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respostas cadernos de exercícios DP II 2

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EXERCÍCIOS ESTÁCIO DE SÁ – SEMANA 3
QUESTÃO 1 – Comentada em sala as diferenças entre as penas substitutivas e as penas alternativas. Veja especialmente o art. 44 do Código Penal e a Lei n. 9.099/1995 (arts. 74 a 76).
Resposta:  O caso em questão tem pena de até 1 ano de reclusão (baixo potencial ofensivo), executado sem violência ou grave ameaça, possiblitando a adoção da pena alternativa, sendo que neste caso concreto foi adotada a pena alternativa de multa.
As penas alternativas podem ser classificadas em multas ou penas restritivas de direito (em sentido estrito: prestação de serviços a comunidade, limitação de finais de semana , etc... ) ou pecuniário (prestação pecuniária em favor da vítima; prestação inominada; perda de bens e valores). 
A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 
No caso da pena substitutiva, que após sentença penal condenatória, quando o juiz impõe primeiro a  pena privativa restritiva de liberdade e depois substiitui pela pena restritiva de direitos (aplicando o artigo 44) se houver descumprimento durante o período de prova, o condenado começa a cumprir a pena sem abatimento do período de prova.
QUESTÃO 2 – D (Fundamentação: Art. 44, § 2, CP).
(OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 59) Com relação aos critérios para substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, assinale a alternativa correta:
a)   A substituição nunca poderá ocorrer se o réu for reincidente em crime doloso. 
b)   Somente fará jus à substituição o réu que for condenado a pena não superior a 4 (quatro) anos. 
c)    Em caso de descumprimento injustificado da pena restritiva de direitos, esta será convertida em privativa de liberdade, reiniciando-se o cumprimento da integralidade da pena fixada em sentença. 
d)   Se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 
QUESTÃO 3 – B (Fundamentação: Art. 44, § 3, CP).
(JUIZ DE DIREITO. MG/2005) É correto afirmar que é possível a substituição da pena privativa de liberdade quando: 
a)   A pena privativa de liberdade não for superior a 4 (quatro) anos. Mesmo se o crime tiver sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo.
b)   O condenado for reincidente, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
c)    A condenação for igual ou inferior a 1 (um) ano substituindo-se a pena privativa de liberdade por prestação pecuniária ou por uma restritiva de direitos.
d)   A condenação for superior a 1 (um) ano, substituindo-se a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e prestação pecuniária ou por duas restritivas de direitos.
EXERCÍCIOS ESTÁCIO DE SÁ – SEMANA 4
QUESTÃO 1 – A questão versa sobre o sistema trifásico de aplicação de pena e, para tanto, deverá o aluno compreender a distinção entre reincidência e maus antecedentes, sua caracterização e momento de aplicação no cálculo de pena em respeito ao princípio que veda a dupla valoração de um mesmo fato – maus antecedentes na pena-base e reincidência como circunstância agravante genérica – 2º fase. Sobre o tema, EMBORA NÃO CONCORDE COM A DECISÃO (sendo que meus argumentos foram expostos em sala de aula), cabe transcrever ementa de decisão proferida pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, in verbis: 
INFORMATIVO 493. STJ.  Quinta Turma. DOSIMETRIA DA PENA. CONDENAÇÕES PRETÉRITAS. CRIME CULPOSO. Não há flagrante ilegalidade se o juízo sentenciante considera, na fixação da pena, condenações pretéritas, ainda que tenha transcorrido lapso temporal superior a cinco anos entre o efetivo cumprimento das penas e a infração posterior; pois, embora não sejam aptas a gerar a reincidência, nos termos do art. 64, I, do CP, são passíveis de serem consideradas como maus antecedentes no sopesamento negativo das circunstâncias judiciais. Contudo, no caso dos autos, existem peculiaridades suficientes para infirmar o entendimento então consolidado, pois o aumento da pena do crime doloso por crime culposo cometido em passado distante afrontaria os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade na fixação da pena privativa de liberdade. HC 198.557-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 13/3/2012. 
QUESTÃO 2 – B (Fundamentação: aplicação por analogia da Súmula n. 231, STJ).
(OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 63) Em relação ao cálculo da pena, é correto afirmar que:
a)   a análise da reincidência precede à verificação dos maus antecedentes, e eventual acréscimo de pena com base na reincidência deve ser posterior à redução pela participação de menor importância. 
b)   é defeso ao juiz fixar a pena intermediária em patamar acima do máximo previsto, ainda que haja circunstância agravante a ser considerada. 
c)    o acréscimo de pena pela embriaguez preordenada deve se feito posteriormente à redução pela confissão espontânea 
d)   é possível que o juiz, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, fixe pena-base em patamar acima do máximo previsto. 
QUESTÃO 3 – Já analisada quando da revisão para AV1. É suficiente reler.
EXERCÍCIOS ESTÁCIO DE SÁ – SEMANA 5
QUESTÃO 1 – O reconhecimento da tipificação da conduta de Esmeralda como incursa no delito de estupro de vulnerável uma vez que tinha a obrigação legal de impedir o resultado, sendo garantidora da menor (art. 13, §2º, “a”, do CP). Consoante o disposto no art. 225, parágrafo único, do CP, a ação penal aplicável ao caso possui natureza de ação penal pública incondicionada sendo, portanto inaplicável o oferecimento de queixa-crime pela avó de F.M, pois, a peça vestibular adequada seria a denúncia, a ser oferecida pelo Ministério Público. 
QUESTÃO 2 – A (Fundamentação: Art. 77, § 2, CP – Não caberia a prorrogação, pois Nice somente foi indiciada, e, assim, ainda não responde a um processo por tráfico de entorpecentes).
(OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO FEV. 2012. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 63) 
Nise está em gozo de suspensão condicional da execução da pena. Durante o período de prova do referido benefício, Nise passou a figurar como indiciada em inquérito policial em que se apurava eventual prática de tráfico de entorpecentes. Ao saber de tal fato, o magistrado responsável decidiu por bem prorrogar o período de prova. Atento ao caso narrado e consoante legislação pátria, é correto afirmar que:
a)   não está correta a decisão de prorrogação do período de prova. 
b)   a hipótese é de revogação facultativa do benefício. 
c)    a hipótese é de revogação obrigatória do benefício. 
d)   Nise terá o benefício obrigatoriamente revogado se a denúncia pelo crime de tráfico de entorpecentes for recebida durante o período de prova. 
QUESTÃO 3 – C (Fundamentação: Art. 79, CP).
Com relação aos institutos da suspensão condicional da execução da pena (sursis) e livramento condicional, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão da suspensão condicional da pena.
b) É admissível a suspensão condicional da pena, mesmo em se tratando de condenado reincidente em crime culposo.
c) É vedado ao juiz especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão da pena, além daquelas previstas no Código Penal.
d) Uma das diferenças entre a suspensão condicional da pena e o livramento condicional refere-se ao período de prova, que para a primeira dura de dois a quatro ou de quatro a seis anos, enquanto que para o segundo corresponde ao restante da pena a ser cumprida.
EXERCÍCIOS ESTÁCIO DE SÁ –SEMANA 6
QUESTÃO 1 – A questão versa sobre a controvérsia acerca dos critérios de escolha para a aplicação da medida de segurança, quais sejam: a gravidade e natureza da conduta perpetrada pelo o agente ou de seu transtorno psiquiátrico. Sobre o tema já se manifestou o Superior Tribunal de Justiça no sentido de que “a medida de segurança deve ajustar-se, em espécie à natureza do tratamento de que necessita o agente inimputável ou semi-imputável do fato do crime” (STJ, REsp. 32409/SP, Sexta Turma, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgado em 16/12/2003). No caso em exame, todavia, por tratar-se de delito de estupro perpetrado contra vulnerável, cujo bem jurídico tutelado é a dignidade sexual, o melhor entendimento é no sentido da aplicação de medida de segurança de internação, consoante o disposto no art. 97 do Código Penal, ATÉ PORQUE A CONDUTA É APENADA COM RECLUSÃO. Neste sentido, vide ementa de decisão proferida, em sede de Apelação Criminal, pela Oitava Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça do Rio Grande Sul, utilizada para fins de elaboração do presente caso concreto, in verbis:
Ementa: APELAÇÃO. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA. MEDIDA DE INTERNAÇÃO CONFIRMADA. PRAZO MÁXIMO FIXADO. 1. MEDIDA DE INTERNAÇÃO MANTIDA. Evidenciada a prática de injusto pelo réu, ou seja, fato típico e antijurídico, punido com pena de reclusão, não se apresenta desarrazoada, nem ofensiva à individualização da pena, a internação hospitalar imposta. A gravidade da conduta é extraída da pena abstratamente cominada ao tipo penal e dos meios de execução narrado pela vítima e pelo restante da prova oral colhida. E o alto grau de periculosidade social do réu é retirado com clareza da conclusão da perícia médica realizada, no sentido de ele é portador de transtorno de personalidade paranóide e transtorno polimórfico agudo, com sintomas de esquizofrenia e registros de comportamentos pedofílicos e agressivos. 2. PRAZO MÁXIMO DA INTERNAÇÃO. O instituto da medida de segurança é baseado na noção de periculosidade. E a sua imposição, por natureza, dá-se por tempo indeterminado, perdurando, conforme preleciona o art. 97, §1º, do Código Penal, enquanto não averiguada a cessação dessa periculosidade. Não há dúvidas quanto à necessidade de fixação de um limite temporal máximo, dada a vedação, no ordenamento jurídico pátrio, à privação perpétua da liberdade (CF, art. 5º, inc. XLVII, b). Aplicação analógica dos prazos previstos para a prescrição executória. Art. 109, inc. I, CP. Jurisprudência do STF. Apelo parcialmento provido. Por maioria. (Apelação Crime Nº 70044752541, Oitava Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Dálvio Leite Dias Teixeira, Julgado em 23/11/2011).
Ainda, com relação ao prazo mínimo a ser fixado para a medida de internação, asseverou o Eminente Relator da decisão em análise que “a ausência de fixação de prazo mínimo pela sentenciante não acarreta qualquer nulidade no ato decisório, por se tratar aludido lapso temporal meramente enunciativo, servindo apenas como ponto de referência para a realização do primeiro exame para verificação da cessação da periculosidade do sentenciado, o qual poderá ser ordenando, a qualquer tempo, segundo o disposto no art. 176 da LEP”.
QUESTÃO 2 – C (Fundamentação: A questão em exame é controvertida e, segundo entendimento dominante na doutrina e jurisprudência, no caso de superveniência de doença mental e, consequente, adoção de medida de segurança substitutiva, esta deverá ter parâmetros para o prazo de cumprimento, os estabelecidos à pena privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta).
Marcelo foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e 6 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, como incurso nas sanções do art.121§2º incisos II e III, do Código – homicídio qualificado pelo motivo fútil e praticado mediante asfixia. Após o cumprimento de dez meses de pena, o sentenciado foi acometido de doença mental, razão pela qual a pena privativa de liberdade foi convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante o exposto, é correto afirmar que a medida de segurança perdurará até a cessação da periculosidade do agente averiguada:
a)   independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal.
b)   independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, desde que, respeitado o prazo máximo de trinta anos para o cumprimento de sanção penal reclusiva.
c)    de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal e terá como parâmetros para o prazo de cumprimento os estabelecidos à pena privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta.
d)   de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, independentemente do período residual desta.
QUESTÃO 3 – B (Fundamentação: consoante o disposto no art. 97, § 4º, do Código Penal).
(DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar:
a)   nos termos do Código Penal, para o semi-imputável o juiz primeiro deve fixar o quantum da pena privativa de liberdade diminuída e depois substituí-la por medida de segurança que, nesse caso, só pode ser de tratamento ambulatorial.
b)   nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
c)    nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso ad execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental, o juiz poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança, que deverá ser cumprida no próprio presídio.
d)   o Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em caso de condenação à pena privativa de liberdade e imposição de medida de segurança o agente deve primeiro cumprir a pena e, após, ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico para cumprir a medida de segurança.
EXERCÍCIOS ESTÁCIO DE SÁ – SEMANA 7
QUESTÃO 1 – A questão versa sobre a aplicação do perdão judicial, previsto no art. 107, IX e no art. 242, parágrafo único, ambos do Código Penal, no caso da denominada “adoção à brasileira”. Ainda que o discente não tenha maturidade acadêmica para tipificar a conduta, o caso em exame configura-se como um dos exemplos da ocorrência da extinção de punibilidade em decorrência do perdão judicial. Outros exemplos a serem citados são os casos previstos no art.121,§5º e art.129,§8º, ambos do Código Penal.
Precedente citado: REsp 833.712-RS, DJ 4/6/2007. REsp 1.088.157-PB, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 23/6/2009. RHC 17.569-SP, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 19/5/2005.
QUESTÃO 2 – C (Fundamentação: Art. 120, CP).
Com relação às causas extintivas de punibilidade, assinale a opção INCORRETA:
a)   a renúncia configura a falta de interesse do ofendido em exercer o direito de queixa, portanto, antes da propositura da ação penal, diferentemente do perdão do ofendido, que ocorre no curso da ação penal.
b)   o perdão judicial configura direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei.
c)    a sentença que conceder perdão judicial será considerada para efeitos de reincidência.
d)   caso sejam reconhecidas antes do trânsito em julgado da sentença condenatória desaparecerão todos os efeitos do processo ou da sentença condenatória. 
QUESTÃO 3 – C (Fundamentação: art. 181, CP e art. 30, CP).
(UnB/CESPE – TJCE/2012. JUIZ SUBSTITUTO)
Antenor e Braz, ambos com dezenove anos de idade, planejaram, em comum acordo, furtar bens dos pais de Antenor, quando estes estivessem trabalhando. Na data combinada, os agentes subtraíram joias e dinheiro, no valor total de R$ 5.000,00, da residência do casal, local onde reside Antenor. Os pais de Antenor contam, cada um, cinquenta e cinco anos de idade. Com base nessa situação hipotética e no quedispõe o CP, assinale a opção correta: 
a)    Antenor e Braz estariam isentos de pena caso os valores subtraídos não ultrapassassem o de um salário mínimo.
b)   Caso Braz seja primário, o juiz pode diminuir a pena de um a dois terços, ou aplicar-lhe somente multa.
c)    Independentemente da quantia e da utilidade dos bens subtraídos, Antenor está isento de pena.
d)   A ação penal, no caso, será pública condicionada à representação das vítimas da ação delituosa.
EXERCÍCIOS ESTÁCIO DE SÁ – SEMANA 9
QUESTÃO 1 – Fundamentação para Zebedeu: Art. 121, § 2, I e IV c/c Art. 14, II, ambos CP e Art. 73, CP; Fundamentação para Lindolfo: nenhum crime.
QUESTÃO 2 – A (Fundamentação: Art. 73, CP e Art. 70, CP).
(VUNESP.  TJRJ/2011. JUIZ SUBSTITUTO)
Joaquim, pretendendo matar a própria esposa, arma-se com um revólver e fica aguardando a saída dela da academia de ginástica. Analise as hipóteses a seguir.
I. Se Joaquim errar o disparo e atingir e matar pessoa diversa que passava pelo local naquele momento, sem atingir a esposa, responderá por homicídio doloso, agravado pelo fato de ter sido o crime cometido contra cônjuge (art. 61, II, “e”, do Código Penal).
II. Se Joaquim errar o disparo e atingir e matar pessoa diversa que passava pelo local naquele momento, sem atingir a esposa, responderá por homicídio doloso, mas sem a incidência da agravante de ter sido o crime cometido contra cônjuge (art. 61, II, “e”, do Código Penal).
III. Se Joaquim atingir e matar a esposa, mas, simultaneamente, em razão do único disparo, por erro, também atingir e matar pessoa diversa que passava pelo local naquele momento, responderá por homicídio doloso, agravado pelo fato de ter sido o crime cometido contra cônjuge (art. 61, II, “e”, do Código Penal), em concurso formal.
IV. Se Joaquim atingir e matar a esposa, mas, simultaneamente, em razão do único disparo, por erro, também atingir e matar pessoa diversa que passava pelo local naquele momento, responderá por homicídio doloso, agravado pelo fato de ter sido o crime cometido contra cônjuge (art. 61, II, “e”, do Código Penal), em concurso material.
Estão corretas apenas:
(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
QUESTÃO 3 – D.
Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I.            Segundo a jurisprudência do STJ, a resposta positiva dos jurados no que se refere à tentativa de homicídio não implica necessariamente recusa ao quesito da desistência espontânea, uma vez que, conforme o caso concreto, esses institutos podem ser compatibilizados.
II.         O homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que na forma simples, poderá ser considerado hediondo, consoante expressa previsão legal na Lei n.8072/1990. 
III.       No caso de um delito de homicídio ser praticado em concurso de pessoas no qual haja um contrato para o pagamento, tanto o contratante, quanto o executor do homicídio que receber o pagamento, obrigatoriamente, serão responsabilizados pelo homicídio qualificado pela torpeza, consoante o disposto no art.30, do Código Penal.
IV.          O delito pode ser perpetrado por meios físicos, morais ou psíquicos e por caracterizar-se como delito material, imprescindível a prova da materialidade do delito, mediante a realização de exame de corpo de delito direto ou indireto.
Estão corretas apenas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
EXERCÍCIOS ESTÁCIO DE SÁ – SEMANA 10
QUESTÃO 1 – A questão versa sobre a possibilidade da incidência simultânea do privilégio, causa especial de diminuição de pena e a qualificadora no delito de homicídio. O entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante é no sentido da possibilidade, desde que a qualificadora seja de natureza objetiva, como, por exemplo, os meios e modos de execução. No caso em exame é perfeitamente possível que o homicídio seja qualificado pelo meio utilizado para a prática do delito (recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que as “pauladas” foram desferidas pelas costas, tornando impossível a defesa do ofendido) - art. 121,§2°, IV CP  e privilegiado pelo domínio da violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima - art. 121,§1°, CP.
A segunda questão é controvertida e demanda análise cuidadosa, haja vista a previsão expressa contida no art. 1°, I da lei n. 8072/1990 de que se considera hediondo o homicídio qualificado. Sobre o tema, manifesta-se Cezar Roberto Bitencourt (op.cit. p. 53), ao citar entendimento do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que, por analogia, aplicar-se-ia a norma contida no art. 67 CP, segundo a qual devem preponderar os motivos determinantes do crime (privilégio), o que afastaria a incidência da lei de crimes hediondos. Neste sentido vide entendimento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: 
Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. COMUTAÇÃO. HOMICÍDIO QUALIFICADO PRIVILEGIADO. LEI Nº 8.072/90 E DECRETO Nº 7.420/10. Homicídio qualificado privilegiado não integra o rol dos crimes hediondos. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. (Agravo Nº 70047561998, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Manuel José Martinez Lucas, Julgado em 25/04/2012).
Ementa. AGRAVO EM EXECUÇÃO. LIVRAMENTO CONDICIONAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO. AFASTADA A HEDIONDEZ DO DELITO. FRAÇÃO DE 1/3. PROVIMENTO. A privilegiadora do § 1º do artigo 212 do Código Penal afasta a hediondez do homicídio qualificado praticado pelo agravante. Precedentes deste Tribunal. Afastada a hediondez do delito pelo qual o réu foi condenado e cumpre pena, exigível, para fins de livramento condicional, o cumprimento de apenas 1/3 da pena, fração essa que foi obtida no dia 19/07/2010, conforme expediente da folha 14. Agravo provido. (Agravo Nº 70037560885, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antônio Ribeiro de Oliveira, Julgado em 15/09/2010).
No que concerne ao entendimento dos Tribunais Superiores acerca da possibilidade do homicídio ser concomitantemente qualificado e privilegiado, o Superior Tribunal de Justiça tem se manifestado no seguinte sentido:
- HC 153728/SP, Quinta Turma, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 13/04/2010 (Superior Tribunal de Justiça). No mesmo sentido, HC 128635/RS; HC 133674/MG e HC 54616/RJ.
EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ESPECIAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO. COMPATIBILIDADE ENTRE QUALIFICADORA INSERTA NO ART. 121, § 2º, INCISO IV COM A FORMA PRIVILEGIADA. POSSIBILIDADE.I - Não há incompatibilidade, em tese, na coexistência de qualificadora objetiva (v.g. § 2º, inciso IV) com a forma privilegiada do homicídio, ainda que seja a referente à violenta emoção. (Precedentes desta Corte e do Pretório Excelso).II - Assim, a resposta afirmativa ao quesito atinente a forma privilegiada do crime de homicídio não implica a prejudicialidade do quesito que indagaria aos jurados acerca da qualificadora inserta no art. 121, § 2º, inciso IV do CP (recurso que dificultou a defesa da vítima). Recurso especial provido. (STJ - Recurso Especial 922932/SP, Quinta Turma, Rel.Min. Felix Fischer, julgado em 13/12/2007). 
QUESTÃO 2 – B (Fundamentação: Art. 1 da Lei n. 8.072/1990).
(PROMOTOR DE JUSTIÇA. AM/2001).
Tibúrcio praticou um homicídio sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima, com o uso de asfixia. Na ocasião, apesar de ser maior de dezoito e menor de 21 anos de idade, era reincidente. Confessou a autoria da infração penal perante a autoridade judiciária e no plenário do júri. Julgue os itens que se seguem, relativos à situação hipotética apresentada e à legislação a ela pertinente:
I.          Tibúrcio praticou um crime de homicídio privilegiado-qualificado.
II.         O homicídio privilegiado-qualificado é crime hediondo, insuscetível de comutação da pena.
III.        Caso Tibúrcio venha a ser condenado pelo júri popular, o juiz presidente deverá observar o critério trifásico na dosimetria de pena, sob pena de nulidade da sentença.
IV.De acordo com a jurisprudência dominante, a circunstância atenuante da menoridade relativa não é preponderante sobre as demais.
V.         No caso de condenação de Tibúrcio, reconhecidas as atenuantes da menoridade e confissão espontânea, o juiz presidente poderá fixar a pena privativa de liberdade em quantidade inferior ao mínimo previsto no tipo.
Estão certos apenas os itens:
a)   I e II.
b)   I e III.
c)    II e IV.
d)   III e IV.
e)   IV e V.
QUESTÃO 3 – E (Fundamentação: Art. 120, CP + Art. 1 da Lei n. 8.072/1990 + Art. 121, § 5, CP + Art. 107, IX, CP + Art. 121, § 2, III, CP + Art. 1, § 3, Lei n. 9.455/1997). 
Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I.            Segundo a jurisprudência do STJ a sentença concessiva do perdão judicial possui natureza declaratória de extinção de punibilidade não gerando qualquer conseqüência para o réu, exceto para efeitos de reincidência.
II.         Segundo a jurisprudência do STJ é admissível o concurso entre o homicídio privilegiado e qualificado, desde que, as qualificadoras tenham natureza objetiva, sendo, neste caso, caracterizado como delito hediondo.
III.       O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de homicídio culposo previstos no Código Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e configura-se como direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei.
IV.         No confronto entre o delito de homicídio qualificado pelo emprego de tortura e o delito de tortura – Lei n.9455/1997, no caso concreto, deverá ser analisado o dolo do agente, sendo certo que, no primeiro caso, o agente atua com animus necandi e a tortura configura o meio empregado para tal, logo absorvido pelo homicídio; no segundo, o dolo é de torturar, sendo o resultado morte produzido culposamente – crime preterdoloso.
Estão certos apenas os itens:
a)   I e II.
b)   I e III.
c)    I, II e III.
d)   I, III e IV.
e)   III e IV.
EXERCÍCIOS ESTÁCIO DE SÁ – SEMANA 14
QUESTÃO 1 – Versa a questão sobre a distinção entre injúria racial (art. 140, § 3) e o crime de racismo (art. 20 da Lei n. 7.716/1989). Como explicado em sala, proponho em minha tese de doutorado que as infrações sejam diferenciadas conforme um “campo de comunicação”. Se aberto, haverá racismo (como proferir ofensas relativas à raça ou cor de uma pessoa no meio da rua com presença de populares). Por sua vez, se fechado o campo de comunicação, haverá um crime contra a honra (chamar o funcionário até uma sala e reservadamente demiti-lo por se tratar de um negro incompetente).
QUESTÃO 2 – D (Fundamentação: Art. 20, CP – exclui o dolo e não há calúnia culposa).
Mariana entra em sala de aula e percebe que Jonas mexe na bolsa de Luiza. Jonas, na verdade, pegava na bolsa de Luiza um remédio, contando com a autorização da moça. Pouco tempo depois Luiza retorna para a sala e descobre que seu celular foi furtado. Mariana conta para todos que o autor da subtração foi Jonas, pois ela acreditava sinceramente que tivesse sido o rapaz, no entanto essa imputação foi falsa, porque logo depois se descobriu o celular em posse de outro aluno na sala. A partir da premissa de que Jonas tomou conhecimento das declarações feitas é correto afirmar que a ação de Mariana configura: 
a)   o delito de calúnia.
b)   o delito de difamação.
c)    os delitos de calúnia e injúria.
d)   conduta impunível.
QUESTÃO 3 – B (Fundamentação: Art. 143, CP + Art. 339, CP + Art. 140, § 3, CP).
Com relação aos delitos contra a honra, leia atentamente as situações hipotéticas apresentadas abaixo:
I.            Funcionário público oferece representação contra colega entendendo-se ultrajado na sua honra, (em sua dignidade). Acionado criminalmente, o colega retratou-se. A referida retratação é irrelevante para o Direito Penal.
II.          Um indivíduo comparece à Delegacia Policial e oferece notícia de crime em face de terceiro, um desafeto seu, sendo certo que o noticiante imputou ao noticiado crime de que o sabia inocente. Em decorrência da referida notícia foi instaurado inquérito policial. Neste caso, a conduta do noticiante encontra-se incursa no tipo penal da calúnia.
III.        Um indivíduo, maior e capaz, com o ânimo de ridicularizar um vizinho, portador de deficiência mental, o xinga de “idiota bobalhão”. Arrasado com a ofensa chora e conta aos seus pais e amigos que foi  “humilhado”. Neste caso é correto afirmar que a conduta deste indivíduo será tipificada como injúria discriminatória.
IV.         Dois indivíduos, por motivo irrelevante, iniciam violenta discussão em um bar, no curso da qual um deles, despeja um copo de cerveja na cabeça do outro. A sua conduta configura a contravenção penal de vias de fato.
Estão certos apenas os itens:
a)   I e II.
b)   I e III.
c)    I, II e III IV.
d)   I, II e IV.

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