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NPJ 3 (Exercício 2) - Autos Findos

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Aluno: Matheus Queiros da Rocha Rodrigues
Matrícula: 201602320276
RELATÓRIO FINAL PARA ARQUIVAMENTO
	O processo em questão trata-se de uma Ação Cível, onde o Reclamante é VAGNER BENEVENUTO CELLINE e o Reclamado é LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S/A e NATALINA. 
	Sendo como objeto da lide uma ação indenizatória por danos morais c/c obrigação de fazer e pedido de antecipação de tutela.
	O autor alega que é consumidor da primeira ré e residente no mesmo endereço desde 19 de dezembro de 1981, no loteamento Vila Dona Rosa, Lote 09, porém, em setembro de 2015 foi construído um muro sobre a calçada pública do imóvel situado na mesma rua, porém, no número 96 de propriedade da segunda ré, Lote 08.
	O autor alega que a construção é ilegal e imoral e foi comunicado ao MP de Nova Iguaçu, que inerte aos cuidados de Promotor de Justiça determinou o arquivamento sem razões aparentes, o autor na qualidade de advogado, diligenciou a frente da Ouvidoria do MPRJ na Capital, culminando a reabertura do caso.
	O autor alega que basta verificar a fl 05, o texto do 1 parágrafo, para aludir o mesmo endereço e o fato da construção ilegal e que as fotografias das fls 07 a18, provam a construção de um novo muro a frente do outro que realmente delimita a propriedade com a calçada pública.
	O autor repudia a qualificação de envolvido conforme visto a fl 22, alega que, não é responsável pela favelização, desordem urbana do chamado Bairro Nobre de Nova Iguaçu e que a tempos atua nos autos como advogado fazendo velar pelo Princípio da Supremacia do Interesse Público.
	Sendo assim, o autor pede a indenização por danos morais, em face da desordem pública.
	A primeira ré alega que houve uma ilegitimidade na ação proposta pelo autor, visto que, as assertivas efetuada pelo autor, durante toda a petição inicial elenca condutas da ré, sendo que esta não participou de qualquer ato que poderia causar a ocorrência dos alegados danos morais e materiais.
	A primeira ré alega que a parte autora não é responsável para determinar se o poste está irregular ou não, bem como requerer a instalação do mesmo na residência de terceiros.
	A primeira ré alega também que não cabe a inversão do ônus da prova, tendo em vista que o mesmo depende de deferimento do juiz, já que não se opera ope leis, mas sim ope júris. Assim, incube a parte autora o ônus da prova quanto ao fato constitutivo do seu direito, sendo que o mesmo não restou comprovado nos autos.
	A primeira ré requer que seja julgada improcedente a pretensão autoral, pois não foi praticado qualquer ilícito pela ré.
	A segunda ré alega que há a necessidade de periciar o local, para que seja verificado se o muro encontra-se em situação regular ou irregular.
	A segunda ré reitera que o Juizado Especial não é competente para julgar tal ação, em virtude da necessidade de inspeção técnica.
	A segunda ré alega também que o autor não juntou aos autos a foto da frente de sua residência, a qual consta um objeto, não identificado, abandonado pela parte autora, a qual atrapalha a passagem de pedestres, além do péssimo estado de conservação da calçada.
	A segunda ré alega que o autor está agindo de má-fé e vem utilizando tal processo como modo de se vingar da parte autora, tendo em vista que o mesmo possuiu um relacionamento com a neta da Ré aproximadamente há 20 anos atrás. Sendo o referido relacionamento desaprovado pela Ré e seu filho, o que gerou no Autor uma perseguição infundada baseado em um sentimento de vingança, a ponto de fazer constantes ameaças a Ré e seus familiares, agindo sempre de forma a causar a Ré constantes aborrecimentos e aflições, conforme boletins de ocorrência no 1120462/99 DEAM Nova Iguaçu, e no 000098/0052/2001 052a DP.
	A segunda ré alega que o referido muro é regular e está de acordo com todos os planos dirigentes do Município, razão pela qual não pode ser esta ré condenada em uma obrigação de fazer, para que venha a desfazer uma construção regular.
	Por fim, a parte autora requereu, na sua peça inicial, a condenação dos réus ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 37.800,00. Cabe, além de ultrapassar o teto do juizado, fica ululante a intenção de obter um enriquecimento sem causa por parte da parte autora. Uma vez que não trouxe nenhum transtorno para o autor a construção do muro que respeitou todas as normas da legislação municipal.
Cumpre salientar que o muro em questão não prejudica o autor em função do seu direito de ir e vir, uma vez que a residência da ré fica do outro lado da rua. Além do mais, o presente muro não interfere na função social do imóvel, sendo o argumento chulo para embasar um direito a qual a parte autora não tem.
	Diante de tudo relatado, fica comprovado a má-fé da parte autora bem como, a intenção de enriquecimento sem causa da mesma, além do presente processo ser um meio de atacar a parte ré, uma senhora de 80 anos de idade a qual, reside há mais de 40 anos no mesmo local, onde nunca teve desentendimento com nenhum outro vizinho, além da parte autora.
	As petições intercorrentes foram juntadas pelos patronos no decorrer do processo.
	Não houve acordo no decorrer do processo.
	Conforme expressa disposição legal, o Juizado Especial Cível não é competente para julgar causas complexas (artigo 3o, da Lei 9099/95), sendo a perícia, neste caso, entendida como questão que envolve maior complexidade.
	
	A sentença foi JULGADA EXTINTA, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 51, inciso II, da Lei 9099/95, sem custas e honorários.
	Nos termos do artigo 40 da Lei 9099/95, submeto o presente projeto de sentença à homologação pela MM. Juíza de Direito.
Questões Objetivas
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