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zoonoses aula 3

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Zoonoses exóticas – Triquinelose
É uma zoonose exótica no país; contudo, todo suíno e eqüino é examinado antes da exportação; é causada pela T. spiralis e outras espécies podem estar envolvidas; a T. spiralis é a espécie mais importante; o reservatório é o suíno mas outros animais podem ser acometidos, como eqüinos que podem se contaminar acidentalmente; é causada por um nematódeo; é endêmica em vários países sul-americanos; é uma barreira sanitária extremamente importante para exportação de suínos e eqüinos; todos animais abatidos para exportação (suínos e eqüinos) são examinados; 
A infecção de humanos vai acontecer pelo consumo de carne crua ou insuficientemente cozida; cistos presentes na carne; a dose infectante é relativamente alta: precisa-se fazer um consumo de 70 larvas (um cisto ou mais); os suínos são considerados reservatórios domésticos; os eqüinos foram extremamente importantes em muitos surtos que ocorreram na Europa (principalmente na França); todos os carnívoros silvestres podem participar do ciclo do parasita; alguns pássaros e répteis também podem abrigar o parasito; os ruminantes e outros herbívoros não são considerados reservatórios, mas podem se infectar acidentalmente; naturalmente, são raramente infectados; 
O ciclo mais comum é o ciclo domestico, onde estão incluídos suínos, cães e gatos; os cães e gatos podem se infectar pela ingestão de ratos; no ciclo silvestre, há animais envolvidos, como alce, ursos; o homem se infecta acidentalmente se alimentando da carne de um animal infectado; os ursos, em países muito frios, têm importância por servirem de alimento em alguns países; 
Na Argentina, a doença é endêmica, principalmente pelo fato da criação de suínos criados comendo restos de alimentos, violando normas de biossegurança; 
Nos EUA, os reservatórios são os suínos, ursos, e onças; 
Quando o nematodo atinge os suínos, na maioria das vezes esses suínos são assintomáticos; para que ele apresente algum sintoma, ele precisa estar imunossuprimido, geralmente por causa de outra doenças, por causa de alimentação inadequada, ou grau de infecção muito grande; no Brasil não há nenhum registro de infecção; 
Nos eqüinos, não há evidencia epidemiológica ou cientifica que comprove a transmissão natural entre eqüinos; acredita-se que eles são infectados por roedores moídos na ração ou no feno, ingestão de fezes suínas; pastos contaminados, pelo uso de adubo orgânico mal trabalhado; suplementos alimentares com proteínas suínas (menos provável, pois a maioria está proibida, e há um tratamento); 
A infecção humana é acidental, pois não faz parte do ciclo do parasito; ingestão de carne com larvas encistadas; no estômago, as larvas são liberadas; na luz intestinal, penetram no enterócito e sofrem 4 mudas, amadurecem formando machos e fêmeas; as fêmeas liberam larvas, migram para a lamina própria da mucosa intestinal e via veia porta podem infectar coração, pulmão e aos tecidos; formação dos cistos em músculo estriado esquelético, que se torna infectante por vários anos; 
A infecção pode ser de assintomática até letal (em humanos); características patognomônicas (sinal que sempre acontece, no caso da raiva, corpúsculo de Negri): alta eosinofilia, edema palpebral (não ocorre em todos os casos), aumento das enzimas musculares; nas formas graves, há mialgia (dores musculares generalizadas), alterações oculares e neuropatias; a morte vai acontecer quando há uma miocardite e/ou encefalite; 
Sintomas mais característicos, 1-2 dias após a infecção: náuseas, diarréias, vômitos, dores abdominais (são sintomas que podem ser confundidos com muitas outras enfermidades); os sintomas clássicos vão ocorrer após 2 semanas e podem permanecer até 8 semanas: mialgia, febre, conjuntivite, edema de face (principalmente nas pálpebras), fraqueza ou fadiga, dor de cabeça, calafrios, coceira ou erupção cutânea, tosse, diarreia ou prisão de ventre (no principio geralmente é diarreia, quando a infecção já está estabelecida, prisão de ventre); 
Um levantamento dos casos, desde 1986-2009, levou em consideração os principais sintomas; tiveram 5377 casos no mundo todo; diarreia – 27%; mialgia – 67%; febre – 53%; edema facial e palpebral – 55%; dor de cabeça – 18%; mortes – 1% (42 indivíduos); 
Complicações: pode haver encistamento não havendo nenhum sintoma; as complicações cardiovasculares, principalmente as miocardites vão acontecer em 5-20% dos infectados; as larvas vão causar entupimentos, causando embolia pulmonar, ou problema de trombos dentro do coração; podem haver complicações neurológicas como meningite, encefalopatia difusa; 
Complicações oculares: transtornos na microcirculação, larvas na retina e músculos do globo ocular; podem haver problemas respiratórios como pneumonia e pleurite, que podem predispor a pneumonia bacteriana; bronquite e pneumonia obstrutivas também podem ocorrer; 
Complicações gastrointestinais: a permanência da diarreia é rara, podendo causar uma necrose aguda; miosites; em grávidas pode haver aborto ou parto prematuro; alguns autores afirmam que após o incistamento é comum formigamento, debilidade muscular, mialgias, sudorese excessiva e conjuntivite; 
Triquinelose no mundo: infecção de animais (99 países), humanos (55 países); 
(PROVA): porque temos tanta fiscalização se nós não temos a doença? Pois vizinhos têm casos endêmicos, como argentina, Bolívia, Guiana e Uruguai; CDC: control disease Center; 
Único relato no Brasil foi de um espanhol, que já veio infectado; no Brasil, a produção de suínos, que é o principal reservatório, é feito em confinamento; há proibição da comercialização de animais alimentados com restos e abate clandestino; 
Exigências da organização mundial da saúde animal: possuir sistema eficaz de notificação da enfermidade; vigilância periódica de silvestres susceptíveis – não revelar indício clínico, sorológico ou epidemiológico; precisa haver inspeção nos locais de infestação pela ultima vez ou onde se utilizam desperdícios para a alimentação dos suínos; a organização mundial também recomenda que em qualquer caso de triquinelose tem que ter investigação na exploração, isolamento dos animais e realização de provas diagnósticas; a confirmação dos casos deve ser feito por controle veterinário oficial e medidas de controle como eutanásia e controle de roedores; os surtos em humanos devem ser investigados para determinar a origem animal, qual animal estava anteriormente infectado; 
A União Européia, quando vai importar, além dos dados da OISA, para considerar um país livre da triquinelose, deve haver vigilância regular de suínos domésticos, javalis, eqüídeos, raposas e outros animais indicadores; eles também falam que pode reconhecer como indene (sem caso): se houver total controle sobre os alimentos (serem tratados com ração e não com restos alimentares), não forem detectadas infestações em animais domésticos no país nos últimos 10 anos (a OISA recomenda 5 anos), realizar testes regulares nos animais (últimos 10 anos), haja programa de vigilância da fauna selvagem com base no risco; 
Para comprovar o status de livre: resultados negativos em todos animais exportados; nós não temos vigilância em silvestres, temos fronteira extensa e vizinhos endêmicos; não há laboratórios de referência: para provar que um exame é confiável, precisa-se de laboratório de referência, o que não temos; para que um laboratório seja credenciado, tem que ter normas básicas, e devem ser submetidos a testes de proficiências: amostras cegas que são mandadas para vários laboratórios, esses laboratórios têm que dar o resultado adequado; os resultados têm que ser os mesmos; para fazer o teste de proficiência, precisa-se de um laboratório oficial, como referência, um laboratório do governo, que vai liberar as amostras cegas para o teste de proficiência; no Brasil não existem laboratórios de referencia para triquinelose; essas são algumas razões que os importadores não “confiam” na nossa carne exportada; 
Método da digestãopéptica: amostra individual dos animais; nos eqüídeos, retira-se uma amostra do diafragma, dos masseteres e da língua; no mínimo 5 gramas de cada animal; as amostras são trituradas, adicionadas em água, coloca-se ácido para que os ovos eclodam; faz-se decantação; após vários processos observa-se em microscópio; 
Em visita da EU, preocupação com garantias certificadas pelo Brasil da inocuidade das carnes quanto à triquinelose; 
Recomendações da Comissão internacional de triquinelose para as criações de suínos: programas de educação ao produtor e ao consumidor; melhoria nas condições de criação e alimentação de suínos; programas de controle de roedores; controle de animais novos; 
Para os humanos, a prevenção está relacionada a hábitos culturais: não ingerir carne crua ou mal cozida de suínos, eqüinos e carnívoros; o cozimento a mais de 70 graus, congelamento a -15 graus;

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