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introdução a micologia

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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
3- Introdução à Micologia 
7-Características Gerais dos Fungos 
12-Introdução ao Estudo das Micoses 
20-Mofos e Bolores 
23-Onicomicoses 
27-Fungos de Importância Médica e Veterinária 
34-Antifúngicos 
37-Noções Básicas de Imunologia e Biologia Molecular Aplicadas à Micologia 
41-Diversidade dos Seres Vivos – Biologia 
43-Micologia 
50-Referências Bibliográficas 
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
Micologia ou micetologia é a especialidade da biologia que estuda os fungos. 
Os micólogos (micologistas ou micetologistas) 
pesquisam taxonomia, sistemática, morfologia, fisiologia, bioquímica, utilidades, e os efeitos 
benéficos e maléficos das espécies de fungos, que podem 
ser parasitas, saprófitos ou decompositores. 
A palavra "Micologia" vem do grego mykes, que quer dizer "cogumelo", e logos, estudo. 
Campos reunidos para encontrar espécies interessantes de fungos são conhecidas como 
'incursões', após a primeira reunião organizada pelos Woolhope Naturalists' Field Club em 1868 e 
assim intitulada "Uma incursão entre os fungos". 
O Padre austríaco Johannes Rick realizou pesquisas sobre fungos em regiões do Brasil e no Rio 
Grande do Sul, onde morou entre 1903 e 1946. Por sua publicação da sistemática das espécies 
em português, pode ser considerado o pai da micologia no Brasil. 
 
 A Micologia é uma ciência, ramo da Microbiologia, que estuda os fungos e suas 
propriedades. Esta ciência também é conhecida como micetologia. 
 
Presume-se que os seres humanos começaram a recolher cogumelos como alimentos em 
tempos pré-históricos. Cogumelos foram escritos pela primeira vez nas obras de Eurípedes(480-
406 aC). O filósofo grego Teofrasto de Eresos (371-288 a.C.) foi talvez o primeiro a tentar 
classificar sistematicamente as plantas; cogumelos foram consideradas plantas ausentes de 
certos órgãos. Mais tarde, foi Plínio, o Velho (23-79 d.C.), que escreveu sobre as trufas em sua 
enciclopédia Naturalis Historia. A palavra micologia vem do grego: μύκης (mukēs), que significa 
"fungo" e o sufixo -λογία (-logia), que significa "estudo". 
A Idade Média viu pouco avanço no corpo de conhecimento sobre fungos. Em vez disso, a 
invenção da imprensa permitiu que alguns autores divulgassem as superstições e equívocos 
sobre os fungos que foram perpetuadas pelos autores clássicos. 
O início da era moderna da micologia começa com a publicação de Nova plantarum 
genera de Pier Antonio Micheli, em 1737. Publicado em Florença, este trabalho seminal lançou as 
bases para a classificação sistemática de ervas, musgos e fungos. O termo micologia e o 
complemento micólogo foi utilizado pela primeira vez por M.J. Berkeley, em 1836. 
Durante séculos, certos cogumelos têm sido documentados como uma medicina popular na 
China, Japão e Rússia. Embora o uso de cogumelos na medicina popular esteja centrado em 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistem%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioqu%C3%ADmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasitas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapr%C3%B3fitos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decompositores
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-hist%C3%B3ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eur%C3%ADpides
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teofrasto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Pl%C3%ADnio_Segundo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trufa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalis_Historia
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pier_Antonio_Micheli
https://pt.wikipedia.org/wiki/Floren%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miles_Joseph_Berkeley
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
4 
 
grande parte do continente asiático, pessoas em outras partes do mundo, como o Oriente 
Médio, Polônia e Belarus foram documentadas utilizando cogumelos para fins 
medicinais. Acreditava-se que alguns cogumelos, especialmente poliporos como Reishi sejam 
capazes de beneficiar uma ampla variedade de doenças da saúde. A pesquisa medicinal de 
cogumelo nos Estados Unidos está atualmente ativa, com estudos a decorrer na City of Hope 
National Medical Center, bem como a Memorial Sloan Kettering Cancer Center. 
A investigação atual foca em cogumelos que podem ter atividade hipoglicêmica, atividade anti-
câncer, atividade anti-patogênica, e aumentar a atividade do sistema imunitário. Uma pesquisa 
recente revelou que o cogumelo ostra contém naturalmente o medicamento lovastatina para 
baixar o colesterol, cogumelos produzem grandes quantidades de vitamina Dquando expostos 
à luz ultravioleta, e que certos fungos podem ser uma futura fonte do taxol. Até o momento, 
a penicilina, lovastatina, ciclosporina, griseofulvina, cefalosporina, ergometrina e estatina são os 
fármacos mais famosos que foram isolados do reino dos fungos. 
Fungos são organismos eucariontes que não contêm clorofila, mas possuem parede celular, 
estruturas filamentosas e produzem esporos. Esses organismos crescem como saprófitos e 
decompõem matéria orgânica. Existem entre 100.000 a 200.000 espécies de fungos, variando de 
acordo com a classificação utilizada. Cerca de 300 espécies são reconhecidas atualmente como 
patogênicas para o homem. 
A taxonomia do Reino Fungi está em evolução e ainda é controversa. Anteriormente baseada na 
morfologia grosseira descrita por microscópio óptico, o estudo da ultra estrutura, bioquímica e 
biologia molecular fornece novas evidências sobre as quais se baseiam os posicionamentos 
taxonômicos. 
Fungos patogênicos podem existir como leveduras ou como hifas. Uma massa de hifas é 
chamada micélio. Leveduras são microorganismos unicelulares e micélios são estruturas 
filamentosas multicelulares constituídas de células tubulares com parede celular. As leveduras se 
reproduzem por brotamento ou cissiparidade. As formas miceliais se ramificam e o padrão de 
ramificação delas auxilia a identificação morfológica. Se o micélio não for septado é chamado de 
cenocítico (não-septado). Os termos “hifa” e “micélio” são comumente utilizados indistintamente. 
Alguns fungos ocorrem tanto na forma de leveduras como na forma de micélios. Esses são 
chamados fungos dimórficos. 
Tipos de doenças micóticas: 
Hipersensibilidade - uma reação alégica a “mofos” e esporos. 
Micotoxicoses – envenenamento do homem ou animais por alimentos ou produtos alimentícios 
contaminados por fungos que produzem toxinas a partir de substratos de grãos. 
Micetismo – a ingestão de toxina (envenenamento por cogumelos). 
Infecção fúngica - invasão tecidual com resposta do hospedeiro. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%B3nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bielorr%C3%BAssia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliporo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ganoderma_lucidum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicemia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cancro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_patog%C3%A9nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Shimeji-preto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lovastatina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_D
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_ultravioleta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paclitaxel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Penicilina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lovastatina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclosporina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Griseofulvina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cefalosporina
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ergometrina&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Estatina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
5 
 
Diagnóstico 
Raspagem de pele suspeita de conter dermatófitos ou pus de uma lesão pode ser montada com 
KOH em uma lâmina (preparação úmida) e examinada diretamente no microscópio. 
Teste cutâneo (hipersensibilidade dermal) costumava ser uma ferramenta diagnóstica popular, 
mas atualmente seu uso é desencorajado porque o teste cutâneo pode interferir com estudos 
sorológicos, causando resultados falso positivos. Ainda pode ser utilizado para avaliar a 
imunidade do paciente, assim como o índice de exposição populacional em um estudo 
epidemiológico. 
Sorologia pode ser útil quando aplicada a uma doença fúngica específica; não há antígenos para 
rastreamento de fungos em geral. Como fungos são antígenos fracos a eficácia da sorologia varia 
em diferentes infecções fúngicas. 
Os testes sorológicos serão discutidos em cada micose. Os testes sorológicos mais comuns para 
fungos são baseados em dupla imunodifusão, fixação de complemento e imunoensaios 
enzimáticos (EIA). Dupla imunodifusão e fixação de complemento geralmente detectam 
anticorpos IgG. Alguns testes EIA estão sendo desenvolvidos para detectar anticorpos IgG e IgM. 
Há alguns testes que podem detectar antígenos de fungos específicos, mas só agora eles estão 
entrando em uso geral. 
Microscopia de fluorescência direta pode ser usada para identificação, mesmo em culturas não 
viáveis ou em cortes de tecidos fixados. Os reagentes para este teste são difíceis de obter. 
Biópsia e histopatologia. Uma biópsia pode ser muito útil para a identificação e como uma fonte 
do fungo invasor do tecido. 
A coloração de metenamina de prata de Grocott-Gomori (GMS) geralmente é usada para revelar 
organismos que coram de preto contra o fundo verde. A coloração de HE nem sempre cora o 
organismo, mas cora as células inflamatórias. 
Cultura. Um diagnóstico definitivo requer uma cultura e identificação. Fungos patogênicos 
normalmente são cultivados em ágar Sabouraud dextrose. Esse tem um pH levemente ácido 
(~5.6). Cicloheximida, penicilina, estreptomicina ou outras substâncias inibitórias são adicionadas 
frequentemente para prevenir contaminação bacteriana e supercrescimento. Duas culturas são 
inoculadas e incubadas separadamente a 25 graus C e 37 graus C para revelar dimorfismo. As 
culturas são examinadas macroscopicamente e microscopicamente. Elas só são consideradas 
negativas para crescimento após 4 semanas de incubação. 
Sondas de DNA. DNA ribossomal é hibridizado com uma sonda de DNA marcado. Esse teste é 
rápido (1 a 2 horas) e espécie-específico. Não está disponível para muitos organismos e possui 
um preço elevado. 
 
 
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
6 
 
Tratamento 
Células de mamíferos não contêm as enzimas que degradam os polissacarídeos da parede 
celular dos fungos. Portanto, esses patógenos são difíceis de erradicar pelos mecanismos de 
defesa do hospedeiro. Já que mamíferos e fungos são ambos eucariotos, o meio celular dos dois 
é similar. A membrana celular de todos os eucariotos contém esteróides, ergosterol na membrana 
celular fúngica e colesterol na membrana celular dos mamíferos. Assim, a maioria das 
substâncias que podem prejudicar o fungo invasor terá graves efeitos colaterais sobre o 
hospedeiro. Embora um dos primeiros agentes quimioterápicos (iodetos orais) fosse um 
antimicótico usado em 1903, o desenvolvimento de tais agentes foi negligenciado em relação ao 
desenvolvimento de agentes antibacterianos. A toxicidade seletiva necessária para inibir os 
micro-organismos invasores com dano mínimo ao hospedeiro tem sido difícil de se estabelecer 
entre células eucarióticas. 
 
Doenças fúngicas podem ser discutidas de formas variadas. O método mais prático para 
estudantes de medicina é a taxonomia clínica, que divide os fungos em: 
 Micoses superficiais 
 Micoses subcutâneas 
 Micoses sistêmicas 
 Micoses oportunistas 
 
As micoses superficiais (ou micoses cutâneas) são doenças fungicas que estão confinadas às 
camadas externas da pele, das unhas ou dos cabelos (camadas queratinizadas) raramente 
invadindo tecidos mais profundos ou vísceras (figura 8). Os fungos envolvidos são conhecidos 
como dermatófitos. As micoses subcutâneas estão confinadas ao tecido subcutâneo e apenas 
raramente se tornam sistêmicas. Elas formam lesões cutâneas profundas, ulceradas ou massas 
fúngicas envolvendo, mais comumente, as extremidades inferiores. Os organismos causais são 
saprófitos de solo que são introduzidos por traumas nos pés ou pernas. As micoses sistêmicas 
podem envolver vísceras profundas e se tornarem amplamente disseminadas. Cada tipo de fungo 
tem predileção por vários órgãos que serão descritos quando discutirmos as doenças 
individualmente. 
 
 
As micoses oportunistas são infecções devidas a fungos com baixa virulência inerente. 
Os agentes etiológicos são organismos que são comuns em todos os ambientes. 
 
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
7 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FUNGOS 
 
 
Se desenvolvem, principalmente, em locais com grande presença de material orgânico e 
umidade. A ausência de luminosidade também facilita o desenvolvimento dos fungos. 
Podem ser pluricelulares (compostos por mais de uma célula) ou unicelulares (composto por 
apenas uma célula). Os fungos pluricelulares, que são a maioria, possuem o talo que é 
denominado micélio. Este micélio é composto por filamentos (hifas). 
Os fungos não possuem clorofila. 
A nutrição dos fungos é heterotrófica, ou seja, os nutrientes que necessitam para viver são 
obtidos através de matéria orgânica. Porém, os fungos não ingerem as matérias orgânicas, mas 
obtém seus nutrientes através de um processo de absorção. A digestão ocorre fora do corpo, ou 
seja, eles liberam enzimas que digerem a matéria orgânica e só depois deste processo os 
nutrientes são absorvidos. 
Podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada. 
A reprodução através de esporos também é muito comum em várias espécies de fungos. 
Possuem a capacidade de armazenar material reserva que, assim como muitos animais, é o 
glicogênio. 
O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas, que inclui micro-organismostais como 
as leveduras, os bolores, bem como os mais familiares cogumelos. 
Os fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e bactérias. 
Uma grande diferença é o facto de as células dos fungos terem paredes celulares que 
contêm quitina e glucanos, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. Estas e outras 
diferenças mostram que os fungos formam um só grupo de organismos relacionados entre si, 
denominado Eumycota (fungos verdadeiros ou Eumycetes), e que partilham um ancestral 
comum (um grupo monofilético). Este grupo de fungos é distinto dos estruturalmente similares 
Myxomycetes (agora classificados em Myxogastria) e Oomycetes. 
A disciplina da biologia dedicada ao estudo dos fungos é a micologia, muitas vezes vista como 
um ramo da botânica, mesmo apesar de os estudos genéticos terem mostrado que os fungos 
estão mais próximos dos animais do que das plantas. 
Abundantes em todo mundo, a maioria dos fungos é inconspícua devido ao pequeno tamanho 
das sua estruturas, e pelos seus modos de vida crípticos no solo, na matéria morta, e 
como simbiontes ou parasitas de plantas, animais, e outros fungos. Podem tornar-se notados 
quando frutificam, seja como cogumelos ou como bolores. Os fungos desempenham um papel 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryota
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae
https://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quitinahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Glucano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Celulose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antepassado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antepassado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monofil%C3%A9tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Myxogastria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oomycetes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Simbiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporocarpo_(fungos)
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
8 
 
essencial na decomposição da matéria orgânica e têm papéis fundamentais nas trocas e ciclos de 
nutrientes. São desde há muito tempo utilizados como uma fonte direta de alimentação, como no 
caso dos cogumelos e trufas, como agentes levedantes no pão, e na fermentação de vários 
produtos alimentares, como o vinho, a cerveja, e o molho de soja. Desde a década de 1940, os 
fungos são usados na produção de antibióticos, e, mais recentemente, várias enzimas produzidas 
por fungos são usadas industrialmente e em detergentes. São também usados como agentes 
biológicos no controlo de ervas daninhas e pragas agrícolas. Muitas espécies produzem 
compostos bioativos chamados micotoxinas, como alcaloides e policetídeos, que são tóxicos para 
animais e humanos. 
As estruturas frutíferas de algumas espécies contêm compostos psicotrópicos, que são 
consumidos recreativamente ou em cerimónias espirituais tradicionais. Os fungos podem 
decompor materiais artificiais e construções, e tornar-se patogénicos para animais e humanos. As 
perdas nas colheitas devidas a doenças causadas por fungos ou à deterioração de alimentos 
podem ter um impacto significativo no fornecimento de alimentos e nas economias locais. 
O reino dos fungos abrange uma enorme diversidade e táxons, com ecologias, estratégias 
de ciclos de vida e morfologias variadas, que vão desde os quitrídiosaquáticos unicelulares aos 
grandes cogumelos. Contudo, pouco se sabe da verdadeira biodiversidade do reino Fungi, que se 
estima incluir 1,5 milhões de espécies, com apenas cerca de 5% destas formalmente 
classificadas. 
Desde os trabalhos taxonómicos pioneiros dos séculos XVII e XVIII efetuados 
por Lineu, Christiaan Hendrik Persoon, e Elias Magnus Fries, os fungos 
são classificados segundo a sua morfologia (i.e. caraterísticas como a cor do esporo ou 
caraterísticas microscópicas) ou segundo a sua fisiologia. Os avanços na genética 
molecularabriram o caminho à inclusão da análise de ADN na taxonomia, o que desafiou por 
vezes os antigos agrupamentos baseados na morfologia e outros traços. 
Estudos filogenéticos publicados no último decénio têm ajudado a modificar a classificação do 
reino Fungi, o qual está dividido em um sub-reino, sete filos e dez subfilos. 
Antes da introdução dos métodos moleculares de análise filogenética, 
os taxonomistas consideravam que os fungos eram membros do reino Plantae devido a 
semelhanças nos seus modos de vida: tanto os fungos como as plantas são na sua 
maioria imóveis, e apresentam semelhanças na morfologia geral e no habitat em que se 
desenvolvem. Tal como as plantas, muitas vezes os fungos crescem no solo, e no caso 
dos cogumelos formam corpos frutíferos conspícuos, que por vezes se assemelham a plantas 
como os musgos. 
Os fungos são agora considerados um reino separado, distintos das plantas e animais, dos quais 
parecem ter divergido há cerca de mil milhões de anos. Algumas caraterísticas morfológicas, 
bioquímicas, e genéticas são partilhadas com outros organismos, enquanto outras são exclusivas 
dos fungos, separando-os claramente dos outros reinos: 
Caraterísticas partilhadas: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trufa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fermenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vinho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja
https://pt.wikipedia.org/wiki/Molho_shoyu
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Erva_daninha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atividade_biol%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micotoxina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alcaloide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Policet%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Droga_psicoativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Droga_recreativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ente%C3%B3geno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patog%C3%A9nese
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seguran%C3%A7a_alimentar
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chytridiomycota
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolus_Linnaeus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Christiaan_Hendrik_Persoon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elias_Magnus_Fries
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequenciamento_de_ADN
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogenia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogen%C3%A9tica_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9ssil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_frut%C3%ADfero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Musgos
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
9 
 
Com os demais eucariotas: como nos restantes eucariotas, os núcleos das células dos fungos 
estão limitados por uma membrana e contêm cromossomas que contêm ADN com regiões não-
codificantes chamadas intrões e regiões codificantes chamadas exões. Além disso, os fungos 
possuem organelos citoplasmáticos delimitados por membrana tais como mitocôndrias, 
membranas que contêm esterois, e ribossomas do tipo 80S. 
Têm um conjunto caraterístico de carboidratos e compostos armazenados solúveis, 
incluindo polióis (como manitol), dissacarídeos (como a trealose) e polissacarídeos (como 
o glicogénio, que também é encontrado em animais). 
Com os animais: os fungos carecem de cloroplastos e são organismos heterotróficos, 
requerendo compostos orgânicospreformados como fontes de energia. 
Com as plantas: os fungos possuem uma parede celular e vacúolos. Reproduzem-se por meios 
sexuados e assexuados, e tal como os grupos basais de plantas (como os fetos e musgos) 
produzem esporos. Tal como os musgos e algas, os fungos têm núcleos tipicamente haploides. 
Com os euglenoides e bactérias: os fungos mais desenvolvidos, os euglenoides e algumas 
bactérias, produzem o aminoácido L-lisina em passos específicos de biossíntese, a via do alfa-
aminoadipato. 
As células da maioria dos fungos crescem como estruturas tubulares, alongadas e filamentosas 
designadas hifas. Estas podem conter múltiplos núcleos e crescer a partir das suas extremidades. 
Cada extremidade contém um conjunto de vesículas - estruturas celulares compostas 
por proteínas, lípidos e outras moléculas orgânicas - chamado Spitzenkörper. Tanto fungos como 
Oomycetes crescem como células hifais filamentosas. Em contraste, organismos de aspecto 
semelhante, como as algas verdes filamentosas, crescem por divisão celular repetida ao longo de 
uma cadeia de células. 
Em comum com algumas espécies de plantas e animais, mais de 60 espécies de fungos 
apresentam bioluminescência. 
Alguns chegam a possuir uma cor esverdeada, outros esbranquiçada. 
Caraterísticas únicas: 
Algumas espécies crescem como leveduras unicelulares que se reproduzem por gemulação ou 
por fissão binária. Os fungos dimórficos podem alternar entre uma fase de levedurae uma fase 
com hifas, em função das condições ambientais. 
A parede celular dos fungos é composta por glicanos e quitina; enquanto os primeiros são 
também encontrados em plantas e a última no exosqueleto dos artrópodes, os fungos são os 
únicos organismos que combinam estas duas moléculas estruturais na sua parede celular. Ao 
contrário das plantas e dos Oomycetes, as paredes celulares dos fungos não contêm celulose. 
A maioria dos fungos desenvolve-se como hifas, que são estruturas filamentosas, cilíndricas, com 
dois a 10 µm de diâmetro e até vários centímetros de comprimento. 
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
10 
 
As hifas crescem nas suas extremidades (ápices); novas hifas formam-se tipicamente por meio 
da emergência de novas extremidades ao longo da hifa existente num processo designado 
“ramificação”, ou ocasionalmente por bifurcação de extremidades de uma hifa em crescimento, 
dando origem a duas hifas com crescimento paralelo. 
A combinação do crescimento apical com a ramificação/bifurcação conduz ao desenvolvimento 
de um micélio, uma rede interconectada de hifas. As hifas podem ser septadas ou cenocíticas: as 
hifas septadas são divididas em compartimentos separados por paredes transversais (paredes 
celulares internas, chamadas septos, que se formam perpendicularmente à parede celular, dando 
à hifa a sua forma) e são uninucleares, ou seja, cada compartimento possui um único núcleo; as 
hifas cenocíticas não são compartimentadas. Os septos têm poros que permitem a passagem 
de citoplasma, organelos, e por vezes núcleos; um exemplo é o septo doliporo dos fungos do filo 
Basidiomycota. As hifas cenocíticas são essencialmente supercélulas multinucleadas. 
Muitas espécies desenvolveram estruturas hifais especializadas na absorção de nutrientes dos 
hospedeiros vivos; dois exemplos são os haustórios nas espécies parasitas de plantas da maioria 
dos filos de fungos, e os arbúsculos de vários fungos micorrízicos, que penetram nas células do 
hospedeiro para consumir nutrientes. 
Embora os fungos sejam opistocontes – um agrupamento de organismos evolutivamente 
aparentados, caraterizados em termos gerais por possuírem um único flagelo posterior – todos os 
filos, exceto o dos quitrídios, perderam os seus flagelos posteriores. Os fungos são incomuns 
entre os eucariotas por terem uma parede celular que, além dos glicanos (p.e. β-1,3-glicano) e 
outros componentes típicos, contém também o biopolímero quitina. 
Os micélios dos fungos podem tornar-se visíveis a olho nu em várias superfícies e substratos, tais 
como paredes úmidas e comida deteriorada, sendo vulgarmente chamados bolores ou mofos. Os 
micélios desenvolvidos em meio de ágar sólido em placas de Petri de laboratório são usualmente 
designados colónias. Estas colónias podem apresentar formas e cores de crescimento (devido 
aos esporos ou a pigmentação) que podem ser usadas como caraterísticas de diagnóstico na 
identificação de espécies ou grupos. Algumas colónias individuais de fungos podem atingir 
dimensões e idades extraordinárias, como é o caso de uma colónia clonal de Armillaria ostoyae, 
que se estende por mais de 900 ha, com uma idade estimada em cerca de 9 000 anos. 
O apotécio – uma estrutura especializada importante na reprodução sexuada de Ascomycetes – é 
um corpo frutífero em forma de taça que contém o himénio, uma camada de tecido contendo as 
células portadoras de esporos. Os corpos frutíferos dos basidiomicetes e de alguns ascomicetes 
podem, por vezes, atingir grandes dimensões, e muitos são bem conhecidos como cogumelos. 
Embora tradicionalmente incluídos em muitos programas e manuais de botânica, pensa-se agora 
que os fungos estão mais próximos dos animais do que das plantas e são colocados juntamente 
com os animais no grupo monofilético dos opistocontes. Análises feitas usando a filogenética 
molecularsuportam a origem monofilética dos fungos. A taxonomia dos fungos encontra-se num 
estado de fluxo constante, especialmente devido a pesquisas recentes baseadas em 
comparações de ADN (ácido desoxirribonucleico). Estas análises filogenéticas atuais revogam 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mic%C3%A9lio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cen%C3%B3cito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_frut%C3%ADfero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Him%C3%A9nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monofil%C3%A9tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Opisthokonta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogen%C3%A9tica_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogen%C3%A9tica_molecular
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
11 
 
frequentemente classificações baseadas em métodos mais antigos e menos discriminatórios, 
baseados em traços morfológicos e conceitos biológicos de espécie, obtidos de acasalamentos 
experimentais. 
Nãoexiste um sistema único de aceitação geral para os níveis taxonómicos mais elevados e 
ocorrem frequentes mudanças de nomes em todos os patamares acima de espécie. Existem 
actualmente esforços entre os investigadores para estabelecer e encorajar o uso de 
uma nomenclatura unificada e mais consistente. As espécies de fungos podem também ter 
múltiplos nomes científicos dependendo do seu ciclo de vida e modo de reprodução (sexuada ou 
assexuada). Os sítios da internet como Index Fungorum e ITIS listam nomes atuais das espécies 
de fungos (com referências cruzadas para os sinónimos mais antigos). 
A classificação do reino Fungi de 2007 é o resultado de um trabalho de investigação colaborativa 
em grande escala envolvendo dezenas de micologistas e outros cientistas que trabalham sobre a 
taxonomia dos fungos. Esta classificação reconhece sete filos, dois dos quais - Ascomycota e 
Basidiomycota – estão contidos num ramo que representa o sub-reino Dikarya. O cladograma à 
direita representa os principais táxons de fungos e a sua relação com os organismos opistocontes 
e unicontes. Os comprimentos dos ramos desta árvore não são proporcionais às distâncias 
evolutivas. 
Embora frequentemente inconspícuos, os fungos ocorrem em todos os ambientes da Terra e 
desempenham papéis muito importantes na maioria dos ecossistemas. Ao lado das bactérias, os 
fungos são os principais decompositores na maioria dos ecossistemas terrestres (e em alguns 
aquáticos), tendo, portanto, um papel crítico nos ciclos biogeoquímicos, e em muitas cadeias 
tróficas. Como decompositores, têm um papel essencial nos ciclos de nutrientes, especialmente 
como saprófitas e simbiontes, ao degradarem a matéria orgânica em moléculas inorgânicas, que 
podem então reentrar nas vias metabólicas anabólicas das plantas ou outros organismos. 
Muitos fungos têm importantes relações simbióticas com organismos da maioria dos reinos (ou 
mesmo de todos). Estas interações podem ser de natureza mutualista ou antagonística; no caso 
dos fungos comensais parecem não trazer prejuízo nem benefício ao hospedeiro. 
Certos cogumelos são utilizados com fins terapêuticos em medicinas tradicionais, como acontece 
na medicina tradicional chinesa. Entre os cogumelos medicinais notáveis, e com uma história de 
uso bem documentada, incluem-se Agaricus blazei, Ganoderma lucidum, Ophiocordyceps 
sinensis, e "cogumelos mágicos", que contém psilocibina e psilocina. 
As pesquisas identificaram compostos produzidos por estes e outros fungos, os quais têm efeitos 
biológicos inibidores contra vírus e células cancerosas. Metabolitos específicos, 
como polissacarídeo-K, ergotamina e antibióticos betalactâmicos, são usados de modo rotineiro 
em medicina clínica. O cogumelo shiitake é uma fonte de lentinano, uma droga clínica aprovada 
para utilização em vários países, incluindo o Japão, em tratamentos oncológicos. Na Europa e no 
Japão, o polissacarídeo-K, um químico obtido de Trametes versicolor, é um adjuvante aprovado 
em terapia oncológica. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nomenclatura_bot%C3%A2nica
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeo-K
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Adjuvante
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
12 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS MICOSES 
 
 
Micose é o nome genérico dado a várias infecções causadas por fungos. Existem cerca de 230 
mil tipos de fungos, mas apenas, aproximadamente, 100 tipos que causam infecção. 
Visto que os fungos estão em toda a parte, é inevitável a exposição a eles. Em condições 
favoráveis (como ambientes com muita humidade e calor excessivo), os fungos reproduzem-se e 
podem dar origem a um processo infeccioso que, dependendo do fungo ou da região afectada, 
pode ser superficial ou profundo. 
A micose é uma infecção por fungos e, por isso, a melhor forma de tratamento é o uso de um 
medicamento antifúngico, como o Miconazol, o Itraconazol ou o Fluconazol, por exemplo. 
Dependendo do local afetado, a forma de apresentação pode variar entre comprimido, creme, 
spray, loção, pomada, esmalte ou shampoo, assim como o tempo de tratamento que, geralmente 
é maior para casos de micose de unha, que tem uma duração média de 6 meses. 
As principais opções para tratar as micoses da pele são cremes, sabonetes, pomadas e soluções 
que contenham princípios ativos como Sulfeto de selênio, Miconazol, Imidazol, Clotrimazol, 
Fluconazol, Cetoconazol, por exemplo, usados por cerca de 1 a 4 semanas, de acordo com cada 
caso. Estes princípios podem ainda ser achados na forma de shampoos, que normalmente são 
utilizados para tratar a micose no couro cabeludo. 
 
Alguns hábitos diários que podem tanto evitar como ajudar a combater a micose mais 
rapidamente: 
Secar bem a pele após o banho, principalmente nos pés, entre os dedos e nas dobras do corpo; 
Evitar ficar muito tempo com a roupa molhada, após banhos de praia ou piscina; 
Preferir usar roupas leves e arejadas, preferencialmente de algodão; 
Não compartilhar roupas, calçados ou objetos que possam transmitir os fungos, como escova de 
cabelo, meias e alicates de unhas, com outras pessoas; 
Evitar andar descalço em locais públicos, principalmente se estiverem úmidos, como saunas, 
praias e banheiros públicos; 
Evitar coçar os locais com micose para evitar a propagação da doença para outras partes do 
corpo. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungos
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
13 
 
Micoses superficiais 
Nesse tipo de micose, os fungos se localizam na parte externa da pele, ao redor dos pêlos ou 
nas unhas, alimentando-se de gordura e (ou) da proteína queratina. Incluem: 
 
Dermatofitoses ou Tinha: Causadas por Microsporum, Trichophyton ou Epidermophyton, 
transmitidos por tecidos contaminados ou contato direto. 
 
Tinea pedis ou pé-de-atleta: Extremamente comum, atinge a pele entre os dedos do pé. Pode vir 
acompanhada de uma infecção bacteriana. A cura pode demorar vários meses. 
 
Tinea unguium ou Onicomicose: Infecção fúngica da unha, também é extremamente frequente na 
população adulta, particularmente nas unhas dos pés. 
 
Tinea capitis ou Tinha do couro cabeludo: Mais comum em crianças, deixa o cabelo frágil e causa 
perda de cabelo. 
 
Tinea corporis e Tinea Cruris: As lesões sãocirculares com bordas vermelhas e escamosas, 
inflamadas. Causam coceira, crescem e persistente com o tempo. Mais comum em adultos, 
transmitida por esporos ou por contato. 
 
Pitiríase versicolor: Popularmente conhecido como pano branco (quando deixa manchas 
descoloradas), é causado levedura de espécies de Malassezia deixa manchas na pele com uma 
cor diferente (branca, rosada ou marrom), mais visível com um bronzeado. Pode causar coceira, 
inflamar e formar placas vermelhas e oleosas. Bastante comum em países tropicais, quase 
sempre é apenas um problema estético. 
 
Tinha negra (Tinea nigra): Causada por Hortaea werneckii deixa manchas marrons ou negras nas 
palmas das mãos ou plantas do pé. 
 
Piedra branca: Causada por espécies de Trichosporon formam nódulos brancos nos pelos que os 
deixam mais frágeis. Endêmica na América Latina e Suldeste asiático. 
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
14 
 
Piedra negra: Causada por Piedraia hortae formam nódulos negros nos pelos. Mais rara que 
piedra branca. Resolve com depilação completa. 
 
Candidíase superficial: Causada por Candida albicans (maioria dos casos) ou outras espécies, 
geralmente infectam as dobras da pele, como axilas, inguinal, debaixo dos seios e glúteos. As 
manchas vermelhas, úmidas, irregulares, pode parecer uma tinea. É comum em bebês que 
ficaram vários minutos com a fralda suja. Pode ser curada em poucos dias, ao contrário das 
tinhas, que costumam demorar meses pra desaparecer. 
 
Micoses superficiais são 10 a 20% dos motivos para consultas com dermatologistas, mais 
comuns em homens, jovens e obesos. Podem ser tratadas com Griseofulvina 500mg/dia por 4 a 8 
semanas; Terbinafina 250 mg/dia por 4 semanas; Itraconazol 100 mg/dia por 4 semanas 
ou Fluconazol 100 mg/dia por 4 semanas. 
 
Micoses subcutâneas 
 
As micoses subcutâneas geralmente começam quando esporos são inoculados ao ferir-se com 
plantas, madeira, pedras ou terra. São mais comum nas extremidades, algumas podem crescer a 
ponto de deformar ossos e articulações. São mais comuns entre homens jovens que trabalham 
como agricultores, jardineiros ou entre crianças que brincam com terra e plantas. Endêmicas de 
lugares tropicais ou subtropicais e úmidas. 
 
Esporotricose cutânea-linfática: Causada por Sporotrix Na forma mais comum da doença, começa 
como um nódulo inflamado na perna, braço ou rosto, pouco doloroso. Resiste a tratamento com 
antibióticos e com o tempo outros nódulos aparecem. Os nódulos endurecem, ulceram e 
eventualmente cicatrizam. Em pessoas imunodeprimidas podem se espalhar para ossos e 
articulações ou outros órgãos. 
 
Cromoblastomicose: Causada por fungos pigmentados dos 
gêneros Fonsecaea, Phialophora e Clamidophora começa como um nódulo vermelho que cresce 
lentamente, causa coceira e fica cada vez mais escuro até formar uma placa verrugosa que pode 
ser indolor. Não invade músculo nem ossos e raramente se dissemina. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piedra_negra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piedraia_hortae
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https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Phialophora&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Clamidophora&action=edit&redlink=1
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
15 
 
Eumicetoma ou micetoma fúngico: Causada por fungos Ascomycota, representam 40% 
dos micetomas. Na América do Norte geralmente é causado por Pseudallescheria, na América do 
sul por Madurella, na África por Leptosphaeria, enquanto Acremonium é comum em todo 
hemisfério norte. Mais de 20 espécies de fungos causam eumicetomas. Formam grânulos 
brancos, marrons, amarelos ou negros dependendo da espécie e e crescem lentamente, 
endurecendo a pele e secretando pus. Eventualmente podem deformar ossos, articulações e 
músculos e exigir amputação. 
 
Feohifomicose subcutânea: Causada por diversos hifomicetos, geralmente do gênero Exophiala, 
formam nódulos escuros que crescem formando placas verrugosas. Se não tratados podem 
disseminar causar abcessos em seios paranasais, cérebro, pulmões e necrosar ossos e 
articulações mesmo em pacientes previamente saudáveis. 
 
Lobomicose ou doença de Lobo: Causada por Loboa loboi. Começa como um nódulo duro de 
tecido conjuntivo, como um queloide, que crescem durante anos formando placas bolhosas que 
podem ulcerar, deixar grandes cicatrizes e deformar membros. 
 
Rinosporidiose: Causada por Rhinosporidium seeberi infecta principalmente nariz, faringe e olhos 
formando nódulos de tecido maduro (hiperplasia). Pode ser transmitido pelo ar e também é 
encontrado em locais áridos. Apesar de estar classificado como micose no CID-10, atualmente 
está sendo reclassificado como uma protozoonose. 
 
Micoses sistêmicas 
 
Incluem-se neste grupo infecções fúngicas que afetam o sistema respiratório, nervoso, digestivo, 
circulatório ou osteoarticular. Podem começar como infecção da cutânea ou subcutâneas (por 
exemplo, Esporotricose e Cromomicose) que se dissemina para outros órgãos ou com esporos 
(Conídios) inalados (por exemplo, Blastomicose, Criptococose, Coccidiose). Geralmente 
são oportunistas, afetando portadores de doenças crônicas e imunocomprometidos. 
 
Histoplasmose: Causada por respirar esporos de Histoplasma 
capsulatum ou Histoplasma duboisii, disseminados nas fezes de aves e morcegos. É a micose 
sistêmica mais comum e difundida pelo mundo. Frequentemente causa poucos sintomas (90%) e 
é similar a uma gripe ou outra infecção respiratória (febre, tosse, dor muscular e mal estar). Pode 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eumicetoma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micetoma
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Feohifomicose
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporotricose
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Blastomicose
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidiose
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
16 
 
infectar o olho (queratomicose). Em imunodeprimidos pode se disseminar para sistema 
gastrointestinal, sistema nervoso central ou sistema cardiovascular. 
 
Coccidioidomicose: Causada por inalar esporos de Coccidioides immitis ou Coccidioides 
posadasii, endêmicos nas Américas. A maioria dos casos é uma infecção respiratória leve ou 
moderada (febre, cansaço, dor no peito, tosse e dor de cabeça) que melhora mesmo sem 
tratamento, mas pode ser disseminada para articulações, sistema nervoso central, sistema 
digestivo, olho e rins. 
 
Blastomicose: Causada por inalar esporos de Blastomyces dermatitidis, endêmico na América do 
Norte. Geralmente parece com uma gripe e se cura sozinha, mas pode 
causar pneumonia e SARS em imunocomprometidos. Parece um câncer de pulmão em exames 
de imagem. 
 
Paracoccidioidomicose: Causada por inalar esporos de Paracoccidioides brasiliensis, endêmico 
na América Latina. O tipo pulmonar tem sintomas respiratórios típicos, o tipo mucocutâneo forma 
placas e ulcerar pele e mucosas, o tipo disseminado por via sanguínea lesiona vísceras, ossos e 
sistema nervoso simultaneamente. 
 
Esporotricose sistêmica: Causada por inalar esporos de Sporothrix schenckii ou por disseminação 
de infecção subcutânea adquirida por ferida. Pode afetar pulmões causando pneumonia, afetar 
ossos e articulações causando enrijecimento doloroso ou ainda afetar meninges ou olhos. 
 
Aspergilose: Causada por inalar esporos de Aspergillus, geralmente afeta os pulmões ou seios 
paranasais e pode disseminar para cérebro, rins, fígado, coração e ossos. Encontrado em todo o 
mundo. 
 
Candidíase: As espécies de Candida podem se disseminar por sangue ou diretamente a partir de 
outro local em pacientes com poucos linfócitos T e NK. Pode infectar sistema respiratório, 
digestivo, urinário, nervoso, osteoarticular, reprodutor e/ou circulatório. 
 
Criptococose: Causada por Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii, em pacientes 
saudáveis causa apenas infecção pulmonar ou cutânea leve ou moderada. Em pacientes 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Queratomicose
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
17 
 
imunodeprimidos pode causar pneumonia grave, SRAS ou meningite. Mais raramente infecta 
próstata ou medula óssea. 
 
Peniciliose: Causada por Penicillium marneffei endêmico somente no extremo oriente. Causa 
pneumonia e fungemia com sintomas de tuberculose. 
 
Zigomicose: Causada por zigomicetos dos gêneros Rhizopus, Rhizomucor, Absidia ou 
Mucor causam infecções pulmonares. Podem causar síndrome rinocerebral, infectando nariz e 
penetrando o cérebro, principalmente em pacientes com cetoacidose diabética, neutropenia ou 
que façam tratamento com corticosteroides. Mucormicose evolui rapidamente com placas e 
abcessos necróticos e tem alta mortalidade. 
 
Algumas formas comuns de se contrair micoses superficiais: 
Contato com animais de estimação; 
Em chuveiros públicos, lava-pés, piscinas ou saunas; 
Ao andar descalço em pisos úmidos; 
Compartilhando tecidos ou equipamentos como toalhas, roupas, botas, luvas; 
Compartilhando alicates de cutículas, tesouras e lixas não-esterilizadas; 
Uso de roupas úmidas ou sapatos por tempo prolongado. 
 
Alguns procedimentos diminuem o risco de se contrair uma micose[1], dentre eles: 
Sempre usar sandálias; 
Evitar andar descalço em pisos úmidos; 
Nunca usar toalhas compartilhadas, especialmente se estiverem úmidas ou mal lavadas; 
Após o banho, enxugar-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre 
os dedos dos pés e virilha; 
Usar sempre roupas íntimas de fibras naturais como o algodão, pois as fibras sintéticas 
prejudicam a transpiração; 
Verificar se os objetos de manicure, como alicates, tesouras e lixas são esterilizados; 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumonia
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Meningite
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Manicure
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
18 
 
Em contato prolongado com detergentes, usar luvas e enxaguar as mãos toda vez que 
usar esponja; 
Evitar utilizar pentes ou escovas de cabelo de outras pessoas; 
Evitar o uso de roupas molhadas. 
 
 
 
 
As micoses são tratadas com antimicóticos/antifúngicos. 
 
 
 
Antifúngicos Poliênicos: 
 
Anfotericina B: Injetável. Pode ser tóxico para os rins e causa muitos efeitos colaterais, mas é 
eficiente contra um amplo espectro de fungos. Usado para tratar micoses graves, quando outros 
medicamentos menos tóxicos não são eficazes. Combinar com Flucitosina para 
tratar criptococose meníngea e candidíase sistêmica. 
 
Nistatina: Usado para tratar candidíases superficial ou em tubo digestivo. Também é antibiótico. 
Derivados do Imidazol: Usados para tratar micoses superficiais. Existem 12 derivados aprovadas 
para uso humano, sempre terminados com "azol". 
 
Cetoconazol: Hepatotóxico por via oral. Usado em cremes contra dermatófitos e candidíase. 
 
Miconazol: Via oral ou tópica. Útil contra micose oral ou intestinal. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Detergente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esponjahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anfotericina_B
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Candid%C3%ADase
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Imidazol
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cetoconazol
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermat%C3%B3fito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miconazol
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
19 
 
Derivados do Triazol: Usados por via oral para tratar micoses subcutâneas. Podem ser 
combinados com Ioduro potássico para tratar esporotricose ou mucormicose. Existem 10 
derivados aprovados para uso humano, também terminados em "azol". 
 
Fluconazol: Penetra bem no líquido cefalorraquidiano, logo também pode ser usado para tratar 
uma meningitefúngica. 
 
Itraconazol: Ativa contra muitas dermatófitos. em sido associada a danos no fígado e deve ser 
evitado ou usado com precaução em pacientes com doença hepática. 
 
Voriconazol: Amplo espectro, pode ser usado para tratar micoses disseminadas. 
 
Antibióticos: Alguns bactericidas também podem atuar como antifúngicos. 
 
Griseofulvina: Fungostático usado para tratar tinhas. 
 
Cotrimoxazol: Nome comercial Bactrim ou Septra, pode ser usado para tratar micoses 
pulmonares, como pneumocistose. 
 
 
 
Importante: 
Apesar do tratamento com antifúngicos ser simples, exige persistência, porque é comum pensar 
que o fungo está eliminado, quando na verdade não está. Portanto, o paciente não deve 
interromper o tratamento quando se sentir melhor ou o fungo pode voltar mais resistente a 
tratamentos. Deve-se seguir corretamente o tempo e dose do tratamento indicado pelo médico. 
 
 
Obs.: As infecções fúngicas que afetam a pele dos seres humanos podem ser superficiais ou 
profundas. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Triazol
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ioduro_pot%C3%A1ssico&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporotricose
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
20 
 
MOFOS E BOLORES 
 
 
O bolor ou mofo é uma designação comum dada a fungos filamentosos que não formam 
estruturas semelhantes a cogumelos. Eles vivem principalmente em lugares úmidos e escuros. 
Bolores crescem sobre pão velho, frutas podres, couro, madeira, papel e muitos outros materiais. 
Certos tipos de bolores podem causar mal à saúde humana. No entanto, algumas espécies 
desses fungos são benéficas, sendo muito utilizadas na produção de queijos, como o gorgonzola, 
e em medicamentos, como a penicilina. O gênero do bolor preto do pão é Rhizopus. Ele é 
formado por vários fungos que se alimentam dela. Esse tipo de transformação química recebe o 
nome de decomposição. 
Os mofos, também chamados de bolores, são espécies de fungos filamentosos que se 
desenvolvem em matéria orgânica. Estes mofos possuem a capacidade de decompor a matéria 
orgânica. 
Um tipo de mofo muito comum em nosso dia-a-dia é o bolor de pão. Assim como a maioria dos 
mofos, o bolor de pão possui um aspecto de algodão. 
Com relação à coloração, podem assumir, principalmente, tons esverdeados, azulados, 
avermelhados ou esbranquiçados. 
Existem também algumas espécies de mofos que são úteis aos seres humanos. Podemos citar 
como exemplo os mofos do gênero penicillium. Estes mofos servem para os cientistas como base 
para a produção de antibióticos (penicilina), usados para combater vários tipos de doenças. 
 
Obs.: Algumas espécies de mofos tão são usadas na fabricação de determinados tipos de 
queijos. 
 
Diferente do que a maioria pensa, o mofo e o bolor não são exatamente a mesma coisa. Os dois 
são causados por fungos, mas enquanto o bolor apenas infecta os objetos, o mofo corrói o 
material afetado. O primeiro, em relevo, fica em tonalidade acinzentada e pode ser facilmente 
removido com pano úmido. O segundo deixa pontos pretos mais difíceis de serem retirados, 
principalmente em objetos fibrosos e tecidos. 
 
Obs.: O mofo é formado por um fungo, que se prolifera em locais úmidos e escuros. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3o
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Couro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Queijo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gorgonzola
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Rhizopus
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
21 
 
Bolor limoso ou fungo mucilaginoso, mas também mofo limoso, bolor mucilaginoso ou fungo 
gelatinoso, são nomes comuns informais, sem significado taxonómico preciso, aplicados a um 
conjunto polifilético de organismos, em tempos conhecido por Gymnomycota, que se pensava 
serem fungos do tipo mofo, cuja única característica comum consiste em formarem 
massas mucilaginosas semelhantes a gelatina sobre a superfície de matéria orgânicaem 
decomposição. O conjunto inclui diversos tipos de organismos eucariotas, sem relação 
filogenética próxima, que podem viver como organismos unicelulares livres, mas que se agregam 
em massas mucilaginosas macroscópicas para formar estruturas 
reprodutivas multicelulares. Foram classificados como fungos, mas estudos de biologia 
molecular levaram à sua exclusão daquele reino. Apesar de não serem filogeneticamente 
relacionados entre si, as semelhanças morfológicas e ecológicas entre as cerca de 
500 espécies conhecidas levam a que por conveniência o grupo seja integrado entre o "reino" 
parafilético dos Protista. Os conhecimentos de filogenia actuais permitem afirmar que nenhuma 
das espécies do grupo pertence ao moderno reino Fungi, ou seja que nenhuma delas é um 
«fungo» na acepção taxonómica do termo. 
Conhecem-se cerca de 500 espécies de fungos mucilaginosos, com distribuição 
natural cosmopolita mas com maior frequência nas regiões quentes e húmidas ricas em matéria 
orgânica em decomposição. 
O nome comum é uma referência directa à fase reprodutivo do seu ciclo de vida, durante a qual 
formam estruturas que se assemelham a massas de muco gelatinoso. Estas estruturas são 
particularmente visíveis entre os Myxogastria, que são macroscópicos durante todo o seu ciclo de 
vida. A maior parte das colónias de atinge apenas alguns centímetros de dimensão máxima, mas 
algumas espécies podem formar, quando em habitats com condições ecológicas óptimas, 
colónias com vários metros quadrados de área e peso seco até 30 gramas. 
A maioria destes organismos, especialmente os do tipo "celular", não passam a maior parte do 
tempo no estado mucilaginoso. Na maioria dos casos, enquanto existe alimento abundante, a 
espécie permanece como organismos unicelulares, microscópicos, dispersos entre as partículas 
alimentares ou no seu interior. Quando o alimento escasseia, estes organismos unicelulares 
congregam-se e começam a mover-se ordenadamente como um corpo único. Neste estado, a 
colónia é sensível à presença de odores no ar e pode detectar a presença de alimento. Pode 
também modificar rapidamente a forma e função de partes da estrutura e formar pedúnculos que 
produzem corpos frutificantes, libertando um elevadonúmero de esporos na maturação, 
suficientemente leves para serem distribuídos pelo vento ou transportados por animais que 
passem pelo local. 
Em geral estas espécies alimentam-se de microorganismos que vivam em qualquer tipo de 
material vegetal em decomposição, consumindo bactérias, leveduras e fungos. Pela sua acção 
contribuem para a decomposição da vegetação morta, em especial da manta morta das florestas 
temperadas, pelo que são frequentemente encontrados nos solos florestais e sobre troncos e 
ramos mortos de espécies decíduas. Nas regiões tropicais com elevada humidade do ar são 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polifil%C3%A9tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mofo
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Microorganismo
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
22 
 
também comuns sobre inflorescências, frutos e sobre as partes aéreas de plantas, especialmente 
nas copas das árvores. 
Em áreas urbanas estas espécies ocorrem em relvados, na manta orgânica e 
em composto aplicada em jardinagem e hortofloricultura e entre material vegetal em 
decomposição resultante de podas e do corte de relvas. Ocorrem também em acumulações de 
folhas em decomposição em drenos pluviais e bueiros. Também podem ocorrer nos filtros de 
sistemas de ar condicionado quando os drenos estejam bloqueados. 
Oomycetes ou Oomycota é uma classe de organismos filamentosos, unicelulares, que se 
assemelham morfologicamente a fungos. São organismos absortivos, filamentosos e 
microscópicos que se reproduzem tanto sexual quanto assexuadamente. A reprodução sexual de 
um oósporo é o resultado do contato entre as hifas de um anterídio masculino e oogônia feminina; 
o esporo pode invernar e é conhecido como esporo em repouso. A reprodução assexuada é a 
formação de zoósporos produtores de clamidósporos e esporângios. Ocupam os estilos de 
vida saprófito e patogênico, e incluem alguns dos patógenos mais notórios das plantas, causando 
doenças devastadoras, como a requeima da batata e a morte súbita do carvalho. O 
microparasita Pythium oligandrum é usado para biocontrole, atacando fungos patogênicos de 
plantas. Eles são também comumente referidos como moldes de água, embora a natureza que 
prefere a água que levou a esse nome não é verdadeira para a maioria das espécies, que são 
patógenos terrestres. Têm um registro fóssil muito escasso, mas há um possível oomiceta 
descrito a partir de um âmbar cretáceo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem: Stephen Farhall (br.123rf.com) 
 
Imagem: luchschen (br.123rf.com) 
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https://br.123rf.com/profile_luchschen
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
23 
 
ONICOMICOSES 
 
 
Onicomicose ou tinha das unhas é uma infecção fúngica das unhas. Os sintomas são 
descoloração branca ou amarela da unha, espessamento da unha e separação da unha da 
pele. Embora possa afetar todas as unhas, é mais comum nas unhas dos pés. Entre as possíveis 
complicações está a Celulite da perna. 
A onicomicose pode ser causada por diversos fungos, sendo os mais 
comuns dermatófitos e Fusarium. Entre os fatores de risco estão o pé de atleta, outras doenças 
da unha, exposição a alguém com a doença, doença arterial periférica e imunossupressão. O 
diagnóstico é geralmente suspeitado com base na aparência e confirmado com exames de 
laboratório. 
A onicomicose não requer necessariamente tratamento. O antifúngicoterbinafina por via oral 
aparenta ser o mais eficaz, estando no entanto associado a problemas no fígado. Cortar as unhas 
de forma rente durante o tratamento também aparenta ter utilidade. Existe um verniz 
contendo ciclopirox, embora não seja tão eficaz. Em metade dos casos que são tratados, a 
doença volta a ocorrer. Não voltar a usar o mesmo calçado após o tratamento pode diminuir o 
risco de recorrência. 
A onicomicose ocorre em cerca de 10% da população adulta. A doença afeta com maior 
frequência pessoas idosas e é mais comum entre homens do que entre mulheres. Os casos de 
onicomicose correspondem a cerca de metade dos casos de doenças das unhas. A causa fúngica 
da condição foi determinada pela primeira vez em 1853 por Georg Meissner. 
 
 
Onicomicose ou tinea unguium, conhecida popularmente como micose de unha, é o nome dado à 
infecção das unhas das mãos ou dos pés causada por fungos. 
 
 
A onicomicose é uma infecção comum que acomete cerca de 10% da população adulta e 20% 
dos idosos. Seus sintomas costumam ser mais de origem estética do que clínica, sendo o 
escurecimento e o espessamento da unha os sinais mais comuns. 
As infecções fúngicas das unhas são geralmente causadas por um fungo que pertence a um 
grupo denominado dermatófitos, que também pode causar infecções nos pelos do corpo e na 
pele, como no caso da frieira (pé de atleta) e da micose da virilha (tinea cruris). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Onic%C3%B3lise
https://pt.wikipedia.org/wiki/Onic%C3%B3lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Onic%C3%B3lise
https://pt.wikipedia.org/wiki/Celulite_(infec%C3%A7%C3%A3o)
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Fatores_de_risco
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunossupress%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antif%C3%BAngico
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclopirox
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Georg_Meissner&action=edit&redlink=1
https://www.mdsaude.com/dermatologia/frieira-tinea-pedis
https://www.mdsaude.com/dermatologia/micose-na-virilha-tinea-cruris
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
24 
 
Os fungos que provocam a micose de unha são habitualmente adquiridos no ambiente, 
principalmente em áreas úmidas e quentes, que são os meios propícios para o crescimento de 
fungos. Banheiros, chuveiros, vestiários e piscinas públicas são exemplos de locais que 
frequentemente abrigam fungos. Frequentar estes espaços públicos descalço é um importante 
fator de risco para adquirir micose nas unhas. 
A onicomicose nas unhas dos pés é muito mais comum do que nas unhas das mãos. Os pés 
costumam estar mais expostos a locais úmidos, não só quando se anda descalço em locais 
públicos, mas também por passar boa parte do dia fechado dentro de meias e calçados. Em dias 
de calor, os pés calçados podem passar várias horas seguidas cobertos e úmido pelo suor. Calor, 
falta de luz e umidade é tudo que um fungo deseja para se proliferar. 
 
 
 
 A micose de unha pode ser transmitida de uma pessoa para outra, mas essa 
forma de contágio é pouco comum. 
 
 
A presença de alguns fatores favorece a infecção da unha por fungos. Por exemplo, pacientes 
com frieira (pé de atleta), que é uma infecção fúngica da pele dos dedos, têm um maior risco de 
terem também infecção fúngica das unhas. 
 
Outros fatores de risco para onicomicose são: 
Diabetes mellitus. 
Idade avançada. 
HIV. 
Uso de drogas imunossupressoras. 
Problemas imunológicos. 
História familiar de onicomicose. 
Psoríase. 
Problemas de circulação sanguínea dos membros inferiores. 
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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
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A micose das unhas ou, onicomicose, apresenta como sinais mais comuns o espessamento, o 
endurecimento e a perda de brilho das unhas, com dificuldade para cortá-las. No entanto, 
também podem surgir estrias nas unhas (riscos), alteração da cor de início distal (coloração 
amarelada, amarronada ou acinzentada), dor à manipulação e inflamação do tecido que fica ao 
redor da unha (paroníquia), podendo ou não ter infecção ou colonização por bactérias. Abaixo da 
unha também se pode perceber um material poroso e amarelado no leito ungueal. É comum 
existir associada à onicomicose, a tinea dos pés. A invasão da unha começa geralmente pela 
extremidade distal, mas pode também iniciar pela lateral, pela matriz da unha ou pela superfície. 
Quando a infecção tem início na superfície da unha, o resultado é uma unha porosa, 
embranquecida e superficial. 
O tratamento para onicomicose pode ser tópico, com terapia oral ou sistêmica e/ou tratamento 
não medicamentoso. Os tratamentos tópicos (pomada, creme, gel) ainda precisam de estudos 
que mostrem sua eficácia, sendo indicados para onicomicoses distais, caso não seja possível 
realizar o tratamento sistêmico (com comprimidos). As opções para o tratamento tópico são 
várias, sendo: amorolfina, tioconazol , cicloporix olamina e butenafina, todos em esmalte. 
O tratamento de escolha da onicomicose é o sistêmico (medicamentoso). A terapia combinada 
tópica e sistêmica tem pouca evidência a seu favor, não devendo ser utilizada. Para tratar a 
onicomicose deve-se ter certeza do diagnóstico, devido ao tempo de tratamento, o custo e os 
efeitos colaterais. 
O desbridamento ou avulsão da unha (arrancamento) é controverso e, em geral, contraindicado, 
devido à dor causada pelo procedimento e pelo risco de infecções. No entanto, deve-se manter a 
unha sempre limpa e curta, buscando uma cura mais rápida. O tratamento da onicomicose pode 
ajudar no controle de fungos nas mãos e pés (tinha ou tinea). 
Existem várias formas de manifestação das onicomicoses. Abaixo alguns dos tipos mais 
frequentes: 
 
Descolamento da borda livre:a unha descola do seu leito, geralmente iniciando pelos cantos e 
fica ôca. Pode haver acúmulo de material sob a unha. É a forma mais frequente. 
 
Espessamento: as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e grossas. Esta forma, 
pode se acompanhar de dor e levar ao aspecto de “unha em telha” ou “unha de gavião”. 
 
Leuconíquia: manchas brancas na superfície da unha. 
 
Destruição e deformidades: a unha fica frágil, quebradiça e se quebra nas porções anteriores, 
ficando deformada. 
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
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Paroníquia (“unheiro”): o contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, 
por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada e com alterações da 
superfície. 
 
A onicomicose é uma infecção que atinge as unhas, causada por fungos. As fontes de infecção 
podem ser o solo, animais, outras pessoas ou alicates e tesouras contaminados. As unhas mais 
comumente afetadas são as dos pés, pois o ambiente úmido, escuro e aquecido, encontrado 
dentro dos sapatos e tênis, favorece o seu crescimento. Além disso, a queratina, substância que 
forma as unhas, é o “alimento” dos fungos. 
 
 
Importante: 
Onicomicose é uma infecção ungueal causada por dermatófitos, leveduras e fungos filamentosos 
não dermatófitos. São classificadas clinicamente em onicomicose subungueal distal, onicomicose 
superficial branca, onicomicose proximal subungueal e onicomicose distrófica total. 
 
 
 
O exame micológico requer treinamento de pessoal especializado. É necessária a limpeza prévia 
do sítio de coleta com álcool etílico e o instrumental deve ser previamente esterilizado. A 
quantidade de material deve ser adequada e a escolha do local da coleta varia de acordo com a 
forma clínica de onicomicose: distal e lateral (transição unha sadia-alterada); superficial branca 
(lâmina ungueal); proximal subungueal (leito ungueal proxi mal); distrófica total (leito ungueal por 
curetagem); onicomicose por Candida (prega ungueal); onicólise (subungueal proximal). O exame 
micológico direto é realizado após a clarificação das escamas com solução aquosa de hidróxido 
de potássio e dimetil sulfóxido. 
Solução aquosa de KOH + DMSO (dimetil sulfóxido) 
DMSO 40 ml 
Água destilada 60 ml 
KOH 20 g 
DMSO solução aquosa 100ml 
 
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 
 
 
 
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FUNGOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA E VETERINÁRIA 
 
Os fungos são organismos que convivem conosco todos os dias. Estes organismos são 
encontrados praticamente em qualquer local do ambiente que nos cerca, inclusive no ar, onde 
estruturas reprodutivas, na forma de esporos ou conídios, estão prontas para, ao cair em um 
substrato adequado, desenvolver novas estruturas vegetativas e reprodutivas. Estes organismos, 
muitas vezes, nos são úteis, decompondo resíduos orgânicos, causando a decomposição ou a 
degrada são de alimentos, ou mesmo atacando seres vivos, parasitando-os e, eventualmente, 
causando a sua morte. 
Características gerais do fungos associados à doenças em animais: 
Pertencem ao reino Fungi 
São eucariotas não-fotossintéticos 
Estão largamente distribuidos no meio ambiente 
A parede celular contem quitina e outros polissacarídeos 
São heterotróficos possuem exoenzimas e obtêm nutrientes por absorção 
Hifas ramificas e leveduras unicelulares são as 2 principais formas 
Crescem aerobiamente

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