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Os direitos autorais e a prática jornalística

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Bruno Teixeira de Oliveira		 RA00167800
Os direitos autorais e o jornalismo 2.0
O Artigo XXVII da Declaração Universal dos Direitos Humanos garante que todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria. Sob esse artigo, podemos então relacionar as leis que amparam a questão dos direitos autorais criadas para garantir a circulação e veiculação da produção cultural, seja ela por meio de livros, jornais, músicas, filmes ou vídeos. A Lei nº. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, garante aos autores das obras os instrumentos necessários para recuperar o capital investido, além de assegurar o respeito à autoria de suas criações.
	Os incisos XXVII e XXVIII do Artigo 5º da Constituição Federal Brasileira expõem justamente sobre os direitos ao quais o autor dispõe:
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar (apenas o autor de uma obra poderá utiliza-la, publica-la, reproduzi-la, sendo passados os mesmos direitos para seus herdeiros);
XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas (garantia da proteção ao criador ou inventor de uma obra);
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas (o autor tem o direito de fiscalizar a forma como outras pessoas ou empresas ganham dinheiro com as obras que eles criaram ou participaram intelectualmente);
	A principal interpretação que pode ser extraída dos incisos é o princípio igualdade formal, segundo o qual “todos são iguais perante a lei”. De toda forma, isso não significa que todas as pessoas terão tratamento igual perante a lei, mas sim que terão tratamento diferenciado na medida das suas particularidades. Casos iguais serão tratados de forma igual. 
Os avanços tecnológicos têm proporcionado diversas mudanças no acesso a informação, o advento da internet e sua utilização como meio de veiculação de conteúdo, dispensou a necessidade da obra física, tornando possível a distribuição em larga escala de qualquer tipo de informação sem custo. Tal possibilidade cria obstáculos em relação ao direito e a atividade jornalística, por exemplo. O jornalista, assim como toda a sociedade, não tem acompanhado a velocidade com que as mudanças acontecem nem sempre são acompanhadas lado a lado por todos os envolvidos em determinado processo. 
O papel da formação acadêmica ganha ainda mais importância no que diz respeito ao estudo melhor aplicado do direito nas aulas do curso. Se o jornal está em decadência e o futuro da profissão é voltado para a internet, devemos compreender que os “direitos digitais” estão igualmente aplicados nos artigos de nossa Constituição. A internet tem leis que devem ser aplicadas e respeitadas. Por mais que exista uma lei que proteja o direito autoral de conteúdo intelectual, existem formas de disponibilizar tal conteúdo sem infringir a lei. Usar a citação é sempre um recurso válido para identificar a fonte de onde a informação fora retirada.
Contudo, sabemos que por mais que as leis protejam os direitos autorais, não existe regulamentação e uma fiscalização eficaz que garantam sua validade. A facilidade de distribuir conteúdo pela internet é a mesma responsável pela dificuldade de se provar a sua autoria. Mudanças na legislação se fazem mais que necessárias.
O campo dos direitos autorais ainda apresenta diversos pontos obscuros, a discussão da liberdade de expressão e dos direitos autorais, tem se tornado mais complexa e trará desafios cada vez maiores para os que se preocupam em promover uma relação saudável entre o direito e a comunicação. Se colocar no lugar do autor é um pensamento válido, uma vez que não gostaríamos de ter nossos direitos violados. Vale sempre o bom senso. Saber respeitar o conteúdo alheio é o ponto mais importante para saber se estamos agindo corretamente.

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