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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 2 SUMÁRIO 3- Introdução à Micologia 7-Características Gerais dos Fungos 12-Introdução ao Estudo das Micoses 20-Mofos e Bolores 23-Onicomicoses 27-Fungos de Importância Médica e Veterinária 34-Antifúngicos 37-Noções Básicas de Imunologia e Biologia Molecular Aplicadas à Micologia 41-Diversidade dos Seres Vivos – Biologia 43-Micologia 50-Referências Bibliográficas INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 3 INTRODUÇÃO À MICOLOGIA Micologia ou micetologia é a especialidade da biologia que estuda os fungos. Os micólogos (micologistas ou micetologistas) pesquisam taxonomia, sistemática, morfologia, fisiologia, bioquímica, utilidades, e os efeitos benéficos e maléficos das espécies de fungos, que podem ser parasitas, saprófitos ou decompositores. A palavra "Micologia" vem do grego mykes, que quer dizer "cogumelo", e logos, estudo. Campos reunidos para encontrar espécies interessantes de fungos são conhecidas como 'incursões', após a primeira reunião organizada pelos Woolhope Naturalists' Field Club em 1868 e assim intitulada "Uma incursão entre os fungos". O Padre austríaco Johannes Rick realizou pesquisas sobre fungos em regiões do Brasil e no Rio Grande do Sul, onde morou entre 1903 e 1946. Por sua publicação da sistemática das espécies em português, pode ser considerado o pai da micologia no Brasil. A Micologia é uma ciência, ramo da Microbiologia, que estuda os fungos e suas propriedades. Esta ciência também é conhecida como micetologia. Presume-se que os seres humanos começaram a recolher cogumelos como alimentos em tempos pré-históricos. Cogumelos foram escritos pela primeira vez nas obras de Eurípedes(480- 406 aC). O filósofo grego Teofrasto de Eresos (371-288 a.C.) foi talvez o primeiro a tentar classificar sistematicamente as plantas; cogumelos foram consideradas plantas ausentes de certos órgãos. Mais tarde, foi Plínio, o Velho (23-79 d.C.), que escreveu sobre as trufas em sua enciclopédia Naturalis Historia. A palavra micologia vem do grego: μύκης (mukēs), que significa "fungo" e o sufixo -λογία (-logia), que significa "estudo". A Idade Média viu pouco avanço no corpo de conhecimento sobre fungos. Em vez disso, a invenção da imprensa permitiu que alguns autores divulgassem as superstições e equívocos sobre os fungos que foram perpetuadas pelos autores clássicos. O início da era moderna da micologia começa com a publicação de Nova plantarum genera de Pier Antonio Micheli, em 1737. Publicado em Florença, este trabalho seminal lançou as bases para a classificação sistemática de ervas, musgos e fungos. O termo micologia e o complemento micólogo foi utilizado pela primeira vez por M.J. Berkeley, em 1836. Durante séculos, certos cogumelos têm sido documentados como uma medicina popular na China, Japão e Rússia. Embora o uso de cogumelos na medicina popular esteja centrado em https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistem%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioqu%C3%ADmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasitas https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapr%C3%B3fitos https://pt.wikipedia.org/wiki/Decompositores https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-hist%C3%B3ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Eur%C3%ADpides https://pt.wikipedia.org/wiki/Teofrasto https://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Pl%C3%ADnio_Segundo https://pt.wikipedia.org/wiki/Trufa https://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalis_Historia https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega https://pt.wikipedia.org/wiki/Pier_Antonio_Micheli https://pt.wikipedia.org/wiki/Floren%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica https://pt.wikipedia.org/wiki/Miles_Joseph_Berkeley INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 4 grande parte do continente asiático, pessoas em outras partes do mundo, como o Oriente Médio, Polônia e Belarus foram documentadas utilizando cogumelos para fins medicinais. Acreditava-se que alguns cogumelos, especialmente poliporos como Reishi sejam capazes de beneficiar uma ampla variedade de doenças da saúde. A pesquisa medicinal de cogumelo nos Estados Unidos está atualmente ativa, com estudos a decorrer na City of Hope National Medical Center, bem como a Memorial Sloan Kettering Cancer Center. A investigação atual foca em cogumelos que podem ter atividade hipoglicêmica, atividade anti- câncer, atividade anti-patogênica, e aumentar a atividade do sistema imunitário. Uma pesquisa recente revelou que o cogumelo ostra contém naturalmente o medicamento lovastatina para baixar o colesterol, cogumelos produzem grandes quantidades de vitamina Dquando expostos à luz ultravioleta, e que certos fungos podem ser uma futura fonte do taxol. Até o momento, a penicilina, lovastatina, ciclosporina, griseofulvina, cefalosporina, ergometrina e estatina são os fármacos mais famosos que foram isolados do reino dos fungos. Fungos são organismos eucariontes que não contêm clorofila, mas possuem parede celular, estruturas filamentosas e produzem esporos. Esses organismos crescem como saprófitos e decompõem matéria orgânica. Existem entre 100.000 a 200.000 espécies de fungos, variando de acordo com a classificação utilizada. Cerca de 300 espécies são reconhecidas atualmente como patogênicas para o homem. A taxonomia do Reino Fungi está em evolução e ainda é controversa. Anteriormente baseada na morfologia grosseira descrita por microscópio óptico, o estudo da ultra estrutura, bioquímica e biologia molecular fornece novas evidências sobre as quais se baseiam os posicionamentos taxonômicos. Fungos patogênicos podem existir como leveduras ou como hifas. Uma massa de hifas é chamada micélio. Leveduras são microorganismos unicelulares e micélios são estruturas filamentosas multicelulares constituídas de células tubulares com parede celular. As leveduras se reproduzem por brotamento ou cissiparidade. As formas miceliais se ramificam e o padrão de ramificação delas auxilia a identificação morfológica. Se o micélio não for septado é chamado de cenocítico (não-septado). Os termos “hifa” e “micélio” são comumente utilizados indistintamente. Alguns fungos ocorrem tanto na forma de leveduras como na forma de micélios. Esses são chamados fungos dimórficos. Tipos de doenças micóticas: Hipersensibilidade - uma reação alégica a “mofos” e esporos. Micotoxicoses – envenenamento do homem ou animais por alimentos ou produtos alimentícios contaminados por fungos que produzem toxinas a partir de substratos de grãos. Micetismo – a ingestão de toxina (envenenamento por cogumelos). Infecção fúngica - invasão tecidual com resposta do hospedeiro. https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%B3nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Bielorr%C3%BAssia https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliporo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ganoderma_lucidum https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Cancro https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_patog%C3%A9nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Shimeji-preto https://pt.wikipedia.org/wiki/Lovastatina https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_D https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_ultravioleta https://pt.wikipedia.org/wiki/Paclitaxel https://pt.wikipedia.org/wiki/Penicilina https://pt.wikipedia.org/wiki/Lovastatina https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclosporina https://pt.wikipedia.org/wiki/Griseofulvina https://pt.wikipedia.org/wiki/Cefalosporina https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ergometrina&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Estatina https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 5 Diagnóstico Raspagem de pele suspeita de conter dermatófitos ou pus de uma lesão pode ser montada com KOH em uma lâmina (preparação úmida) e examinada diretamente no microscópio. Teste cutâneo (hipersensibilidade dermal) costumava ser uma ferramenta diagnóstica popular, mas atualmente seu uso é desencorajado porque o teste cutâneo pode interferir com estudos sorológicos, causando resultados falso positivos. Ainda pode ser utilizado para avaliar a imunidade do paciente, assim como o índice de exposição populacional em um estudo epidemiológico. Sorologia pode ser útil quando aplicada a uma doença fúngica específica; não há antígenos para rastreamento de fungos em geral. Como fungos são antígenos fracos a eficácia da sorologia varia em diferentes infecções fúngicas. Os testes sorológicos serão discutidos em cada micose. Os testes sorológicos mais comuns para fungos são baseados em dupla imunodifusão, fixação de complemento e imunoensaios enzimáticos (EIA). Dupla imunodifusão e fixação de complemento geralmente detectam anticorpos IgG. Alguns testes EIA estão sendo desenvolvidos para detectar anticorpos IgG e IgM. Há alguns testes que podem detectar antígenos de fungos específicos, mas só agora eles estão entrando em uso geral. Microscopia de fluorescência direta pode ser usada para identificação, mesmo em culturas não viáveis ou em cortes de tecidos fixados. Os reagentes para este teste são difíceis de obter. Biópsia e histopatologia. Uma biópsia pode ser muito útil para a identificação e como uma fonte do fungo invasor do tecido. A coloração de metenamina de prata de Grocott-Gomori (GMS) geralmente é usada para revelar organismos que coram de preto contra o fundo verde. A coloração de HE nem sempre cora o organismo, mas cora as células inflamatórias. Cultura. Um diagnóstico definitivo requer uma cultura e identificação. Fungos patogênicos normalmente são cultivados em ágar Sabouraud dextrose. Esse tem um pH levemente ácido (~5.6). Cicloheximida, penicilina, estreptomicina ou outras substâncias inibitórias são adicionadas frequentemente para prevenir contaminação bacteriana e supercrescimento. Duas culturas são inoculadas e incubadas separadamente a 25 graus C e 37 graus C para revelar dimorfismo. As culturas são examinadas macroscopicamente e microscopicamente. Elas só são consideradas negativas para crescimento após 4 semanas de incubação. Sondas de DNA. DNA ribossomal é hibridizado com uma sonda de DNA marcado. Esse teste é rápido (1 a 2 horas) e espécie-específico. Não está disponível para muitos organismos e possui um preço elevado. INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 6 Tratamento Células de mamíferos não contêm as enzimas que degradam os polissacarídeos da parede celular dos fungos. Portanto, esses patógenos são difíceis de erradicar pelos mecanismos de defesa do hospedeiro. Já que mamíferos e fungos são ambos eucariotos, o meio celular dos dois é similar. A membrana celular de todos os eucariotos contém esteróides, ergosterol na membrana celular fúngica e colesterol na membrana celular dos mamíferos. Assim, a maioria das substâncias que podem prejudicar o fungo invasor terá graves efeitos colaterais sobre o hospedeiro. Embora um dos primeiros agentes quimioterápicos (iodetos orais) fosse um antimicótico usado em 1903, o desenvolvimento de tais agentes foi negligenciado em relação ao desenvolvimento de agentes antibacterianos. A toxicidade seletiva necessária para inibir os micro-organismos invasores com dano mínimo ao hospedeiro tem sido difícil de se estabelecer entre células eucarióticas. Doenças fúngicas podem ser discutidas de formas variadas. O método mais prático para estudantes de medicina é a taxonomia clínica, que divide os fungos em: Micoses superficiais Micoses subcutâneas Micoses sistêmicas Micoses oportunistas As micoses superficiais (ou micoses cutâneas) são doenças fungicas que estão confinadas às camadas externas da pele, das unhas ou dos cabelos (camadas queratinizadas) raramente invadindo tecidos mais profundos ou vísceras (figura 8). Os fungos envolvidos são conhecidos como dermatófitos. As micoses subcutâneas estão confinadas ao tecido subcutâneo e apenas raramente se tornam sistêmicas. Elas formam lesões cutâneas profundas, ulceradas ou massas fúngicas envolvendo, mais comumente, as extremidades inferiores. Os organismos causais são saprófitos de solo que são introduzidos por traumas nos pés ou pernas. As micoses sistêmicas podem envolver vísceras profundas e se tornarem amplamente disseminadas. Cada tipo de fungo tem predileção por vários órgãos que serão descritos quando discutirmos as doenças individualmente. As micoses oportunistas são infecções devidas a fungos com baixa virulência inerente. Os agentes etiológicos são organismos que são comuns em todos os ambientes. INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 7 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FUNGOS Se desenvolvem, principalmente, em locais com grande presença de material orgânico e umidade. A ausência de luminosidade também facilita o desenvolvimento dos fungos. Podem ser pluricelulares (compostos por mais de uma célula) ou unicelulares (composto por apenas uma célula). Os fungos pluricelulares, que são a maioria, possuem o talo que é denominado micélio. Este micélio é composto por filamentos (hifas). Os fungos não possuem clorofila. A nutrição dos fungos é heterotrófica, ou seja, os nutrientes que necessitam para viver são obtidos através de matéria orgânica. Porém, os fungos não ingerem as matérias orgânicas, mas obtém seus nutrientes através de um processo de absorção. A digestão ocorre fora do corpo, ou seja, eles liberam enzimas que digerem a matéria orgânica e só depois deste processo os nutrientes são absorvidos. Podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada. A reprodução através de esporos também é muito comum em várias espécies de fungos. Possuem a capacidade de armazenar material reserva que, assim como muitos animais, é o glicogênio. O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas, que inclui micro-organismostais como as leveduras, os bolores, bem como os mais familiares cogumelos. Os fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e bactérias. Uma grande diferença é o facto de as células dos fungos terem paredes celulares que contêm quitina e glucanos, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. Estas e outras diferenças mostram que os fungos formam um só grupo de organismos relacionados entre si, denominado Eumycota (fungos verdadeiros ou Eumycetes), e que partilham um ancestral comum (um grupo monofilético). Este grupo de fungos é distinto dos estruturalmente similares Myxomycetes (agora classificados em Myxogastria) e Oomycetes. A disciplina da biologia dedicada ao estudo dos fungos é a micologia, muitas vezes vista como um ramo da botânica, mesmo apesar de os estudos genéticos terem mostrado que os fungos estão mais próximos dos animais do que das plantas. Abundantes em todo mundo, a maioria dos fungos é inconspícua devido ao pequeno tamanho das sua estruturas, e pelos seus modos de vida crípticos no solo, na matéria morta, e como simbiontes ou parasitas de plantas, animais, e outros fungos. Podem tornar-se notados quando frutificam, seja como cogumelos ou como bolores. Os fungos desempenham um papel https://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryota https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-organismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolor https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae https://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular https://pt.wikipedia.org/wiki/Quitinahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Glucano https://pt.wikipedia.org/wiki/Celulose https://pt.wikipedia.org/wiki/Antepassado https://pt.wikipedia.org/wiki/Antepassado https://pt.wikipedia.org/wiki/Monofil%C3%A9tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Myxogastria https://pt.wikipedia.org/wiki/Oomycetes https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Micologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Simbiose https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporocarpo_(fungos) INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 8 essencial na decomposição da matéria orgânica e têm papéis fundamentais nas trocas e ciclos de nutrientes. São desde há muito tempo utilizados como uma fonte direta de alimentação, como no caso dos cogumelos e trufas, como agentes levedantes no pão, e na fermentação de vários produtos alimentares, como o vinho, a cerveja, e o molho de soja. Desde a década de 1940, os fungos são usados na produção de antibióticos, e, mais recentemente, várias enzimas produzidas por fungos são usadas industrialmente e em detergentes. São também usados como agentes biológicos no controlo de ervas daninhas e pragas agrícolas. Muitas espécies produzem compostos bioativos chamados micotoxinas, como alcaloides e policetídeos, que são tóxicos para animais e humanos. As estruturas frutíferas de algumas espécies contêm compostos psicotrópicos, que são consumidos recreativamente ou em cerimónias espirituais tradicionais. Os fungos podem decompor materiais artificiais e construções, e tornar-se patogénicos para animais e humanos. As perdas nas colheitas devidas a doenças causadas por fungos ou à deterioração de alimentos podem ter um impacto significativo no fornecimento de alimentos e nas economias locais. O reino dos fungos abrange uma enorme diversidade e táxons, com ecologias, estratégias de ciclos de vida e morfologias variadas, que vão desde os quitrídiosaquáticos unicelulares aos grandes cogumelos. Contudo, pouco se sabe da verdadeira biodiversidade do reino Fungi, que se estima incluir 1,5 milhões de espécies, com apenas cerca de 5% destas formalmente classificadas. Desde os trabalhos taxonómicos pioneiros dos séculos XVII e XVIII efetuados por Lineu, Christiaan Hendrik Persoon, e Elias Magnus Fries, os fungos são classificados segundo a sua morfologia (i.e. caraterísticas como a cor do esporo ou caraterísticas microscópicas) ou segundo a sua fisiologia. Os avanços na genética molecularabriram o caminho à inclusão da análise de ADN na taxonomia, o que desafiou por vezes os antigos agrupamentos baseados na morfologia e outros traços. Estudos filogenéticos publicados no último decénio têm ajudado a modificar a classificação do reino Fungi, o qual está dividido em um sub-reino, sete filos e dez subfilos. Antes da introdução dos métodos moleculares de análise filogenética, os taxonomistas consideravam que os fungos eram membros do reino Plantae devido a semelhanças nos seus modos de vida: tanto os fungos como as plantas são na sua maioria imóveis, e apresentam semelhanças na morfologia geral e no habitat em que se desenvolvem. Tal como as plantas, muitas vezes os fungos crescem no solo, e no caso dos cogumelos formam corpos frutíferos conspícuos, que por vezes se assemelham a plantas como os musgos. Os fungos são agora considerados um reino separado, distintos das plantas e animais, dos quais parecem ter divergido há cerca de mil milhões de anos. Algumas caraterísticas morfológicas, bioquímicas, e genéticas são partilhadas com outros organismos, enquanto outras são exclusivas dos fungos, separando-os claramente dos outros reinos: Caraterísticas partilhadas: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico https://pt.wikipedia.org/wiki/Trufa https://pt.wikipedia.org/wiki/Fermenta%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Vinho https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja https://pt.wikipedia.org/wiki/Molho_shoyu https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima https://pt.wikipedia.org/wiki/Erva_daninha https://pt.wikipedia.org/wiki/Atividade_biol%C3%B3gica https://pt.wikipedia.org/wiki/Micotoxina https://pt.wikipedia.org/wiki/Alcaloide https://pt.wikipedia.org/wiki/Policet%C3%ADdeo https://pt.wikipedia.org/wiki/Droga_psicoativa https://pt.wikipedia.org/wiki/Droga_recreativa https://pt.wikipedia.org/wiki/Ente%C3%B3geno https://pt.wikipedia.org/wiki/Patog%C3%A9nese https://pt.wikipedia.org/wiki/Seguran%C3%A7a_alimentar https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Chytridiomycota https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolus_Linnaeus https://pt.wikipedia.org/wiki/Christiaan_Hendrik_Persoon https://pt.wikipedia.org/wiki/Elias_Magnus_Fries https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequenciamento_de_ADN https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogen%C3%A9tica_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9ssil https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_frut%C3%ADfero https://pt.wikipedia.org/wiki/Musgos INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 9 Com os demais eucariotas: como nos restantes eucariotas, os núcleos das células dos fungos estão limitados por uma membrana e contêm cromossomas que contêm ADN com regiões não- codificantes chamadas intrões e regiões codificantes chamadas exões. Além disso, os fungos possuem organelos citoplasmáticos delimitados por membrana tais como mitocôndrias, membranas que contêm esterois, e ribossomas do tipo 80S. Têm um conjunto caraterístico de carboidratos e compostos armazenados solúveis, incluindo polióis (como manitol), dissacarídeos (como a trealose) e polissacarídeos (como o glicogénio, que também é encontrado em animais). Com os animais: os fungos carecem de cloroplastos e são organismos heterotróficos, requerendo compostos orgânicospreformados como fontes de energia. Com as plantas: os fungos possuem uma parede celular e vacúolos. Reproduzem-se por meios sexuados e assexuados, e tal como os grupos basais de plantas (como os fetos e musgos) produzem esporos. Tal como os musgos e algas, os fungos têm núcleos tipicamente haploides. Com os euglenoides e bactérias: os fungos mais desenvolvidos, os euglenoides e algumas bactérias, produzem o aminoácido L-lisina em passos específicos de biossíntese, a via do alfa- aminoadipato. As células da maioria dos fungos crescem como estruturas tubulares, alongadas e filamentosas designadas hifas. Estas podem conter múltiplos núcleos e crescer a partir das suas extremidades. Cada extremidade contém um conjunto de vesículas - estruturas celulares compostas por proteínas, lípidos e outras moléculas orgânicas - chamado Spitzenkörper. Tanto fungos como Oomycetes crescem como células hifais filamentosas. Em contraste, organismos de aspecto semelhante, como as algas verdes filamentosas, crescem por divisão celular repetida ao longo de uma cadeia de células. Em comum com algumas espécies de plantas e animais, mais de 60 espécies de fungos apresentam bioluminescência. Alguns chegam a possuir uma cor esverdeada, outros esbranquiçada. Caraterísticas únicas: Algumas espécies crescem como leveduras unicelulares que se reproduzem por gemulação ou por fissão binária. Os fungos dimórficos podem alternar entre uma fase de levedurae uma fase com hifas, em função das condições ambientais. A parede celular dos fungos é composta por glicanos e quitina; enquanto os primeiros são também encontrados em plantas e a última no exosqueleto dos artrópodes, os fungos são os únicos organismos que combinam estas duas moléculas estruturais na sua parede celular. Ao contrário das plantas e dos Oomycetes, as paredes celulares dos fungos não contêm celulose. A maioria dos fungos desenvolve-se como hifas, que são estruturas filamentosas, cilíndricas, com dois a 10 µm de diâmetro e até vários centímetros de comprimento. https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_celular https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomo https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_desoxirribonucleico https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_n%C3%A3o-codificante https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_n%C3%A3o-codificante https://pt.wikipedia.org/wiki/Intr%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Organelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitoc%C3%B4ndria https://pt.wikipedia.org/wiki/Esterol https://pt.wikipedia.org/wiki/Ribossomo https://pt.wikipedia.org/wiki/80S https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliol https://pt.wikipedia.org/wiki/Manitol https://pt.wikipedia.org/wiki/Dissacar%C3%ADdeo https://pt.wikipedia.org/wiki/Trealose https://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeo https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicog%C3%A9nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Cloroplasto https://pt.wikipedia.org/wiki/Heterotrofismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Composto_org%C3%A2nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Vac%C3%BAolo https://pt.wikipedia.org/wiki/Feto https://pt.wikipedia.org/wiki/Musgos https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporo https://pt.wikipedia.org/wiki/Alga https://pt.wikipedia.org/wiki/Haploide https://pt.wikipedia.org/wiki/Euglen%C3%B3fita https://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisina https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioss%C3%ADntese https://pt.wikipedia.org/wiki/Via_do_alfa-aminoadipato https://pt.wikipedia.org/wiki/Via_do_alfa-aminoadipato https://pt.wikipedia.org/wiki/Hifa https://pt.wikipedia.org/wiki/Ves%C3%ADcula https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADpido https://pt.wikipedia.org/wiki/Spitzenk%C3%B6rper https://pt.wikipedia.org/wiki/Algas_verdes https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioluminesc%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Gemula%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiss%C3%A3o_bin%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo_dim%C3%B3rfico https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicano https://pt.wikipedia.org/wiki/Quitina https://pt.wikipedia.org/wiki/Exosqueleto https://pt.wikipedia.org/wiki/Artr%C3%B3pode https://pt.wikipedia.org/wiki/Hifa https://pt.wikipedia.org/wiki/Micr%C3%B3metro_(unidade_de_medida) INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 10 As hifas crescem nas suas extremidades (ápices); novas hifas formam-se tipicamente por meio da emergência de novas extremidades ao longo da hifa existente num processo designado “ramificação”, ou ocasionalmente por bifurcação de extremidades de uma hifa em crescimento, dando origem a duas hifas com crescimento paralelo. A combinação do crescimento apical com a ramificação/bifurcação conduz ao desenvolvimento de um micélio, uma rede interconectada de hifas. As hifas podem ser septadas ou cenocíticas: as hifas septadas são divididas em compartimentos separados por paredes transversais (paredes celulares internas, chamadas septos, que se formam perpendicularmente à parede celular, dando à hifa a sua forma) e são uninucleares, ou seja, cada compartimento possui um único núcleo; as hifas cenocíticas não são compartimentadas. Os septos têm poros que permitem a passagem de citoplasma, organelos, e por vezes núcleos; um exemplo é o septo doliporo dos fungos do filo Basidiomycota. As hifas cenocíticas são essencialmente supercélulas multinucleadas. Muitas espécies desenvolveram estruturas hifais especializadas na absorção de nutrientes dos hospedeiros vivos; dois exemplos são os haustórios nas espécies parasitas de plantas da maioria dos filos de fungos, e os arbúsculos de vários fungos micorrízicos, que penetram nas células do hospedeiro para consumir nutrientes. Embora os fungos sejam opistocontes – um agrupamento de organismos evolutivamente aparentados, caraterizados em termos gerais por possuírem um único flagelo posterior – todos os filos, exceto o dos quitrídios, perderam os seus flagelos posteriores. Os fungos são incomuns entre os eucariotas por terem uma parede celular que, além dos glicanos (p.e. β-1,3-glicano) e outros componentes típicos, contém também o biopolímero quitina. Os micélios dos fungos podem tornar-se visíveis a olho nu em várias superfícies e substratos, tais como paredes úmidas e comida deteriorada, sendo vulgarmente chamados bolores ou mofos. Os micélios desenvolvidos em meio de ágar sólido em placas de Petri de laboratório são usualmente designados colónias. Estas colónias podem apresentar formas e cores de crescimento (devido aos esporos ou a pigmentação) que podem ser usadas como caraterísticas de diagnóstico na identificação de espécies ou grupos. Algumas colónias individuais de fungos podem atingir dimensões e idades extraordinárias, como é o caso de uma colónia clonal de Armillaria ostoyae, que se estende por mais de 900 ha, com uma idade estimada em cerca de 9 000 anos. O apotécio – uma estrutura especializada importante na reprodução sexuada de Ascomycetes – é um corpo frutífero em forma de taça que contém o himénio, uma camada de tecido contendo as células portadoras de esporos. Os corpos frutíferos dos basidiomicetes e de alguns ascomicetes podem, por vezes, atingir grandes dimensões, e muitos são bem conhecidos como cogumelos. Embora tradicionalmente incluídos em muitos programas e manuais de botânica, pensa-se agora que os fungos estão mais próximos dos animais do que das plantas e são colocados juntamente com os animais no grupo monofilético dos opistocontes. Análises feitas usando a filogenética molecularsuportam a origem monofilética dos fungos. A taxonomia dos fungos encontra-se num estado de fluxo constante, especialmente devido a pesquisas recentes baseadas em comparações de ADN (ácido desoxirribonucleico). Estas análises filogenéticas atuais revogam https://pt.wikipedia.org/wiki/Mic%C3%A9lio https://pt.wikipedia.org/wiki/Cen%C3%B3cito https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma https://pt.wikipedia.org/wiki/Organelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Haust%C3%B3rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Micorriza_arbuscular https://pt.wikipedia.org/wiki/Micorriza https://pt.wikipedia.org/wiki/Opisthokonta https://pt.wikipedia.org/wiki/Flagelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Quitr%C3%ADdio https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicano https://pt.wikipedia.org/wiki/Biopol%C3%ADmero https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolor https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gar-%C3%A1gar https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_Petri https://pt.wikipedia.org/wiki/Pigmento https://pt.wikipedia.org/wiki/Clone https://pt.wikipedia.org/wiki/Armillaria_ostoyae https://pt.wikipedia.org/wiki/Hectare https://pt.wikipedia.org/wiki/Apot%C3%A9cio https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o_sexuada https://pt.wikipedia.org/wiki/Ascomycetes https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_frut%C3%ADfero https://pt.wikipedia.org/wiki/Him%C3%A9nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Monofil%C3%A9tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Opisthokonta https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogen%C3%A9tica_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogen%C3%A9tica_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogen%C3%A9tica_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_desoxirribonucleico INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 11 frequentemente classificações baseadas em métodos mais antigos e menos discriminatórios, baseados em traços morfológicos e conceitos biológicos de espécie, obtidos de acasalamentos experimentais. Nãoexiste um sistema único de aceitação geral para os níveis taxonómicos mais elevados e ocorrem frequentes mudanças de nomes em todos os patamares acima de espécie. Existem actualmente esforços entre os investigadores para estabelecer e encorajar o uso de uma nomenclatura unificada e mais consistente. As espécies de fungos podem também ter múltiplos nomes científicos dependendo do seu ciclo de vida e modo de reprodução (sexuada ou assexuada). Os sítios da internet como Index Fungorum e ITIS listam nomes atuais das espécies de fungos (com referências cruzadas para os sinónimos mais antigos). A classificação do reino Fungi de 2007 é o resultado de um trabalho de investigação colaborativa em grande escala envolvendo dezenas de micologistas e outros cientistas que trabalham sobre a taxonomia dos fungos. Esta classificação reconhece sete filos, dois dos quais - Ascomycota e Basidiomycota – estão contidos num ramo que representa o sub-reino Dikarya. O cladograma à direita representa os principais táxons de fungos e a sua relação com os organismos opistocontes e unicontes. Os comprimentos dos ramos desta árvore não são proporcionais às distâncias evolutivas. Embora frequentemente inconspícuos, os fungos ocorrem em todos os ambientes da Terra e desempenham papéis muito importantes na maioria dos ecossistemas. Ao lado das bactérias, os fungos são os principais decompositores na maioria dos ecossistemas terrestres (e em alguns aquáticos), tendo, portanto, um papel crítico nos ciclos biogeoquímicos, e em muitas cadeias tróficas. Como decompositores, têm um papel essencial nos ciclos de nutrientes, especialmente como saprófitas e simbiontes, ao degradarem a matéria orgânica em moléculas inorgânicas, que podem então reentrar nas vias metabólicas anabólicas das plantas ou outros organismos. Muitos fungos têm importantes relações simbióticas com organismos da maioria dos reinos (ou mesmo de todos). Estas interações podem ser de natureza mutualista ou antagonística; no caso dos fungos comensais parecem não trazer prejuízo nem benefício ao hospedeiro. Certos cogumelos são utilizados com fins terapêuticos em medicinas tradicionais, como acontece na medicina tradicional chinesa. Entre os cogumelos medicinais notáveis, e com uma história de uso bem documentada, incluem-se Agaricus blazei, Ganoderma lucidum, Ophiocordyceps sinensis, e "cogumelos mágicos", que contém psilocibina e psilocina. As pesquisas identificaram compostos produzidos por estes e outros fungos, os quais têm efeitos biológicos inibidores contra vírus e células cancerosas. Metabolitos específicos, como polissacarídeo-K, ergotamina e antibióticos betalactâmicos, são usados de modo rotineiro em medicina clínica. O cogumelo shiitake é uma fonte de lentinano, uma droga clínica aprovada para utilização em vários países, incluindo o Japão, em tratamentos oncológicos. Na Europa e no Japão, o polissacarídeo-K, um químico obtido de Trametes versicolor, é um adjuvante aprovado em terapia oncológica. https://pt.wikipedia.org/wiki/Nomenclatura_bot%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Index_Fungorum https://pt.wikipedia.org/wiki/Integrated_Taxonomic_Information_System https://pt.wikipedia.org/wiki/Filo https://pt.wikipedia.org/wiki/Dikarya https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore_filogen%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Terra https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossistema https://pt.wikipedia.org/wiki/Decompositor https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_tr%C3%B3fica https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_tr%C3%B3fica https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_tr%C3%B3fica https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria_org%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Simbiose https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Mutualismo_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Comensalismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_tradicional https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_tradicional_chinesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Agaricus_blazei https://pt.wikipedia.org/wiki/Ganoderma_lucidum https://pt.wikipedia.org/wiki/Ophiocordyceps_sinensis https://pt.wikipedia.org/wiki/Ophiocordyceps_sinensis https://pt.wikipedia.org/wiki/Ophiocordyceps_sinensis https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo_alucin%C3%B3geno https://pt.wikipedia.org/wiki/Psilocibina https://pt.wikipedia.org/wiki/Psilocina https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus https://pt.wikipedia.org/wiki/Cancro_(tumor) https://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeo-K https://pt.wikipedia.org/wiki/Ergotamina https://pt.wikipedia.org/wiki/Shiitake https://pt.wikipedia.org/wiki/Lentinano https://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeo-K https://pt.wikipedia.org/wiki/Trametes_versicolor https://pt.wikipedia.org/wiki/Adjuvante INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 12 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS MICOSES Micose é o nome genérico dado a várias infecções causadas por fungos. Existem cerca de 230 mil tipos de fungos, mas apenas, aproximadamente, 100 tipos que causam infecção. Visto que os fungos estão em toda a parte, é inevitável a exposição a eles. Em condições favoráveis (como ambientes com muita humidade e calor excessivo), os fungos reproduzem-se e podem dar origem a um processo infeccioso que, dependendo do fungo ou da região afectada, pode ser superficial ou profundo. A micose é uma infecção por fungos e, por isso, a melhor forma de tratamento é o uso de um medicamento antifúngico, como o Miconazol, o Itraconazol ou o Fluconazol, por exemplo. Dependendo do local afetado, a forma de apresentação pode variar entre comprimido, creme, spray, loção, pomada, esmalte ou shampoo, assim como o tempo de tratamento que, geralmente é maior para casos de micose de unha, que tem uma duração média de 6 meses. As principais opções para tratar as micoses da pele são cremes, sabonetes, pomadas e soluções que contenham princípios ativos como Sulfeto de selênio, Miconazol, Imidazol, Clotrimazol, Fluconazol, Cetoconazol, por exemplo, usados por cerca de 1 a 4 semanas, de acordo com cada caso. Estes princípios podem ainda ser achados na forma de shampoos, que normalmente são utilizados para tratar a micose no couro cabeludo. Alguns hábitos diários que podem tanto evitar como ajudar a combater a micose mais rapidamente: Secar bem a pele após o banho, principalmente nos pés, entre os dedos e nas dobras do corpo; Evitar ficar muito tempo com a roupa molhada, após banhos de praia ou piscina; Preferir usar roupas leves e arejadas, preferencialmente de algodão; Não compartilhar roupas, calçados ou objetos que possam transmitir os fungos, como escova de cabelo, meias e alicates de unhas, com outras pessoas; Evitar andar descalço em locais públicos, principalmente se estiverem úmidos, como saunas, praias e banheiros públicos; Evitar coçar os locais com micose para evitar a propagação da doença para outras partes do corpo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungos INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 13 Micoses superficiais Nesse tipo de micose, os fungos se localizam na parte externa da pele, ao redor dos pêlos ou nas unhas, alimentando-se de gordura e (ou) da proteína queratina. Incluem: Dermatofitoses ou Tinha: Causadas por Microsporum, Trichophyton ou Epidermophyton, transmitidos por tecidos contaminados ou contato direto. Tinea pedis ou pé-de-atleta: Extremamente comum, atinge a pele entre os dedos do pé. Pode vir acompanhada de uma infecção bacteriana. A cura pode demorar vários meses. Tinea unguium ou Onicomicose: Infecção fúngica da unha, também é extremamente frequente na população adulta, particularmente nas unhas dos pés. Tinea capitis ou Tinha do couro cabeludo: Mais comum em crianças, deixa o cabelo frágil e causa perda de cabelo. Tinea corporis e Tinea Cruris: As lesões sãocirculares com bordas vermelhas e escamosas, inflamadas. Causam coceira, crescem e persistente com o tempo. Mais comum em adultos, transmitida por esporos ou por contato. Pitiríase versicolor: Popularmente conhecido como pano branco (quando deixa manchas descoloradas), é causado levedura de espécies de Malassezia deixa manchas na pele com uma cor diferente (branca, rosada ou marrom), mais visível com um bronzeado. Pode causar coceira, inflamar e formar placas vermelhas e oleosas. Bastante comum em países tropicais, quase sempre é apenas um problema estético. Tinha negra (Tinea nigra): Causada por Hortaea werneckii deixa manchas marrons ou negras nas palmas das mãos ou plantas do pé. Piedra branca: Causada por espécies de Trichosporon formam nódulos brancos nos pelos que os deixam mais frágeis. Endêmica na América Latina e Suldeste asiático. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAlo https://pt.wikipedia.org/wiki/Unha https://pt.wikipedia.org/wiki/Queratina https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermatofitose https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinha https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsporum https://pt.wikipedia.org/wiki/Trichophyton https://pt.wikipedia.org/wiki/Epidermophyton https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinea_pedis https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9-de-atleta https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinea_unguium https://pt.wikipedia.org/wiki/Onicomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinea_capitis https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinha_do_couro_cabeludo https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinea_corporis https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinea_Cruris https://pt.wikipedia.org/wiki/Pitir%C3%ADase_versicolor https://pt.wikipedia.org/wiki/Pano_branco https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura https://pt.wikipedia.org/wiki/Malassezia https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinha_negra https://pt.wikipedia.org/wiki/Hortaea_werneckii https://pt.wikipedia.org/wiki/Piedra_branca https://pt.wikipedia.org/wiki/Trichosporon INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 14 Piedra negra: Causada por Piedraia hortae formam nódulos negros nos pelos. Mais rara que piedra branca. Resolve com depilação completa. Candidíase superficial: Causada por Candida albicans (maioria dos casos) ou outras espécies, geralmente infectam as dobras da pele, como axilas, inguinal, debaixo dos seios e glúteos. As manchas vermelhas, úmidas, irregulares, pode parecer uma tinea. É comum em bebês que ficaram vários minutos com a fralda suja. Pode ser curada em poucos dias, ao contrário das tinhas, que costumam demorar meses pra desaparecer. Micoses superficiais são 10 a 20% dos motivos para consultas com dermatologistas, mais comuns em homens, jovens e obesos. Podem ser tratadas com Griseofulvina 500mg/dia por 4 a 8 semanas; Terbinafina 250 mg/dia por 4 semanas; Itraconazol 100 mg/dia por 4 semanas ou Fluconazol 100 mg/dia por 4 semanas. Micoses subcutâneas As micoses subcutâneas geralmente começam quando esporos são inoculados ao ferir-se com plantas, madeira, pedras ou terra. São mais comum nas extremidades, algumas podem crescer a ponto de deformar ossos e articulações. São mais comuns entre homens jovens que trabalham como agricultores, jardineiros ou entre crianças que brincam com terra e plantas. Endêmicas de lugares tropicais ou subtropicais e úmidas. Esporotricose cutânea-linfática: Causada por Sporotrix Na forma mais comum da doença, começa como um nódulo inflamado na perna, braço ou rosto, pouco doloroso. Resiste a tratamento com antibióticos e com o tempo outros nódulos aparecem. Os nódulos endurecem, ulceram e eventualmente cicatrizam. Em pessoas imunodeprimidas podem se espalhar para ossos e articulações ou outros órgãos. Cromoblastomicose: Causada por fungos pigmentados dos gêneros Fonsecaea, Phialophora e Clamidophora começa como um nódulo vermelho que cresce lentamente, causa coceira e fica cada vez mais escuro até formar uma placa verrugosa que pode ser indolor. Não invade músculo nem ossos e raramente se dissemina. https://pt.wikipedia.org/wiki/Piedra_negra https://pt.wikipedia.org/wiki/Piedraia_hortae https://pt.wikipedia.org/wiki/Candid%C3%ADase https://pt.wikipedia.org/wiki/Candida_albicans https://pt.wikipedia.org/wiki/Griseofulvina https://pt.wikipedia.org/wiki/Terbinafina https://pt.wikipedia.org/wiki/Itraconazol https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluconazol https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporotricose https://pt.wikipedia.org/wiki/Cut%C3%A2neo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_linf%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sporotrix&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%9Alcera https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromoblastomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonsecaea https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Phialophora&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Clamidophora&action=edit&redlink=1 INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 15 Eumicetoma ou micetoma fúngico: Causada por fungos Ascomycota, representam 40% dos micetomas. Na América do Norte geralmente é causado por Pseudallescheria, na América do sul por Madurella, na África por Leptosphaeria, enquanto Acremonium é comum em todo hemisfério norte. Mais de 20 espécies de fungos causam eumicetomas. Formam grânulos brancos, marrons, amarelos ou negros dependendo da espécie e e crescem lentamente, endurecendo a pele e secretando pus. Eventualmente podem deformar ossos, articulações e músculos e exigir amputação. Feohifomicose subcutânea: Causada por diversos hifomicetos, geralmente do gênero Exophiala, formam nódulos escuros que crescem formando placas verrugosas. Se não tratados podem disseminar causar abcessos em seios paranasais, cérebro, pulmões e necrosar ossos e articulações mesmo em pacientes previamente saudáveis. Lobomicose ou doença de Lobo: Causada por Loboa loboi. Começa como um nódulo duro de tecido conjuntivo, como um queloide, que crescem durante anos formando placas bolhosas que podem ulcerar, deixar grandes cicatrizes e deformar membros. Rinosporidiose: Causada por Rhinosporidium seeberi infecta principalmente nariz, faringe e olhos formando nódulos de tecido maduro (hiperplasia). Pode ser transmitido pelo ar e também é encontrado em locais áridos. Apesar de estar classificado como micose no CID-10, atualmente está sendo reclassificado como uma protozoonose. Micoses sistêmicas Incluem-se neste grupo infecções fúngicas que afetam o sistema respiratório, nervoso, digestivo, circulatório ou osteoarticular. Podem começar como infecção da cutânea ou subcutâneas (por exemplo, Esporotricose e Cromomicose) que se dissemina para outros órgãos ou com esporos (Conídios) inalados (por exemplo, Blastomicose, Criptococose, Coccidiose). Geralmente são oportunistas, afetando portadores de doenças crônicas e imunocomprometidos. Histoplasmose: Causada por respirar esporos de Histoplasma capsulatum ou Histoplasma duboisii, disseminados nas fezes de aves e morcegos. É a micose sistêmica mais comum e difundida pelo mundo. Frequentemente causa poucos sintomas (90%) e é similar a uma gripe ou outra infecção respiratória (febre, tosse, dor muscular e mal estar). Pode https://pt.wikipedia.org/wiki/Eumicetoma https://pt.wikipedia.org/wiki/Micetoma https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ascomycota https://pt.wikipedia.org/wiki/Micetoma https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Madurella&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Amputa%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Feohifomicose https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Exophiala&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Abcesso https://pt.wikipedia.org/wiki/Seios_paranasais https://pt.wikipedia.org/wiki/Lobomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Lobo https://pt.wikipedia.org/wiki/Loboa_loboi https://pt.wikipedia.org/wiki/Queloide https://pt.wikipedia.org/wiki/Rinosporidiose https://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10https://pt.wikipedia.org/wiki/Protozoonose https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporotricose https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Con%C3%ADdio https://pt.wikipedia.org/wiki/Blastomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Criptococose https://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidiose https://pt.wikipedia.org/wiki/Oportunista https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunocomprometido https://pt.wikipedia.org/wiki/Histoplasmose https://pt.wikipedia.org/wiki/Histoplasma_capsulatum https://pt.wikipedia.org/wiki/Histoplasma_capsulatum https://pt.wikipedia.org/wiki/Histoplasma_capsulatum https://pt.wikipedia.org/wiki/Histoplasma INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 16 infectar o olho (queratomicose). Em imunodeprimidos pode se disseminar para sistema gastrointestinal, sistema nervoso central ou sistema cardiovascular. Coccidioidomicose: Causada por inalar esporos de Coccidioides immitis ou Coccidioides posadasii, endêmicos nas Américas. A maioria dos casos é uma infecção respiratória leve ou moderada (febre, cansaço, dor no peito, tosse e dor de cabeça) que melhora mesmo sem tratamento, mas pode ser disseminada para articulações, sistema nervoso central, sistema digestivo, olho e rins. Blastomicose: Causada por inalar esporos de Blastomyces dermatitidis, endêmico na América do Norte. Geralmente parece com uma gripe e se cura sozinha, mas pode causar pneumonia e SARS em imunocomprometidos. Parece um câncer de pulmão em exames de imagem. Paracoccidioidomicose: Causada por inalar esporos de Paracoccidioides brasiliensis, endêmico na América Latina. O tipo pulmonar tem sintomas respiratórios típicos, o tipo mucocutâneo forma placas e ulcerar pele e mucosas, o tipo disseminado por via sanguínea lesiona vísceras, ossos e sistema nervoso simultaneamente. Esporotricose sistêmica: Causada por inalar esporos de Sporothrix schenckii ou por disseminação de infecção subcutânea adquirida por ferida. Pode afetar pulmões causando pneumonia, afetar ossos e articulações causando enrijecimento doloroso ou ainda afetar meninges ou olhos. Aspergilose: Causada por inalar esporos de Aspergillus, geralmente afeta os pulmões ou seios paranasais e pode disseminar para cérebro, rins, fígado, coração e ossos. Encontrado em todo o mundo. Candidíase: As espécies de Candida podem se disseminar por sangue ou diretamente a partir de outro local em pacientes com poucos linfócitos T e NK. Pode infectar sistema respiratório, digestivo, urinário, nervoso, osteoarticular, reprodutor e/ou circulatório. Criptococose: Causada por Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii, em pacientes saudáveis causa apenas infecção pulmonar ou cutânea leve ou moderada. Em pacientes https://pt.wikipedia.org/wiki/Queratomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central https://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidioidomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidioides_immitis https://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidioides_posadasii https://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidioides_posadasii https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica https://pt.wikipedia.org/wiki/Blastomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Blastomyces_dermatitidis https://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumonia https://pt.wikipedia.org/wiki/SARS https://pt.wikipedia.org/wiki/Paracoccidioidomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Paracoccidioides_brasiliensis https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporotricose https://pt.wikipedia.org/wiki/Sporothrix_schenckii https://pt.wikipedia.org/wiki/Aspergilose https://pt.wikipedia.org/wiki/Aspergillus https://pt.wikipedia.org/wiki/Seios_paranasais https://pt.wikipedia.org/wiki/Seios_paranasais https://pt.wikipedia.org/wiki/Seios_paranasais https://pt.wikipedia.org/wiki/Candid%C3%ADase https://pt.wikipedia.org/wiki/Candida https://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito https://pt.wikipedia.org/wiki/Criptococose https://pt.wikipedia.org/wiki/Cryptococcus_neoformans https://pt.wikipedia.org/wiki/Cryptococcus_gattii INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 17 imunodeprimidos pode causar pneumonia grave, SRAS ou meningite. Mais raramente infecta próstata ou medula óssea. Peniciliose: Causada por Penicillium marneffei endêmico somente no extremo oriente. Causa pneumonia e fungemia com sintomas de tuberculose. Zigomicose: Causada por zigomicetos dos gêneros Rhizopus, Rhizomucor, Absidia ou Mucor causam infecções pulmonares. Podem causar síndrome rinocerebral, infectando nariz e penetrando o cérebro, principalmente em pacientes com cetoacidose diabética, neutropenia ou que façam tratamento com corticosteroides. Mucormicose evolui rapidamente com placas e abcessos necróticos e tem alta mortalidade. Algumas formas comuns de se contrair micoses superficiais: Contato com animais de estimação; Em chuveiros públicos, lava-pés, piscinas ou saunas; Ao andar descalço em pisos úmidos; Compartilhando tecidos ou equipamentos como toalhas, roupas, botas, luvas; Compartilhando alicates de cutículas, tesouras e lixas não-esterilizadas; Uso de roupas úmidas ou sapatos por tempo prolongado. Alguns procedimentos diminuem o risco de se contrair uma micose[1], dentre eles: Sempre usar sandálias; Evitar andar descalço em pisos úmidos; Nunca usar toalhas compartilhadas, especialmente se estiverem úmidas ou mal lavadas; Após o banho, enxugar-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os dedos dos pés e virilha; Usar sempre roupas íntimas de fibras naturais como o algodão, pois as fibras sintéticas prejudicam a transpiração; Verificar se os objetos de manicure, como alicates, tesouras e lixas são esterilizados; https://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumonia https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=SRAS&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Meningite https://pt.wikipedia.org/wiki/Peniciliose https://pt.wikipedia.org/wiki/Penicillium_marneffei https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Zigomicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Zigomiceto https://pt.wikipedia.org/wiki/Cetoacidose_diab%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Neutropenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Corticosteroide https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucormicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Chuveiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Lava-p%C3%A9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Piscina https://pt.wikipedia.org/wiki/Sauna https://pt.wikipedia.org/wiki/Alicate https://pt.wikipedia.org/wiki/Cut%C3%ADcula https://pt.wikipedia.org/wiki/Tesoura https://pt.wikipedia.org/wiki/Lixa https://pt.wikipedia.org/wiki/Micose#cite_note-multipla-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Sand%C3%A1lia https://pt.wikipedia.org/wiki/Banho https://pt.wikipedia.org/wiki/Dedo https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Algod%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Transpira%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Manicure INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 18 Em contato prolongado com detergentes, usar luvas e enxaguar as mãos toda vez que usar esponja; Evitar utilizar pentes ou escovas de cabelo de outras pessoas; Evitar o uso de roupas molhadas. As micoses são tratadas com antimicóticos/antifúngicos. Antifúngicos Poliênicos: Anfotericina B: Injetável. Pode ser tóxico para os rins e causa muitos efeitos colaterais, mas é eficiente contra um amplo espectro de fungos. Usado para tratar micoses graves, quando outros medicamentos menos tóxicos não são eficazes. Combinar com Flucitosina para tratar criptococose meníngea e candidíase sistêmica. Nistatina: Usado para tratar candidíases superficial ou em tubo digestivo. Também é antibiótico. Derivados do Imidazol: Usados para tratar micoses superficiais. Existem 12 derivados aprovadas para uso humano, sempre terminados com "azol". Cetoconazol: Hepatotóxico por via oral. Usado em cremes contra dermatófitos e candidíase. Miconazol: Via oral ou tópica. Útil contra micose oral ou intestinal. https://pt.wikipedia.org/wiki/Detergente https://pt.wikipedia.org/wiki/Esponjahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pente https://pt.wikipedia.org/wiki/Anfotericina_B https://pt.wikipedia.org/wiki/Flucitosina https://pt.wikipedia.org/wiki/Criptococose https://pt.wikipedia.org/wiki/Nistatina https://pt.wikipedia.org/wiki/Candid%C3%ADase https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Imidazol https://pt.wikipedia.org/wiki/Cetoconazol https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermat%C3%B3fito https://pt.wikipedia.org/wiki/Miconazol INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 19 Derivados do Triazol: Usados por via oral para tratar micoses subcutâneas. Podem ser combinados com Ioduro potássico para tratar esporotricose ou mucormicose. Existem 10 derivados aprovados para uso humano, também terminados em "azol". Fluconazol: Penetra bem no líquido cefalorraquidiano, logo também pode ser usado para tratar uma meningitefúngica. Itraconazol: Ativa contra muitas dermatófitos. em sido associada a danos no fígado e deve ser evitado ou usado com precaução em pacientes com doença hepática. Voriconazol: Amplo espectro, pode ser usado para tratar micoses disseminadas. Antibióticos: Alguns bactericidas também podem atuar como antifúngicos. Griseofulvina: Fungostático usado para tratar tinhas. Cotrimoxazol: Nome comercial Bactrim ou Septra, pode ser usado para tratar micoses pulmonares, como pneumocistose. Importante: Apesar do tratamento com antifúngicos ser simples, exige persistência, porque é comum pensar que o fungo está eliminado, quando na verdade não está. Portanto, o paciente não deve interromper o tratamento quando se sentir melhor ou o fungo pode voltar mais resistente a tratamentos. Deve-se seguir corretamente o tempo e dose do tratamento indicado pelo médico. Obs.: As infecções fúngicas que afetam a pele dos seres humanos podem ser superficiais ou profundas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Triazol https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ioduro_pot%C3%A1ssico&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporotricose https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucormicose https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluconazol https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido_cefalorraquidiano https://pt.wikipedia.org/wiki/Meningite https://pt.wikipedia.org/wiki/Itraconazol https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermat%C3%B3fito https://pt.wikipedia.org/wiki/Voriconazol https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Griseofulvina https://pt.wikipedia.org/wiki/Tinha https://pt.wikipedia.org/wiki/Cotrimoxazol https://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumocistose https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dico INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 20 MOFOS E BOLORES O bolor ou mofo é uma designação comum dada a fungos filamentosos que não formam estruturas semelhantes a cogumelos. Eles vivem principalmente em lugares úmidos e escuros. Bolores crescem sobre pão velho, frutas podres, couro, madeira, papel e muitos outros materiais. Certos tipos de bolores podem causar mal à saúde humana. No entanto, algumas espécies desses fungos são benéficas, sendo muito utilizadas na produção de queijos, como o gorgonzola, e em medicamentos, como a penicilina. O gênero do bolor preto do pão é Rhizopus. Ele é formado por vários fungos que se alimentam dela. Esse tipo de transformação química recebe o nome de decomposição. Os mofos, também chamados de bolores, são espécies de fungos filamentosos que se desenvolvem em matéria orgânica. Estes mofos possuem a capacidade de decompor a matéria orgânica. Um tipo de mofo muito comum em nosso dia-a-dia é o bolor de pão. Assim como a maioria dos mofos, o bolor de pão possui um aspecto de algodão. Com relação à coloração, podem assumir, principalmente, tons esverdeados, azulados, avermelhados ou esbranquiçados. Existem também algumas espécies de mofos que são úteis aos seres humanos. Podemos citar como exemplo os mofos do gênero penicillium. Estes mofos servem para os cientistas como base para a produção de antibióticos (penicilina), usados para combater vários tipos de doenças. Obs.: Algumas espécies de mofos tão são usadas na fabricação de determinados tipos de queijos. Diferente do que a maioria pensa, o mofo e o bolor não são exatamente a mesma coisa. Os dois são causados por fungos, mas enquanto o bolor apenas infecta os objetos, o mofo corrói o material afetado. O primeiro, em relevo, fica em tonalidade acinzentada e pode ser facilmente removido com pano úmido. O segundo deixa pontos pretos mais difíceis de serem retirados, principalmente em objetos fibrosos e tecidos. Obs.: O mofo é formado por um fungo, que se prolifera em locais úmidos e escuros. https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Humidade https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruta https://pt.wikipedia.org/wiki/Couro https://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira https://pt.wikipedia.org/wiki/Papel https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde https://pt.wikipedia.org/wiki/Queijo https://pt.wikipedia.org/wiki/Gorgonzola https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Penicilina https://pt.wikipedia.org/wiki/Rhizopus https://pt.wikipedia.org/wiki/Decomposi%C3%A7%C3%A3o INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 21 Bolor limoso ou fungo mucilaginoso, mas também mofo limoso, bolor mucilaginoso ou fungo gelatinoso, são nomes comuns informais, sem significado taxonómico preciso, aplicados a um conjunto polifilético de organismos, em tempos conhecido por Gymnomycota, que se pensava serem fungos do tipo mofo, cuja única característica comum consiste em formarem massas mucilaginosas semelhantes a gelatina sobre a superfície de matéria orgânicaem decomposição. O conjunto inclui diversos tipos de organismos eucariotas, sem relação filogenética próxima, que podem viver como organismos unicelulares livres, mas que se agregam em massas mucilaginosas macroscópicas para formar estruturas reprodutivas multicelulares. Foram classificados como fungos, mas estudos de biologia molecular levaram à sua exclusão daquele reino. Apesar de não serem filogeneticamente relacionados entre si, as semelhanças morfológicas e ecológicas entre as cerca de 500 espécies conhecidas levam a que por conveniência o grupo seja integrado entre o "reino" parafilético dos Protista. Os conhecimentos de filogenia actuais permitem afirmar que nenhuma das espécies do grupo pertence ao moderno reino Fungi, ou seja que nenhuma delas é um «fungo» na acepção taxonómica do termo. Conhecem-se cerca de 500 espécies de fungos mucilaginosos, com distribuição natural cosmopolita mas com maior frequência nas regiões quentes e húmidas ricas em matéria orgânica em decomposição. O nome comum é uma referência directa à fase reprodutivo do seu ciclo de vida, durante a qual formam estruturas que se assemelham a massas de muco gelatinoso. Estas estruturas são particularmente visíveis entre os Myxogastria, que são macroscópicos durante todo o seu ciclo de vida. A maior parte das colónias de atinge apenas alguns centímetros de dimensão máxima, mas algumas espécies podem formar, quando em habitats com condições ecológicas óptimas, colónias com vários metros quadrados de área e peso seco até 30 gramas. A maioria destes organismos, especialmente os do tipo "celular", não passam a maior parte do tempo no estado mucilaginoso. Na maioria dos casos, enquanto existe alimento abundante, a espécie permanece como organismos unicelulares, microscópicos, dispersos entre as partículas alimentares ou no seu interior. Quando o alimento escasseia, estes organismos unicelulares congregam-se e começam a mover-se ordenadamente como um corpo único. Neste estado, a colónia é sensível à presença de odores no ar e pode detectar a presença de alimento. Pode também modificar rapidamente a forma e função de partes da estrutura e formar pedúnculos que produzem corpos frutificantes, libertando um elevadonúmero de esporos na maturação, suficientemente leves para serem distribuídos pelo vento ou transportados por animais que passem pelo local. Em geral estas espécies alimentam-se de microorganismos que vivam em qualquer tipo de material vegetal em decomposição, consumindo bactérias, leveduras e fungos. Pela sua acção contribuem para a decomposição da vegetação morta, em especial da manta morta das florestas temperadas, pelo que são frequentemente encontrados nos solos florestais e sobre troncos e ramos mortos de espécies decíduas. Nas regiões tropicais com elevada humidade do ar são https://pt.wikipedia.org/wiki/Polifil%C3%A9tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo https://pt.wikipedia.org/wiki/Mofo https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucilagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Gelatina https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria_org%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Eucariota https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Unicelular https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Protistas https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_natural https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_natural https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_natural https://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmopolita https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida https://pt.wikipedia.org/wiki/Myxogastria https://pt.wikipedia.org/wiki/Habitat https://pt.wikipedia.org/wiki/Peso_seco https://pt.wikipedia.org/wiki/Ped%C3%BAnculo https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_frutificante https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporo https://pt.wikipedia.org/wiki/Anemocoria https://pt.wikipedia.org/wiki/Zoocoria https://pt.wikipedia.org/wiki/Microorganismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo https://pt.wikipedia.org/wiki/Decomposi%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Manta_morta https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo https://pt.wikipedia.org/wiki/Dec%C3%ADdua https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%B5es_tropicais https://pt.wikipedia.org/wiki/Humidade_do_ar INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 22 também comuns sobre inflorescências, frutos e sobre as partes aéreas de plantas, especialmente nas copas das árvores. Em áreas urbanas estas espécies ocorrem em relvados, na manta orgânica e em composto aplicada em jardinagem e hortofloricultura e entre material vegetal em decomposição resultante de podas e do corte de relvas. Ocorrem também em acumulações de folhas em decomposição em drenos pluviais e bueiros. Também podem ocorrer nos filtros de sistemas de ar condicionado quando os drenos estejam bloqueados. Oomycetes ou Oomycota é uma classe de organismos filamentosos, unicelulares, que se assemelham morfologicamente a fungos. São organismos absortivos, filamentosos e microscópicos que se reproduzem tanto sexual quanto assexuadamente. A reprodução sexual de um oósporo é o resultado do contato entre as hifas de um anterídio masculino e oogônia feminina; o esporo pode invernar e é conhecido como esporo em repouso. A reprodução assexuada é a formação de zoósporos produtores de clamidósporos e esporângios. Ocupam os estilos de vida saprófito e patogênico, e incluem alguns dos patógenos mais notórios das plantas, causando doenças devastadoras, como a requeima da batata e a morte súbita do carvalho. O microparasita Pythium oligandrum é usado para biocontrole, atacando fungos patogênicos de plantas. Eles são também comumente referidos como moldes de água, embora a natureza que prefere a água que levou a esse nome não é verdadeira para a maioria das espécies, que são patógenos terrestres. Têm um registro fóssil muito escasso, mas há um possível oomiceta descrito a partir de um âmbar cretáceo. Imagem: Stephen Farhall (br.123rf.com) Imagem: luchschen (br.123rf.com) https://pt.wikipedia.org/wiki/Infloresc%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto https://pt.wikipedia.org/wiki/Relvado https://pt.wikipedia.org/wiki/Manta_(jardinagem) https://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizante https://pt.wikipedia.org/wiki/Hortofloricultura https://pt.wikipedia.org/wiki/Calha https://pt.wikipedia.org/wiki/Bueiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Ar_condicionado https://pt.wikipedia.org/wiki/Unicelular https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo https://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3sporo https://pt.wikipedia.org/wiki/Anter%C3%ADdio https://pt.wikipedia.org/wiki/Oog%C3%B4nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Zo%C3%B3sporo https://pt.wikipedia.org/wiki/Clamid%C3%B3sporo https://pt.wikipedia.org/wiki/Espor%C3%A2ngio https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nutri%C3%A7%C3%A3o_sapr%C3%B3fita&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Agente_pat%C3%B3geno&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Phytophthora_infestans https://pt.wikipedia.org/wiki/Phytophthora_ramorum https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pythium_oligandrum&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82mbar https://pt.wikipedia.org/wiki/Cret%C3%A1ceo https://br.123rf.com/profile_luchschen INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 23 ONICOMICOSES Onicomicose ou tinha das unhas é uma infecção fúngica das unhas. Os sintomas são descoloração branca ou amarela da unha, espessamento da unha e separação da unha da pele. Embora possa afetar todas as unhas, é mais comum nas unhas dos pés. Entre as possíveis complicações está a Celulite da perna. A onicomicose pode ser causada por diversos fungos, sendo os mais comuns dermatófitos e Fusarium. Entre os fatores de risco estão o pé de atleta, outras doenças da unha, exposição a alguém com a doença, doença arterial periférica e imunossupressão. O diagnóstico é geralmente suspeitado com base na aparência e confirmado com exames de laboratório. A onicomicose não requer necessariamente tratamento. O antifúngicoterbinafina por via oral aparenta ser o mais eficaz, estando no entanto associado a problemas no fígado. Cortar as unhas de forma rente durante o tratamento também aparenta ter utilidade. Existe um verniz contendo ciclopirox, embora não seja tão eficaz. Em metade dos casos que são tratados, a doença volta a ocorrer. Não voltar a usar o mesmo calçado após o tratamento pode diminuir o risco de recorrência. A onicomicose ocorre em cerca de 10% da população adulta. A doença afeta com maior frequência pessoas idosas e é mais comum entre homens do que entre mulheres. Os casos de onicomicose correspondem a cerca de metade dos casos de doenças das unhas. A causa fúngica da condição foi determinada pela primeira vez em 1853 por Georg Meissner. Onicomicose ou tinea unguium, conhecida popularmente como micose de unha, é o nome dado à infecção das unhas das mãos ou dos pés causada por fungos. A onicomicose é uma infecção comum que acomete cerca de 10% da população adulta e 20% dos idosos. Seus sintomas costumam ser mais de origem estética do que clínica, sendo o escurecimento e o espessamento da unha os sinais mais comuns. As infecções fúngicas das unhas são geralmente causadas por um fungo que pertence a um grupo denominado dermatófitos, que também pode causar infecções nos pelos do corpo e na pele, como no caso da frieira (pé de atleta) e da micose da virilha (tinea cruris). https://pt.wikipedia.org/wiki/Micose https://pt.wikipedia.org/wiki/Onic%C3%B3lise https://pt.wikipedia.org/wiki/Onic%C3%B3lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Onic%C3%B3lise https://pt.wikipedia.org/wiki/Celulite_(infec%C3%A7%C3%A3o) https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermat%C3%B3fito https://pt.wikipedia.org/wiki/Fusarium https://pt.wikipedia.org/wiki/Fatores_de_risco https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9_de_atleta https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_arterial_perif%C3%A9rica https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunossupress%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Antif%C3%BAngico https://pt.wikipedia.org/wiki/Antif%C3%BAngico https://pt.wikipedia.org/wiki/Antif%C3%BAngico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclopirox https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Georg_Meissner&action=edit&redlink=1 https://www.mdsaude.com/dermatologia/frieira-tinea-pedis https://www.mdsaude.com/dermatologia/micose-na-virilha-tinea-cruris INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 24 Os fungos que provocam a micose de unha são habitualmente adquiridos no ambiente, principalmente em áreas úmidas e quentes, que são os meios propícios para o crescimento de fungos. Banheiros, chuveiros, vestiários e piscinas públicas são exemplos de locais que frequentemente abrigam fungos. Frequentar estes espaços públicos descalço é um importante fator de risco para adquirir micose nas unhas. A onicomicose nas unhas dos pés é muito mais comum do que nas unhas das mãos. Os pés costumam estar mais expostos a locais úmidos, não só quando se anda descalço em locais públicos, mas também por passar boa parte do dia fechado dentro de meias e calçados. Em dias de calor, os pés calçados podem passar várias horas seguidas cobertos e úmido pelo suor. Calor, falta de luz e umidade é tudo que um fungo deseja para se proliferar. A micose de unha pode ser transmitida de uma pessoa para outra, mas essa forma de contágio é pouco comum. A presença de alguns fatores favorece a infecção da unha por fungos. Por exemplo, pacientes com frieira (pé de atleta), que é uma infecção fúngica da pele dos dedos, têm um maior risco de terem também infecção fúngica das unhas. Outros fatores de risco para onicomicose são: Diabetes mellitus. Idade avançada. HIV. Uso de drogas imunossupressoras. Problemas imunológicos. História familiar de onicomicose. Psoríase. Problemas de circulação sanguínea dos membros inferiores. https://www.mdsaude.com/endocrinologia/diabetes https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/dst/sintomas-hiv-aids https://www.mdsaude.com/dermatologia/psoriase INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 25 A micose das unhas ou, onicomicose, apresenta como sinais mais comuns o espessamento, o endurecimento e a perda de brilho das unhas, com dificuldade para cortá-las. No entanto, também podem surgir estrias nas unhas (riscos), alteração da cor de início distal (coloração amarelada, amarronada ou acinzentada), dor à manipulação e inflamação do tecido que fica ao redor da unha (paroníquia), podendo ou não ter infecção ou colonização por bactérias. Abaixo da unha também se pode perceber um material poroso e amarelado no leito ungueal. É comum existir associada à onicomicose, a tinea dos pés. A invasão da unha começa geralmente pela extremidade distal, mas pode também iniciar pela lateral, pela matriz da unha ou pela superfície. Quando a infecção tem início na superfície da unha, o resultado é uma unha porosa, embranquecida e superficial. O tratamento para onicomicose pode ser tópico, com terapia oral ou sistêmica e/ou tratamento não medicamentoso. Os tratamentos tópicos (pomada, creme, gel) ainda precisam de estudos que mostrem sua eficácia, sendo indicados para onicomicoses distais, caso não seja possível realizar o tratamento sistêmico (com comprimidos). As opções para o tratamento tópico são várias, sendo: amorolfina, tioconazol , cicloporix olamina e butenafina, todos em esmalte. O tratamento de escolha da onicomicose é o sistêmico (medicamentoso). A terapia combinada tópica e sistêmica tem pouca evidência a seu favor, não devendo ser utilizada. Para tratar a onicomicose deve-se ter certeza do diagnóstico, devido ao tempo de tratamento, o custo e os efeitos colaterais. O desbridamento ou avulsão da unha (arrancamento) é controverso e, em geral, contraindicado, devido à dor causada pelo procedimento e pelo risco de infecções. No entanto, deve-se manter a unha sempre limpa e curta, buscando uma cura mais rápida. O tratamento da onicomicose pode ajudar no controle de fungos nas mãos e pés (tinha ou tinea). Existem várias formas de manifestação das onicomicoses. Abaixo alguns dos tipos mais frequentes: Descolamento da borda livre:a unha descola do seu leito, geralmente iniciando pelos cantos e fica ôca. Pode haver acúmulo de material sob a unha. É a forma mais frequente. Espessamento: as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e grossas. Esta forma, pode se acompanhar de dor e levar ao aspecto de “unha em telha” ou “unha de gavião”. Leuconíquia: manchas brancas na superfície da unha. Destruição e deformidades: a unha fica frágil, quebradiça e se quebra nas porções anteriores, ficando deformada. INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 26 Paroníquia (“unheiro”): o contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada e com alterações da superfície. A onicomicose é uma infecção que atinge as unhas, causada por fungos. As fontes de infecção podem ser o solo, animais, outras pessoas ou alicates e tesouras contaminados. As unhas mais comumente afetadas são as dos pés, pois o ambiente úmido, escuro e aquecido, encontrado dentro dos sapatos e tênis, favorece o seu crescimento. Além disso, a queratina, substância que forma as unhas, é o “alimento” dos fungos. Importante: Onicomicose é uma infecção ungueal causada por dermatófitos, leveduras e fungos filamentosos não dermatófitos. São classificadas clinicamente em onicomicose subungueal distal, onicomicose superficial branca, onicomicose proximal subungueal e onicomicose distrófica total. O exame micológico requer treinamento de pessoal especializado. É necessária a limpeza prévia do sítio de coleta com álcool etílico e o instrumental deve ser previamente esterilizado. A quantidade de material deve ser adequada e a escolha do local da coleta varia de acordo com a forma clínica de onicomicose: distal e lateral (transição unha sadia-alterada); superficial branca (lâmina ungueal); proximal subungueal (leito ungueal proxi mal); distrófica total (leito ungueal por curetagem); onicomicose por Candida (prega ungueal); onicólise (subungueal proximal). O exame micológico direto é realizado após a clarificação das escamas com solução aquosa de hidróxido de potássio e dimetil sulfóxido. Solução aquosa de KOH + DMSO (dimetil sulfóxido) DMSO 40 ml Água destilada 60 ml KOH 20 g DMSO solução aquosa 100ml INTRODUÇÃO À MICOLOGIA 27 FUNGOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA E VETERINÁRIA Os fungos são organismos que convivem conosco todos os dias. Estes organismos são encontrados praticamente em qualquer local do ambiente que nos cerca, inclusive no ar, onde estruturas reprodutivas, na forma de esporos ou conídios, estão prontas para, ao cair em um substrato adequado, desenvolver novas estruturas vegetativas e reprodutivas. Estes organismos, muitas vezes, nos são úteis, decompondo resíduos orgânicos, causando a decomposição ou a degrada são de alimentos, ou mesmo atacando seres vivos, parasitando-os e, eventualmente, causando a sua morte. Características gerais do fungos associados à doenças em animais: Pertencem ao reino Fungi São eucariotas não-fotossintéticos Estão largamente distribuidos no meio ambiente A parede celular contem quitina e outros polissacarídeos São heterotróficos possuem exoenzimas e obtêm nutrientes por absorção Hifas ramificas e leveduras unicelulares são as 2 principais formas Crescem aerobiamente
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