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Sumário 
1. TERRA ARMADA .................................................................................................................................. 4 
1.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................................................... 4 
1.2 NORMA .......................................................................................................................................... 5 
1.3 REFORÇO DO SOLO ........................................................................................................................ 5 
1.4 CONSTRUÇÃO ................................................................................................................................ 5 
1.5 VANTAGENS .................................................................................................................................. 6 
2. CORTINA ATIRANTADA ........................................................................................................................ 7 
2.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................................................... 7 
2.2 NORMA .......................................................................................................................................... 8 
2.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO TIRANTE .................................................................................. 8 
2.4 VERIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORTINAS ATIRANTADAS ...................................................... 8 
3. SOLO GRAMPEADO ............................................................................................................................. 9 
3.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................................................... 9 
3.2 NORMA ........................................................................................................................................ 10 
3.3 CONSTRUÇÃO .............................................................................................................................. 10 
3.4 CHUMBADOR .............................................................................................................................. 10 
3.4.1 Definição .............................................................................................................................. 10 
3.4.2 Perfuração ............................................................................................................................ 10 
3.4.3 Montagem ............................................................................................................................ 11 
3.4.4 Injeção .................................................................................................................................. 11 
3.5 DRENAGEM ................................................................................................................................. 12 
3.5.1 Definição .............................................................................................................................. 12 
3.5.2 Dreno sub-horizontal profundo ........................................................................................... 12 
3.5.3 Dreno de paramento ............................................................................................................ 12 
3.5.4 Dreno de superfície .............................................................................................................. 13 
3.6 MANUTENÇÃO DO SOLO GRAMPEADO ...................................................................................... 13 
3.6.1 Paramento de concreto ........................................................................................................ 13 
3.6.2 Drenagem de paramento ..................................................................................................... 13 
3.6.3 Drenagem do maciço ........................................................................................................... 13 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 14 
 
 
 
4 
 
1. TERRA ARMADA 
 A tecnologia, também conhecida como Solo Reforçado, não é nova. Registros históricos 
dão conta que, há muito tempo, esta técnica já era usada. Mas foi a partir dos anos 60 que ela 
ganhou desenvolvimento, com a patente do engenheiro francês Henri Vidal. Devido aos seus 
trabalhos, o sistema ficou conhecido no mundo todo e sua utilização é cada vez maior. 
A ideia inicial de confinar aterros em situações específicas, onde não se tem espaço para 
as chamadas saias, se estendeu para diversas outras aplicações. O uso mais comum é junto aos 
encontros de pontes e viadutos de estradas e ferrovias, ou nos perímetros urbanos, onde os 
espaços são muito restritos e os prazos de execução das obras bastante curtos. Aterros em 
indústrias para contenção de encostas ou muros de arrimo são também aplicações comuns deste 
sistema. 
A invenção da tecnologia Terra Armada por Henri Vidal, é até hoje reconhecida como 
uma das grandes inovações da engenharia civil. A brilhante intuição e o dinamismo de Vidal 
fizeram surgir um grupo de empresas Terra Armada, disseminadas pelo mundo inteiro, grupo 
este conhecido como Tèrre Armée Internationale, ou Grupo TAI. Hoje, são mais de dois 
milhões de metros quadrados de estruturas Terra Armada, construídas pelo Grupo TAI nos 
cinco continentes. 
 
1.1 DEFINIÇÃO 
Os muros em Terra Armada são estruturas de contenção flexíveis, do tipo gravidade, que 
associam: aterro selecionado e compactado; elementos lineares de reforço que serão submetidos 
à tração; e elementos modulares pré-fabricados de revestimento. Os muros Terra Armada são 
largamente utilizados em obras rodoviárias, ferroviárias, industriais e em outras aplicações de 
engenharia civil. Devido à sua alta capacidade de suportar carregamentos, Terra Armada é ideal 
para muros de grande altura, ou que estejam sujeitos à sobrecargas excepcionais. O princípio 
da tecnologia Terra Armada é a interação entre o aterro selecionado e os reforços - armaduras 
de alta aderência - que, corretamente dimensionados, produzem um maciço integrado no qual 
as armaduras resistem aos esforços internos de tração desenvolvidos no seu interior. Estes 
maciços armados passam a se comportar como um corpo “coesivo” monolítico, suportando, 
além de seu peso próprio, as cargas externas para as quais foram projetados. 
 
5 
 
1.2 NORMA 
NBR 9286 (Março/1986) – Especificação Terra Armada. 
 
1.3 REFORÇO DO SOLO 
Os elementos de reforço são os componentes chave das estruturas em Terra Armada. Na 
maioria dos casos utiliza-se, como reforço, armaduras de aço do tipo HA, de alta aderência, que 
são perfis especiais de aço, zincados a fogo, de acordo com as especificações Terra Armada. 
Estes elementos têm características físicas e geométricas que lhes conferem grande resistência 
à tração, ductilidade, e excelente coeficiente de aderência ao solo. A elevada resistência à 
tração, a capacidade de não se deformar ao longo do tempo sob tensão constante e sob cargas 
dinâmicas e a resistência ao manuseio durante as etapas construtivas, são características 
importantes deste tipo de armadura, que não têm similares dentre os elementos de reforço de 
solos. 
 
1.4 CONSTRUÇÃO 
O fator chave na aceitação mundial da tecnologia Terra Armada tem sido a simplicidade e 
a rapidez de construção. Em ambientes urbanos os projetistas têm que conviver com locais 
restritos, cronogramas apertados, e pouco espaço físico. Na construção dos muros Terra 
Armada, a maior parteda atividade construtiva ocorre por trás do paramento, sem andaimes e 
sem interrupções do fluxo de tráfego. As estruturas podem ser construídas a poucos centímetros 
das divisas e podem facilmente ser projetadas para seguir alinhamentos curvos dos traçados. A 
montagem é basicamente uma operação de terraplenagem com a rapidez da construção 
dependendo do ritmo em que a terra possa ser espalhada e compactada. Seja o paramento em 
escamas pré-moldadas de concreto, ou malhas eletro soldadas (TerraTrel), o processo é 
claramente semelhante e segue um ciclo simples e repetitivo: 
 Colocação de escamas (painéis pré-moldados de revestimento) 
 Fixação de uma camada de armaduras 
 Espalhamento e compactação das camadas de aterro selecionado sobre as armaduras 
O ritmo de montagem de Terra Armada é primeiramente determinado pela velocidade em 
que o aterro é espalhado e compactado. Outras considerações são o tamanho da equipe de 
6 
 
montagem e a facilidade de acesso ao local da obra e, evidentemente, as condições 
meteorológicas. 
Uma equipe média consta de: 
 Um encarregado de turma (que também trabalha na montagem) 
 Três serventes 
 Um operador do equipamento de içamento das escamas 
 Equipamentos de compactação 
 Operadores dos equipamentos de compactação 
De uma maneira geral, com uma única equipe de montagem, um muro pode ser montado 
num ritmo de: 
 20 m2 a 30 m2 de parede vertical por dia para muros pequenos com acesso difícil 
 30 m2 a 60 m2 de parede vertical por dia para muros extensos com acesso fácil 
e bom espaço para espalhar e compactar 
 
1.5 VANTAGENS 
O processo Terra Armada oferece grandes vantagens: 
 RESISTÊNCIA INTERNA: Que, aliada à estabilidade externa do volume armado, 
confere ao conjunto significativa capacidade de resistir às cargas estáticas e 
dinâmicas. 
 CONFIABILIDADE – A durabilidade dos materiais está bem documentada e é 
monitorável, permitindo alto grau de confiabilidade. 
 ADAPTABILIDADE – A tecnologia provê soluções para casos complexos e, 
muitas vezes, demonstra ser a melhor solução para problemas como: uma faixa de 
domínio estreita; taludes naturais instáveis; condições limite de fundação com 
expectativa de recalques significativos. 
 ASPECTO ESTÉTICO – A variedade de possibilidades de paramentos externos 
pode atender a diversas exigências arquitetônicas. 
 
7 
 
 
Amostragem de Terra Armada. 
 
 
2. CORTINA ATIRANTADA 
2.1 DEFINIÇÃO 
A cortina atirantada é composta de um muro de concreto e de tirantes protendidos. Deve 
ser escolhida entre as técnicas de melhoria de solos e contenções que mais se adaptem ao 
problema apresentado e que permite a contenção de taludes naturais e de corte, por meio da 
execução de tirantes e drenagem. 
Tirante é uma peça composta por um ou mais elementos resistentes a tração, montada 
segundo especificações do projeto. Estes elementos são introduzidos no terreno em perfurações 
previamente executadas. 
Logo após é feita injeção de calda de cimento ou de outro aglutinante na parte inferior 
destes elementos, formando o bulbo de ancoragem, que é ligado a parede estrutural, pelo trecho 
não injetado do elemento resistente à tração e pela cabeça do tirante. 
No caso de execução de cortinas atirantadas é necessário um muro de concreto, 
devidamente calculado para transmitir o empuxo gerado pela protensão dos tirantes ao terreno, 
efetivando assim o arrimo. 
Os taludes naturais podem ser eficientemente contidos através de cortinas atirantadas 
com a execução de tirantes protendidos, para prevenir ou corrigir desmoronamentos que os 
tornam instáveis e passíveis de rupturas e risco para pessoas e propriedades. 
 
8 
 
2.2 NORMA 
NBR 5629 (Agosto/1996) – Execução de Tirantes Ancorados no Terreno. 
 
2.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO TIRANTE 
 Para verificar o desempenho do tirante deve ser realizado o ensaio de tração, conforme 
recomendação do projeto ou então da NBR 5629. 
 
2.4 VERIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORTINAS ATIRANTADAS 
 As principais patologias de uma cortina atirantada são facilmente observáveis em 
simples inspeções visuais. 
 Corrosão na cabeça: quando ocorre, se o capacete for de concreto, este estará trincado 
ou fissurado. No capacete metálico é possível ver claramente os pontos de corrosão. 
 Percolação de água pela estrutura ou pelas juntas: as águas devem, obrigatoriamente, 
fluir pelos drenos. Quando se observar percolação de águas pela cabeça, pela estrutura 
de concreto ou pelas juntas há um grave problema ocorrendo. 
 Cabos rompidos: nos casos em que a armação é composta por feixes de fios de aço, 
verifica-se facilmente se um deles se rompeu. Obviamente, neste caso, o capacete de 
concreto já terá caído. 
Algumas verificações básicas para identificar possíveis patologias podem ser 
conduzidas pelo proprietário ou pelo preposto da cortina atirantada, que não precisa ser um 
especialista. 
 Verificar se há obstrução nas canaletas. Em caso positivo, limpar. 
 Verificar se há trincas nas canaletas, caso existam consultar o engenheiro geotécnico. 
 Verificar o funcionamento das drenagens de paramento e profundas, em caso de 
obstrução consultar o engenheiro geotécnico. 
 Verificar se há percolação de água pelo tirante, caso exista consultar o engenheiro 
geotécnico. 
 Verificar se há fissuras ou trincas na estrutura ou na cabeça do tirante, se houver 
consultar o engenheiro geotécnico. 
 Verificar o alinhamento da estrutura, se estiver desalinhada consultar o engenheiro 
geotécnico. 
9 
 
 Verificar a existência de afundamentos ou trincas nas áreas adjacentes à contenção, se 
houver consultar o engenheiro geotécnico. 
Todas as patologias são críticas e suas correções são sempre urgentes. Sugere-se um 
exame anual da obra e consulta à um engenheiro geotécnico caso sejam constatadas patologias 
nos tirantes. 
 
Amostragem de Cortina Atirantada. 
 
 
3. SOLO GRAMPEADO 
A solução surgiu em meados do século XX na Europa, sendo que a primeira construção 
documentada foi um talude ferroviário próximo à cidade de Versalhes, na França, em 1972. Já 
no Brasil, a técnica começou a se popularizar na década seguinte. Foi empregada, por exemplo, 
nas obras da rodovia Imigrantes, em São Paulo. 
 
3.1 DEFINIÇÃO 
Solo grampeado é uma técnica de melhoria de solos, que permite a contenção de taludes 
por meio da execução de chumbadores, concreto projetado e drenagem. Os chumbadores 
10 
 
promovem a estabilização geral do maciço, o concreto projetado dá estabilidade local junto ao 
paramento e a drenagem age em ambos os casos. 
Essa técnica pode ser aplicada em maciços a serem cortados, cuja geometria resultante 
não é estável, a taludes existentes que não tenham estabilidade satisfatória e a taludes rompidos. 
 
3.2 NORMA 
Não existe norma específica da ABNT. 
 
3.3 CONSTRUÇÃO 
O solo grampeado tem início com a execução de chumbadores verticais, como medida 
de melhoria do solo, e o corte descendente do solo na geometria do projeto, excetuando-se os 
casos de taludes pré-existentes. Segue-se com a execução da primeira linha de chumbadores e 
aplicação do revestimento de concreto projetado. Caso o talude já esteja cortado pode-se 
trabalhar de forma descendente ou ascendente, conforme a conveniência. Simultaneamente ao 
avanço dos trabalhos, são executados os drenos profundos e os de paramento, assim como 
canaletas ou descidas d’água, conforme especificado no projeto. 
 
3.4 CHUMBADOR 
3.4.1 Definição 
Chumbadores, são peças moldadas no local por meio de operações de perfuração feitas 
com equipamento sobre carreta ou de porte manual, e instalação e fixação de armaçãometálica, 
com injeção de calda de cimento sob pressão. Eles também podem ser feitos pela cravação de 
barras, cantoneiras ou tubos de aço, com a utilização de martelos pneumáticos ou manualmente. 
Porém, esta não é a prática brasileira. Nestes casos, não há o tratamento do maciço feito pela 
injeção de calda de cimento sob pressão. 
 
3.4.2 Perfuração 
As perfurações são executadas por equipamentos de fácil manuseio, pesando entre 25 e 
500 Kg, instaláveis sobre qualquer talude. Como fluído de perfuração e limpeza do furo pode 
ser utilizada água, ar ou lama. Se a opção for por trados, não é necessário o uso de fluídos. 
11 
 
Usualmente, é adotado o sistema de lavagem com água injetada pela haste, que é dotada de 
elemento cortante na sua extremidade, do tipo tricone com vídea, e diâmetro de 3”. Conforme 
a profundidade e o diâmetro do furo, e a área de trabalho, pode-se optar por perfuratrizes tipo 
sonda, crawlair, wagon drill ou até mesmo manuais. Quando a condição de trabalho permite 
alta produtividade, são utilizadas carretas perfuratrizes sobre esteiras, cujos pesos variam entre 
2.000 e 4.000 Kg. Os chumbadores têm inclinação sub-horizontal, entre 5º e 30º. A escolha do 
método de perfuração deve ser feita de modo que a cavidade perfurada permaneça estável até a 
conclusão da injeção. 
 
3.4.3 Montagem 
Depois da perfuração, é instalada e fixada a armação metálica, que deve manter suas 
características de resistência ao longo do tempo. As nervuras recebem tratamento anticorrosivo, 
feito usualmente por meio de resinas poliméricas e calda de cimento. Ao longo destes elementos 
são instalados dispositivos centralizadores, que garantem o contínuo e constante recobrimento 
com calda de cimento. Usualmente, a barra de aço tem diâmetro entre 10 e 25 mm. Ela deve ter 
uma dobra na sua extremidade (para diâmetros de, no máximo, 20 mm), com cerca de 20 cm, e 
centralizadores a cada 2 m. Pode-se aplicar placa e porca para protensão dos chumbadores. É 
comum também a solda de um pedaço de barra de aço. Adjacente à barra, é instalado um ou 
mais tubos de injeção perdidos, feitos de polietileno ou material similar, com diâmetros entre 8 
e 15 mm, providos de válvulas a cada 0,5 m, a até 1,5 m da boca do furo. A quantidade de tubos 
depende das fases de injeção previstas, e deve ser considerado um tubo para cada fase. 
 
3.4.4 Injeção 
A bainha sofre injeção pelo tubo auxiliar removível, de forma ascendente, com calda de 
cimento fator água/cimento próximo a 0,5 (em peso), proveniente de misturador de alta 
turbulência, até que a calda extravase pela boca do furo. Uma boa alternativa é o preenchimento 
do furo com calda e a posterior introdução da armação metálica. A bainha é a fase inicial de 
injeção, com a qual se recompõe a cavidade escavada. Após um mínimo de 12 horas, o 
chumbador deve sofrer uma reinjeção por meio do tubo de injeção perdido, anotando-se a 
pressão de abertura máxima, de injeção e o volume de calda absorvida. A quantidade de 
injeções ou reinjeções depende do número de tubos colocados, que depende do terreno onde o 
12 
 
trabalho é executado. Usualmente, a injeção é feita em três fases, duas profundas e uma 
superficial, esta nos dois metros iniciais. 
 
3.5 DRENAGEM 
3.5.1 Definição 
A prática usual recomenda sempre a execução de serviços de drenagem profunda e de 
superfície. Para drenagem profunda usa-se o DHP (Dreno Sub-Horizontal Profundo). Drenos 
de superfície são os drenos de paramento e as canaletas. 
 
3.5.2 Dreno sub-horizontal profundo 
São elementos que captam as águas distantes da face do talude antes que nele aflorem. 
Ao captá-las, eles as conduzem ao paramento e despejam-nas nas canaletas. Drenos sub-
horizontais profundos, conforme ilustra a Figura 12, são tubos plásticos drenantes, de 1¼” a 2”, 
instalados em perfurações no solo, de 2½” a 4”. Estes tubos são perfurados e recobertos por 
manta geotêxtil ou por tela de nylon, no entanto, podem ter somente micro ranhuras (<0,4 mm), 
sem recobrimento por manta ou tela. São drenos lineares embutidos no maciço, cujos 
comprimentos se situam, normalmente, entre 6 e 18 m. 
3.5.3 Dreno de paramento 
São peças que promovem o adequado fluxo às águas vindas do talude que chegam ao 
paramento. Estão graficamente apresentadas nas Figuras 13, 14 e 15. Para os drenos de 
paramento, ou aqueles atrás e adjacentes ao revestimento de concreto, há o dreno linear 
contínuo e o barbacã. O dreno tipo barbacã é resultado da escavação de cavidade com cerca de 
20x20x20 cm, preenchida com material arenoso e cuja saída é um tubo de PVC drenante, 
partindo do seu interior para fora do revestimento, com inclinação horizontal descendente. 
Trata-se de uma drenagem pontual. O dreno linear contínuo é resultado da instalação, numa 
escavação, de calha plástica drenante revestida por manta geotêxtil ou por dreno fibroquímico. 
Ele estende-se ao longo da direção vertical, da crista até o pé do talude, aflora na canaleta de pé 
e é considerado um dreno linear. Trata-se de opção eficiente, recomendável para o projeto. 
 
13 
 
3.5.4 Dreno de superfície 
As canaletas de crista e pé, bem como as de descida d’água, são moldadas no local e 
depois revestidas com concreto projetado. Deve ser analisado caso a caso o eventual efeito 
erosivo no despejo causado por esta forma de captação e condução das águas. 
 
3.6 MANUTENÇÃO DO SOLO GRAMPEADO 
3.6.1 Paramento de concreto 
A parede de concreto não exige manutenção especial, só as usuais para o concreto 
comum. As juntas devem ser limpas com aplicação de mastique sempre que necessário. 
Manchas eventuais de umidade no concreto podem evidenciar uma possível ineficiência da 
drenagem de paramento ou da drenagem profunda. Inicialmente, deve ser feita a manutenção 
preventiva. Caso ocorram manchas de umidade na superfície do concreto, este deve ser 
perfurado para se verificar o motivo desta ocorrência. Pode ser instalado um dreno profundo 
adicional para eliminação da umidade local. 
 
3.6.2 Drenagem de paramento 
As saídas destes drenos devem sofrer limpezas constantes, de forma a não 
interromperem o caminho aberto para o fluxo de água. 
 
3.6.3 Drenagem do maciço 
Deve haver especial atenção à manutenção dos drenos, para que estes trabalhem 
eficientemente. 
• DHPs: devem estar desobstruídos e sofrer limpezas, a cada 6 meses, de forma a 
eliminar o acúmulo de material fino ou de fungos no seu entorno, diminuindo sua capacidade 
de drenagem. 
• Drenos de paramento ou barbacãs: manter sempre suas saídas desobstruídas. 
14 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 PITTA, Cairbar; ZIRLIS, Alberto; SOUZA, George. Manual de Serviços Geotécnicos 
Solotrat. 5. ed. São Paulo, 2015. 
 KOCHEN, Roberto. Solo Grampeado. Redação AECweb. São Paulo, 2015. Disponível 
em: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/solo-grampeado-garante-agilidade-
seguranca-e-economia-a-obras_15846_10_0>. Acesso em: 2 nov. 2017. 
 INFORMAÇÕES GRUPO TERRA ARMADA LTDA. Rio de Janeiro, 2012. 
Disponível em: <http://www.terraarmada.com.br>. Acesso em: 2 nov. 2017. 
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9286: Terra 
Armada. Rio de Janeiro. 1986. 
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5629: Execução de 
tirantes ancorados no terreno. Rio de Janeiro. 1996.

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