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HISTÓRIA DO COMÉRCIO Prof. Juliano Miqueletti Soncin Ementa da Aula 08 História do Comércio e do Direito Comercial Primeira fase – Corporações de Ofício Segunda fase – Código Comercial Francês Terceira fase – Teoria da Empresa (Asquini) 1.1 – História do Comércio e do Direito Comercial Origem: Idade Média, nas primeiras cidades burguesas; 1.2 – Primeira fase (séculos XII a XVI) – mercados e trocas Direito de Classe, ligado aos comerciantes; Surgimento das Coorporações de Ofício; Figura do Cônsul; Patrimônio próprio (contribuição dos associados, taxas extraordinárias e pedágios) Magistratura – por meio dos cônsules dos comerciantes ( eleitos pela assembléia de comerciantes) Funções políticas – defender a honra e paz; Funções executivas – observar e fazer os estatutos, leis e usos mercantis, administrar o patrimônio; Funções judiciais – julgar as causas; (no caso de recurso – sobrecônsules) Poderosas organizações - $$$ (pedágios, impostos, multas e donativos) Direito Consuetudinário – (consignava em assentos, ou registros, por ordem cronológicam sob o nome de “estatutos”) - Comercio era itinerante – levava mercadorias de uma cidade para outra em caravanas, sempre em direção as feiras que tornaram as famosas as cidades eropéias: Florença, Bolonha, Champanhe, etc Século XVIII as feiras começam a sofrer seu declínio. (medidas governamentais de imposição de txas sobre as mercadorias e matérias primas), surgindo delas institutos jurídicos importantes: Câmbio, títulos de crédito, corretores, etc A Baixa Idade Média é o período da história Medieval que vai do Século XIII ao XV, demonstrando a transição do feudalismo para monarquias absolutas. Vivenciou-se neste período o fim das cruzadas. Quando retornavam das cruzadas, muitos cavaleiros saqueavam cidades no oriente. O material proveniente destes saques (jóias, tecidos, temperos, etc) eram comercializados no caminho. Foi nesse context que surgiram as rotas comerciais e as feiras medievais. O principal característica é o surgimento de uma nova camada social: a burguesia. Dedicados ao comércio, os burgueses enriqueceram e dinamizaram a economia. Esta nova camada social necessitava de segurança e buscou construir habitações protegidas por muros. Surgia assim os burgos que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades (renascimento urbano). As cidades passaram a significar maiores oportunidades de trabalho. Muitos habitantes da zona rural passaram a deixar o campo para buscar melhores condições de vida nas cidades europeias (êxodo rural). Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que mexer nas obrigações dos servos, amenizando os impostos e taxas. Em alguns feudos, chegaram a oferecer pequenas remunerações para os servos. Estas mudanças significaram uma transformação nas relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema feudal de produção. Com o aquecimento do comércio surgiram também novas atividades como, por exemplo, os cambistas (trocavam moedas) e os banqueiros (guardavam dinheiro, faziam empréstimos, etc). Estes novos componentes sociais (burgueses, cambistas, banqueiros, etc) passaram a começar a se preocupar com a aquisição de conhecimentos. Este fato fez surgir, nos séculos XII e XIII, várias universidades na Europa. Estas instituições de ensino dedicavam-se ao aos conhecimentos matemáticos, teológicos, medicinais e jurídicos. 1.3 – Segunda fase (séculos XVII a XVIII) – mercantilismo e colonização Coincide com o mercantilismo, caracterizando-se pela expansão colonial, sempre com autorização do Estado. 1.4 – Terceira fase (séculos XIX) – liberalismo econômico Com a promulgação , em 1806, do Código Napoleônico, temos o surgimento do direito objetivo. Está posto em aspectos exteriores da personalidade: a prática de determinados atos, que exercidos com profissionalidade, terão a proteção de uma legislação especial de natureza comercial. O Código de Comércio Francês, que continha 648 artigos, estava dividido em quatro livros: Livro I - Do comércio em geral; Livro II - Do comércio marítimo; Livro III - Das quebras e bancarrotas (título acrescido em 1838); Livro IV - Da jurisdição comercial. Por seu turno, o Livro I estruturava-se em oito capítulos, nos seguintes termos: Título I - Dos Comerciantes; Título II - Dos Livros de Comércio; Título III - Das Sociedades; Título IV - Das Separações de bens; Título V - Das Bolsas de comércio, agentes de câmbio e corretores; Título VI - Dos Comissários; Título VII - Das compras e vendas; Título VIII - Da letra de câmbio, do bilhete à ordem e da prescrição. O Código foi revogado em 18 de setembro de 2000, época em que apenas 33 dos 648 artigos que originalmente possuía subsistiam com a redação original3. Em relação à influência que teve nas legislações posteriores, adotaram-no, entre outros: O reino de Nápoles, a Bélgica, São Domingos, o Código do Haiti, de 1820, o espanhol de 1829, o português de 1833, o de Sardenha de 1842, o brasileiro de 1850, o mexicano de 1854, o italiano de 1865. 1.5 – Quarta fase (atual) – Direito de Empresa A terminologia foi adotada pelo Codice Civile, de 1942, na Itália e integra o Livro II da Parte Especial do novo Código Civil brasileiro (“Do Direito de Empresa”) É o ramo do direito privado que regula a atividade do antigo comerciante e do modern empresário. 1.6 – O projeto de nova codificação Por iniciativa do Deputado Vicente Cândido, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto n. 1.572/2011, que institui o Código Comercial. O texto desse novo document legilativo é baseado em obra do Professor Fábio Ulhoa Coelho, “O Futuro do Direito Comercial”, 2011. São propostas do projeto: Reunir num único diploma legal, com sistematicidade e técnica, os princípios e regras do direito commercial; Simplificar as normas sobre a atividade econômica, facilitando o cotidiano dos empresários brasileiros; A superação de lacunas na ordem jurídica nacional; EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 1)Levando em consideração a apresentação da aula 01 (História do Comércio e do Direito Comercial) faça um roteiro sobre as fases evolutivas do direito comercial mundial, contendo os elementos abaixo: Quais são as fases evolutivas e seus respectivos nomes; Indicar o marco inicial de cada uma delas, relacionando com um fato histórico relevante que pode ter contribuído para evolução; A figura do Cônsul, nas “Corporações de Ofício” pode ser comparada a figura do prefeito municipal? Justifique. A Revolução Francesa influenciou o Código Comercial de Napoleão? Em que sentido? Apresentar as características jurídicas pertinentes a cada uma das fases históricas explicando se houve evolução ou não quanto a proteção do direito do comerciante; Podemos considerar a unificação do Código Civil de 2002 como uma consequência lógica necessária. Explique.
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