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Direito Penal II

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Direito Penal II
Concurso de pessoas
art 29 CP:
O crime pode ser praticado por: 
1) monosubjetivos: apenas uma pessoa
2) plurisubjetivos: mais de uma pessoa (concurso de pessoas)
Exemplo: "Quatro pessoas se reunum para furtar. Duas delas entram no 
estabelecimento e matam o vigia. Se não soubessem do vigia, os que não entraram 
não são penalizados pelo homicídio do mesmo. Se soubessem, responderiam por 
furto com a pena aumentada."
Teoria Monista: INDIVIDUALIZAÇÃO
 - Cada pessoa responde pelo o que quis cometer/cometeu
Teoria Pluralista: FORMA MATERIAL OU MORAL 
 - Acessor/ Participe: incentiva 
Autor: pratica o verbo (ex: quem esfaqueou)
Coator: auxilia (ex: quem segurou o esfaqueado)
Participe: Incentiva de forma material ou moral; é um acessor. (ex: quem ficou no 
carro e na esquina enquanto os outros dois furtaram / 1o exemplo)
 REQUISITOS NO CONCURSO DE PESSOAS
1) Pluralidade de agentes e de condutas
2) Relação de causalidade
3) Identidade de crime (querer cometer determinado crime)
4) Vínculo Subjetivo
5) Existência de um fato punível
OBS: Faltando um requisito NÃO HÁ concurso de pessoas!!!!
Não podemos reconhecer tal modalidade para fins de aplicação da pena
 FORMAS DE ATUAÇÃO
1) Teoria Extensiva: nosso código NÃO adota
 Conceito amplo de que todos que atuam na empreitada criminosa são autores.
2) Teoria Restritiva: ADOTADO no nosso código
 A legislação brasileira adota tal teoria dividindo a atuação em:
 a) Autor: pratica o verbo do tipo penal
 b) Coautor: atua conjuntamente com o autor no verbo do tipo
 c) Participe: atua de forma acessória para a prática do crime, observando que a 
participação poderá ser de natureza moral ou material.
 Segundo a doutrina majoritária, a teoria restritiva cria determinado problema para 
aplicação de pena e imputação de responsabilidade penal nos casos de autoria 
intelectual e autoria mediata.
3) Teoria do Domínio do Fato
 PARTICIPAÇÃO
Em relação a natureza jurídica da participação, a doutrina majoritária estabelece a 
figura da teoria da acessoridade limitada, deixando claro que a participação será 
sempre de natureza acessória atraves do meio moral ou material. 
 FORMAS DE AUTORIA 
1) Autoria Direta ou Imediata:
 É a conduta daquele que age com as próprias mãos
2) Autoria Mediata ou Indireta:
 Surge da atuação do autor intelectual. Encontra-se vinculada diretamente ao autor 
intelectual. 
 Em um segundo plano a doutrina clássica estabelece que a autoria mediata, 
encontra-se vinculada a autoria de mando quando o autor se vale de uma terceira 
pesoa para cometer o crime. 
CASOS DE AUTORIA MEDIATA PREVISTO NO CÓDIGO PENAL
a) Coação moral ou física irresistível
b) Obediência Hierárquica
c) Erro escusável determinado por terceiro
 As três situações acima descritas levam por consequência a casos de autoria 
mediata, esvaziando a responsabilidade penal do autor imediato, transferindo esta 
circunstância a quem os determinou. 
3) Autoria Colateral:
 Quando dois autores querem praticar o mesmo ato sem saberem da existência um 
do outro; ou seja, duas pessoas cometendo o mesmo crime. 
 É caracterizada a autoria colateral na hipótese em que mais de uma pessoa 
concorre para o mesmo resultado deletivo mas uma sem saber da atuação da outra.
4) Autoria Incerta: 
 Uma das formas previstas para a autoria é batizada pela doutrina como "autoria 
incerta", que ocorre quando a existência de crimes plurisubjetivos coletivos de 
conduta paralela, onde vários sujeitos concorrem para o crime, não sendo possível 
identificar todos os envolvidos. 
Circunstâncias Comunicáveis: nos termos delineados no artigo 30 do Código Penal, 
as circunstâncias de caráter pessoal somente irão se comunicar ao co-autor ou 
participe do crime, quando forem elementares no tipo penal. 
 Para tal aplicação se faz necessário que a circunstância elementar seja de prévio 
conhecimento do co-autor ou do participe. 
11/08
Concurso material:
Na forma do artigo 69 do CP ocorre o concurso material quando o agente, mediante 
mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes idênticos ou não, 
aplicando a pena de forma cumulativa.
A doutrina chama de CÚMULO MATERIAL, pois somam-se as penas dos crimes 
respectivos.
(ex: caso goleiro Bruno)
O concurso material pode ser:
Homogêneo: quando os crimes praticados forem da mesma espécie
Heterogêneo: quando os crimes praticados forem de formas e espécies diversas 
Concurso formal:
De acordo com o art 70 do CP, temos o concurso formal quando o agente, mediante 
uma ação ou omissão, pratica vários crimes, idênticos ou não. Aplica-se a pena 
mais grave se diferentes ou, se iguais, promove o aumento de 1/6 até a metade. 
Semelhante ao concurso material, o concurso formal poderá ser de natureza 
homogênea ou heterogênea, existindo, entretanto, mais uma diferenciação 
vinculada às vontades dos agentes. Se a vontade do agente for uma só, o concurso 
formal será perfeito ou puro. Caso existam várias vontades e vários desígnios, o 
concurso formal será imperfeito pu impuro. 
Crime continuado: quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, por condições de tempo, lugar e 
modo de execução, devem os subsequentes serem considerados como continuação 
do primeiro. A pena aplicada será de um só dos crimes ou a mais grave se diversas, 
aumentada em qualquer caso de 1/6 a 2/3
Teorias de crime continuado
Teoria da realidade ou da unidade real: estabelece que no crime continuado os 
vários delitos se caracterizam como um crime único
Teoria da ficção jurídica: estabelece que existem vários crimes, mas a lei para fins 
de aplicação de pena presume existir um só
Teoria mista ou eclética: entende que no crime continuado não existe um crime 
determinado, mas uma terceira e nova infração penal
Critério de aplicação de pena no Crime Continuado
Cúmulo material: também conhecido como cúmulo das penas; é aquele em que o 
juiz deve aplicar a pena de cada um dos crimes e ao final somar todos os resultados 
obtidos, a fim de chegar à pena definitiva. Aplicação: art 69 CP e art 70 parte final
Critério de exasperação: na hipótese, o juiz aplica somente uma das penas cabíveis, 
observando que será sempre a mais grave e sobre este valos procederá a 
majoração da pena na fração de 1/6 a 1/2 ou 1/6 a 2/3, dependendo do caso. 
Aplicação no art 70 CP 1a parte e art 71 CP
Critério trifásico de aplicação de pena: o juiz, ao aplicar a pena, expõe o que sentiu 
na conduta ilícita praticada pelo agente, impondo ao mesmo uma punição que 
possa prevenir e reprimir novas infrações penais. 
Cabe observar que a liberdade do juiz na aplicação da pena, fica vinculada 
estritamente a critérios previstos na lei penal. Assim, quando da dosimetria da pena, 
o magistrado deve seguir os parâmetros do critério trifásico da aplicação da pena, 
sistema jurídico criado pelo então ministro Nelson Hungria e incluído no CP na 
reforma de 1984.
Pena Base Pena Intermediária Pena 
Definitiva
art 59 do CP agravantes: art 61 CP causa 
aumento
 atenuante: art 65 CP causa 
diminuição
No sistema trifásico, a pena base será avaliado de acordo com as circunstâncias 
judiciais, a pena intermediária com a agravante e atenuante, e a pena definitiva com 
as causas de aumento e diminuição.
Regras do critério trifásico:
1. É vedada a dupla valoração em desfavor do réu. 
ex: Se a elementar no fato ou requisito do crime for também uma agravante,a pena 
não poderá ser aumentada na segunda fase em razão de lesão ao princípio do “bis 
in idem”.
 Se uma situação é qualificadora do crime, não poderá ser utilizada em nenhuma 
fase posterior da dosimetria da pena, estando restrita tão somente à pena base. Se 
uma circunstância qualquer for empregada na pena base, não poderá ser utilizada 
em nenhum outro momento da sentença.
2. Existe uma ordem cronológica das fases que não pode ser deixada de lado, deve 
ser seguida pelo juiz. Se não seguir, a pena não será adequada e poderá ser 
considerada nula. Pena base - pena intermediária - pena definitiva
3. Existe uma hierarquia entre as fases, na qual a última etapa é mais importante 
que a segunda e a segunda é mais prestigiada que a primeira. 
Existem limites abstratos para fixação da pena, limites mínimos e máximos que 
devem ser seguidos pelo juiz na pena base. 
Cada etapa da dosimetria da pena deve ser adequadamente justificada pelo 
magistrado na forma do artigo 93/i9 da CF, correndo o risco de ser reconhecida a 
nulidade da sentença na falta de fundamentação. 
18/08
Pena Base art 59
Culpabilidade: se restringe à reprovação social da conduta do criminoso; a forma 
como ele agiu e como a sociedade enxerga. O juiz, para calcular a pena, tem que 
enxergar como a sociedade reprova o crime. Diz respeito ao grau de censura que 
recai sobre a conduta do agente. Logo, se a reprovação do crime for de grande 
monta, a pena será aumentada e, a contrário senso, se de pouca reprovação, a 
pena será reduzida.
Antecedentes: referem-se à vida pregressa do indivíduo, sob uma perspectiva 
estritamente jurídico-penal. Se o agente ostenta bons antecedentes, sua pena será 
reduzida. Porém, se possui maus antecedentes, a pena será majorada. Para fins de 
antecedentes, devemos considerar somente condenações pretéritas com trânsito 
em julgado, lembrando que não serão considerados inquéritos policiais em 
andamento, processos em inscrição e ações socioeducativas. (sentenças penais 
condenatórias consideradas em julgado; por exemplo, se tiver 10 inquéritos ou 
processos em andamento, não tem antecedentes)
Os antecedentes não perderão seus efeitos, mesmo após o transcorrer do lapso 
temporal chamado, na doutrina, de período depurador. O STJ, em julgado recente, 
formulou a ideia da possibilidade da retirada de antecedentes da FAC e, por 
consequência, suspensão dos seus efeitos em condenações que já tenham 
transcorrido o prazo de 10 anos após a extinção da pena. sumula 444 STJ
A conduta social diz respeito ao comportamento do agente no seu meio social 
(família, trabalho, amigos etc).
Personalidade: características subjetivas do indivíduo; revela o perfil psicológico do 
agente, lembrando que a doutrina questiona tal critério sob alegação de que o 
magistrado, via de regra, não detém conhecimento técnico necessário para avaliar o 
perfil psicológico do autor da infração penal.
Motivos do crime: diz respeito à causa que levou o agente a infringir a lei, sendo 
certo que, se a causa for nobre, a pena será reduzida e, na hipótese contrária, a 
pena será aumentada. 
Circunstância do crime: refere-se ao contexto fático em que o crime foi praticado, o 
modo de execução, também chamado de modus operandi, cabendo ao juiz avaliar 
desde os instrumentos empregados no crime, a agressividade dos autores, dentre 
outros fatores análogos.
Consequências do crime: leva-se em conta no critério a intensidade da lesão 
provocada com resultado do crime, cabendo ao juiz avaliar as consequências 
patrimoniais e psicológicas oriundas da infração penal. 
Comportamento da vítima: em alguns casos, o comportamento da vítima e sua 
postura perante o crime pode acarretar no aumento ou diminuição da pena.
Regras de Aplicação da Pena Basilar
1. O Código Penal não delimita quanto será o acréscimo ou diminuição para cada 
circunstância judicial, ficando a cargo do juiz o patamar motivando cada acréscimo 
ou redução.
2. O magistrado deve partir de algum patamar na pena base para a realização de 
seu cálculo, logo, de acordo com o STJ, o patamar inicial será o da pena mínima 
atribuída a cada crime. 
3. A pena base é considerada a de menor expressão na escala hierárquica das 
fases, o que justifica a razoabilidade da sia valoração.
4. O juiz deve observar que a dosimetria das circunstâncias judiciais terá de deter 
uma característica uniforme, não existindo uma circunstância mais preponderante 
que a outra.
5. A pena base terá sua fixação iniciada na pena mínima, nunca podendo ficar 
abaixo de tal quantidade.
Regra da Pena Intermediária
A agravante somente será utilizada quando, por si só, não representar uma 
elementar do tipo ou uma qualificadora da infração penal. Sendo certo que, caso o 
magistrado promova tal conduta, incorrerá em ofensa ao princípio do “bis is idem”, 
acarretando na consequente nulidade da sentença. 
A reincidência ocorre quando o sujeito pratica um novo crime depois de já ter sido 
condenado, com trânsito em julgado, por crime anterior (praticado no Brasil ou no 
estrangeiro) desde que não tenha transcorrido o lapso temporal de 5 anos a 
extinção da pena chamado pela doutrina de período depurados.
Contravenções penais não são punidas com prisão.
A reincidência demonstra efetivamente a ineficácia da pena anteriormente aplicada, 
o que justifica o agravamento da pena do indivíduo. No entanto, para caracterização 
da reincidência, devemos levar em conta a conduta ilícita anterior ao crime posterior 
sob pena de não caracterização da agravante. Logo, temos reincidência nas 
seguintes hipóteses: 
1. Crime no Brasil ou no estrangeiro X Crime = reincidência
2. Crime no Brasil ou no estrangeiro X Contravenção = reincidência
3. Contravenção X Contravenção = reincidência
4. Contravenção X Crime = não reincidente 
Mesmo que a conduta anterior considerada ilícita não gere a agravante dos 
antecedentes (contravenção X crime), o indivíduo manterá o status de portador de 
maus antecedentes. 
A reincidência é considerada como a circunstância agravante de maior peso, o que 
faculta ao juiz conceder-lhe maior valoração. 
25/08
Agravantes
Motivo fútil: segundo ensina a doutrina, a futilidade inerente à agravante do motivo 
fútil é caracterizada quando a infração penal tem sua consumação justificada por 
uma motivação irrisória ou desproporcional, ou seja, ausência de motivo. 
Motivo torto: tem como causa algo que soe de forma repulsiva, constrangedora ou 
nojenta. 
Conexão criminosa objetiva: a pena será agravada para o indivíduo que comete 
crime buscando facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade e a 
vantagem de outro crime. 
Modo de execução: o emprego da traição, da emboscada ou de simulação, bem 
como outro recurso que impossibilite a defesa da vítima agrava a pena do autor da 
infração penal. Tal agravante é imposta uma vez que a ação do autor reduz de 
forma mais eficaz a capacidade de resistência da vítima, o que justifica a aplicação 
da agravante.
Tortura: o crime de tortura também é tratado como agravante, o que deve ser visto 
com reservas, tendo em vista a doutrina defender a tese que na hipótese de tortura 
deve-se deixar de lado o agravamento da pena e promover a punição do agente em 
um crime próprio. A pena será ainda agravada quando, no meio de execução do 
crime, houver o emprego de veneno (substâncias químicas ou naturais), fogo, 
explosivo e, ainda, algum meio insidioso (sabotagem), cruel ou que possa resultar 
perigo comum, atingindo o risco imposto à coletividade. 
Relação de parentesco: a relação de parentesco entre o autor da infração penal e a 
vítima agrava a pena, cabendo observar que tal circunstância não será utilizada 
quando o próprio parentesco caracteriza elementar do tipo, gerando a sua 
incidência em ofensa ao princípio do “ne bis in idem”.
Abuso de autoridade: a pena será agravadaquando do abuso de autoridade como 
meio de execução do crime. O abuso de autoridade previsto no artigo diz respeito 
não à autoridade pública. mas à autoridade inerente à condição pessoal que 
envolve autor e vítima (ex: o médico em relação ao paciente, o professor em relação 
ao aluno). A pena ainda será agravada nos casos de crimes praticados envolvendo 
violência doméstica e violência contra a mulher. Sofre ainda aumento da pena o 
indivíduo que abusa do poder que lhe é proveniente de cargo, ofício, ministério ou 
profissão (ex: carcereiro em relação ao preso, curador ou tutor em relação ao 
incapaz). 
O crime cometido contra criança acarreta no agravamento da pena, entendendo 
como criança a vítima que tiver, na data do fato, até 12 anos completos. A pena 
ainda será agravada quando o indivíduo práticas-lo contra vítima maior de 60 anos, 
bem como enfermo ou mulher grávida, ressaltando que a gravidez deve ser de 
prévio conhecimento do autor da infração penal, sob pena de não aplicação. 
Na hipótese de vítima sob proteção da autoridade, pode a pena do autor da infração 
penal ser agravada quando a conduta for direcionada em face dessa pessoa, por 
ficar demonstrado que o infrator não possui qualquer respeito ou apreço pela 
autoridade constituída no Estado. 
Embriaguez pré-ordenada: a embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior 
retira a responsabilidade penal do agente. Por outro lado, a embriaguez pré-
ordenada agrava a pena do agente, uma vez que o infrator se coloca na condição 
de embriaguez de forma proposital, com a finalidade de fugir da responsabilidade 
penal. 
Atenuantes ART 65 DO CP 
A idade se trata expressamente de uma circunstância atenuante. Assim, se o 
indivíduo é menor de 21 anos e maior de 18 anos na data do ato criminoso, a sua 
pena será reduzida. Se possui 70 anos na data da sentença, também será 
observado o atenuante.
IMPORTANTE: o estatuto do idoso conceitua como idoso abrangido pelo código 
aquele com mais de 60 anos, mas deixamos de lado a norma especial e aplicamos 
a regra do CP diante da expressa manifestação do legislador.
Desconhecimento da lei: ninguém pode alegar o desconhecimento da lei “ignorantia 
leis” para fins de isenção de pena. Todavia, desde que comprovado nos autos do 
processo, o desconhecimento da lei pode atenuar a pena. 
Devemos entender que a pena será atenuada quando o crime for cometido por 
relevante valor social (interesses coletivos) e, ainda, o relevante valor moral 
(interesses particulares). 
Reparação do dano proveniente do crime: se o autor da infração penal, de forma 
espontânea e eficiente, procura reduzir os efeitos da ação criminosa ou reparar o 
dano suportado pela vítima antes da sentença condenatória, teremos a 
possibilidade da aplicação de uma atenuante. Obs: a reparação do dano como 
atenuante não pode ser confundida com a desistência voluntária e o arrependimento 
eficaz previstos no art 15 do CP, pelo fato de que tal causa de diminuição de pena 
ocorre durante o inter criminis.
A influência da emoção gerada pelo comportamento da vítima perante o autor da 
infração penal é caracterizada como uma causa atenuante, da mesma forma que a 
coação moral resistível, lembrando que, caso seja oferecida resistência e a mesma 
repelida pelo autor da infração, existe a possibilidade de isenção de pena do 
coagido. 
A obediência hierárquica também atenua a pena do infrator, desde que haja vínculo 
de subordinação entre quem dá a ordem e quem recebe, bem como que a ordem 
não seja manifestamente ilegal.
 Confessar não quer dizer se arrepender
Confissão: é tida como a rainha das provas, porém, só terá efeito caso por sua 
harmonia com as demais provas produzidas no processo, surtindo efeito de 
circunstância atenuante. A confissão deve ocorrer de forma espontânea, não 
necessitando da existência do arrependimento do réu, bastante tão somente que 
ocorra perante a autoridade espontaneamente. 
01/09
A atenuante tem justificativa uma vez que as pessoas tendem a agir por impulso e 
influência de outras, quando da multidão em razão da ausência de censura da sua 
conduta pelos demais.
Durante a valoração das atenuantes e agravantes, o juiz deve iniciar o cálculo com 
o patamar anterior fixado na pena base. 
As agravantes e atenuantes irão ser compensadas uma em relação à outra, não 
podendo o magistrado reduzir a pena abaixo da pena mínima atribuída ao crime. Na 
hipótese de atenuantes em superioridade a agravantes, estando a pena no patamar 
mínimo, deve o magistrado passar a dispensá-las, cumprindo a regra da súmula 231 
STJ, que veda a redução. Cabe observar que a pena intermediária pode chegar a 
patamar superior da pena máxima prevista para a infração penal. 
A pena definitiva aplicada na última fase do critério trifásico é regulada pelas causas 
de aumento (majorantes) e causas de diminuição (minorantes) que se encontram 
distribuídas pelo código penal e pela legislação penal extravagante. As minorastes e 
majorantes devem ser justificadas pelo juíz, tendo aplicação obrigatória, podendo, 
inclusive, levar a pena abaixo abaixo do limite mínimo previsto na lei, o que deve ser 
respeitado pelo julgador face à imposição legal (princípio da legalidade). As 
majorantes e minorantes são facilmente identificáveis porque vão sempre aparecer 
na forma de fração, não podendo ser observado para sua utilização o critério de 
compensação.
Pena: é a consequência natural imposta pelo Estado ao agente que pratica uma 
infração penal. A aplicação da pena pode ser entendida como sendo um dever/
poder do Estado, cabendo para sua imposição a necessária avaliação de princípios 
expressos ou implícitos previstos na constituição. 
Evolução histórica das penas: as penas, desde o início, detinham características do 
sofrimento vinculado à constrição corporal, onde os criminosos eram dilacerados, 
amputados, castrados e decapitados. Com a evolução da sociedade e por 
consequência dos movimentos que cuidavam mais da preservação do homem, as 
penas deixaram de ter característica de punição corporal, passando a serem 
norteadas com critérios de privação da liberdade. 
O art 59 do CP determina que a pena deve ser para fins de reprovação e prevenção 
do crime, tendo como base o castigo inicial, a ressocialização e a consequente 
prevenção, evitando futuros crimes. 
Teorias da Pena
Teoria absoluta: reside no caráter retributivo da pena, segundo entendimento que o 
homem se regozija com o sofrimento causado ao infrator oriundo do seu 
aprisionamento.
Teoria relativa: se fundamenta no critério da prevenção. Se divide em:
Teoria da prevenção geral negativa: conhecida pela prevenção através da 
intimidação, estabelece que a pena aplicada ao autor da infração penal faz criar um 
sentimento intimidatória na sociedade, evitando que outros cometam crimes. 
Teoria da prevenção geral positiva: visa constituir uma consciência geral quanto à 
necessidade de respeito a determinados valores, exercitando a fidelidade ao direito, 
promovendo, em última análise, a integração social.
Prevenção especial negativa: existe uma neutralização do indivíduo que praticou a 
infração penal, a qual ocorre com a sua severa segregação ao cárcere.
Prevenção especial positiva:s egundo Roxin, a missão da pena consiste unicamente 
em fazer com que o autor desista de cometer futuros delitos, deixando claro o 
sentimento ressocializador, onde o indivíduo reflete quanto às consequências do 
seu crime.
A teoria adotada pelo Código Penal brasileiro, conforme previsto no art 59, é 
reconhecido como a teoria mista-unificadora, onde todos os critérios da teoria 
absoluta e da teoria relativa são aplicados. 
15/09
 RECLUSÃO X DETENÇÃO
1. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto, 
enquanto a detenção será cumprida em regimeaberto ou semiaberto, salvo 
colocação em regime fechado conforme entendimento do juiz art 33 CP.
2. Ocorrendo a hipótese do concurso de crimes, a aplicação cumulativa da pena de 
reclusão e de detenção importa no cumprimento inicial da reclusão e posterior com 
detenção. 
3. Como efeito da condenação, a incapacidade para o exercício d poder familiar, da 
tutela ou curatela, somente ocorrerá nos crimes punidos com reclusão.
4. Na medida de segurança, se o fato praticado pelo inimputável for punível com 
reclusão, a medida será de internação; por outro lado, se o crime for punido com 
detenção, a medida de segurança será de tratamento ambulatorial.
5. Nos crimes punidos com reclusão, se admite a decretação da prisão preventiva; 
Nos crimes punidos com detenção, a prisão preventiva só será decretada presentes 
os requisitos e os pressupostos além da condição do réu ser vadio e haver dúvida 
quanto ao seu domicílio e, em alguns casos, quanto à sua identidade. 
Aplicação do regime inicial da pena: o juiz, ao proferir a sentença, deve estabelecer 
o regime inicial no cumprimento da pena, utilizando, para tal, a regra do artigo 33 
parágrafo segundo do CP, na seguinte forma: -condenado a pena de reclusão 
superior a 8 anos - regime fechado;
-condenado não reincidente a pena superior a 4 anos e menor que 8 anos - regime 
semiaberto;
-condenado não reincidente a pena igual ou inferior a 4 anos - regime aberto.
Na hipótese do magistrado sentenciante deixar de atribuir o regime inicial do 
cumprimento da pena, tal procedimento será adotado pelo juízo da execução, 
usando a regra estabelecida no art 33 parágrafo segundo do CP. Ver súmulas 718 e 
719 do STF.
Progressão de regime na lei de crimes hediondos: o STF, em decisão proferida em 
sede de hábeas corpus, reformulou o regime inicial de cumprimento de pena na lei 
de crimes hediondos, vendo sumula vinculante número 26 e prevendo a progressão 
de regime ao autor de crime hediondo de uma forma mais lenta, porém observando 
o critério progressivo do cumprimento de pena. O egrégio tribunal reconheceu a 
inconstitucionalidade do dispositivo firmando entendimento de que o cumprimento 
integral da pena em regime fechado ofende ao princípio da humanidade da pena, 
previsto no art 5º da CF.
Regras do regime fechado (ver Lei da Execução Penal, art 87 e 107)
1. Será lavrada a guia de recolhimento para execução da pena;
2. Realização de exame criminológico para classificação do perfil do apensado e 
individualização da execução da pena;
3. O apensado poderá realizar atividade laborava dentro da unidade prisional, 
somente ocorrendo em horários específicos no período diurno, cabendo 
recolhimento do preso durante o período noturno.
Regras do regime semiaberto
1. Expedição de guia de recolhimento;
2. Realização de exame criminológico (não impede a progressão de regime, mas 
pode impedir que a progressão seja mais rápida que o normal);
3. A realização de trabalho podendo ocorrer para fora da unidade prisional, 
considerado semiaberto extra nulo.
Regras do regime aberto
1. Preenchimento de guia de recolhimento, ressaltando que o cumprimento do 
regime será em colônia agrícola ou casa de albergado;
2. A peculiaridade do regime aberto diz respeito ao trabalho, observando que o 
exercício de atividade laborava é condição obrigatória para o ingresso no regime, 
diferente do regime fechado e semiaberto.
Inércia estatal para vagas no sistema
A progressão de regime deve ser cumprida pelo preso justificada pelo seu mérito, 
cabendo ao Estado prover condições para que ela ocorra dentro dos limites 
previstos na Lei de Execução Penal. De outro modo, cabe ao Estado prover vagas 
no sistema prisional a fim de que os atentados sejam recepcionados dentro do 
prazo legal no regime fechado, semiaberto e aberto. No entanto, como é de 
conhecimento geral, as prisões sofrem com a superlotação, acarretando, por 
consequência, prejuízo na progressão do regime do apenado. A jurisprudência 
majoritária dos tribunais consolidou o entendimento de que não pode o Estado 
impedir a progressão do regime de pena do custodiado, sob alegação de 
inexistência de vagas, sendo que, diante dessa hipótese, deve o apensado progredir 
imediatamente para outro regime consequente. 
A lei de execução penal prevê critérios administrativos para o cumprimento da pena, 
logo, se o apenado comete uma infração penal durante o período de execução da 
pena, será submetido a um julgamento de natureza administrativa pela direção da 
unidade prisional. No processo administrativo realizado pela direção da unidade, 
deverá ser garantido ao apenado o direito a ampla defesa e contraditório, devendo o 
mesmo ser acompanhado de advogado e, ao final do procedimento, proferida 
decisão administrativa pelo conselho penitenciário. A instalação do procedimento 
administrativo não impede a avaliação por parte do poder judiciário da conduta do 
apenado, quando o fato cometido for considerado por cometer também infração 
penal. 
PROVA: Concurso de pessoas, concurso de crimes, critério trifásico e pena

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