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Atenção psicologia cognitiva

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Atenção: Tipos de atenção, Psicologia 
cognitiva, etc 
O que é a atenção? 
Atenção é um conceito estudado na psicologia cognitiva que se refere à forma como 
processamos informações presentes em nosso ambiente específico ativamente. Enquanto uma 
pessoa lê um livro, por exemplo, estão acontecendo muitas coisas ao redor – sons e sensações, 
a pressão dos pés contra o chão, a visão da rua por uma janela próxima, o calor das roupas, a 
memória de uma conversa que teve mais cedo com um amigo. 
Como é que conseguimos experimentar todas essas sensações e ainda nos concentrar em 
apenas um elemento do nosso meio ambiente? 
Segundo o psicólogo e filósofo William James, a atenção “é a tomada de posse pela mente, 
de forma clara e vívida, de um entre diversos objetos ou esquemas de pensamento 
simultaneamente possíveis. O foco e a concentração da consciência são sua essência. 
Implica na retirada de algumas coisas com a finalidade de lidar efetivamente com outras”. 
Também é possível pensar na atenção como um marcador de texto. Quando você lida com 
um trecho de texto em um livro, a seção em destaque é focalizada, fazendo com que você 
concentre seu interesse na área. A atenção permite “sintonizar” a informação, em detrimento 
de sensações e percepções que não são relevantes no momento, e focar sua energia na 
informação que é importante. Não só o nosso sistema atencional faz com que possamos nos 
concentrar em algo específico em nosso meio, enquanto destaca os detalhes irrelevantes, 
como também afeta nossa percepção dos estímulos que nos rodeiam. Em alguns casos, nossa 
atenção pode ser focada em uma coisa particular, levando-nos a ignorar outras. A 
concentração sobre um alvo primário pode resultar em não perceber um segundo alvo do 
todo. 
Limites da atenção 
Várias pesquisas tentam mensurar quantas coisas podemos atender e por quanto 
tempo. Pesquisadores descobriram que as principais variáveis que impactam a nossa 
capacidade de permanecer na tarefa incluem a forma como estamos interessados no estímulo 
e quantas distrações nós experimentamos. Estudos têm demonstrado que a atenção é 
limitada em termos de capacidade e duração. 
Seletividade 
Sendo a atenção um recurso limitado, temos que ser exigentes sobre o que decidimos 
focar. Não só temos de concentrar a nossa atenção sobre um item específico em nosso 
ambiente, mas também filtrar um número enorme de outros itens. Temos de ser seletivos no 
que estamos a assistir, um processo que muitas vezes ocorre tão rapidamente que nem 
percebemos que temos ignorado certos estímulos em favor de outros. 
Sistema cognitivo 
A atenção é um componente básico da nossa biologia, presente até mesmo no 
nascimento. Nossos reflexos de orientação nos ajudam a determinar quais eventos em nosso 
ambiente precisam ser atendidos, um processo que auxilia na nossa capacidade de 
sobreviver. Os recém-nascidos atendem aos estímulos ambientais, como ruídos altos. Um 
toque contra a bochecha desencadeia o reflexo de procura, fazendo com que a criança vire 
sua cabeça para mamar e receber nutrição. 
Esses reflexos de orientação continuam a nos beneficiar ao longo da vida. A buzina pode nos 
alertar sobre um carro que se aproxima. O cheiro de gás de cozinha vazando pode ser um 
importante aviso e evitar acidentes. Todos esses estímulos agarram a nossa atenção e 
inspiram-nos a responder ao nosso meio ambiente. 
Como a Atenção funciona? 
 
Sabemos que a atenção é seletiva e limitada em termos de capacidade, mas como 
exatamente nós filtramos informações desnecessárias e apontamos os holofotes em coisas que 
realmente importam? Muitas teorias tendem a se concentrar em como podemos nos 
concentrar, mas não conseguem resolver exatamente como conseguimos ignorar todos os 
estímulos que nos rodeiam competindo por recursos de atenção. Alguns estudos recentes têm 
se concentrado na neurociência por trás deste processo, derramando alguma luz sobre os 
possíveis processos que influenciam a forma como sintonizamos as distrações. 
 
Nível Neural 
Um estudo de 2013 realizado por pesquisadores da Universidade de Newcastle sugeriu que a 
forma como os neurônios respondem a estímulos externos impacta nas habilidades 
perceptivas. O autor principal, Alex Thiele explicou que na comunicação entre pessoas, você 
pode ser melhor ouvido se falar mais alto ou claramente. Os neurônios parecem fazer coisas 
semelhantes quando estamos prestando atenção. Eles enviam sua mensagem de forma mais 
intensa. 
Sincronizando regiões do cérebro 
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Washington, em St. Louis, 
descobriram que o cérebro parece ser capaz de sincronizar a atividade em diferentes 
regiões, permitindo que uma pessoa se concentre em uma tarefa. Os pesquisadores comparam 
o processo a usar um walkie-talkie – áreas do cérebro diferentes “sintonizam a mesma 
frequência”, a fim de criar uma linha clara de comunicação. O estudo envolveu análise da 
atividade do cérebro dos participantes enquanto eles observavam alvos visuais. Os 
participantes foram convidados a detectar alvos em uma tela sem mover os olhos e, em 
seguida, pressionar um botão para indicar que eles tinham visto o alvo. O que os 
pesquisadores descobriram foi que, como os participantes dirigiram sua atenção para um alvo, 
certas regiões do cérebro importantes para a atenção ajustaram seus ciclos de 
excitabilidade. Áreas não associados com atenção não apresentaram essas alterações. Os 
autores sugerem que quando as áreas do cérebro envolvidas na detecção de estímulo estão em 
um alto nível de excitabilidade, as pessoas são muito mais propensas a notar um 
estímulo. Inversamente, quando os níveis são baixos nestas regiões, a probabilidade de um 
sinal ser detectado é muito menor. 
Sistema anti-distração 
Outro estudo recente sugere que o cérebro efetivamente suprime ativamente certos sinais, a 
fim de evitar a distração. Os pesquisadores acreditam que a nossa capacidade de se 
concentrar em um objeto é apenas uma parte da equação. “Nossos resultados mostram 
claramente que esta é apenas uma parte da equação e que a supressão ativa de objetos 
irrelevantes é outra parte importante”, explicou o autor John Gaspar. Os autores também 
sugerem que a descoberta desse sistema anti-distração pode ter importantes implicações 
para distúrbios psicológicos relacionados à atenção, incluindo transtorno de atenção 
e hiperatividade (TDAH). Ao invés de tentar se concentrar mais, aqueles que possuem 
problemas de atenção podem se beneficiar de supressão das distrações. 
 
 
 
 
Por que é tão importante entender os processos por trás da 
atenção? 
Porque vivemos em um mundo de distração. Em qualquer dado momento, milhares de coisas 
podem estar competindo por nossa atenção, e nossa capacidade de filtrar o irrelevante e 
se concentrar no que realmente importa é fundamental – tão importante que pode às 
vezes significar a diferença entre a vida e a morte. Quando você está dirigindo um carro em 
um trânsito intenso, a sua capacidade de se concentrar nos outros condutores, ignorando 
distrações (o rádio, o telefone celular, a conversa de um passageiro em seu carro) pode 
significar a diferença entre chegar ao seu destino com segurança ou sofrer um acidente. Como 
a pesquisa de John McDonald explica, “Distração é uma das principais causas de ferimentos 
e mortes em ambientes de trânsito e alto risco. Existem diferenças individuais na capacidade 
de lidar com a distração. Novos produtos eletrônicos são projetados para chamar a atenção. 
Suprimir tais sinais exige esforço, e às vezes as pessoas parecem não conseguir fazê-lo”. 
Portanto, as novas pesquisas sobre como o cérebro lida com distrações oferecem ideias sobre 
como esse processo funciona, e dá a pesquisadores e médicos novas formas de trabalharcom problemas de atenção, fato que pode contribuir significativamente na forma como 
vivemos e interagimos com o mundo.

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