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FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA DESAFIO AULA 12 Por que as plantas possuem flores? Todas as flores são iguais? Que características (3) você pode apontar para as flores? Pense e cite 2 plantas medicinais usadas através de suas flores FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA Flor Exclusivo de Angiospermae Ramo modificado folhas modificadas Estrutura básica (flor completa) corola (1) * Verticilos protetores cálice (2) bráctea (7) androceu (3) * Verticilos reprodutores gineceu (4) * Receptáculo (5) e pedicelo/pedúnculo (6) Função da flor: reprodução sexuada FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA A corola, em geral é branca ou colorida e se destaca. Embora seja caracterizada como verticilo protetor, tem função importante no atrativo de polinizadores. O cálice pode ser verde, fotossintetizante, ou colorido. Sua função é a de proteger as estruturas internas da flor. Ao conjunto cálice + corola denomina-se perianto (quando cálice for diferente da corola) ou perigônio (quando cálice e corola forem iguais). Quando não se distingue diferença entre cálice e corola, utiliza-se a denominação tépalas para referir-se aos verticilos. Quando a flor apresenta perianto, classifica-se como heteroclamídea; quando apresenta perigônio, classifica-se como homoclamídea. Flor com perigônio Flor com perianto tépalas pétala sépala FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA Classificação da flor quanto aos verticilos protetores: 1) Presença dos verticilos Diclamídea – quando possui cálice e corola distintos (heteroclamídea) ou tépalas (homoclamídea). Monoclamídea – quando possui apenas um verticilo, que se convencionou chamar de cálice. Aclamídea – quando não apresentar nem cálice, nem corola. cálice corola Flor diclamídea heteroclamídea verticilos reprodutores receptáculo Flor aclamídea FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA 2) Fusão de sépalas e pétalas Dialissépala ou apossépala – sépalas livres (1) Gamossépala ou sinsépala – sépalas fundidas (2) Dialipétala ou apopétala – pétalas livres (3) Gamopétala ou sinpétala – pétalas fundidas (4) Dialitépala ou apotépala – tépalas livres (5) Gamotépala ou sintépala – tépalas fundidas (6) 1 2 3 4 5 6 FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA As flores podem ser classificadas quanto à simetria, baseando-se na disposição de seus verticilos. Ao se determinar a simetria de uma flor, deve- se considerar a posição das estruturas mais conspícuas, isto é: perianto e/ou androceu. 3) Classificação quanto à simetria: Actinomorfa, radial ou regular – As partes florais são arranjadas de uma forma, que 2 ou mais planos de simetria podem ser traçados, passando pelo centro da flor. Ex. Hibiscus. Zigomorfa, bilateral ou irregular – As partes florais são arranjadas de modo que apenas um plano de simetria pode ser traçado, passando pelo centro da flor, originando duas partes iguais. Ex. Digitalis purpurea (dedaleira). Assimétrica – Quando não é possível traçar plano de simetria, passando pelo centro. FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA Androceu e gineceu são os verticilos reprodutores masculino e feminino, respectivamente. As flores podem ser unissexuadas (também chamadas de imperfeitas) e apresentar somente as estruturas reprodutoras masculinas (flores masculinas ou estaminadas); ou somente estruturas reprodutoras femininas (flores femininas ou pistiladas ou carpeladas). As flores bissexuadas (chamadas perfeitas) são aquelas que possuem estruturas reprodutoras masculinas e femininas e são também denominadas flores andróginas. FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA anteras Androceu conectivo filete Filete é o filamento que sustenta as anteras. Pode ou não estar presente. Quando o filete está ausente, diz-se que a antera é séssil. Anteras são as estruturas que abrigam os grãos de pólen. O conectivo é a estrutura que une as anteras ao filete. Anteras Filete conectivo FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA Ovário Estilete Gineceu Estigma Óvulos Placenta O gineceu compreende todos os carpelos da flor. O carpelo é o local de polinização e fertilização das Angiospermae. Tipicamente, os carpelos são compostos de ovário, que é uma estrutura expandida, que abriga os óvulos presos a uma placenta. O ovário apresenta uma ou mais cavidades denominadas lóculo. Do ápice ou da base do ovário emerge uma estrutura filamentosa, denominada estilete, em cujo ápice se encontra o estigma. O estilete é a via de passagem dos tubos polínicos e o estigma é a estrutura que recebe e facilita a germinação do grão de pólen. ESTILETE OVÁRIO Classificação das flores quanto às características dos verticilos reprodutores: 1) Quanto ao número de carpelos: unicarpelar – constituído de um só carpelo bicarpelar – constituído por 2 carpelos tricarpelar – constituído por 3 carpelos pluricarpelar – constituído por mais de 3 carpelos 2) Quanto à concrescência (fusão) dos carpelos: gamocarpelar ou sincárpico – com carpelos unidos entre si dialicarpelar ou apocárpico – com carpelos livres entre si 3) Quanto à presença de lóculos: unilocular – apresenta um só lóculo bilocular – apresenta 2 lóculos trilocular – apresenta 3 lóculos plurilocular – apresenta mais de 3 lóculos 4) Quanto ao número de óvulos: No ovário podem estar presentes de 1 a milhares de óvulos. A quantidade de óvulos é determinada geneticamente. Da mesma forma, os óvulos se prendem a uma placenta, que se posiciona de maneiras variadas no ovário. FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA DIFERENTES TIPOS DE PLACENTAÇÃO FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA 5) Quanto à inserção das partes florais (ovário, cálice, corola e estames) a) Hipógino, ovário súpero – quando todas as partes florais estão inseridas no receptáculo, na altura da base do ovário. b) Epígino, ovário ínfero - quando cálice, corola e estames estão inseridos em um hipanto ou hipancio, na altura do ápice do ovário; e este está totalmente mergulhado e aderido ao hipanto. c) Perígino, ovário súpero – quando cálice, corola e estames estão inseridos em um hipanto que ultrapasse a altura do ápice do ovário, e este está mergulhado, porém não aderido ao hipanto. d) Ovário semi-ínfero – quando o ovário está mergulhado e aderido mais ou menos pela metade de seu comprimento, em um hipanto. Hipógino Perígino Epígino Quanto à posição do estilete em relação ao ovário: apical – quando se prolonga a partir do ápice do ovário basal – quando se prolonga a partir da base do ovário FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA 6) Quanto ao número de estames, em relação ao número de pétalas ou sépalas: a) Oligostêmone – número de estames menor do que o número de pétalas ou sépalas. b) Isostêmone – número de estames igual ao número de pétalas ou sépalas c) Diplostêmone – número de estames 2 vezes o número de pétalas ou sépalas d) Polistêmone – número de estames muito maior do que o número de pétalas ou sépalas 7) Quanto ao tamanho dos estames entre si: a) homodínamos – todos os estames do mesmo tamanho b) didínamos – estames em dois tamanhos distintos c) heterodínamos – estames em diferentes tamanhos. FLOR: MORFOLOGIA EXTERNA As anteras são as estruturas que produzem e armazenam os grãos de pólen. Cada antera é constituída de duas tecas, cada qual com dois sacos polínicos. As anteras podem estar presas aos filamentos pelo conectivo em diferentes posições, como podem estar presas diretamente a uma das partes florais, sem a presença dos filetes: anteras sésseis. Podem ser classificadas de acordo com a forma de abertura para liberação dos grãos de pólen e pelo ponto de inserção do filete. FLOR: INFLORESCÊNCIA As flores podem estar dispostas uma a uma ao longo do eixo caulinar,ou no ápice deste; são chamadas flores solitárias, ou reunidas em poucas ou muitas flores ao longo de um eixo floral, chamado raque, escapo ou pedúnculo, formando um ramo reprodutivo: a inflorescência. Em uma inflorescência, as flores podem estar dispostas nas mais diferentes formas e podem ser classificadas em dois tipos, segundo a ramificação: a) Simples – As flores se prendem diretamente no eixo principal da inflorescência. Podem ser axilares ou terminais. b) Composta – As flores se prendem em eixos secundários e terciários da inflorescência. Podem ser homogêneas, heterogêneas ou mistas. Flores solitárias Inflorescências simples Inflorescências compostas As inflorescências podem ser classificadas, segundo a seqüência de abertura das suas flores: Racemosas, monopodiais, indefinidas ou centrípetas - Quando as flores se abrem de maneira centrípeta, isto é, de baixo para cima ou da periferia para o centro. Cimosas, simpodiais, definidas ou centrífugas – Quando as flores se abrem de maneira centrífuga, isto é do ápice para a base da inflorescência e do centro para a periferia. Os dois principais tipos de inflorescências para estudos farmacognósticos são os capítulos e os glomérulos FLOR: INFLORESCÊNCIA Inflorescência simples Inflorescência composta Inflorescência racemosa FLOR: INFLORESCÊNCIA FLOR: INFLORESCÊNCIA Principais inflorescências racemosas simples Principais inflorescências cimosas simples Principais inflorescências compostas FLOR: INFLORESCÊNCIA
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