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Réplica à Contestaçao e ao pedido contraposto

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DO FORUM REGIONAL DE JACAREPAGUÁ – RJ.
Processo nº 0217077-74.2016.8.19.0001
ALAN CORDEIRO GOMES, OLGA MARIA CORDEIRO GOMES e ARMANDO GOMES FILHO, já devidamente qualificados nos autos do processo em epigrafe, neste ato representados por seu advogado que ao final subscreve, vem, perante Vossa Excelência, apresentar a presente 
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO E AO PEDIDO CONTRAPOSTO,
pelos fatos novos alegados o que doravante passa a expor.
BREVE RELATO DOS FATOS
O réu foi citado para apresentar contestação; e em sua defesa alegou diversas preliminares e fatos novos, que serão impugnados a seguir.
 DAS PRELIMINARES
O réu alega inépcia da inicial, indicando que não houve comprovação da posse dos autores. Entretanto, não restam dúvidas quanto a prova da posse dos mesmos, conforme art. 561 CPC, tendo em vista as provas apresentadas. Sendo elas: declaração da associação dos moradores, declaração de testemunhas, e contas de energia elétrica. 
Evidente a violação do art. 1.301 e 1.302 do código civil, frustrando o direito dos autores construírem o contramuro e os privando de parte do seu terreno, caso o faça.
Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos 
de metro e meio do terreno vizinho.
§ 1o As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória, bem como as
 perpendiculares, não poderão ser abertas a menos de setenta e cinco centímetros.
§ 2o As disposições deste artigo não abrangem as aberturas para luz ou ventilação, 
não maiores de dez centímetros de largura sobre vinte de comprimento e construídas 
a mais de dois metros de altura de cada piso.
Mesmo após a turbação, os autores continuam na posse do imóvel, e evidentemente, tendo sua privacidade violada pelo réu.
Vale ressaltar, que os processos indicados na contestação, como mencionado também na inicial, foram extintos sem resolução de mérito, não tendo vínculo com a matéria desta ação. 
Não restam dúvidas sobre a boa fé do autor em tentar resolver a lide de formas pacificas, entretanto, sem sucesso.
DO PEDIDO CONTRAPOSTO
O réu alega que a invasão de residência correu por parte dos autores, entretanto, conforme provas anexadas, a justificativa é absurda. Pois, é praticamente impossível que o autor quebrasse o paredão existente entre as residências, e mesmo se houvesse a possibilidade, essa atitude não ocorreu.
Visto que o réu violou o sossego e a privacidade do autor, configurados, também, o nexo causal e a ilicitude do ato, conforme artigos 186 e 927 do Código Civil vigente. Caracterizasse, desta forma, o ato ilícito exigido para que haja o dever de indenizar.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer que sejam rechaçadas todas as preliminares aventadas na contestação, bem como o consequente acolhimento de todos os pedidos elencados na inicial.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2017.
Advogado / OAB

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