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gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional UNINASSAU CURSO: BACHARELADO EM DIREITO DISCIPLINA: TEORIA DO CRIME BLOCO: II Prof.: Joaquim Neto - TIPICIDADE - ERRO DE TIPO - ERRO DE PROIBIÇÃO gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 1. TIPO LEGAL Conceito – É o modelo genérico e abstrato, formulado pela lei penal, descritivo da conduta criminosa ou da conduta permitida. - A CF, art. 5º, XXXIX expressa que “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Atente-se que o Tipo não é somente o conjunto dos elementos da infração penal descrito pela lei, mas também a indicação legal das hipóteses em que se autoriza a prática de um fato típico. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2. ESPÉCIES DE TIPO LEGAL 2.1. Permissivos ou Justificadores São tipos penais que não descrevem fatos criminosos, mas hipóteses em que estes podem ser praticados. São tipos penais que permitem a prática de condutas descritas como criminosas. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Estes tipos contêm a descrição legal da conduta permitida, isto é, as situações em que a lei considera lícito o cometimento de um fato típico. - Tipos permissivos; tipos eximentes ou justificativas. Exemplos: Os que descrevem as causas excludentes da ilicitude (CP, art. 23). Legítima Defesa (art. 25); gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2.2. Incriminadores ou Legais São os tipos penais propriamente ditos, consistentes na síntese legal da definição da conduta criminosa. - Todo fato enquadrável em tipo incriminador, em princípio, será ilícito, salvo se também se enquadrar em algum tipo permissivo. Tipo legal é o modelo sintético, genérico e abstrato da conduta definida em lei como crime ou contravenção penal. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL O tipo penal delimita a conduta penalmente ilícita. A circunstância de uma ação ou omissão ser típica autoriza a presunção de ser também ilícita, contrária ao ordenamento jurídico. Essa presunção é relativa (iuris tantum), pois admite prova em sentido contrário. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Todo fato típico se presume ilícito, até prova em contrário, a ser apresentada e confirmada pelo responsável pela infração penal. Opera-se a inversão do ônus da prova. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3. ESTRUTURA DO TIPO PENAL TIPO PENAL NÚCLEO (verbo) Objetivos Subjetivos Normativos CIRCUNSTÂNCIAS (Somente para figuras qualificadas ou privilegiadas) ELEMENTOS gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.1. Núcleo – representado pelo verbo, é a primeira etapa para a construção de um tipo incriminador. - Toda infração penal contém um núcleo. No furto, é “subtrair”, no homicídio, “matar”... gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2. Elementos ou Elementares – são situações ou descrições que gravitam em torno do núcleo e se agregam para proporcionar a perfeita descrição da conduta criminosa. Tipo normal – só contém elementos objetivos (descritivos); Tipo anormal – além dos objetivos, contém elementos subjetivos e normativos. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2.1. Elementos Objetivos ou descritivos – são as situações da conduta criminosa que referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma. Ex. O objeto do crime; o lugar; o tempo; os meios empregados. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser EducacionalDIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2.2. Elementos Subjetivos – são os que dizem respeito à esfera anímica do agente, isto é, o dolo, especial finalidade de agir e demais tendências e intenções. OBS: Alguns doutrinadores utilizam a expressão elementos subjetivos do injusto. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Sempre que o tipo penal trazer em seu texto um elemento subjetivo, será necessário que o agente, além do dolo de realizar o núcleo da conduta, possua ainda a finalidade especial indicada expressamente pela descrição típica. Ex. No crime de Furto (CP, art. 155), não basta a subtração da coisa alheia móvel: esta deve ser realizada pelo agente para si ou para outrem, ou seja, exige-se o ânimo de ficar definitivamente com a coisa. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2.3. Elementos Normativos – são aqueles que seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural, histórica, política, religiosa, bem como de qualquer outro campo do conhecimento humano. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Se classificam em Jurídicos, quando exigem juízo de valoração jurídico e trazem conceitos próprios do Direito. Ex. Indevidamente; sem justa causa; documento; funcionário público... Extrajurídicos ou morais quando pressupõem um exame social, cultural, histórico, religioso, político etc. Ex. ato obsceno; pudor; ato libidinoso... gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Furto Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: - Subtrair – Verbo – Ação nuclear; - Coisa alheia móvel - Elementar objetiva; - Para si ou para outrem – Elementar subjetiva. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Furto qualificado § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; [...] gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Estupro Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: - Constranger – Núcleo – Ação; - Alguém – Elementar objetiva; - Mediante violência ou grave ameaça – Elementar Objetiva; - A ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso - Elementar normativa. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 4. Tipicidade Conceito – É o juízo de subsunção entre a conduta praticada pelo agente no mundo real e o modelo descrito pelo tipo penal (adequação ao tipo). - É a operação pela qual se analisa se o fato praticado pelo agente encontra correspondência em uma conduta prevista em lei como crime ou contravenção penal. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 4.1. Tipicidade Formal É o mero juízo de subsunção entre a conduta praticada pelo agente e o modelo descrito no tipo penal. 4.1. Espécies de Tipicidade Formal a) Adequação Típica Imediata (direta) – ocorre quando há um só dispositivo para fazer ajuste fato/norma. Ex. Norma: art. 121. Matar alguém. Conduta: “A” Matou “B” gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL b) Adequação Típica mediata (indireta) – ocorre quando de mais de um dispositivo para fazer o ajuste fato/norma. – surge a norma de extensão. Ex. Norma: Art. 121. Matar alguém. Conduta: “A” tentou matar “B” Predomina na doutrina que tipo e ilicitude são fenômenos diferentes, que não devem ser confundidos. tentativaArt. 14, II gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 5. Tipicidade Conglobante Segundo essa teoria, o fato típico pressupõe que a conduta esteja proibida pelo ordenamento jurídico como um todo, globalmente considerado. Tipicidade Legal – (adequação à fórmula legal do tipo) é a individualizaçãoque a lei faz da conduta, mediante o conjunto dos elementos objetivos e normativos do tipo penal. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Tipicidade Conglobante (antinormatividade) – é a comprovação de que a conduta legalmente típica também está proibida pela norma. Tipicidade Penal – (adequação penal + antinormatividade) é a fusão da tipicidade legal com a tipicidade conglobante. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL - A Tipicidade Conglobante trata-se de um corretivo da tipicidade penal, tendo como requisitos: a) Tipicidade Material – Relevância da lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico; b) Antinormatividade do ato – ato não determinado ou não incentivado por lei. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL ATENÇÃO: A doutrina moderna diz que a consequência da adoção da Tipicidade Conglobante é a migração do Estrito Cumprimento do Dever Legal e do Exercício Regular do Direito para a Tipicidade, deixando a Ilicitude. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL OBS: A Legítima Defesa e o Estado de Necessidade não migram porque não são determinados ou incentivados, mas somente tolerados. Prevalece que o Delegado é o titular da Tipicidade Formal, não fazendo juízo de valor quanto a tipicidade material. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL ERRO DE TIPO gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 1. Conceito – é a falsa percepção da realidade. - Entende-se por erro de tipo aquele que recai sobre as elementares, circunstâncias ou qualquer dado que se agregue a determinada figura típica. OBS: Não se confunde com erro de proibição ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO - Há falsa percepção da realidade OBS: O agente não sabe o que faz - Não há falsa percepção da realidade OBS: O agente sabe o que faz, porém desconhece a proibição do seu comportamento. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2. Erro de Tipo Essencial – O erro recai sobre dados principais do tipo. – Art. 20 – CP Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. OBS: (SEMPRE EXCLUI O DOLO) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL - Quando avisado do erro o agente deixa de agir ilicitamente. 2.1. Erro Inevitável (escusável) - Exclui o dolo (não há consciência) - Exclui a culpa (não há previsibilidade) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2.2. Erro Evitável (inescusável) - Exclui o dolo (não há consciência) - Pune-se a modalidade culposa (há previsibilidade) – é punido por culpa. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3. Erro de Tipo Acidental – O erro recai sobre dados periféricos do tipo. - Representação equivocada da pessoa vítima visada pelo agente. Ex. O agente quer matar o pai, porém, representando equivocadamente a pessoa que entra na casa, mata o carteiro. (não há erro na execução, mas somente de representação – erro mental) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL - não exclui dolo - não exclui culpa - não isenta de pena - Quando avisado do erro o agente corrige e continua agindo ilicitamente. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.1. Erro sobre a pessoa Previsão legal: Art. 20, § 3º, CP § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. Conceito: Representação equivocada da pessoa vítima visada pelo agente. Ex. O agente quer matar o pai, porém, representando equivocadamente a pessoa que entra na casa, mata o carteiro. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola TécnicaJoaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Não há erro na execução, mas somente de representação – erro mental. Consequências: Não exclui dolo ou culpa e não isenta o agente de pena. - O agente responde pelo crime praticado, porém considerando as condições da vítima pretendida e não da vítima atingida. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2. Erro provocado por terceiro Previsão legal: Art. 20, § 2º, CP § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. Conceito: No erro determinado por outrem, existe terceira pessoa induzindo o agente a erro. Trata-se de erro não espontâneo. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Ex. Médico quer matar paciente e induz a enfermeira a erro fazendo com que ela ministre a dose letal. Consequências: 1) Quem determina dolosamente o erro de outrem responde por crime doloso (na condição de autor mediato); gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2) Quem determina culposamente o erro de outrem responde por crime culposo (na condição de autor mediato). OBS: Se a pessoa induzida a erro percebe a manobra criminosa e continua a ação, querendo ou aceitando o resultado, responde também por crime doloso; Se poderia tê-lo previsto e não previu responde por crime culposo. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL ERRO DE PROIBIÇÃO gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Pode-se conceituar o ERRO DE PROIBIÇÃO como o erro do agente que recai sobre a ilicitude do fato. O agente pensa que é lícito o que, na verdade, é ilícito. Geralmente aquele que atua em erro de proibição ignora a lei. Há o desconhecimento da ilicitude da conduta. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Estará em erro de proibição aquele que por erro escusável ou mesmo inescusável, por ação ou omissão, contraria as proibições ou permissões da ordem jurídica. Essa conduta se dá justamente por ignorar a relação de contrariedade, ou dela não ter sido informado. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Não se exige do agente o conhecimento técnico da ilicitude, basta que tenha a ciência da proibição na esfera do senso comum, do homem médio, um juízo comum na comunidade e no meio social em que vive. (Luiz Flávio Gomes) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Então, para que o erro de proibição exclua por completo a culpabilidade do agente, não é suficiente apenas a alegação de desconhecimento da lei. É preciso verificar se o erro é vencível ou invencível. O agente só responderá se tinha ou, pelo menos, se poderia ter a consciência da ilicitude do fato. (Luiz Flávio Gomes) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Se o erro for vencível, ou seja, se o agente poderia ter tido consciência da ilicitude do fato, responderá pelo crime com diminuição da pena de 1/6 a 1/3. Porém, se o erro era invencível, ou seja, não havia como ter consciência da ilicitude do fato, a culpabilidade estará excluída. (Luiz Flávio Gomes) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Doutrinariamente, o erro de proibição também é classificado em direto ou indireto. Todavia, esta classificação não afeta em nada suas consequências, podendo ser escusável ou inescusável da mesma forma. Erro de proibição direto: O indivíduo valora a situação de forma direta e conclui que está realizando algo que não é proibido. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Institutode Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Erro de proibição indireto: Neste caso, primeiro o agente passa por uma falsa percepção de que sua conduta não é proibida. O agente acha que possui uma permissão para realizar o ato, quando na realidade esta permissão não existe. O erro de proibição indireto também é chamado de erro de permissão. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 6.3.4. Culpa Imprópria – é aquela em que o agente, por erro evitável, fantasia certa situação de fato, supondo estar agindo acobertado por uma excludente de ilicitude (descriminante putativa) e, em razão disso, provoca intencionalmente o resultado. Apesar da ação ser dolosa, responde por culpa (art. 20, § 1º, segunda parte – CP) – Culpa por assimilação, equiparação ou extensão.
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