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A17 CULTDES - Cultura Material - Evernote

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Cade rno: CULTDES - Cultura e design
Criada em: 13/05/2014 02:06 A t ualizada… 14/05/2014 22:32
URL: http://www.designcultura.org/menu/eletr/desig/tradu/frame.php?pagina=3&fsc=
2014-05-13 | CULTDES | Aula 17 - Cultura e identidade
Aula 17 CULTDES - Cultura e identidade
Profª Mª Débora Gigli Buonano - USJT 2014
2014-05-13 - Campus Alberto Mesquita de Camargo - Mooca
Objeto
Através das comparações entre eletrodomésticos de países culturalmente distintos é 
possível notar os fatores que fazem o produto se comunicar com o usuário de acordo 
com a necessidade e os critérios culturais demandados pela sociedade. O papel do 
Designer é a mediação entre a sociedade e a indústria.
A diversidade cultural tem se manifestado no design industrial, em aspectos 
relacionados aos requisitos simbólicos, tais como, por exemplo os critérios de:
Composição formal
Composição Gráfica
Textura
Cores
Valores e Status 
Nesta questão buscamos elementos de identidade Nacionais e regionais aplicados aos 
critérios estético e funcional dos produtos e peças gráficas, dentre os exemplos de 
signos culturais que podem ser redesignado em um projeto temos o kilt (saia Escocesa 
referenciada pela estampa ou forma), o pandeiro(brasileiro), o sombreiro (mexicano). 
Em vários casos o produto se torna parte da identidade nacional como é o caso da 
assimilação da Wolkswagen Brasilia, Kombi ou mesmo mundial como é o caso do 
fusca na Europa e América latina.
O automóvel tem afetado profundamente não somente o desenvolvimento econômico e 
as transformações dos meios produtivos, mas também os modos de vida da 
sociedade, o meio ambiente e a configuração da arquitetura e dos espaços urbanos. 
Trata-se de um elemento emblemático, que tem influenciado direta e indiretamente as 
atividades, as relações e os referenciais culturais dos indivíduos e grupos sociais.
O mobiliário exerce um papel relevante na sociedade, inserindo-se em espaços 
públicos e privados e relacionando-se com uma série de outros artefatos que 
participam do cotidiano das pessoas, influenciando seus modos de vida, 
comportamentos e relações sociais. Manifesta de modo expressivo a diversidade 
cultural, sendo fortemente representativo no ensino e prática do design. 
O design de móveis do Brasil, por sua vez, tem expressado fortes influências 
estrangeiras, sobretudo européias, ao longo de sua história, fato que se revela até os 
dias atuais, conforme demonstram os produtos e os relatos dos designers 
entrevistados nos estudos de casos:
DORMITÓRIO DA TODESCHINI (BRASIL, 2004). DORMITÓRIO DA BERTOLINI (BRASIL, 2004)
O Objeto através da óptica identidade cultural
- DETALHE DO PAINEL DE LAVADORA DE ROUPA AEG (alemanha, 1997)
Os países do norte da Europa, tais como a Alemanha e a Suécia, por exemplo, “são mais
conservadores” em relação ao design, e, por isso, “têm produtos mais frios, mais duros, no sentido 
de
acabamento, de grafismo [...]; eles são bastante objetivos e simplistas”(1998) 
- DETALHES DE PAINÉIS DE LAVADORAS DE ROUPA ARTHUR MARTIN E WHIRLPOOL (FRANÇA, 
1998) 
Os produtos franceses, por sua vez, exploram “formas mais femininas”, mais 
delicadas. E o grafismo dos eletrodomésticos é geralmente menos rígido e mais 
colorido que o alemão e o sueco
- Refrigerador husqvarna “opal plus” e freezer husqvarna “safir plus”, e detalhe, 
mostrando PORTA-VINHOS do refrigerador (suécia, 1998)
- LAVADORAS DE ROUPA da ARÇELIK (turquia, 1998 / 2004)
Os eletrodomésticos turcos apresentam uma composição formal menos rígida, 
comparativamente aos alemães e suecos, diferentemente do Brasil, por exemplo, os 
eletrodomésticos em geral possuem acabamento superficial liso, enquanto em outros 
mercados como o egípcio e japonês encontram-se modelos com texturas.
- freezershorizontais Kiriazi (egito, 2004)
- Refrigeradores da national (japão, 2004)
Os japoneses costumam utilizar mais cores nos produtos, inclusive na parte gráfica, 
embora tenham incorporado cores mais suaves, e acabamentos menos rebuscados, a 
partir da década de 1990.
Além do mercado norte-americano, o chinês, coreano e inglês, dentre outros mercados,
também apreciam produtos com acabamentos mais rebuscados, diferentemente do 
Brasil, onde predominam os eletrodomésticos brancos.
O papel do Designer na mediação entre a sociedade e a indústria
Através do design de carros, pode-se ter uma idéia do perfil do mercado no qual os 
mesmos se inserem. Nos Estados Unidos, por exemplo, “até hoje eles usam aquelas 
banheiras enormes, cheias de cromados”, e estas características refletem-se também 
no design de eletrodomésticos, observa o Entrevistado “I” (1998). As marcas norte-
americanas Frigidaire e Eureka não se enquadram em nenhuma das quatro linhas da 
Electrolux, sendo bastante distintas. “Se você pega qualquer americano, eles não 
querem saber: para eles, o bonito é coisa grande, ‘massa’!”, gostam de “coisa bruta e 
rebuscada, [...] daqueles filetes de cromado”(1998)
O design, como mediador entre os artefatos e as pessoas, representa um papel 
importante no processo de desenvolvimento de artefatos para a sociedade e precisa 
ser tratado a partir de uma perspectiva da complexidade do mundo, considerando-se a 
pluralidade, a dinâmica, a incerteza, as inter-relações e a natureza multidimensional 
inerentes aos mesmos.
Cada objeto é um signo cultural e pertence a contextos sociais, ambientais, 
econômicos e políticos, que variam no tempo e espaço. Entende-se, assim, que tanto o 
conhecimento, quanto a prática do design, não podem ser reduzidos a uma questão 
genérica, hermética e pré-determinista. Tal tipo de abordagem pode conduzir a um 
determinismo tecnológico e mesmo à sacralização da tecnologia, sem a consideração 
de outros fatores que também merecem atenção (ONO; SANTOS, M. C. L. dos, 2003).
A adoção de uma abordagem interpretativa e holística da cultura e do design é, portanto, 
fundamental, levando-se em conta a complexidade que caracteriza a vida, em um 
mundo onde a diversidade cultural e os contextos sociais, econômicos e ambientais, 
além de outros fatores, precisam ser levados em conta, em prol do desenvolvimento da 
autonomia, identidade e sabedoria dos indivíduos, e da melhoria da qualidade de vida da 
sociedade como um todo.
Referencias:
-Texto principal: Design numa Perspectiva cultural - Clovis dos Santos Dias Filho 
http://www.cult.ufba.br/enecult2007/ClovisdosSantosDiasFilho.pdf
-Video: Identidade - Fernando Meirelles para o Banco do Brasil
-Video: Havaianas - Como um produto vira uma marca mundial e conquista o mundo
-Ref: Mobiliário - Sérgio Rodrigues
-Ref: Lampião e Lancelote - Fernando Vilela
-Slide: Cultura Material e Design 
-Texto: DESIGN INDUSTRIAL E DIVERSIDADE CULTURAL: A TRADUÇÃO DOS 
REQUISITOS SIMBÓLICOS - http://www.designcultura.org/menu/teses/tese01/8.0-
ono,2004.pdf
-Site: http://www.designcultura.org/menu/eletr/desig/tradu/frame.php?pagina=3&fsc=
*Aula não gravada - http://revistadoutrina.trf4.jus.br/index.htm?
http://revistadoutrina.trf4.jus.br/artigos/edicao056/Marcelo_Micheloti.html
evernote 5.4.0 - DiegoUmbelino - ldc32tr@yahoo.com.br

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