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Cicatriz Profª Carla Renatha Definição Se caracteriza como o resultado final de uma lesão a pele, podendo ser hipertrófica, atrófica ou normotrófica. A cicatriz consiste em substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo fibroso neoformado, denominado cicatricial. Fases do processo cicatricial Fase inflamatória: fase exsudativa com duração entre um e quatro dias caracterizada por dois processos que buscam limitar a lesão tecidual: a hemostasia e a resposta inflamatória aguda. Corresponde à ativação do sistema de coagulação sanguínea e à liberação de mediadores químicos (fator de ativação de plaquetas, fator de crescimento, serotonina, adrenalina e fatores de complemento). Nesta fase a ferida pode apresentar edema, vermelhidão e dor. Fase proliferativa: fase regenerativa que pode durar entre cinco e vinte dias. É caracterizada pela proliferação de fibroblastos, sob a ação de citocinas que dão origem a um processo denominado fibroplasia. Ao mesmo tempo, ocorre a proliferação de células endoteliais, com formação de rica vascularização (angiogênese) e infiltração densa de macrófagos, formando o tecido de granulação. Fase de reparo: fase de maturação que inicia no 21º dia e pode durar meses. A densidade celular e a vascularização da ferida diminuem, enquanto há a maturação das fibras colágenas. Ocorre uma remodelação do tecido cicatricial formado na fase anterior. O alinhamento das fibras é reorganizado a fim de aumentar a resistência do tecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a deformidade. Durante esse período a cicatriz vai progressivamente alterando sua tonalidade passando do vermelho escuro ao rosa claro. Classificação do processo de cicatrização • Primária: acontece quando um ferimento não contaminado possui bordas lisas e próximas, sem perda tecidual, como ocorre em cortes cirúrgicos. Normalmente não há infecções, necrose cutânea, presença de hematomas ou seromas. • Secundária: caracterizada por afastamento entre as bordas do ferimento e presença de uma lacuna tecidual preenchida por tecido de granulação. Ocorre em decorrência do tipo de ferimento ou por distúrbios na cicatrização. Normalmente, resultam em cicatrizes com estética desfavorável. Exposição solar Estimulação Melanócita Cicatriz Normal Madura após 6 meses Hipopigmentada e espessa Cicatrizes Hipertróficas e Quelóides São o resultado de uma alteração determinada por fatores genéticos no processo normal de cicatrização causando o aparecimento de cicatrizes anômalas. Histopatologia de Cicatrizes Hipertróficas e Quelóideanas – Ausência de anexos cutâneos; – Desordens na atividade da fibronectina; – Desarranjo do paralelismo das fibras colágenas, que se apresentam retorcidas e emaranhadas; Características Epidemiológicas - Tendência Genética; - Observada mais comumente em MMSS e tronco; - Mais comum em pessoas de raça negra e em mulheres. Cicatriz Hipertrófica X Quelóide Regride espontaneamente. Hipertrofia nos limites da lesão. Não recidiva quando extirpada. Posteriormente adquire coloração normal. Desarranjo total das fibras colagenas. Recidivam se extirpados cirurgicamente têm que receber outro tratamento (radioterapia, corticóides). Adquire coloração vermelho escuro, rosada ou esbranquiçada, segundo sua idade. Sensação de prurido, queimação, ferroadas. Origem genética e hormonal. Feixes de colágeno espessos. Abordagens Terapêuticas Tratamento Cirúrgico - laser cirúrgico Terapia Medicamentosa – Corticóide, ácido acexâmico Massagem – Fricção, manobra de Wetterwald (manobras de amassamento rotacional) Endermoterapia Eletroterapia – Corrente Galvânica Ultra-som Laserterapia Malhas Elásticas Compressivas Placas de gel silicone Curativo compressivo com microporagem
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