Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Centro de Ciências Tecnológicas – CCT Disciplina: Pavimentação Professor: Jardel Andrade Determinação do equivalente de areia Gilson de Sousa Oliveira Neto Novembro de 2017 Fortaleza – CE Sumário CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................. 03 OBJETIVOS ................................................................................................ 03 APARELHAGEM ....................................................................................... 03 EQUIPAMENTOS....................................................................................... 03 REAGENTES .............................................................................................. 04 SOLUÇÕES ................................................................................................. 04 Solução concentrada (Preparar 5 L) ................................................... 04 Solução de trabalho ............................................................................... 04 PROCEDIMENTOS PARA ENSAIO ...................................................... 05 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................... 05 CÁLCULOS ................................................................................................ 11 RESULTADOS ........................................................................................... 11 8. NORMAS ....................................................................................................... 12 9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................... 12 CONSIDERAÇÕES INICIAIS O equivalente de areia é a relação volumétrica que corresponde à razão entre a altura do nível superior da areia e a altura do nível superior da suspensão argilosa de uma determinada quantidade de solo ou de agregado miúdo, numa proveta, em condições estabelecidas neste método. (ABNT NBR 12052 -1992, pág. 01) É um ensaio de canteiro de obra que visa acompanhar a evolução da qualidade de uma jazida que se explora rapidamente à custa da maquinaria moderna. Determina a quantidade de impurezas e finos em determinada mistura de agregado, ou seja, quanto maior o equivalente de areia, menor a quantidade de finos e impurezas na amostra. OBJETIVOS O ensaio de equivalente de areia tem por objetivo determinar a proporção relativa de materiais finos em amostras de agregados miúdos. O resultado do ensaio aprova o material para utilização de determinadas obras de engenharia ou, em outros casos, determina a realização de outros ensaios de caracterização ou, ainda, reprova o material em virtude da presença excessiva de finos e materiais orgânicos. APARELHAGEM 3.1 EQUIPAMENTOS São utilizados os seguintes equipamentos: Peneira de 4,8mm, de acordo com a DNER-EM 035/95, designada peneiras de malhas quadradas para análise granulométrica de solos; Proveta cilíndrica, transparente, de vidro ou acrílico, de 32mm de diâmetro interno e cerca de 43 cm de altura, graduada de 2 em 2 mm, até pelo menos 38 cm, a partir da base, ou apresentando dois círculos de referência a 10 cm e 38 cm, respectivamente da base; Tubo elevador de cobre ou latão, de 6,4 mm de diâmetro externo e 50 cm de comprimento. A extremidade inferior é fechada em forma de cunha, tendo dois orifícios de 1 mm de diâmetro perfurados nas faces da cunha e junto à ponta; Garrafão com capacidade de 5 litros, dotado de sifão constituído da rolha de borracha com dois furos e de um tubo de cobre dobrado. O garrafão é colocado 90 cm acima da mesa de trabalho; Tubo de borracha de 5 mm de diâmetro interno, com uma pinça de Mohr ou dispositivo similar para interromper o escoamento. Este tubo é usado para ligar o tubo lavador ao sifão; Pistão constituído por uma base metálica de 45 cm de comprimento, tendo na extremidade inferior uma sapata cônica de 25,4 mm de diâmetro. A sapata possui três pequenos parafusos de ajustagem que permitem centrá-la com folga na proveta. Um disco perfurado, que se adapta ao topo da proveta, serve de guia para a haste. Um lastro cilíndrico é preso à extremidade da haste para completar ao pistão a massa de 1kg; Recipiente de medida, com capacidade de (855)mL; Funil para colocar o solo na proveta; e Papel-filtro Whatman nº12 ou equivalente. 3.2 REAGENTES Cloreto de cálcio anidro, grau técnico; Glicerina conforme especificação USP; Solução de formaldeído a 40%, em volume; 3.3 SOLUÇÕES 3.3.1 Solução concentrada (Preparar 5 L) Dissolver 557g de cloreto de cálcio em 2L de água destilada e agitar energicamente a solução; esfriá-la e filtrá-la através do papel-filtro; adicionar 2510g de glicerina a 57,5g de solução de formaldeído, agitar bem e completar o volume de 5L de solução concentrada através de adição de água destilada. 3.3.2 Solução de trabalho Para a solução de trabalho deve tomar-se 125 ml da solução concentrada e diluir com água destilada até completar o volume de 5 litros; No preparo da solução de trabalho é permitido o uso de água corrente limpa, para o que deve ser feita previamente comparação entre os resultados de ensaio com água corrente e água destilada, em amostras idênticas, e resultar favorável; O volume de 125 ml de solução concentrada pode ser obtido enchendo-se a proveta até 15,5 cm de altura. PROCEDIMENTOS PARA ENSAIO A amostra é obtida com material que passa na peneira de 4,8 mm. Se a amostra inicial não estiver úmida, deverá ser umedecida antes do peneiramento. Se o agregado graúdo apresentar finos aderentes que não se desprendam durante o peneiramento, deve-se secá-lo e esfregá-lo com as mãos, juntando-se os finos resultantes ao material que passou na peneira. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Este ensaio foi realizado utilizando o método da demonstração. Na oportunidade a Técnica de Laboratório realizou as operações explicando-as passo-a-passo aos alunos.Seguindo as especificações ditadas pelas Normas da ABNT NBR 12052-1992, e a norma do DNER-ME-97, o procedimento seguiu a seguinte ordem: aberta a pinça do tubo de ligação e acionado o sifão soprando-se no topo do garrafão que contém a solução, através de um pequeno tubo. Verificando o escoamento da solução fechar a pinça; Figura 01 – Equipamento completo Fonte: DNER - ME 054 - 1997 – Equivalente de areia sifonar a solução de trabalho para a proveta, até atingir o traço de referência a 10 cm da base; transferir para a proveta, com auxílio do funil, o conteúdo de um recipiente de medida cheio de amostra preparada e rasada na superfície. O conteúdo do recipiente correspondente a cerca de 110 g de material solto. Bater o fundo da proveta firmemente com a palma da mão várias vezes. Figura 02 – Transferência da amostra para a proveta Fonte: DNER - ME 054 - 1997 – Equivalente de areia após o período de 10 minutos, a proveta é tampada com a rolha de borracha e agitada vigorosamente, num movimento alternado, horizontalmente. Executam-se 90 ciclos em aproximadamente 30 segundos, com um deslocamento de cerca de 20 cm. Cada ciclo compreende um movimento completo de vaivém. A fim de agitar satisfatoriamente a amostra como antes foi especificado é necessário que o operador agite apenas os antebraços; Figura 03 – Agitação da proveta – 90 ciclos em 30 segundos Fonte: DNER - ME 054 - 1997 – Equivalente de areia retirar a rolha e introduzir o tubo lavador. Lavar as paredes rapidamente e imediatamente inserir o tubo até o fundo da proveta. Agitar levemente com o tubo lavador a camada de areia para levantar o material argiloso eventualmente existente. Esta operação deve ser acompanhada de leve giro da proveta. Quando o líquido atingir o círculo de referência superior da proveta (a 38 cm da base), suspende-se o tubo lavador lentamente sem para o escoamento e de tal modo que aquele nível se mantenha aproximadamente constante. Regular o escoamento pouco antes de se retirar completamente o tubo e ajustar o nívelnaquele traço de referência. Deixar-se repousar 20 minutos sem perturbação. Qualquer vibração ou movimento da proveta durante esse período interferirá com a velocidade normal de sedimentação da argila em suspensão e será cauda de erro no resultado; Figura 04 – Adição de solução com auxílio do tubo lavador Fonte: DNER - ME 054 - 1997 – Equivalente de areia após período de 20 minutos, determinar o nível superior da suspensão argilosa, efetuando a leitura com precisão de 2 mm; Figura 05 – Leitura da suspensão no nível da argila Fonte: DNER - ME 054 - 1997 – Equivalente de areia introduzir o pistão cuidadosamente na proveta até assentar completamente na areia. Girar a haste ligeiramente, sem empurrá-la para baixo, até que um dos parafusos de ajustagem torne-se visível, fixando-o à haste, por meio de um parafuso nele existente. Determinar o nível do centro de um dos parafusos de ajustagem e adotá-lo como leitura correspondente ao nível superior da areia. Este pode ser também determinado medindo-se a distância entre o topo do disco que se apoia na boca da proveta e a base inferior do peso cilíndrico, e subtraindo-se desta, a mesma distância, medida quando a sapata está assentada no fundo da proveta (constante do aparelho). Figura 06 – Leitura da suspensão no nível da areia Fonte: DNER - ME 054 - 1997 – Equivalente de areia Figura 07 – Esquema de leituras Fonte: DNER - ME 054 - 1997 – Equivalente de areia Figura 08 – Esquema de leituras Fonte: ABDECA – 2010 CÁLCULOS De posse dos resultados, compartilhados entre todos os alunos, serão efetuados os cálculos utilizando-se das ferramentas matemáticas indicadas nas já citadas NBR 12052/1992, da ABNT. Tabela 01 – Dados obtidos durante o experimento Leituras Altura medidas (mm) Leitura no topo da argila 323 Leitura no topo da areia 73 7. RESULTADOS O resultado do ensaio é apresentado na forma de média aritmética de três repetições do ensaio com a mesma amostra.O equivalente de areia da amostra ensaiada nesta oportunidade é:Segundo Gomes et all (20xx), um valor de indica ser um material constituído unicamente de argilas e colóides. De forma inversa, um material com , indica ser uma areia pura, não contendo fração alguma de argila. Fazendo uma comparação com a escala explicada, temos um material arenoso, ótimo para ser usado nas camadas de pavimentação.A amostra ensaiada possui um , significando alta presença de material siltoso/argiloso em sua constituição. Segundo a tabela abaixo, apresentada por Gomes et all (20xx), o EA obtido, entre 20 e 30 indica a necessidade de recorrer aos ensaios clássicos de caracterização. Figura 08 – Classificação do solo através do equivalente de areia Fonte: Gomes et all (20xx) A alta presença de finos em uma amostra indica que este é um material com alta expansibilidade, o que o torna impróprio para uso em pavimentação. 8. NORMAS NBR 12052-1992, Solo agregado miúdo – Determinação do equivalente de areia, ABNT, Rio de Janeiro, 1992. DNER - ME 054 - 1997 – Equivalente de areia – Rio de Janeiro - 1997 9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BERNUCCI, Liedi Bariani, DA MOTTA, Laura Maria Goretti, et all – Pavimentação asfáltica – Formação básica para engenheiros, 3ª reimpressão – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto – Rio de janeiro – 2010. BASTOS, Cézar Augusto Burkert, Apostila Mecânica dos Solos, Departamento de Materiais e Construção, Fundação Universidade de Rio Grande, Rio Grande – RS. CHRUSCIAK, Mariana Ramos, Apostila de Mecânica dos Solos I, Aula 16, UFRR, Boa Vista – RR, 2015. GOMES, C. C. et all (20xx). Apostila de Ensaios de Mecânica dos Solos. Ceará. Universidade Federal do Ceará – UFC, 74p.
Compartilhar