todos. Casos Especiais É inviável a ênclise com o particípio; Colocação do pronome átono em locuções e combinações verbais. →> Lembre-se do básico Na próclise, o pronome surge antes do verbo. Emprega-se a mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, desde que não se justifique a próclise. O pronome fica intercalado ao verbo. A ênclise pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à sequência verbo- complemento. Assim, o pronome surge depois do verbo. .Crase A crase está estritamente relacionada à regência e podemos encontrá-la quando o termo regido está ligado ao termo regente por meio da preposição a e vem antecedido do artigo a ou dos pronomes demonstrativos a, aquele, aquela, aqueles e aquilo. A crase é a fusão: - da preposição a com o artigo definido a (ou com o a do seu plural as); - da preposição a com o pronome demonstrativo a (e seu plural as); e - da preposição a com as vogais iniciais dos demonstrativos aquilo, aquele(s) e aquela(s) e dos relativos a qual e as quais. a+a = à O uso do acento grave indicativo da crase é obrigatório nas seguintes situações: Como nomes de lugares que admitem artigo: Ex: Vou à Bahia. DICA!!! Para verificar se o nome de um lugar aceita ou não o artigo a, você pode utilizar-se do seguinte artifício: “Quando venho e venha DA Quando vou "craseio" o A Quando venho e venho DE Quando vou crase para quê?” Ao se formular uma frase com o verbo VIR mais o nome do lugar e se obtiver a combinação DA, cabe o artigo; se obtiver a preposição DE, não cabe o artigo. Veja: “Vou à Itália” (“Venho da Itália”) “Vou a Roma” (“Venho de Roma”) Se os nomes de lugares que não admitem artigo vierem especificados, haverá crase. Fui à Lisboa de Camões (Venho da Lisboa de Camões) Vou à Roma antiga (Venho da Roma antiga) Antes dos pronomes demonstrativos AQUELE (S), AQUELA(S), AQUILO, A(S): Exemplo: Falamos àquele que nos impediu de entrar. Nas locuções formadas por nomes femininos: Exemplo: Primeira rua à direita. Com objetos e complementos nominais femininos: Exemplo: Vamos assistir à próxima sessão. Nas expressões que indicam o número de horas: Exemplo: Chegarei às cinco horas. (adjunto adverbial). Se a hora estiver indeterminada, não haverá crase. Saí de lá a uma hora qualquer. Lembre-se desse esquema, ele ajudará muito na hora da dúvida: • Cheguei às sete horas (Obrigatório) (Cheguei ao meio-dia) • Estou aqui desde as sete horas. (Proibido) • Ficarei até as(às) sete horas. (Facultativo) Aula 3: Como Evitar os Desvios Sintático Defeitos no texto, chamados vícios de linguagem, são, segundo o gramático Napoleão Mendes de Almeida, palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor. E, obviamente, algo que deturpa e dificulta a comunicação não deve ser utilizado, não é mesmo? . ARCAÍSMO: Arcaísmos são palavras ou expressões que já não são mais usadas. O vício de empregá-las deve ser evitado, pois compromete a clareza do texto. Não podemos contar que os nossos leitores tenham conhecimentos da história da língua e conheçam um vocabulário que não é mais usado. Por isso, o nosso texto deve sempre facilitar o entendimento do público em geral. .CACÓFATO: Cacófato é um acidente fonético, em que as sílabas finais de uma palavra e as iniciais da palavra seguinte formam uma terceira palavra de som desagradável e muitas vezes obsceno. Veja alguns exemplos: por cada, amo ela, boca dela, vi ela, vou-me já, ela tinha, como as concebo, essa fada etc. O vício de linguagem da cacofonia deve ser evitado tanto na linguagem coloquial quanto na escrita. Além de empobrecer o texto, dispersa o seu interlocutor. Com certeza, ele notará o cacófato e deixará de prestar atenção em sua mensagem por algum tempo .SOLECISMOS: Solecismos são os erros que vão contra as normas de concordância, de regência ou de colocação. .Solecismo de Concordância .Solecismo de Regência .Solecismo de Colocação .ESTRANGEIRISMO: Estrangeirismo é o processo que introduz palavras de outros idiomas na língua portuguesa. Enquanto essas palavras não forem absorvidas em nosso idioma, serão consideradas um vício de linguagem. .PLEONASMO: Também conhecido como Pleonasmo vicioso, tautologia ou simplesmente redundância, o Pleonasmo é o vício de linguagem relacionado ao uso de uma expressão redundante, isto é,trata-se da repetição desnecessária de um termo ou ideia. Por isso, para não se dizer a “mesma coisa” duas vezes, devemos nos expressar de forma atenta e objetiva. EX: descer para baixo, conclusão final, amigo pessoal Aula 4: Recursos coesivos e fatores de coerência *A coerência, como você já sabe, é a ligação de cada uma das partes do texto com o seu todo, de forma que não haja contradições ou erros que gerem incompreensão, mal-entendido ou até mesmo falha na comunicação. A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor. Podemos organizar, de acordo com Ingedore Koch, a coerência em quatro tipos: 1-Coerência semântica Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. A incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. É estabelecida entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente possível. 2-Coerência sintática Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc. Trata da adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras de concordância e de regência. 3- Coerência estilística Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variações do contexto. Na maioria das vezes, esse tipo de coerência não chega a perturbar a interpretabilidade de um texto. É uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É desejável que quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme. 4-Coerência pragmática Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações. Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado. A coerência se estabelece por uma série de fatores que afetam os possíveis sentidos de um texto. Portanto, ao considerarmos que a coerência é o princípio de interpretabilidade, podemos observar os seguintes fatores: O Conhecimento linguístico consiste no domínio das regras que norteiam a língua, isso vai possibilitar as várias combinações dos elementos linguísticos. *A coesão é um dos requisitos imprescindíveis à construção de todo e qualquer texto. Há, portanto, alguns elementos que funcionam como principais agentes nesse processo, para fazer com que a mensagem aconteça de forma clara e precisa. Coesão sequencial e a relação com o sentido Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar uma ideia completa, queremos dizer que as informações estão conectadas umas às outras coerentemente, ou seja, estabelece-se relações lógicas entre as ideias contidas no texto. A coesão sequencial que garante a textualidade é facilitada pela utilização de conectivos, como preposições e conjunções. Veja agora novos exemplos de coesão sequencial, clicando nas caixas abaixo: *ADIÇÃO: Também, e, ainda, não só, mas também, além disso *PROPORÇÃO: À medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que *CONFORMIDADE: Como, segundo, conforme, consoante *CONDIÇÃO: Como, segundo, conforme, consoante *FINALIDADE: Para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de Aula 5: Técnicas de redação empresarial *PARÁGRAFO Parágrafos são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica. Essas unidades são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam. A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes estágios. *Tipos de tópicos Frasais: 1-Declaração inicial: O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos. Ex: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. 2-Definição: Trata-se de um bom recurso didático. Define-se algo quando se delimita o seu significado dentro de um campo semântico. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos dissertativos/informativos. Ex: O jornal é um meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público. 3-Divisão: O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu desenvolvimento. Serve para vários tipos de texto. Ex: As informações tomam dois caminhos para atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão. 4-Interrogação: O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante uma pergunta. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos. Ex: O crescente uso da internet provocará o fim do jornal impresso? 5-Alusão/Citação: O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. Serve para vários tipos de texto. Ex: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, tomar leite tem como resultado morte certa. *Para produzir uma paráfrase é preciso seguir as ideias do texto original, reproduzindo-as de outra maneira, de forma resumida ou mesmo ampliando o texto. Vamos ver agora algumas dicas que o ajudarão na hora de elaborar uma paráfrase: *Definir o objetivo *Fazer uma leitura cuidadosa *Não distorcer a mensagem *Unir ideias afins *Substituir as palavras rebuscadas *Reler o seu texto final Resumo, diferente da paráfrase que estudamos agora, é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos: • Cada uma das partes essenciais do texto; • A progressão em que elas acontecem; • A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes. *Quem resume deve exprimir somente o que é essencial no texto, por isso, assim como a paráfrase, não podemos fazer comentários ou julgamentos. Muitas pessoas julgam que resumir é produzir frases ou partes do texto original, construindo uma espécie de “colagem”. Porém, isso não é um resumo. Resumir é apresentar, com suas próprias palavras, apenas os pontos que julgamos relevantes no texto, sendo obrigatoriamente menor do que o original. Lembrando que um resumo deriva da capacidade de leitura daquele que vai realizá-lo. A compreensão de um texto depende da competência do receptor. Essa competência envolve recursos culturais, experiência anterior e conhecimento prévio armazenado na memória. *CLASSIFICAÇÃO DOS RESUMOS 1-Resumo indicativo ou fichamento: O resumo indicativo ou fichamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. Refere-se às partes mais importantes do texto 2-Resumo informativo: O resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor usou para criar o texto. Indispensavelmente deve conter: • Assunto; • Problema e/ou o objetivo; • Metodologia; • Ideias principais em forma sintética; • Conclusões. LEMBRETE • Brevidade, pois só deve apresentar as ideias principais; • Respeito pela sequência de ideiasdo texto; • Clareza, já que os fatos apresentados devem ser objetivos; • Rigor, pois as ideias principais devem ser reproduzidas sem erros. Aula 6: Leitura de Textos Conceituando gêneros textuais e tipologia textual Os gêneros textuais podem ser encarados como as diversas formas que um texto pode assumir para cumprir seus objetivos, ou seja, para informar, entreter, comover etc. Os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento, em um determinado contexto. O tipo de texto, por sua vez, é limitado, pois se refere à estrutura composicional da língua. De forma geral, temos cinco tipos textuais (Narração, Argumentação, Exposição, Descrição e Injunção) 1-NARRAÇÃO: a narração é um tipo de texto em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu em um determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade e, normalmente, apresenta-se verbalmente no passado. 2-ARGUMENTAÇÃO: a argumentação é um tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta convencer o ouvinte/leitor. O texto argumentativo defende uma ideia específica. 3-EXPOSIÇÃO: a exposição é um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento, uma explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância). Como traz informações específicas sobre um tema, também é chamada de texto informativo 4-DESCRIÇÃO: A descrição apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato etc.), realçando suas características. A sua técnica implica uma contemplação e uma apreensão de algo objetivo ou subjetivo. O redator, ao descrever, capta o mundo, exterior ou interior, conforme a sua sensibilidade. É fato que a maioria das empresas deve primar pela objetividade a fim de se fazerem entender suas mensagens. Mas, como tudo depende do contexto, também podem ser necessárias as descrição subjetivas. 5-INJUNÇÃO: A injunção é uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como se realiza uma ação. Temos como exemplos de textos injuntivos as questões de prova, as receitas culinárias, os manuais de instrução, algumas propagandas, instruções de jogos etc. Aula 7: Estrutura e Estética da Redação Administrativa *Correspondência Comercial é o conjunto de normas regedoras das comunicações escritas entre pessoas ou entidades; orientam a feitura e a tramitação dos documentos *Carta Comercial: Carta comercial é um documento de correspondência externa usado como meio de comunicação formal entre duas empresas ou uma empresa e uma pessoa (ou vice-versa), cujo conteúdo se relaciona a assuntos comerciais e/ou financeiros de interesse de uma ou ambas as partes envolvidas. A redação de uma carta comercial de boa qualidade leva em consideração dois aspectos essenciais: o que dizer e como dizer. É a mais importante das modalidades de correspondências empresariais, devendo acompanhar a constante modernização das empresas. *Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia e o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos de Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. *Memorando: O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. *OBS: forma mais usada de comunicação administrativa: CORREIO ELETRÔNICO(EMAIL) Por ser o mais utilizado hoje para resolver a maioria das situações corporativas, o e-mail é o que mais aceita variações(FLEXIBILIDADE) Aula 8: O Processo de Comunicação nas Organizações *Três pilares fundamentais para a efetivação da estratégia empresarial: “metas simples, consistentes e de longo alcance; entendimento profundo do ambiente competitivo e avaliação objetiva dos recursos”. 1-Metas simples significam de fácil entendimento, capazes de convencer seus públicos de interesse na medida em que são facilmente incorporadas. Para tanto, cabe à comunicação o papel de traduzir e simplificar as metas da empresa para os seus públicos de relacionamento. Da mesma forma que a consistência das metas implica na credibilidade da informação, o que depende totalmente de um bom processo de comunicação. Além disso, o longo alcance de uma meta significa a perspectiva sob o ponto de vista do público interno. Em resumo, estamos falando de percepção, ou seja, da capacidade de a empresa se comunicar com os seus públicos de relacionamento. 2-Entendimento profundo do ambiente competitivo: Este pilar também aponta para a forma de se comunicar da organização. Afinal, também se espera da comunicação uma capacidade de estudar e conhecer os ambientes organizacionais de competição. Esse conhecimento é adquirido por meio de pesquisas, mapeamentos (públicos, mercados e oportunidades) ou experimentações. Cabe à comunicação esta tarefa de monitorar o ambiente competitivo a fim de ajudar a empresa na tomada de decisões. Este aspecto aponta, ainda, para a capacidade que toda organização deve ter para ouvir seus públicos de relacionamento. Novamente, não há disciplina mais indicada para tal tarefa do que a comunicação. 3-Avaliação objetiva dos recursos: O terceiro pilar também remete à importância da comunicação empresarial para o sucesso das estratégias de negócios. Afinal, se a empresa necessita medir rigorosamente sua performance no mercado e dispõe de inúmeros indicadores para isso, a comunicação também precisa comprovar o acerto de suas iniciativas. Por mais abstrato que possa parecer, as ações de comunicação devem ser regularmente medidas a fim de garantir bons resultados para a empresa, bem como buscar alternativas do “tipo plano B” quando algo sai do controle ou não apresenta a resposta que se desejava. *O relacionamento empresarial Se o sucesso de uma estratégia de negócio depende de um bom processo de comunicação empresarial, e se este processo de comunicação é bem mais amplo que a estrutura organizacional (departamento, gerência, setor, assessoria etc.); entende-se que o mais nobre nesta relação é a percepção que o público de interesse tem sobre a empresa. Isso quer dizer que o relacionamento é, na verdade, o grande objetivo e desafio de toda e qualquer iniciativa de comunicação empresarial. Portanto, o relacionamento empresarial, que depende de um bom processo ou cultura de comunicação, é bem mais amplo e importante do que uma relação pontual de compra e venda, ou uma ação eventual de interesse institucional ou, ainda, algum programa isolado para o público interno. Este relacionamento promete e persegue a perpetuação da marca e dos negócios, a consolidação da empresa junto a todos os seus públicos de interesse. OBS: A transparência, a ética e o diálogo são aspectos fundamentais no dia a dia da empresa. *Stakeholders significa “partes interessadas”. Trata-se de um termo usado em diversas áreas como gestão de projetos, administração e arquitetura de software. Públicos de interesse Um ponto fundamental nesta cultura de relacionamento é a visão de stakeholders. Ao reconhecer que todos os seus públicos de interesse exercem influência sobre sua marca, a empresa deve organizar seu processo de comunicação de forma a definir estratégias de conversação para cada um deles, em particular. Segmentar sua mensagem de acordo com seus interesses é fundamental para que a organização amplie seu entendimento com os stakeholders. INFORMAÇÃO X COMUNICAÇÃO A informação disponibilizada por uma pessoaou empresa somente se transformará em comunicação quando a outra parte da relação participar efetivamente do processo. Para a comunicação se concretizar ela depende do processamento e entendimento que é feito da informação recebida. Isso significa, então, que a empresa não é soberana na relação com seus públicos de interesse. Cada público de relacionamento é que vai atribuir valor para a relação com a empresa. Desta forma, é fundamental que a empresa reconheça esta importância em cada um de seus públicos de relacionamento. Afinal, podemos disponibilizar informação à vontade, mas sua confirmação em comunicação depende do interesse do outro com o qual nos relacionamos. >>Imagem é a projeção que a empresa faz de sua marca, produtos, serviços etc. >>Reputação é o reconhecimento coletivo daquilo que a empresa projeta. Aula 9: Estratégias de Comunicação A preparação da estratégia Antes de ser praticada pelas empresas, uma boa estratégia de comunicação necessita de planejamento. É importante entender que esse planejamento deve ressaltar a visão, a missão e os valores praticados por esta empresa. Não se trata de apenas copiar tais aspectos, mas principalmente garantir que o restante dessa idealização tenha coerência com a promessa que é feita nessas descrições. 1- A Missão é tida como o detalhamento da razão de ser da empresa, ou seja, o porquê da empresa 2-A Visão é algo responsável por nortear a organização. É um acumulado de convicções que direcionam sua trajetória. Em suma, a visão pode ser percebida como a direção desejada, o caminho que se pretende percorrer, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e longo prazo e, ainda, de como ela espera ser vista por todos. 3-Os valores incidem nas convicções que fundamentam as escolhas por um modo de conduta tanto de um indivíduo quanto em uma organização. Assim sendo, os valores organizacionais podem ser definidos como princípios que guiam a vida da organização, tendo um papel tanto de atender seus objetivos quanto de atender às necessidades de todos aqueles a sua volta. *PLANEJAMENTO: Um planejamento é um sistema feito antes da realização de uma ação, em que você, terá como objetivo conduzir e organizar um projeto. Ele permite que a organização consiga e aplique os recursos necessários para atingir seus objetivos, de acordo com os métodos escolhidos e ainda permite tomar medidas necessárias para corrigir eventuais erros. *OBS: A função da estratégia, deste modo, é orientar a comunicação e o caminho a ser seguido. >>A estratégia é, portanto, a forma pela qual pretendemos alcançar o objetivo, ou as ações que serão empreendidas para se conseguir atingir toda empresa e realizar o objetivo pré-definido. *ESTRATEGIAS COMUNICATIVAS Basicamente, 90% das ações de comunicação usam os tipos de estratégias descritas a seguir, para atingir, por exemplo, o seu público-alvo: 1-ESTRATÉGIA DE PRESSÃO (Push) 2-ESTRATÉGIA DE ATRAÇÃO (Pull) 3-ESTRATÉGIA DE INFORMAÇÃO 4-ESTRATÉGIA DE TESTEMUNHO 5-ESTRATÉGIA COMPARATIVA 6-ESTRATÉGIA DE HUMOR 7-ESTRATÉGIA OFENSIVA 8-ESTRATÉGIA DEFENSIVA 9-ESTRATÉGIA INDIFERENCIADA 10-ESTRATÉGIA DE POSICIONAMENTO *Variáveis que evitam ruídos na comunicação HUMOR/RESPOSTA/EXATIDÃO/CLAREZA/OBJETIVIDADE/SIMPLICIDADE Aula 10: Plano Básico de Comunicação *PLANO DE MARKETING O plano de marketing analisará mais especificamente os aspectos das variáveis externas à empresa, realizará o diagnóstico e poderá prever possíveis cenários (como resultado dessa análise), além de estudos sobre as condições que a empresa precisa ter para melhorar o seu desempenho, influenciando assim todas as suas áreas e abordando mais detalhadamente questões sobre o produto a que se refere, incluindo sua parte financeira sobre faturamento e resultados, no planejamento de comunicação todo esse estudo já existe. E é com base nele e a partir dele que será elaborada a estratégia de comunicação que estudamos na aula passada. Portanto, o planejamento de comunicação parte do princípio de que já exista um plano de marketing. Características de um bom planejamento: • Manter o equilíbrio entre o proposto e a realidade de mercado; • Servir como padrão de referência para as ações propostas; • Possuir a flexibilidade necessária para se adaptar às possíveis mudanças de mercado; • Manter a consistência das ações e a sua continuidade; • Ser um instrumento de trabalho do dia a dia dos executivos. *Tarefa da Comunicação • Envolver-se e responsabilizar-se por gerar conhecimento e conscientização; • Construir percepção e lembrança; • Alterar hábitos e atitudes; • Buscar a mudança de comportamentos de mercado ou o reforço de decisões e atitudes; • Desenvolver comportamento lúdico ou emocional; • Gerar simpatia e boa vontade às ações pretendidas e/ou à imagem proposta a fim de construir preferência e motivar a ação. *Os modelos de construção de orçamentos: 1-Faturamento: O método sobre faturamento, por exemplo, funciona baseado no estabelecimento de percentuais a serem alocados para a comunicação a partir das vendas de um determinado produto, unidade de negócio ou empresa. 2-Participação: Já o método de participação funciona baseado em um modelo de análise global do mercado, a partir da mensuração da participação que se detém em um mercado. Ou seja, se pretende-se aumentar a participação de mercado, entende-se que o mesmo precisa estar projetado para a comunicação. 3-Concorrência: Outro método baseado em mercado que considera diretamente os valores da concorrência. Ou seja, sugere-se os valores a serem investidos a partir dos investimentos realizados pelos concorrentes diretos. 4- Objetivos: temos um método cada vez mais comum, que é o modelo que se baseia em resultados. Ou seja, têm seus orçamentos definidos a partir dos objetivos a serem alcançados. É um modelo que busca eficiência e controle de investimentos. *Combinação Fatal: Apesar de tantas opções de planejamento para a construção de orçamento, ainda tem muita empresa, principalmente micro, pequena e média, que, em verdade, não tem nenhum planejamento orçamentário. Simplesmente movem-se por necessidades, sem qualquer previsão e põem a “mão no bolso” a cada vez que precisam desenvolver ações de comunicação, deslocando recursos “sabe Deus de que departamento ou função”. Exatamente por não possuírem nenhum estudo ou previsão, tendem a achar tudo excessivamente caro. A consequência disso são esforços minimizados e a despotencialização de ferramentas possíveis ou utilizadas, subempregado a comunicação. *Controle e Avaliação O controle e a avaliação configuram a última parte do plano. O controle consiste em estimar um determinado resultado, montar um sistema de medição do assunto em pauta e, por comparação, avaliar se o que realmente aconteceu atingiu as previsões ou não. Nesse processo está a necessidade de quantificação, sem a qual não se terá noção do sucesso ou do fracasso alcançado. O momento em que deve ser feita a avaliação depende do interesse em monitorar o andamento do projeto com maior ou menor grau de detalhamento.
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