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Resumo Sistema Complemento

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RESUMO
SISTEMA COMPLEMENTO
O sistema complemento é parte do sistema imune inato e, também, base da imunidade mediana por anticorpos. Este é constituído por mais de 30 proteínas plasmáticas e da membrana celular. Estas proteínas interagem com outras moléculas do sistema imune e entre si de forma altamente regulada.
IMPORTÂNCIA DO SISTEMA COMPLEMENTO
Um em cada dez mil crianças apresenta imunodeficiências primárias ou genéticas, sendo que 2% destes está relacionada ao SC. O déficit de uma ou mais proteínas da cascata do SC, contudo, poderá ser responsável pela suscetibilidade aumentada a várias doenças. A deficiência pode ser genética, quando poderão faltar componentes de ativação, de regulação ou mesmo de receptores. 
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA COMPLEMENTO
Ativação do complemento com proteólise sequencial e formação de complexos enzimáticos com atividade proteolítica;
Exemplo: C3 (C3a e C3b).
Ligação dos produtos do complemento a células microbianas ou anticorpos ligados a microrganismos ou outros antígenos;
Inibição do complemento por proteínas reguladoras presentes nas células do hospedeiro normal;
Exemplo: DAF/CR1.
FUNÇÕES DO SISTEMA COMPLEMENTO
Opsonização: determinados componentes do sistema complemento (p. ex. C3b) possuem receptores em certos leucócitos que, quando estes se ligarem, estimulam a capacidade de fagocitose dessas células.
Ativação da inflamação: durantes a cascata do complemento, são formados as anafilotoxinas, que induzem a liberação de mediadores dos mastócitos causando respostas inflamatórias características da anafilaxia.
Exemplo: C3a, C4a e C5a.
Citólise: ocorre pela ativação do Complexo de Ataque a Membrana, que resulta na formação de poros, assim, induzindo a bactéria a uma morte por lise osmótica.
Ajuda na promoção de respostas imunes humorais: devido a interação dos derivados do C3 com seus receptores, sendo isto importante para promover a resposta das células B aos antígenos proteicos, por meio da apresentação de antígeno. (EXTRA)
VIAS DE ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO
Via clássica (componentes da imunidade humoral);
Via alternativa (componentes da imunidade celular); 
Via das lectinas (componentes da imunidade celular).
	Via Clássica
	Via Alternativa
	Via das Lectinas
	Proteínas de ativação:
C1q, r, s; C2. C3; C4
	C3, Fatores B, D*
Properdina
	Proteína ligante de Manose:
Serina-protease Associada a Manose (MASP1 e MASP2)
VIA CLÁSSICA (IMUNOCOMPLEXOS)
É uma via ativada por interação antígenos-anticorpo (Ag-Ac), em que a ligação deles provoca mudanças conformacionais no Ac, que abre um sítio de ligação para C1 (composto por C1q, C1r e C1s). O complexo C1qr2s2 liga-se ao IgM ou ao IgG (imunoglobulinas).
A ativação da via clássica se inicia com a ativação do complexo C1. Após a geração sequencial de diferentes sítios enzimáticos em C1r, há a exposição de um novo sítio enzimático em C1s transformando-se em uma enzima proteolítica, a C1-esterase. Esta, cliva dois outros componentes do complemento: C4 e C2, formando C4b que se adere à membrana celular, formando assim C4b2a, conhecido também como C3-convertase da via clássica, a qual cliva C3 em C3a e C3b. Sequencialmente, C3b se liga ao C3-convertase, formando C4b2a3b. Este novo complexo molecular cliva C5, sendo por isso chamado de C5-convertase da via clássica, formando C5a e C5b.
As moléculas de C3b formadas através da via clássica podem servir de substrato para a ativação da via alternativa.
VIA ALTERNATIVA
Na presença de certos agentes etiológicos, tais como, fungos e bactérias e alguns tipos de vírus e helmintos com determinadas características, principalmente a ausência do ácido siálico na membrana, são suficientes para ativar a via alternativa, através da ligação de uma ou mais moléculas de C3b na superfície.
	C3 é também ativado continuamente, em pouca intensidade na fase fluída. Isso ocorre através das proteases séricas, moléculas nucleofílicas ou água que atacam a ligação tioéster. Quando essa ligação é hidrolisada, forma-se C3(H2O). A molécula de C3(H2O) formada, com uma conformação similar a C3b, na presença de íons de magnésio interagi com o Fator B formando C3(H2O)B, sobre o qual atua o Fator D, para formar o C3(H2O)Bb, complexo chamado de C3-convertase de iniciação. Esta enzima, por sua vez, cliva novas moléculas de C3 em C3a e C3b. A ligação tioéster das moléculas de C3b sofre hidrólise, depositando-se sobre a aceptores da superfície celular das partículas ativadoras da via alternativa.
	Na presença de íons de Mg, C3b pode também se ligar ao Fator B para formar C3bB. O fator D que circula como enzima ativa e não é consumida na reação, atua então na porção B da molécula para formar C3Bb, molécula lábil, sendo, porém, estabilizada pela agregação de uma molécula de properdina (P). A enzima C3BbP resultante é denominada de C3-convertase, que irá clivar outras moléculas de C3 em C3a e C3b. O C3b, que foi clivado pelo complexo enzimático, participar da fase inicial da ativação, ou irá ligar-se ao C3bBb(C3b), denominado de C5-convertase da via alternativa, que assim como C4b2a3b da via clássica, cliva C4 em C5a e C5b.
VIA DAS LECTINAS
	A proteína ligante de manose é responsável pela ativação do complemento, por meio da ligação à manose presente na parede de alguns microrganismos, como por exemplo, Escherichia coli, Candida albicans. Essa proteína possui estrutura semelhante ao C1q da via clássica , possui proteases MASP1 e MASP2 acoplados à proteína ligante de manose, sendo estas análogas a C1r e C1s, respetivamente. Desse modo, a MASP2 cliva C4 (C4a e C4b) e C2 (C2a e C2b). O restante da cascata é semelhante a Via Clássica.
TODAS ESSAS VIAS SE CONVERGEM PARA:
Formação do complexo de ataque à membrana (MAC):
A formação do MAC se inicia com a fragmentação do C5b, que, por sua vez, se liga às moléculas C6, C7 e C8. Posteriormente, há o recrutamento de C9, que se polimerizam e formam o MAC. Este, promovem a formação de poros na membrana celular, causando, finalmente, a lise celular.
REGULAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO
	Regulador
	Localização
	Função
	Inibidor C1 (C1 INH)
	Plasma
	Inibir a atividade proteolítica de C1r e C1s
	DAF/CR1
	Membrana
	Inibe a formação de C3 e C5 convertase*
	Fator I
	Plasma
	Degradação de C3b e C4b
	Proteína S
	Plasma
	Inibe a formação do MAC**
* Inibem a formação da C3 convertase da via clássica deslocando C2b de C4b; e da via alternativa deslocando Bb de C3b.
** Liga-se ao C7 impedindo que ele se insira na porção hidrofóbica da membrana, impossibilitando a formação do MAC.
OBS: A REGULAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO É IMPORTANTE, PARA QUE NÃO HAJA DANOS ÀS CÉLULAS NORMAIS.
”Aquele que não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o futuro que vier”

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