1 Introdução geral à semiologia psiquiátrica

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Profª Ma. Fernanda Romano
Introdução geral à semiologia 
psiquiátrica
O que é semiologia
 Ciência dos signos
 Apenas um conjunto visual de cores e desenhos. É a partir do
significado que lhe dão que ela se constitui um signo, e ganha um
novo sentido.
 Faz parte de todos os campos do conhecimento e de atividades
humanas que incluam a interação e a comunicação entre dois
interlocutores por meio de um sistema de signos.
Combinação do significado e o
significante, ou seja, do
conceito com o objeto em si.
Semiologia médica
 Meio e modo de se examinar um doente, de se verificarem os
sinais e sintomas.
 Permite ao profissional de saúde identificar alterações físicas
e mentais, ordenar os fenômenos observados, formular
diagnósticos e empreender terapêuticas.
SINAL SINTOMA
Semiologia psicopatológica
 Estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais.
 São também signos os gestos, as atitudes e os comportamentos 
não-verbais.
 Como identificar pelos sinais um transtorno psicopatológico?
 Como identificar pelos sintomas um transtorno 
psicopatológico?
O signo em psicopatologia
 O signo é o elemento nuclear da semiologia, é um tipo de sinal.
 A semiologia médica e a psicopatológica tratam particularmente
dos signos que indicam a existência de sofrimento mental,
transtornos e patologias.
Qualquer estímulo emitido
pelos objetos do mundo.
O signo em psicopatologia
 Os signos de maior interesse para a psicopatologia são:
 Os sinais comportamentais objetivos, verificáveis pela
observação direta do paciente;
 Os sintomas, isto é, as vivências subjetivas relatadas pelos
pacientes, suas queixas e narrativas, aquilo que o sujeito
experimenta e, de alguma forma, comunica a alguém.
O signo em psicopatologia
 Dois elementos básicos dos signos:
 O significante – suporte material, o veículo do signo (consiste
no plano da forma);
 O significado – aquilo que é designado e que está ausente, o
conteúdo do veículo; o conceito, reside no plano do conteúdo.
SIGNIFICANTE SIGNIFICADO SIGNO
O signo em psicopatologia
 Há três tipos de signos:
 ÍCONE – o elemento significante evoca imediatamente o
significado (grande semelhança);
 INDICADOR (ÍNDICE) – relação de contiguidade entre
significante e significado (o significante é um índice, algo que
aponta para o objeto significado);
 SÍMBOLO – o elemento significante e objeto ausente
(significado) são distintos em aparência e sem relação de
contiguidade.
Dimensão dupla do sintoma
 Os sintomas médicos e psicopatológicos têm, como signos, 
uma dimensão dupla:
 ÍNDICE – indica uma disfunção que está em outro ponto do 
organismo ou aparelho psíquico:
 Febre - pode corresponder a uma infecção (contiguidade)
 SÍMBOLO – no momento em que recebe um nome, o 
sintoma adquire o status de símbolo, que só pode ser 
compreendido em determinado universo cultural:
 Angústia – manifesta-se por mãos geladas, tremores e aperto na 
garganta que pode representar nervosismo, ansiedade...
Divisões da semiologia
SEMIOTÉCNICA
 Técnicas e procedimentos específicos de observação e coleta 
de sinais e sintomas, assim como a descrição de tais sintomas.
 Entrevistas diretas com os pacientes e/ou seus familiares.
 Observação atenta e perspicaz do comportamento do paciente, 
do conteúdo do seu discurso, do seu modo de falar...
 Testes psicológicos (instrumento exclusivo do psicólogo)
Divisões da semiologia
SEMIOGÊNESE
 Campo de investigação da origem, dos mecanismos, do 
significado e do valor diagnóstico e clínico dos sinais e sintomas.
 Ciência preliminar, necessária a todo estudo psicopatológico e 
prática clínica psiquiátrica.
 Propedêutica - corpo de ensinamentos introdutórios ou básicos 
de uma disciplina; ciência preliminar, introdução.
Síndromes e entidades nosológicas
SÍNDROMES
 Agrupamentos relativamente constantes e estáveis de
determinados sinais e sintomas.
 Puramente uma definição descritiva de um conjunto
momentâneo e recorrente de sinais e sintomas.
 A síndrome não é uma doença, mas sim uma condição
médica
 Estado mórbido caracterizado por um conjunto determinado
de sinais e sintomas clínicos que podem ter causas diversas
mas, em geral, não conhecida e não é, pois, uma doença.
Síndromes e entidades nosológicas
ENTIDADES NOSOLÓGICAS, DOENÇAS
 Distúrbio das funções de um determinado órgão, da psique
ou do organismo como um todo, que está relacionado a
causas e sintomas específicos.
 É possível perceber um curso relativamente homogêneo,
estados terminais típicos, mecanismos psicopatológicos
característicos, antecedentes genéticos familiares e respostas
a tratamentos mais ou menos previsíveis.
Síndromes e entidades nosológicas
 Em psicopatologia e psiquiatria, trabalha-se muito mais com
síndromes do que com doenças ou transtornos específicos,
embora muito esforço tenha sido empreendido no sentido de
identificar entidades nosológicas precisas.
 O reconhecimento dessas entidades não tem apenas um
interesse científico ou acadêmico (valor teórico); ele
geralmente viabiliza ou facilita o desenvolvimento de
procedimentos terapêuticos e preventivos mais eficazes (valor
pragmático).
Questões de revisão
1) Estabeleça um paralelo entre os conceitos de semiologia, 
semiologia médica e semiologia psicopatológica.
2) Quais os signos de maior interesse para a psicopatologia?
3) Explique a dupla dimensão do sintoma psicopatológico.
4) Como se subdivide a semiologia médica/psicopatológica?