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Filosofia AV3 Andressa Rangel (1)

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Questão:
Desde suas raízes, a filosofia abrange o conhecimento como um todo, vinculando as mais diversas áreas do saber para alcançar uma ampla compreensão da realidade. Posteriormente, com o avanço científico da modernidade, o conhecimento passa a destacar campos específicos, privilegiando, por meio de recortes investigativos, determinados objetos de estudo. Tal avanço interfere decisivamente em todos os segmentos da sociedade, afetando não só os paradigmas científicos, mas também a vida e os valores de cada ser humano.
Considerando o exposto acima e com base nas transformações sucessivas, gradativas ou radicais no campo dos valores, analise a concepção de ética planetária no contexto da sociedade globalizada contemporânea.
Resposta:
	
	A concepção de ética teve diversas interpretações, de grandes filósofos como Sócrates, Aristóteles, Platão, entre outros. Cada um analisa de diferentes formas como os valores éticos são desenvolvidos ou interpretados pelos homens. 
	Na medida em que a sociedade foi evoluindo, sempre vão surgindo novos modelos. E o processo de evolução tecnológica não atinge somente no contexto social, mas é importante grifar a importância da evolução para com os processos de modernização de pensamentos. Modernização essa, que nos permitiu romper com padrões de valores éticos da Idade Média (homem ético é aquele que se submete aos valores religiosos), por exemplo.
	A modernidade permitiu o surgimento de novas ideias, teorias e estudos, como por exemplo, a teoria desenvolvida por Friedrich Nietzsche, que rompeu com antigas ideias de concepção ética, destacando expressões como: “processo de domesticação”, vinculado à submissão que o homem se sujeita tendo que seguir padrões que limitam seu desenvolvimento; e “moral de rebanho”, contrária à liberdade e espontaneidade humana, ou seja, os valores antigos fazendo de nossas vidas prisioneiras de “regras” que irão determinar seu caráter na sociedade, o que tira a individualidade de cada ser humano.
	Com o surgimento da globalização, o mundo sofreu muitos impactos e, consequentemente, mudanças. A globalização surgiu dando a ideia de união, da quebra de barreiras que separavam, para dar lugar a um novo mundo sem barreiras que alimentam o preconceito, o medo ou até mesmo a exclusão de outros povos. Surgindo, junto a isso, novos meios de comunicação, novos equipamentos de pesquisa, informação para o desenvolvimento de novas teorias e etc. Tudo isso na teoria, constituiu um cenário perfeito para o mundo, mas é mais que evidente, que ainda não alcançamos essa teoria de deixar de lado preconceitos e diferenças para criar um mundo melhor e mais unido.
	Aí é onde entra a ética planetária, que nada mais é que, uma nova visão de ética, que propicia o respeito mútuo e a igualdade de direito entre os povos. Mas a globalização também trouxe consequências ruins para o mundo, que evidenciaram obstáculos e não permitiram que os povos se unissem, como era esperado. A exacerbação dos interesses capitalistas, assim como o uso inadequado de descobertas científicas, promoveu conflitos, guerras, fome e etc. Por isso, a globalização teve seus prós e contras, pois assim como foi responsável por interligar o mundo, tirar pessoas de uma situação de exclusão e permitiu um maior contato entre as diferenças, o que exigiu que houvesse respeito e tolerância entre as diferentes culturas; também foi responsável por promover desigualdade social e econômica, e contribuiu para o consumismo e desequilíbrio ecológico.
	O desafio da ética planetária é buscar valores morais comuns que respeitem e tolerem todos os diferentes costumes, culturas, tradições e etc. Pode-se dizer que a globalização requer ética, visto que, promove espaços em que as diferenças estão cada vez mais em contato. A ética planetária pode proporcionar a instrução necessária para priorizar a cidadania e a democracia, além de incentivar a sociedade para que haja ações e costumes correspondentes à justiça, respeito e dignidade em relação ao outro e ao meio ambiente.
Rio de Janeiro, 08 de novembro de 2017.
								Andressa R de Azevedo
								Curso: História.

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