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UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE FARMÁCIA
FUNGOS
 SUZY KAREN DE SOUZA
Orientador: Prof. MICHELE FURQUIM LEÃO
Trabalho apresentado à Facudade de Farmácia da Universidade de Rio Verde, 
com parte das exigências para conclusão da disciplina Micologia.
RIO VERDE
2017
UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE FARMÁCIA
FUNGOS
 SUZY KAREN DE SOUZA
Orientador: Prof. MICHELE FURQUIM LEÃO
Trabalho apresentado à Facudade de Farmácia da Universidade de Rio Verde, 
com parte das exigências para obtenção da nota da ultima avaliação da disciplina Micologia.
RIO VERDE
2017
INTRODUÇÃO
Os fungos são conhecidos popularmente como mofos e bolores. No entanto, na maior parte das vezes, são lembrados somente pelos danos que algumas espécies causam, seja parasitando plantas ou causando problemas de saúde como alergias e micoses em animais. Podem promover a deterioração de combustível e grande variedade de materiais, como equipamentos ópticos e outros materiais de grande valor como obras de arte e arquitetônicas. No entanto, os benefícios proporcionados pelos fungos não são tão divulgados quanto os prejuízos. Todos os dias as pessoas são beneficiadas por produtos originados direta ou indiretamente de fungos. Pode-se citar como exemplo a ação fermentativa de fungos na síntese de álcool etílico e dióxido de carbono, os quais são imprescindíveis na produção de bebidas como vinho e cerveja, alimentos como pães e massas em geral. Outras espécies podem ainda proporcionar sabor e aroma distintos em diferentes tipos de queijos. O consumo de cogumelos comestíveis é prática comum entre populações de outros países, principalmente os orientais, e em nosso país, sua utilização vem crescendo a cada dia. Na medicina, os fungos receberam especial atenção a partir do desenvolvimento de alguns antibióticos, destacando-se a penicilina sintetizada a partir de metabólitos do fungo Penicillium chrysogenum. Esteróides e hormônios para crescimento vegetal são oriundos também de metabólitos desses organismos. Um dos exemplos notáveis da utilização dos metabólitos fúngicos na medicina é a administração de ciclosporina em pessoas submetidas a transplantes. Essa substância foi isolada a partir de fungos de solo (Tolypocladium inflatum e Cylindrocarpon lucidum) na década de 70. Muitas enzimas fúngicas vêm sendo exploradas na indústria alimentícia e em outros processos biotecnológicos envolvidos na fabricação de sucos de frutas e também na indústria papeleira. Também a partir de certas espécies de fungos é possível sintetizar substâncias inseticidas que auxiliam no controle de pragas. Nas últimas décadas os fungos vêm sendo estudados quanto sua aplicação para recuperação de ambientes degradados por poluentes químicos.
MORFOLOGIA
2.1.Macroscópica
Macroscopicamente, os fungos são divididos em filamentosos (bolores ou fungos multicelulares) e em leveduriformes (leveduras, levedos ou fungos unicelulares). No estudo macroscópico, é importante a análise das características das colônias, como verso e reverso (alterado, inalterado), pigmentação (presença ou ausência, cor do pigmento, difuso, restrito à colônia), bordas (regulares, irregulares, radiadas), superfície (lisa, fissurada, rugosa), textura ou consistência, velocidade de crescimento, topografia (plana, convexa, umbilicada, pregueada, cerebriforme), aspecto (brilhante, opaco, seco, úmido), diâmetro da colônia. Nas leveduras, as colônias se apresentam esféricas ou ovais e de consistência pastosa ou cremosa, apresentando crescimento limitado. Nos fungos filamentosos há uma maior variedade de formas de colônias, por exemplo, quanto à textura podem ser aveludadas, cremosas, butirosas ou mucóides; cotonosas, serosas, camurças, granulosas, membranosas ou coriáceas, verrucosas ou pulverulentas, e apresentarem crescimento invasor. Alguns fungos podem, ao longo de sua vida, apresentar mudanças morfológicas e passarem de uma forma para outra. Por exemplo, a espécie Paracoccidioides brasiliensis, que provoca micosepulmonar em agricultores (paracoccidioidomicose), tem a sua forma sexuada multicelular, mas quando infecta o homem adquire a forma de levedura e se reproduz assexuadamente. Outro exemplo é o Penicillium marneffei, causa mais freqüente das peniciloses, que na temperatura ambiente é um bolor e na temperatura corporal é uma levedura. Além da temperatura, outros fatores que regulam o dimorfismo em fungos são: a concentração de CO2 e o pH do meio.
2.2 Microscópica
 O corpo dos fungos multicelulares apresenta uma organização formando longos filamentos de células conectadas, chamadas de hifas, essas podem apresentar septos ou serem asseptadas ou cenocíticas. O conjunto de hifas recebe o nome de micélio e pode ser dividido em micélio vegetativo, aquele que cresce para dentro do substrato e tem a função de sustentação e de absorção de nutrientes, e em micélio aéreo, que se projeta na superfície. Alguns pontos do micélio aéreo podem se diferenciar e formar o micélio reprodutivo, formando esporos ou propágulos sexuada ou assexuadamente. As leveduras são células isoladas, que ao se reproduzirem por brotamento, produzem uma cadeia alongada de células unidas, formando pseudo-hifas.. Sua morfologia microscópica é semelhante nas diferentes espécies de fungos leveduriformes.
2.3 Tipos de esporos
 Os fungos apresentam diferentes tipos de propágulos, sendo classificados como assexuados ou sexuados, internos ou externos. Os blastoconídio são típicos de fungos leveduriformes. Nos fungos filamentosos, os conídios são os esporos mais comuns, eles são assexuados e formados no exterior das hifas reprodutivas, tendo relevante papel na dispersão. Outro exemplo de propágulos assexuais são os esporangiósporos, que se formam internamente na hifa. Os esporos sexuados são os basidiósporos, que são externos, e os ascósporos, que são internos. Artroconídios e clamidoconídios são comuns em fungos filamentosos e leveduriformes. Hifas especializadas, ou reprodutivas, dão origem aos propágulos assexuados. Os conídios são formados a partir do conidióforo, enquanto os esporangiósporo são formados em uma estrutura chamada esporângio, sustentada pelo esporangióforo. Os propágulos sexuados se originam pela fusão de estruturas diferenciadas. Os ascóporos são formados dentro de estruturas chamadas ascos, que podem ser simples ou estarem distribuídos em lóculos (ascostroma) no micélio, ou contidos em corpos de frutificação (ascocarpos). Estas últimas estruturas de frutificação podem ter três diferentes formas: cleistotécio (estrutura fechada e globosa), peritécio (estrutura piriforme, com uma abertura chamada ostíolo) ou apotécio (estrutura aberta em forma de cálice). Os basidiósporos, esporos característicos de cogumelos, originam-se externamente a uma estrutura chamada basídio.
2.4 Estrutura celular
 A célula fúngica apresenta os principais componentes das células eucarióticas. O estudo dos constituintes celulares de fungos segue abaixo: 
2.4.1Parede celular: Estrutura rígida, feita de material fibroso, depositada em camadas concêntricas, com função de proteção contra pressão osmótica. A sua constituição depende do fungo, podendo ser basicamente de quitina ou da mistura de duas substâncias (glucanas e mananas). A quitina é um polímero de glicose imerso em uma matriz protéica que está restrita a área de blastoconidiação na parede, sendo encontrada em maior proporção em fungos filamentosos do que em leveduras. As glucanas e mananas formam glicoproteínas, manoproteínas e glicoproteínas, estando associadas a proteínas. As glucanas são polímeros de glicose ligados por pontes β-glicosídicas, enquanto as mananas são polímeros de manose e é o material amorfo da parede. 
2.4.2 Membrana citoplasmática: Constituída de fosfolípides, apresentando uma parte polar, constituída de diacilglicerolfosfocolinas e diacilgliceroetanolaminas, e outra apolar, constituídapor triacilgliceróis e esteróides (ergosterol). Enquanto as proteínas presentes na membrana atuam como enzimas, os lipídeos fornecem propriedade estrutural. A membrana atua como barreira semipermeável e no transporte ativo e passivo dos materiais. Nela ocorre invaginações que dão origem a vacúolos ou vesículas (pinocitose).
2.4.3 Vacúolos (vesículas, microcorpos, citossomos, esferossomos, fragmossomos ou partículas gama): Podem ser de dois tipos: digestivo ou de reserva. Podem estar relacionados aos sistemas enzimáticos ou conter glicogênio ou lipídeos, por exemplo. Eles podem apresentar vários tamanhos, ocupando de 30% a 90% do conteúdo celular. 
2.4.4 Retículo endoplasmático: Sistema em rede espalhado por toda a célula, podendo ser liso ou rugoso (quando associado a ribossomos 80s). É provido da membrana nuclear. 
2.4.5 Aparelho de Golgi: Sistema de vesículas e canalículos, que tem a função de armazenamento de substân/cias que serão excretadas pela célula. Essa organela não está presente em todos os fungos. 
2.4.6 Lomassomos: Corpúsculos presentes no periplasma, espaço entre a parede e a membrana celular. Provavelmente estão envolvidos com a secreção, formação de parede e síntese de glicogênio. 
2.4.7 Mitocôndrias: Essa organela contém DNA e ribossomos próprios. Variam de tamanho e forma nos diferentes grupos de fungos e em diferentes condições fisiológicas. 
2.4.8 Capa nuclear: Presente em alguns grupos de fungos aquáticos, que possuem flagelo. Essa estrutura cobre parcialmente o núcleo e é constituída densamente por ribossomos. 
2.4.9 Centríolo: Presente nas células fúngicas flageladas. 
2.4.10 Cinetossomo (corpo basal ou blefaroplasto) e flagelo: Presente em fungos aquáticos. O flagelo se origina de uma “placa basal”. 
2.4.11 Núcleo e cromossomos: A carioteca é formada por uma dupla membrana com poros bem distribuídos. Uma característica do núcleo de fungos é a presença de fuso meiótico ou mitótico. Os cromossomos são lineares, o DNA é de dupla fita contendo histonas. O nucléolo, presente no núcleo contem DNA, RNA e proteínas e é o sítio de produção do RNA ribossomal. 
2.4.12 Septos e poros septais: Podem ser total, em zigomicetos, ou perfurado, nos demais fungos. Os poros permitem a passagem de citoplasma, organelas e até mesmo do núcleo celular, quando isso acontece, a célula se torna 2n (dicariótica). Os septos podem ser uniporados ou multiporados. 
2.4.13 Protoplastos ou esferoplastos: Células fúngicas sem parede celular. n)Ribossomo: Sítios de síntese protéica. A subunidade 60S e a 40S formam a partícula ribossomal (80S). 
2.4.14 Cápsula: Presente em alguns fungos, sendo importante na patogenia, dificultando a fagocitose. Ela é constituída por mucopolissacarídeos, com estrutura fibrilar de amilose e proteínas semelhantes à goma arábica.
3. CLASSIFICAÇÃO
Os fungos foram agrupados em um único reino, Reino Fungi, por Whittaker em 1969, onde procurou-se reunir todos os fungos com características típicas. Foi proposto por Alexopoulos et al. (1996) a classificação dos fungos que ainda é considera pelos micologistas, embora já exista proposta mais recente conforme publicada por Kirk et al. (2001), que agrupa os fungos com base em estudos de biologia molecular. Entretanto, essa classificação ainda não é totalmente aceita entre os micologistas. Aqui será considerada a que foi proposta por Alexopoulos et al. (1996), a qual agrupa no Reino Fungi os filos Chytridiomycota; Zygomycota; Ascomycota; Basidiomycota.
3.1 Chytridiomycota
Agrupa apenas uma classe, Chytridiomycetes, distribuindo-se em 100 gêneros e aproximadamente 1.000 espécies das quais a maioria são aquáticas, encontradas em água doce e algumas espécies em águas marinhas de regiões estuarinas com baixa salinidade. Também são encontrados no solo. Poucas espécies são anaeróbias e geralmente estão associadas a intestinos de herbívoros. Ao que parece os fungos desse grupo parecem ser os ancestrais comum dos outros grupos de fungos. A grande maioria dos fungos quitridiomicetos são sapróbios, existindo também espécies parasitas de plantas, animais e outros fungos. Dentre os hospedeiros vegetais esses fungos parasitam plantas superiores, musgos e fitoplancton. Em animais podem parasitar nematóides, rotíferos, mosquitos e besouros. Outros fungos quitridiomicetos podem também ser seus hospedeiros assim como espécies pertencentes aos grupos dos ascomicetos e basidiomicetos. Em geral, esses fungos possuem hifas (também chamadas de talos) simples, alongadas e cenocíticas, apresentando septos somente nas estruturas de reprodução. A parede celular desses organismos é conhecida por conter quitina e glucanos. As células reprodutoras são móveis (zoósporos e gametas) com um flagelo liso e posterior.
3.2 Filo Zygomicota
Os fungos dessa classe são descendentes de ancestral comum dos fungos quitridiomicetos. A parede celular desses fungos é constituída por quitina e quitosano. O micélio é formado por hifas cenocíticas, apresentando septos somente nos órgãos de reprodução ou quando a colônia envelhece. A reprodução sexuada origina estruturas chamadas de zigosporângios que irão formar os zigósporos. Podem também se reproduzirem assexuadamente seja por fragmentação, pois os fungos possuem grande capacidade de regeração, ou ainda pela formação estruturas de reprodução assexuada como gemas, clamidósporos ou azigoesporângios. As estruturas de reprodução dos fungos dessa classe muitas vezes formam ornamentações muito bonitas e são utilizadas para identificação das espécies. Nessa classe estão compreendidas cerca de 770 espécies de fungos terrestres. Apesar da maioria delas serem saprófitas existem muitas espécies parasitas e outras ainda formadoras de micorrizas.
 3.3 Trichomycetes
Agrupa fungos ecologicamente e morfologicamente distintos dos outros grupos. Todos os membros desse grupo são associados com artrópodes, como insetos e crustáceos comumente encontrados em ambientes aquáticos. A relação entre esses fungos e seus hospedeiros não é totalmente compreendida, não sendo possível afirmar que tal relação seja de simbiose. A maioria das espécies é encontrada nos intestinos de seus hospedeiros, porém existem espécies que crescem na superfície externa deles. O formato das hifas lembra fios de cabelos, o que de fato originou o nome do grupo Trichomycetes. Esses fungos absorvem os nutrientes do lúmen intestinal de seus hospedeiros onde se localizam. Alguns estudos indicam que os hospedeiros podem se beneficiar da presença dos fungos. Certas larvas de mosquitos sofreram alterações no seu crescimento devido à carência de esteróis e vitaminas B, quando cresceram na ausência do fungo Smittium culisetae, o que não foi observado em larvas infestadas por esses fungos. Por outro lado, o fungo S. morbosum destrói larvas de mosquitos por penetrarem em células da cutícula do intestino desses organismos. Esses fungos podem se reproduzir assexuadamente ou sexuadamente. Porém, não é muito esclarecida a reprodução sexuada, exceto em alguns gêneros.
3.4 Filo Ascomycota
Compreendem cerca de 30.000 espécies de fungos terrestres. São responsáveis por estragarem alimentos formando bolores com coloração verde-azulados, vermelhos e marrons. Entretanto, desempenham importante papel em nos ambientes terrestres de todo o planeta. Os ascomicetos diferem dos outros grupos porque apresentam estruturas em forma de sacos responsáveis pela reprodução sexuada, denominada asco, onde são formados os ascosposros haplóides após a meiose. A formação dos ascos ocorre em estrutura complexa denominada ascoma, composta por hifas entrelaçadas e firmemente compactadas. Os ascomas podem ser abertos em forma de xícaras, fechados ou ainda esféricos, com formato de pêras, com pequeno poro através do qual saem os ascosporos. A reprodução assexuada se dá pela formação e liberação de conídios pelos conidióforos que são hifas modificadas responsáveis pela produção dos conídios.
3.5 Filo Basidiomycota 
São agrupados nesse filo fungos conhecidos popularmente como cogumelos e orelhas de pau, outrosconhecidos como fungos gelatinosos, gasteromicetos, ferrugens e carvões, e ainda espécies unicelulares. São fungos terrestres na grande maioria, existindo também muitas espécies parasitas (ferrugens) e ainda outras que estabelecem relações simbiônticas com coccídeos. Nesse grupo também são encontradas espécies liquenizadas. São difundidos por todo o planeta e talvez seja o grupo mais visualizado na natureza, devido ao tamanho dos cogumelos e orelhas de pau os quais são produzidos para reprodução sexuada desses fungos. O micélio desses fungos é constituído por hifas septadas que podem ser simples ou possuírem ansas, estrutura característica do grupo e também é conhecida como septo dolipórico, utilizada na transferência de um dos núcleos após sua divisão. Entretanto, não ocorre impedimento do material citoplasmático de uma célula para outra. Uma outra característica marcante desses fungos é a produção de esporos (basidiósporos) de origem sexuada, em uma estrutura especializada denominada basídio que está localizada nos basidiomas (cogumelos e orelhas de pau).
3.6 Filo Deutoromycota 
Consiste em um grupo artificial que compreende cerca de 2.600 gêneros e 15.000 espécies. As espécies desse grupo também são designados como fungos imperfeitos ou fungos mitospóricos. Como característica principal esses fungos apresentam reprodução assexuada por produção de conidióforos e conídios. Nesse tipo de reprodução só está presente divisões celulares por mitose, e por isso, vem sendo empregado a terminologia de fungos mitospóricos. Os deutoromicetos podem se reproduzirem de maneira assexuada e sexuada ou ainda das duas formas ao mesmo tempo, sendo estas espécies denominadass como fungos holomorfos, ou seja, produzindo conídios ao mesmo tempo em que são formados ascos e ascomas ou basídios e basidiomas. Quando exibem somente estruturas conidiais diz-se que os fungos estão na fase assexuada ou fase imperfeita ou anamorfa. Ou ainda, quando apresentam somente estruturas sexuadas como ascomas e ascos, ou basidiomas e basídios são ditos como na fase sexuada, perfeita ou teleomorfa. Podem ser encontrados sob a forma de conídios, hifas ou estruturas somáticas em todos os ambientes, como solo, serapilheira, sobre plantas e animais, em ecosistemas aquáticos, no ar, associados a insetos ou crescendo nos produtos fabricados pelo homem.
4.IMPORTANCIA ECOLOGICA E ECONOMICA
Os fungos apresentam importância ecológica (“desmanche” de moléculas orgânicas). Junto com bactérias, são importantes agentes de reciclagem de nutrientes – decompositores.
Na produção de pães, com a fermentação do fungo Saccharomyces cerevisiae.
Na indústria alimentícia, com produção de queijos (roquefort, gorgonzola, brie e camembert) e cogumelos (champignon, shiitake, shiimeji, morchellas, trufas).
Na indústria de bebidas alcoólicas (vinhos e cervejas), com a fermentação alcoólica. 
Na produção de antibiótico penicilina, com o fungo Penicillium notatum.
Como indicadores de poluição (líquens).
5. MICOSES CUTÂNEAS, SUBCUTÂNEAS E SISTÊMICAS
5.1 Micoses superficiais 
São aquelas nas quais o fungo acomete camadas mais superficiais da córnea da pele ou a haste livre dos pelos.Manchas pigmentares na pele, nos nódulos ou nos pelos são lesões características desta patologia.
Agentes epidemiológicos:
Piedraia hortae: causa a pedra negra, denominada em função de seus nódulos escuros, duros e que ficam aderidos nas hastes dos pelos do cabelo.
Gênero Trichosporon: são as leveduras responsáveis pela piedra branca, cujas hifas hialinas septadas e ramificadas formam nódulos que crescem sobre a haste do pelo (pelos escrotais e pubianos, na maioria das vezes). Tricosporonose é o nome da doença sistêmica grave que acomete pacientes imunocomprometidos.
Gênero Malassezia: são as leveduras que causam pitiríase versicolor. Estes fungos vivem normalmente sobre a pele do homem na forma de levedura. Entretanto, podem invadir as células queratinizadas das camadas superficiais da pele e causar a micose, na sua forma filamentosa.
Muitos acreditam que esta doença é adquirida na praia, por isso, chamam-na de micose da praia. Na realidade, durante a exposição ao sol, os fungos já estão parasitando a pele do indivíduo e, com o bronzeamento, as lesões se destacam e são vistas com maior facilidade devido ao contraste produzido. Estas lesões são causadas por alterações que o fungo causa na produção da melanina e cujo mecanismo ainda não é muito conhecido.
A doença se manifesta como manchas descamativas distribuídas pelo tórax, abdome e membros superiores:
O diagnóstico é feito por exame direto e neste são observadas leveduras e hifas curtas e curvas.
Malassezia não cresce nos meios de cultura comuns, necessitando da adição de lipídeos. Devido a tal fato, é comum adicionar azeite de oliva nos meios e as colônias que crescem são de cor branca a creme, de aspecto mucoide e brilhante. O tratamento é feito com aplicações tópicas de hipossulfito de sódio a 40% ou uso oral de imidazólicos. Além disso, recomenda-se o uso de xampus a base de selênio de sulfeto para eliminar o fungo do couro cabeludo. 
Phaeoannelomyces werneckii: responsável pela tinea nigra (tinha negra), esta micose se apresenta através de manchas escuras, marrons ou negras nas palmas das mãos ou nas plantas dos pés e tem aspecto fuliginoso.
5.2 Micoses cutâneas
São aquelas nas quais os fungos invadem toda a espessura da capa córnea da pele ou a parte queratinizada intrafolicular dos pelos ou a lâmina ungueal.
Manchas inflamatórias na pele, lesão de tonsura no pelo e destruição da lâmina ungueal na unha são lesões características deste tipo de micose.
São provocadas principalmente por dermatófitos e espécies de levedura do Gênero Candida; entretanto outras espécies também podem provocar micoses cutâneas. Dermatófitos são fungos que tem a capacidade de degradar a queratina e utilizá-la como nutriente e eles estão presentes em três gêneros de acordo com a sua fase assexuada: Epidermophyton, Microsporum e Tricophyton.
 As principais espécies patogênicas no Brasil são Tricophyton rubrum, T. mentagrophytes, T. tonsurans, Microsporum canis, M. gypseum e Epidermophytum floccosum.
Os dermatófitos são classificados de acordo com seu habitat:
Geofílicos (solo): estão normalmente associados com tecidos queratinizados em
decomposição no solo, uma vez que este é seu habitat. Exemplos: M. gypseum
Zoofílicos (animais): são aqueles que tem os animais como hospedeiros preferenciais. Exemplos: M. canis e T. mentagrophytes 
Antropofílicos (homem): são aqueles adaptados ao parasitismo humano. Exemplos: T. rubrum, T. mentagrophytes var. interdigitale, T. tonsurans e E. floccosum.
As micoses cutâneas são transmitidas pelos animais, homens ou através de solos infectados e elas podem ser classificadas em:
Dermatofitoses ou tinhado(a): couro cabeludo, pele glabra, barba e face, pés, unhas, inguinal e cabelos.
Couro cabeludo: acomete principalmente crianças e a espécie mais conhecida é a Tinea capitis.
Pele glabra: a infecção na pele tem propagação radial, circular e bem delimitada com centro descamativo e bordos eritematosos. Na pele, o parasitismo ocorre da mesma forma para todos os gêneros, sendo que são verificados filamentos micelianos hialino septados ramificados, que podem apresentar artroconídios. Por exemplo, a Tinea corporis causada por Trichophyton concentricum.
Unhas: os agentes mais comuns são T. rubrum e T. mentagrophytes, sendo que a lesão provocada torna as unhas branco-amareladas, porosas e quebradiças. A infecção ocorre através da borda livre da unha e pode atingir a superfície e a área subungueal. Além disso, o parasitismo pode ocorrer na forma de filamentos micelianos septados, eventualmente com artroconídios.
Pelos (cabelos): O dermatófito invade a camada superficial do pelo e vai até o folículo piloso, tornando-o quebradiço, sem brilho e o mesmo cai. Como há a capacidade de invadir outros folículos pilosos radialmente, formam-se placas de tonsura. Entretanto, podem se desenvolver lesõesisoladas também, as quais formam quérions (placas elevadas com microabcessos). No pelo, há dois tipos de parasitismo: Endotrix - artroconídios localizam-se somente no interior do pelo. Por exemplo: Tricophyton sp. Ectotrix - formação de bainha de artroconídios ao redor do pelo. Por exemplo: Microsporum canis.
Os dermatófitos são capazes de produzir estruturas de reprodução assexuada macro- e microconídios. Estes, juntamente, com as características macroscópicas das colônias, nos permitem identificar a espécie responsável pela micose cutânea.
O diagnóstico desses dermatófitos é feito através de exame direto do material colhido (escamas da pele ou unha, pelos), após clarificação com KOH (10% a 30%) e o cultivo utiliza ágar Sabouraud. O tratamento é tópico ou sistêmico, sendo que o primeiro consiste em cremes ou soluções de cetoconazol, isoconazol, miconazol, tolciclato, clotrimazol, bifonazol, entre outros. O tratamento sistêmico se dá pela administração de derivados azólicos, cetoconazol, itraconazol e fluconazol, entre outros. 
 Já a candidíase é um outro tipo de micose cutânea, causada pelas leveduras do gênero Candida, principalmente C. albicans. Apesar de ser hóspede normal do trato gastrintestinal do homem e da microbiota de determinadas regiões do tegumento cutâneo, C. albicans pode causar lesões na pele, unhas e mucosas de indivíduos predispostos, pois invade a camada córnea da pele ou a lâmina ungueal de hospedeiros normais. O diagnóstico é feito através do cultivo em ágar Sabouraud glicose e o tratamento com derivados azólicos e poliênicos.
5.3 Micoses subcutâneas
A inoculação de um fungo patogênico em decorrência de um traumatismo é característica de micose subcutânea. A infecção se manifesta como uma tumefação ou lesão supurada da pele ou tecido subcutâneo, uma vez que o fungo se dissemina pela via linfática.
Esporotricose: os agentes causadores são espécies do complexo Sporothrix schenckii, fungos dimórficos (que altera entre formas micelianas e leveduriforme). Se o fungo estiver parasitando o organismo, encontra-se na forma de levedura.A esporotricose está distribuída universalmente e a transmissão clássica ocorre por traumatismo causado por vegetais onde o fungo se encontra ou pela forma zoofílica, isto é, lesões causadas por animais que portam o fungo (o principal portador do fungo é o gato).Inicialmente, ocorre a formação de um nódulo no local onde ocorreu a infecção. Posteriormente, surgem outros nódulos espalhados pelo corpo, devido à disseminação pela via linfática ou por contiguidade.
O diagnóstico definitivo é feito por biópsia das lesões ou pelo isolamento em cultivo do fungo em amostras de pus e o tratamento é feito com itraconazol, anfotericina B ou iodeto de potássio.
Cromoblastomicose: também conhecida como cromomicose ou dermatite verrucosa, a doença tem como principais espécies causadoras Fonsecaea pedrosoi, F. compacta, Cladophialophora carrionii, Phialophora verrucosa e Rhinocladiella aquaspersa. A infecção se manifesta pela formação de nódulos cutâneos verrugosos e é considerada uma doença ocupacional. Este tipo de infecção causa o aparecimento de corpos muriformes, o aspecto parasitário dos agentes da doença. Corpos muriformes são elementos globosos, com parede acastanhada espessa e septada em planos distintos.
O diagnóstico se dá pelo exame microscópico do pus ou crostas das escamas, com a presença de corpos murformes.
Micetomas: são produzidas por algumas espécies de actinomicetos aeróbios (actinomicetoma) ou fungos (eumicetoma) formando grãos nos tecidos, que caracteriza o agregado de filamentos bacterianos ou hifas fúngicas, respectivamente. Os agentes causadores deste tipo de infecção tem como habitat a natureza, associando-se a vegetais para obter nutrientes. Os grãos também podem ser caracterizados quanto á cor: negros, brancos, vermelhos. A coloração auxilia na identificação do agente causador. O traumatismo permite a penetração do fungo. Após infecção, o paciente pode apresentar tumefação granulomatosa com formação de abcessos, fístula e eliminação de grãos. A micose geralmente se localiza nos pés, pernas e braços.
O diagnóstico é feito pela confirmação do achado de grãos e a identificação do fungo se dá pela micromorfologia do grão e da cultura. O tratamento inclui drenagem cirúrgica, antimicóticos intralesionais e, nos casos mais graves, amputação do membro lesionado pela infecção.
Feo-Hifomicose: os agentes etiológicos dos gêneros Exophiala, Cladosporium, Phialophora e Wangiella causam a feo-hifomicose, um tipo de micose que tem como característica o micélio septado escuro no tecido atacado pelo fungo. Presentes no solo, nas plantas e na matéria orgânica em decomposição, o fungo penetra no organismo através de algum traumatismo.
O diagnóstico é feito por microscopia direta e cortes histológicos e, em seguida, o cultivo em cultura para diferenciação das espécies. O tratamento cirúrgico resulta em cura completa, mas também são utilizados antimicóticos.
Rinosporidiose: é a infecção do tecido mucocutânea que causa o aparecimento de pólipos, causado pelo fungo Rhinosporidium seeberi. Os locais afetados incluem a mucosa nasal, conjuntiva ocular e, raramente, o pênis, a vagina, a faringe, a laringe e os tecidos epidérmicos. A doença é considerada cosmopolita e acredita-se que o habitat do fungo seja a água, principalmente águas estagnadas.
O diagnóstico se dá a partir do exame micológico direto ou histopatológico e o tratamento consiste em remoção cirúrgica, com possibilidade de recidiva.
Lobomicose: causada pelo fungo Lacazia loboi, a infecção causa lesões isoladas ou disseminadas na pele. O fungo penetra na pele através de traumatismos e existem diversas formas clínicas pela qual ele se manifesta, como queloidiforme, gomosa, ulcerada, verruciforme e infiltrativa. Esta micose acomete com maior frequência seringueiros, garimpeiros e lavradores.
O diagnóstico é feito através de cortes de tecidos ou exsudatos coloridos pelo método HE e o tratamento envolve cirurgia e antifúngicos.
 
5.4 MICOSES SISTÊMICAS E OPORTUNÍSTICAS
 
A instalação desse tipo de micose no nosso organismo se dá através da inalação de propágulos fúngicos. Por isso, a lesão é primariamente pulmonar e possui tendência à regressão espontânea.Se houver disseminação do fungo através da corrente sanguínea, ocorrem lesões extrapulmonares.
O diagnóstico consiste no isolamento do fungo em cultivo ou observação do fungo em exame micológico direto dos materiais adequados para exame.
As micoses sistêmicas são mais frequentes em indivíduos do sexo masculino, e não são transmissíveis de homem a homem e do animal ao homem.
As principais micoses sistêmicas no Brasil são paracoccidioidomicose, coccidioidomicose, blastomicose e histoplasmose.
Paracoccidioidomicose: é a micose sistêmica mais frequente na América Latina, causada por Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzi; fungos dimórficos cuja forma parasitária é a levedura. Acomete, principalmente, agricultores que mantém contato direto com a natureza, especialmente o solo. A infecção se dá a partir da inalação de elementos infectantes do fungo ou reativação de lesão primária quiescente (isto é, já adquirida e que não se desenvolveu), que acomete o pulmão, mucosas, pele e linfonodo.
O diagnóstico é feito através do exame microscópico direto de material clínico como pus, escarro, secreções, entre outros. O cultivo da cultura de leveduras desse fungo também é utilizado para diagnosticar. O tratamento varia de acordo com o estado imunológico do paciente e a forma clínica do fungo, podendo ser utilizados medicamentos como sulfamidas, anfotericina B, itraconazol, entre outros.
Coccidioidomicose: a coccidioidomicose tem como agente causador o Coccidioides immitis, cuja inalação de seus artroconídios estabelece a infecção do indivíduo. Esta micose irá afetar o pulmão, podendo causar pneumonia aguda e, com a disseminação pelo corpo, aparecem lesões granulomatosas, supurativas em órgãos e tecidos.A micose acomete, principalmente,trabalhadores rurais, vaqueiros e horticultores.
O diagnóstico é feito a partir de sintomas, dados epidemiológicos, resposta à coccidioidina e detecção de anticorpos. Já o tratamento é feito com anfotericina B, cetoconazol e itraconazol, principalmente.
Blastomicose
Doença causada por um fungo dimórfico, o Blastomyces dermatitidis, cuja forma infectante é a leveduriforme. O indivíduo, ao inalar os propágulos, terá infecção inicial no pulmão que pode se distribuir via sanguínea para ossos e pele, preferencialmente. Os sintomas são semelhantes aos da tuberculose, gripe, pneumonia ou carcinoma. A micose acomete, geralmente, indivíduos adultos que exercem atividade rural.
O diagnóstico consiste na observação direta do fungo e cultura do mesmo. Já o tratamento deve ser ágil, pois é uma doença de evolução rápida e fatal. Emprega-se antimicóticos como anfotericina B e itraconazol.O método diagnóstico mais seguro, porém demorado, é o isolamento do fungo em cultivo em ágar Sabouraud dextrose e ágar infuso de cérebro-coração, principalmente. O tratamento é feito especialmente com anfotericina B e itraconazol..
5.4.1 Micoses oportunistas
São causadas por fungos termotolerantes que invadem os tecidos como uma hifa, podem infectar de diferentes maneiras (tem portas de entrada variáveis) e causam reação supurativa necrótica.
Criptococose: é a micose causada por fungos do gênero Cryptococcus, principalmente, C. neoformans e C. gattii que acometem especialmente indivíduos imunodeprimidos e imunocompetentes, respectivamente. Ao inalar o fungo, este acomete o pulmão (10 % dos casos), e que se disseminam para o sistema nervoso central, causando meningite criptocócica (90% dos casos). O diagnóstico é feito por exame microscópico de materiais clínicos como líquor, pus e escarro.
O tratamento depende do estado geral do paciente e do quão precoce o diagnóstico foi realizado. Utiliza-se, geralmente, anfotericina B, fluconazol e 5-flucitosina.
Candidíase : espécies do gênero Cândida são fungos da microbiota normal do corpo humano, frequentemente, o paciente apresenta debilitação em seus mecanismos de defesa ou tem uma doença de base. Nos pacientes idosos debilitados, recém-nascidos prematuros e nos desnutridos, a ocorrência de candidíase é alta, em suas variadas formas clínicas.
Tratamentos prolongados com antibióticos, principalmente os chamados de largo espectro de ação, corticóides, drogas imunossupressoras, uso de materiais médico-hospitalar invasivo (cateteres, sondas, respiradores) favorecem a instalação de candidíases, principalmente as formas invasivas. Nestes casos, a mortalidade pode chegar a 70% dos casos de candidemia. O diagnóstico laboratorial é realizado pelo exame direto e cultura do fungo e o tratamento é feito utilizando principalmente agentes azólicos, poliênicos e equinocandinas.
Aspergilose: o gênero Aspergillus é constituído por mais de 300 espécies, são organismos ubíquos e são encontradas em abundância em diversas partes do ecossistema. Cresce facilmente em vários substratos formando grandes quantidades de conídios que se dispersam, principalmente, pelo ar atmosférico. Este ar que respiramos todos os dias contém grande quantidade de partículas fúngicas, incluindo as de Aspergillus. A principal via de penetração dos animais é a via respiratória, assim, a cavidade alveolar e os seios nasais são os locais preferenciais para o desenvolvimento da doença. Mas também podem causar infecções de pele, unhas, oculares principalmente em usuários de lentes de contato. Em geral, um indivíduo saudável consegue eliminar o fungo evitando a infecção e colonização no tecido, e desta forma. No entanto, indivíduos com imunocomprometimento por disfunção metabólica ou uma doença de base são susceptíveis à infecção por Aspergillus. Alguns fatores podem ser considerados de risco: Ambiente hospitalar contaminado, Profilaxia antifúngica (Fluconazol), Transplante de Medula Óssea, Transplantes de órgãos sólidos, GVHD (graft-versus-host disease) – Doença do enxerto contra hospedeiro, Neutropenia prolongada, Lesões de barreira de mucosa (respiradores p.ex.), Uso de corticosteróides e imunossupressores.  Aspergilose é uma infecção fúngica com pouca resposta inflamatória e com Manifestações clínicas inespecíficas. Desta forma, o diagnóstico é feito quando infecção já está avançada e a terapêutica é tardia. Infelizmente, estudos têm detectado altas taxas de mortalidade por essa enfermidade (40-80%).Por serem fungos ubíquos, dificilmente se dá importância ao isolamento de Aspergillus spp. em laboratório de micologia. Por isso, é importante correlacionar com dados clínicos e do contato direto com o clínico. O diagnóstico laboratorial ocorre pelo exame direto e histopatológico, bem como, imunológico (pesquisa de antígenos galactomanana no soro do paciente). 
O tratamento é feito com a utilização de anfotericina B, voriconazol e caspofungina.
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