Buscar

Resumo Micologia básica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 1 
IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS 
Os fungos são seres vivos muito antigos → Era proterozóica; 
Estão adaptados às diversas condições geológicas e climáticas que o planeta terra sofreu ao longo dos anos. 
Micologia → estudo dos fungos 
● Pietro Antonio micheli → publicação 1729 → Considerado o fundador da micologia; 
Declínio dos animais 
● Síndrome do nariz branco→ Morcegos → Pseudogymnoascus destructans; 
○ Infecção sistêmica → leva ao óbito; 
○ Hemisfério norte → regiões de temperatura baixas → 18°C 
● Anfíbios → Batrachochytrium dendrobatidis; 
○ Lesões necróticas na pele; 
○ Pode ocorrer a extinção de espécies; 
Fungos fitopatogênicos e deteriorantes 
● Fome da batata → Irlanda (1845 - 1849) 
○ Toda a produção de batatas estavam contaminadas pelo fungo ​phytophthora infestans o que 
levou a morte de milhões de pessoas e emigração, prejuízo econômico e na saúde das 
pessoas; 
○ Batata era a principal fonte de alimento da época; 
● Vassoura da bruxa → Doença na planta de cacau causada por moniiophthora perniciosa (crinipellis 
perniciosas); 
○ Perda de milhões de cacau com essa doença; 
○ Podendo levar o aumento do preço do chocolate; 
● 30% dos alimentos pode ser deteriorados por doenças da plantas causado por fungos; 
● Ao contaminar plantas os fungos pode gerar micotoxinas o que causam doenças nos seres humanos e 
animais; 
Controle biológico 
● Fungos helmintófagos → se alimentam de helmitos; 
○ Ascomicetos da família Orbiialaceae utilizado no controle biológico de helmintoses em animais 
de produção (bovinos, equinos, ovinos); 
○ Duddingtonia flagrans → 
● Fungos entomopatogênicos → 
○ Beauveria bassiana → Cigarras → Micose sistêmica; 
■ Comercializado para controle das pragas; 
■ Colônia algodonosa; 
○ Metarhizium anisopliae 
■ Comercializado para o controle das pragas → Causa doença verde em várias espécies 
de insetos (principalmente cigarras); 
Fungos na produção de fármacos 
● Penicilina → Penicillium chrysogenum; 
○ Metabólico antibiótico; 
● Cefalosporina → Cephalosporium acremonium; 
○ Metabólico antibiótico; 
● Ergotamina → vasoconstritor → tratamento de cefaleia (enxaqueca); 
○ Metabolito fúngico; 
● Revolução dos transplantes 
 
○ ciclosporina → ​Tolypocladium inflatum; 
○ imunossupressor associado a outros fármacos (corticóides) para suprimir o sistema imune do 
paciente; 
● Produção das estatinas → Sinvastatina 
○ Aspergillus Terreus; 
Produção de enzimas 
● Asparaginase; 
● Amilase; 
● Catalase; 
● Celulase; 
● Lipase; 
● Fosfolipases; 
● Proteases; 
● Principais gêneros associados: ​ Aspergillus spp, Penicillium spp, trichoderma spp. 
Biotecnologia 
● Primeiro organismo eucarioto a ter seu genomas sequenciado → 1996 
● Panificação; 
● Fermentação; 
○ saccharomyces cerevisiae; 
● Dna recombinante; 
● Expressão de proteínas; 
Alimentação 
● Agaricus bisporus → Champignon 
● Lentinula edodes → Shiitake; 
● Agaricus blazei → cogumelo do sol; 
● Pleurotus ostreatus → shimeji; 
● Queijos que são maturados com fungos → 
○ Penicillium roquefortii; 
○ P. Camembertii; 
○ P. Caseiolum; 
● Insetos parasitados com fungos → Cordyceps (ascomycota); 
● Formigas cortadeiras → Se alimentam de fungos, cortam as folhas para servirem de substratos para o 
desenvolvimento dos fungos; 
Medicinais 
● Cogumelo do sol → Agaricus Blazei → cápsulas ou chás; 
● Ganoderma lucidum → Propriedades medicinais 
Decomposição de matéria orgânica 
● Madeiras, animais; 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO FUNGOS 
Os fungos, durante muito tempo, foram classificados como pertencentes ao Reino Vegetalia, apesar de 
apresentarem características conflitantes com as típicas desse Reino. Não possuem clorofila nem pigmentos 
fotossintéticos, obtendo sua energia por absorção de nutrientes; não armazenam o amido e não apresentam, 
com exceção de alguns fungos aquáticos, celulose na parede celular. 
Os fungos têm, ainda, algumas ​semelhanças com o Reino Animalia​, ou seja, ​armazenam glicogênio e 
possuem quitina na parede celular​. 
 
Os fungos são heterotróficos e eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados, como 
os fungos filamentosos ou bolores e os cogumelos (fungos macroscópicos). Essas características resumidas 
é que justificaram, a partir de 1969, a criação de um Reino separado, o Reino Fungi ou Mycetalia. 
 
 
Classificação dos fungos ou Taxonomia dos Fungos 
● Classificados a nomenclatura binominal de lineu (gênero espécie) e é baseada principalmente em 
critérios morfológicos, reprodutivos e fisiológicos, e os mesmos são agrupados pelas características 
comuns em níveis taxonômicos, 
● Atualmente, a taxonomia dos fungos tem apresentado progressos expressivos baseados em técnicas 
moleculares, principalmente a prova de PCR e seleção de oligonucleotídeos com sondas específicas. 
A biologia molecular tem ajudado a solucionar complexos agrupamentos taxonômicos e permitido um 
melhor conhecimento das relações evolutivas e muitas espécies de fungos anamórficos (sem 
reprodução sexuada conhecida) tem sido classificadas com base nessas novas técnicas moleculares, 
alterando as classificações antigas baseadas em outros critérios. 
● Domínio: ​EUKARYA 
● Reino: ​FUNGI 
● Filo: ***VÁRIOS FILOS*** → sufixo mycota; 
○ Os fungos patogênicos e oportunistas mais importantes estão distribuídos em três filos do reino 
Fungi: Zygomycota, Basidiomycota, Ascomycota e no grupo dos Deuteromycetes, atualmente 
denominados de fungos anamórficos (Figura 64.1.13). 
○ Phytium insidiosum e Rhinosporidium seeberi, organismos hidrofílicos, que classicamente eram 
estudados no reino Fungi, são classificados respectivamente no filo Oomycota e 
Hyphochytriomycota, reino Chromista. 
○ Alguns autores consideram atualmente sete filos no reino Fungi: Chytridiomycota, 
Neocallimastigomycota, Blastocladiomycota; Microsporidia, Glomeromycota, Ascomycota e 
Basidiomycota, mas como não há ainda um consenso, manteremos ainda a classificação em 
três filos mais o grupo de fungos anamórficos ou mitospórico. 
○ Mais significativos: 
■ CHYTRIDIOMYCOTA; 
● Fungos mais antigos; 
● Aquáticos; 
● Hifas cenocítica; 
● Ex: Batrachochytrium dendrobatidis → causador da quitridiomicose em anfíbios 
(declínio desses animais), ocorre no Brasil; 
■ ZYGOMYCOTA; 
● Originaram dos chytridiomycota; 
● Terrestre, mas necessitam extremamente da água para sobrevivência; 
● Hifas cenocíticas; 
● Os representantes desse filo podem ter reprodução sexuada pela formação de 
zigosporos ou assexuada com a produção de esporos, os esporangiosporos, no 
interior de esporângios. 
 
Diferenças entre fungos e vegetais 
 Vegetais Fungos 
Parede celular Celulose Quitina (proteína encontrada no reino animal) 
Reserva energética Amido Glicogênio 
Alimentação Autotrófico (Clorofila) Heterotrófico 
● Os fungos de interesse médico são agrupados principalmente na classe dos 
Zygomycetes, ordens Mucolares e Entomophthorales. 
■ ASCOMYCOTA; 
● Originaram dos zygomycota; 
● CONQUISTA DEFINITIVA DOS FUNGOS PARA O AMBIENTE TERRESTRE 
SE DEU COM OS ASCOMICETAS; 
● Ambiente terrestre; 
● Hifas septadas; 
● A principal característica desse filo é a presença de asco, uma estrutura em 
forma de bolsa ou saco, onde são produzidos os ascósporos (esporos de origem 
sexuada), com várias formas e número, dependendo da espécie. A maioria das 
espécies patogênicas para o homem é enquadrada nesse filo nas classes 
Hemiascomycetes, Loculoascomycetes e Plectomycetes. 
■ BASIDEOMYCOTA; 
● Originaram dos ascomycota; 
● Ambiente terrestre; 
● Hifas septas; 
● Engloba os fungos superiores ou cogumelos.● Os fungos desse filo são caracterizados por ectosporos de origem sexuada, os 
basidiósporos, típicos para cada espécie. 
■ ANAMÓRFICOS 
● Os fungos pertencentes ao antigo grupo Deuteromycetes, é atualmente 
denominado de fungos anamórficos ou fungos imperfeitos, fungos assexuados, 
fungos conidiais, ou fungos mitospóricos. 
● Grande parte destes fungos, atualmente, com os recursos da biologia molecular, 
está sendo reenquadrado principalmente no filo Ascomycota. 
● A maioria dos fungos deste grupo tem hábitat no solo e são os principais 
componentes da microbiota atmosférica e incluem fungos patogênicos e 
oportunistas, antigamente agrupados nas classes Blastomycetes, Coelomycetes 
e Hyphomycetes. 
● Classe: sufixo mycetes; 
● Ordem: sufixo ales 
● Família: sufixo aceae 
● Gênero (espécie): 
IMPORTANTE: 
● Reino: Stramenopila 
● Filo: oomycota (oomicetos) 
○ São semelhantes aos fungos na sua morfologia, na distribuição no ambiente) 
○ Não são fungos verdadeiros; 
○ Filo estudado na micologia também; 
○ O filo Oomycota compreende aproximadamente 700 espécies que possuem características de 
parede celular com celulose e hábitat próprio, geralmente a água. 
○ Nesse filo, é enquadrado o fungo Pythium insidiosum, de relativa importância em micologia 
médica. 
ESTRUTURA GERAL DA CÉLULA FÚNGICA 
● Os fungos podem ser unicelulares ou multicelulares; 
● Quando as células são tubulares é denominada de hifas cujo conjunto constitui o micélio. 
● Todas as células fúngicas são eucarióticas, isto é, possuem núcleo com membrana nuclear. 
 
 
Estruturas externas 
 
Flagelo: Proteínas 
● Função: locomoção, motilidade; 
● Fungos de ambientes aquáticos; 
● Ex: 
○ Filo chytridiomycota (fungos verdadeiros) → Uniflagelado - único flagelo; 
■ zoósporo de allomyces; 
○ Filo oomycota (falsos fungos); 
■ Zoósporo de Phytophthora infestans → fome da batata; 
Cápsula: 
● Composição: Mucopolissacarídeo com estrutura fibrilar composta de amilose e de um poliosídeo 
semelhante à goma arábica 
● Função: Proteção → Evita(dificulta) a fagocitose; 
● Importante Fator de virulência; 
● Ex: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii; 
Parede celular: 
● A parede celular é responsável pela rigidez da célula fúngica; 
● Composição: Quitina e polissacarídeos ( glucanas e mananas); 
○ As mananas, polímeros de manose, representam o material amorfo da parede e são 
diferenciadas em dois tipos: uma manoproteína não enzimática, envolvida na arquitetura da 
parede, e uma manoproteína com características enzimáticas, relacionada com a degradação 
de macromoléculas. 
○ A quitina, um polímero (1,4) de 2-acetamida-2-deoxi--beta-D-glicose, é o principal componente 
estrutural do exoesqueleto de invertebrados e da parede celular fúngica; 
● Função: Conferir a forma do fungo, proteção, importante no transporte de substâncias e na 
antigenicidade; 
○ Antigenicidade → epítopos são determinantes antigênicos que se localizam na superfície mais 
externa dos patógenos; 
■ Paracoccidioides brasiliensis: proteínas imunodominante com função de 
imunoantigenicidade; 
Estruturas internas: 
 
Membrana plasmática: 
● A membrana plasmática contém o citoplasma tendo as mesmas funções da membrana encontrada em 
outras células; 
● É composta de duas camadas de fosfolipídios revestidas por proteínas e apresenta uma série de 
invaginações que dão origem a um sistema de vacúolos ou vesículas, responsáveis por um contato 
entre o meio externo e o interior da célula. 
● As proteínas servem como enzimas, que fornecem à membrana diferentes propriedades funcionais; 
● os lipídeos dão à membrana sua verdadeira propriedade estrutural → Esteróide de membrana: 
ERGOSTEROL; 
○ importante sítio de ação de antifúngicos que atuam na síntese do ergosterol tendo esses 
antifúngicos, toxicidade seletiva para o fungo. 
● Protege o citoplasma; 
● Controle de entrada e saída de nutrientes; 
● Síntese de compostos da cápsula e parede celular. 
 
Citoplasma 
● O citoplasma é onde ocorrem as sínteses e o metabolismo energético e plástico. 
● No citoplasma são encontrados: 
○ Inclusões de glicogênio → que é a principal substância de reserva de energia dos fungos, 
○ Vacúolos de alimentos e gorduras 
■ Vários tamanhos; 
■ Função: digestiva ou de reserva → armazenando glicogênio 
■ Armazenamento de substâncias de reserva da células fúngica; 
● Glicogênio, gorduras; 
○ Mitocôndrios → responsáveis pelos mecanismos energéticos; 
■ constituem o sítio da fosforilação oxidativa e contem DNA e ribossomos próprios; 
■ Possui seu próprio DNA, RIBOSSOMO; 
■ Fosforilação oxidativa; 
■ Membrana interna achatada; 
○ Ribossomos; 
○ Retículo endoplasmático (liso ou rugoso); → responsável pela síntese de proteínas; 
■ O retículo endoplasmático é um sistema comunicante que se espalha pela célula e é 
ligado à membrana nuclear, mas não à membrana plasmática e pode ser revestido 
externamente por ribossomos ou não. 
■ Auxilia na síntese de proteínas e lipídeos; 
■ Ligado à membrana nuclear; 
○ Aparelho de Golgi → Sistema de vesículas, canalículos e estruturas tubulares e está envolvido 
em processos de síntese e secreção, ligados à química de carboidratos. 
■ Armazenamento de substâncias que serão desprezadas pela célula fúngica; 
● Núcleo; 
○ um, dois ou mais núcleos; 
○ Envoltos por uma membrana nuclear (carioteca) com numerosos poros. 
○ Cromossomos lineares, compostos de dupla fita de DNA arrumados em hélice, de natureza 
nucleoproteica contendo DNA e também RNA, de natureza nucleoproteica 
■ Função: é transmitir as informações genéticas do DNA ao resto da célula. 
○ Dentro do núcleo → nucléolo 
■ corpúsculo esférico contendo DNA, RNA e proteínas. 
■ Este corpúsculo é o sítio de produção do RNA ribossomal. 
○ Durante a divisão nuclear, observa-se que a membrana desaparece, sendo substituída por um 
aparato em forma de agulhas (processo mitótico) com numerosos microtúbulos. Após a mitose, 
a membrana nuclear é novamente sintetizada. 
 
 
Lomassomos 
● Não está no citoplasma, está no espaço periplasmático; 
● Pequenas vesículas; 
● Importantes para o desenvolvimento dos fungos; 
● Corpúsculos no periplasma com função desconhecida; 
● periplasma → espaço entre citoplasmas e membrana plasmática; 
 
MORFOLOGIA DOS FUNGOS - ORGANIZAÇÃO SOMÁTICA DOS FUNGOS 
A identificação dos fungos é baseada principalmente em suas características morfológicas e eles apresentam 
uma variedade grande de tipos morfológicos, desde os mais simples até os mais complexos. Basicamente, os 
fungos incluem as leveduras, os bolores e os cogumelos, que são os fungos macroscópicos. 
Os bolores e as leveduras → Quando crescem em substrato adequado, formam colônias visíveis a olho nu 
com diferenças macroscópicas. 
Fungos microscópicos 
● Leveduras 
○ Apresentam colônias pastosas, de cor creme, branca, preta, rosa, dependendo da espécie, 
sendo que a maioria varia de branca a creme. 
○ Unicelulares não apresentando diferenciação morfológica entre parte vegetativa e reprodutiva. 
○ As células têm formas arredondadas, ovóides ou alongadas. 
○ Leveduras do gênero Candida, em determinadas condições de cultivo, reproduzem-se por 
brotamentos sucessivos em cadeia, formando filamento semelhante ao dos bolores, chamado 
de micélio pseudofilamentos . 
● Bolores (Filamentosos) 
○ Formam colônias filamentosas dos mais variados tipos morfológicos (algodonosas, 
pulverulentas, aveludadas e outros) e com uma variedade grande de pigmentos. 
○ Multicelulares e sua unidade estrutural é representada pela hifa, uma estrutura tubular, cujo 
conjunto é denominadode micélio. 
■ Hifas → cilíndricas e alongadas; 
■ SEPTADAS → Hifas compartimentalizadas → uniformização das células, Mesmo 
tamanho. 
● Se adapta melhor a ambientes terrestres; 
■ CENOCÍTICA ​→ Hifas compartimentalização não regular, tamanhos de células 
diferentes; 
● Encontrada em ambiente aquático ou terrestre com muita umidade; 
○ Macroscopia → Classificação: 
■ Algodonoso, Aveludada, pulverulento (grãos de areias), Membranose (lembra um 
plástico, uma membrana); 
○ Crescimento → Ramificação - MICÉLIO (conjunto das hifas); 
○ Microscopia 
■ Micélio Vegetativos; 
● O micélio que se desenvolve no interior do substrato, funcionando também 
como elemento de sustentação e de absorção dos nutrientes; 
● Parte da hifa do fungo que está aderida ao substrato que o fungo se desenvolve; 
○ Solo. placa de petri; 
● Função: Absorver os nutrientes do substrato, sustenta toda nutrição da colônia 
do fungo; 
 
■ Micélio Aéreo 
● O micélio que se projeta na superficie e cresce acima do meio de cultivo; 
● Função: expansão da colônia; 
■ Micélio Reprodutor: 
● O micélio aéreo e vegetativo dos fungos filamentosos pode diferenciar-se em 
determinados pontos e formar o micélio reprodutivo, onde são formados os 
esporos, também chamados de propágulos, e que podem ter origem sexuada ou 
assexuada. 
● Corpo de frutificação → morfologia reprodutiva; 
● é de fundamental importância na identificação morfológica da maioria das 
espécies fúngicas. 
Dimorfismo fúngico 
● Os fungos podem ter morfologia diferente, segundo as condições nutricionais e a temperatura de seu 
desenvolvimento. → Apresentam as duas morfologias dos fungos; 
● IMPORTANTE FATOR DE VIRULÊNCIA ​→ Fungos patogênicos; 
● Condição biológica que alguns fungos têm para sobreviver em diferentes condições de temperaturas 
→ Depende de aspectos ambientais que determinam qual forma o fungo devem tomar; 
● Termodimórficos (dimorfismo termo-dependente) → Temperatura; 
○ Geralmente encontram-se no ambiente na forma filamentosas; 
● Que se expressa por um crescimento micelial entre 22oC e 28oC e leveduriforme entre 33oC e 37oC. 
○ Em geral, essas formas são reversíveis. 
○ A forma micelial (M, mould) ou saprofítica é a forma infectante e está presente no solo, nas 
plantas etc. 
○ A forma leveduriforme (Y, yeast) ou parasitária é encontrada nos tecidos e in vitro em meios 
enriquecidos a 37oC. 
○ Este fenômeno é conhecido como dimorfismo e se observa entre os fungos agentes de 
micoses sistêmicas e subcutâneas, como Histoplasma capsulatum, Paracoccidioides 
brasiliensis, Sporothrix schenckii, Blastomyces dermatitidis. 
○ Na Candida albicans, a forma saprofítica infectante é a leveduriforme e a forma parasitária, 
isolada dos tecidos, é a micelial. Em laboratório, é possível reproduzir o dimorfismo mediante 
variações de temperatura de incubação, de tensão de O2 e meios de cultura específicos. 
NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO DOS FUNGOS 
 
Os fungos são microrganismos ​eucarióticos que se encontram amplamente distribuídos no solo, na água, 
em alimentos, nos vegetais, em detritos em geral, em animais e no homem; 
Não possuem mecanismos químicos fotossintéticos ou autotróficos para produção de energia ou síntese de 
constituintes celulares. 
Um propágulo de fungo, tendo os nutrientes adequados à sua disposição, se reproduz 
sucessivamente originando novas estruturas. Nesse processo de desenvolvimento vários fatores 
importantes interferem como, umidade relativa do ar, temperatura, pH e outros. 
Fatores ambientais importantes 
● Tensão de O​2 
● Temperatura 
● Umidade 
● Luz 
Respiração 
● Em sua maioria são ​aeróbios ​obrigatórios; 
 
● Microaerofilia ou ​Anaerobicas​→ com exceção de certas leveduras fermentadoras anaeróbias 
facultativas, que podem desenvolver-se em ambiente com oxigênio reduzido (microaerofilia) ou 
mesmo na ausência deste elemento (anaeróbicas). 
● Os fungos absorvem oxigênio e desprendem anidrido carbônico durante seu metabolismo oxidativo. 
Alguns fungos podem germinar muito lentamente em meio com pouco oxigênio; 
● Na respiração, ocorre a oxidação da glicose, processo essencial para a obtenção de energia; 
Nutrição 
● Heterotróficos → Devido à ausência de clorofila, os fungos, para se nutrirem, necessitam de 
substâncias orgânicas que eles próprios são incapazes de elaborar. 
● Podem viver como sapróbios, parasitas ou simbiontes: 
○ Os sapróbios 
■ Utilizam substâncias orgânicas inertes, muitas delas em decomposição. 
■ Grande maioria dos fungos do ambiente; 
■ Solo. ambiente, reciclagem de nutrientes. decomposição; 
○ Os parasitas 
■ Desenvolvem em outros organismos vivos, os hospedeiros, e nutrem-se de substâncias 
existentes em suas células vivas. 
○ Os simbiontes 
■ Associam-se com outros organismos, prestando mútua ajuda em suas funções. 
■ Liquens → relação simbiótica entre algas e fungos. 
■ Fungos associados a raízes de plantas; 
● A nutrição da maioria dos fungos dá-se por absorção, processo em que enzimas adequadas 
(exoenzimas) hidrolisam macromoléculas, tornando-as assimiláveis através de mecanismos de 
transporte. 
○ Enzimas → Podendo ser fatores de virulência durante o parasitismo; 
Reprodução 
● O crescimento vegetativo e a reprodução assexuada ocorrem em meio com pouco oxigênio; 
● A reprodução sexuada se efetua apenas em atmosfera rica em oxigênio. 
 
Umidade relativa do ar 
● A umidade relativa do ar ótima para seu desenvolvimento situa-se na faixa de 75 a 95%; 
● Os fungos suportam uma ampla variação de umidade, conseguindo se desenvolver em ambientes 
com teores extremamente baixos. 
Água 
● Necessitam de água para o seu desenvolvimento. 
● Algumas espécies são halofílicas e desenvolvem-se em ambiente com elevada concentração de sal. 
● Atualmente, de maneira geral, sabe-se que as necessidades de crescimento dos fungos devem ser 
expressas em referência à Atividade de água (Aa) do substrato. Esse fato está relacionado à 
quantidade de água disponível para que os micro-organismos se desenvolvam e realizem suas 
funções metabólicas. 
● A atividade de água mínima para o crescimento da maioria dos fungos, principalmente os 
contaminantes de alimentos, é na faixa de 0,80; abaixo de 0,60 de atividade de água, os fungos em 
geral não se reproduzem. 
Temperatura 
● A temperatura de crescimento abrange uma larga faixa, havendo espécies psicrófilas, mesófilas e 
termófilas. 
● Os fungos de importância médica, em geral, são mesófilos → ​Apresentando temperatura ótima 
entre 20oC e 30oC. 
Luz 
 
● No desenvolvimento vegetativo os fungos preferem a obscuridade ou luz difusa; 
● No desenvolvimento da parte reprodutiva → procuram a luz para a sua formação; 
● A luz solar direta → Na maioria das vezes é um fator fungicida, devido às radiações ultravioletas; 
Crescimento fúngico 
● Alguns microorganismos podem influenciar o crescimento fúngico, devido à competição que se 
estabelece no substrato de cultivo. 
● Interações ecológicas entre fungos que se desenvolvem no mesmo substrato assumem grande 
interesse para a compreensão dos mecanismos que controlam a produção de metabólitos na 
natureza. Tais interações podem ser classificadas em antagônicas (ativa e passiva) ou sinérgicas. 
○ Antagonismo ativo → ocorre quando há inibição por contato ou inibição de crescimento pela 
produção de antibióticos, ácidos, etc; 
○ Antagonismo passivo → não há inibição de um micro-organismo pelo outro, ocorrendo a 
competição por espaço ou por nutrientes essenciais; 
○ Interações sinérgicas → há o favorecimentode um ou ambos os micro-organismos que 
colonizam o mesmo substrato. 
● O crescimento dos fungos é mais lento que o das bactérias, e suas culturas precisam, em média, de 7 
a 15 dias ou mais de incubação. 
● Velocidade de crescimento → Depende de cada espécie, porém hifas cenocíticas crescem mais 
rápidos por não terem tantas sepcitação; 
Meio de cultivo 
● O meio artificial mais utilizado em Micologia é o meio de Sabouraud, que tem como fonte de carbono 
(C) a glicose e, como fonte de nitrogênio (N), a peptona; 
● A maioria dos fungos assimila essas duas substâncias conseguindo desenvolver-se nesse meio. 
● Com a finalidade de impedir o crescimento bacteriano, o qual pode inibir ou se sobrepor ao do fungo, é 
necessário incorporar aos meios de cultura antibacterianos de largo espectro, como o cloranfenicol. 
Também se pode acrescentar cicloheximida para diminuir o crescimento de fungos sapróbios 
contaminantes dos cultivos 
Importância 
● Algumas leveduras, como Saccharomyces cerevisiae, fazem o processo de fermentação alcoólica de 
grande importância industrial na fabricação de bebidas e na panificação; 
● O pleomorfismo nos dermatófitos se expressa pela perda das estruturas de reprodução ou conídios, 
com variações morfológicas das colônias. 
REPRODUÇÃO DOS FUNGOS 
A reprodução dos fungos pode ser de forma sexuada ou assexuada. 
A reprodução sexuada entre os fungos contribui, através da recombinação genética, para a 
variabilidade necessária ao aperfeiçoamento da espécie. Em geral, esses fungos com reprodução 
sexuada produzem, em determinadas fases de seu ciclo, estruturas assexuadas, os conídios, que asseguram 
a sua disseminação. Essa característica de mudança de tipo de reprodução reflete-se em características 
morfológicas diferentes e o mesmo fungo recebe denominações diferentes. Por exemplo, o fungo 
leveduriforme Cryptococcus neoformans em sua fase sexuada é denominado Filobasidiella neoformans. 
Fase teleomórfica ou perfeita ou meiospórico → A fase sexuada dos fungos; 
Fase anamórfica ou imperfeita ou mitospórico→ a fase assexuada; 
Leveduras 
● A maior parte das leveduras reproduz-se assexuadamente por brotamento ou gemulação e por fissão 
binária. 
 
○ Fissão → uma célula dá origem a duas; 
■ Na fissão binária, a célula-mãe divide-se em duas células de tamanhos iguais. 
○ Brotamento → Evaginação da parede e da membrana, dando origem a um broto (célula filha) 
■ Principal modo de reprodução assexuada das leveduras 
■ Blastoconídio (Blastóporo;) → broto; 
■ A célula-mãe origina uma gêmula → o blastoconídio → que cresce e recebe um núcleo 
após a divisão do núcleo da célula-mãe. 
○ No seu ciclo evolutivo, algumas leveduras podem originar esporos sexuados, ascósporos, após 
duas células sofrerem fusão celular e nuclear, seguida de meiose. 
Fungos Filamentosos 
O micélio reprodutivo é de fundamental importância na identificação 
morfológica da maioria das espécies fúngicas. 
O micélio vegetativo dos bolores 
● Pluricelular filamentoso e pode ser septado ou contínuo 
○ sem septos → quando é chamado de cenocítico. 
● Pode formar estruturas de propagação,de resistência ou de 
fixação em substratos: 
○ a) artroconídio ou artrósporo: fragmentação do 
micélio vegetativo em estruturas retangulares com 
formação de uma parede espessa ao redor; 
■ Liberação de células do conídio através da 
desarticulação das células; 
○ b) clamidoconídio ou clamidósporo: estruturas de 
resistência, apresentando células arredondadas de 
parede dupla e espessa e volume aumentado, de 
localização apical ou intercalar em relação ao micélio. 
Os clamidoconídios são formados em condições 
ambientais adversas, como escassez de nutrientes, 
de água e temperaturas não favoráveis ao 
desenvolvimento fúngico ; 
■ Quando o ambiente não é favorável a célula 
se reorganiza para uma forma esporulativa e 
quando for conveniente a célula volta ao seu 
estado normal; 
○ c) esclerócio: corpúsculo duro e parenquimatoso de 
coloração escura, formado pelo entrelaçamento de 
hifas; 
○ d) rizoide: prolongamentos emitidos pelo micélio e 
que servem para absorver alimentos ; 
○ e) apressórios: (órgãos de fixação), e muitas outras 
estruturas, como hifas em espiral, hifas pectinadas, 
etc. cujas funções não são bem conhecidas. 
● O micélio vegetativo, em determinados pontos, se diferencia 
em estruturas de reprodução, com morfologias 
características importantes na identificação dos fungos. 
Essas estruturas constituem o micélio reprodutivo, que 
cumpre as funções de disseminação e preservação da 
espécie. 
 
 
No micélio reprodutivo 
● há formação de células especiais denominadas esporos, que apresentam formas variadas: 
○ cilíndricos, elípticos, fusiformes, ovóides, baciliformes, piriformes e outras; hialinos ou 
pigmentados; simples ou septados, com septos transversais, longitudinais; lisos, verrucosos ou 
ciliados; grandes, pequenos. 
○ A morfologia dos esporos e o modo de formação são características importantes na 
identificação de gêneros e espécies de fungos. 
○ Os esporos, de acordo com sua origem, podem ser assexuados, quando são formados por 
reprodução assexual ou agâmica, ou sexuados, quando formados pela fusão de células com 
caráter de sexualidade. 
○ Os esporos assexuados e os sexuados podem ser formados: 
■ Endósporos → interior de estruturas do micélio reprodutivo; 
■ Ectosporos → fora de estruturas do micélio reprodutivo; 
Reprodução assexuada 
● Ectosporos 
○ Os ectosporos de origem assexuada são 
denominados de conídios e são formados na 
extremidade de hifas especiais, os conidióforos, 
que podem ou não ser ramificados. 
○ Conídios → são formados na extremidade do 
conidióforo, outras vezes nascem ao longo do 
micélio vegetativo e são denominados conídios 
sésseis. 
■ Em alguns fungos, o conidióforo e os 
conídios são formados dentro de células 
especiais denominadas picnídios. 
■ Os conídios representam o modo mais comum de reprodução assexuada e cumprem 
importante papel na dispersão dos fungos na natureza. 
■ As células que dão origem aos conídios são denominadas células conidiogênicas. 
■ Os conídios podem ser hialinos ou pigmentados e apresentam formas diferentes 
● Esféricos, fusiformes, cilíndricos, piriformes etc., 
● Com parede lisa ou rugosa; 
● Formados por uma única célula ou ter septos em um ou dois planos, 
apresentando-se isolados ou agrupados. 
● Os fungos que se reproduzem por conídios caracterizam a antiga subdivisão 
Deuteromycotina, atualmente chamados de anamórficos. 
● Endósporos 
○ Os endósporos assexuados de fungos filamentosos que possuem hifas não septadas 
originam-se em estruturas denominadas esporângios → por um processo interno de clivagem 
do citoplasma e são chamados esporangiosporos. 
■ Pela ruptura do esporângio, os esporos são liberados. 
■ A hifa especial que sustenta o esporângio é denominada esporangióforo. 
■ Esses propágulos são encontrados nos Zigomicetos. 
 
Reprodução sexuada 
● Ectosporos → originam-se da fusão de estruturas diferenciadas com caráter de sexualidade. 
○ Conidiósporos → Corpo de frutificação → 
■ Capaz de identificação do gênero dos fungos pelos corpos de frutificação; 
■ Conídios → se desprendem por choques mecânicos (ventos, batidas, entre outros); 
 
■ Cada concílio tem potencial para gerar uma nova colônia. 
■ Conídios → várias formas (arredondada, curvada, entre outras); 
■ Coloração → Depende de cada gênero 
● Fungos hialinos ( semcoloração → coloração por causa do corante); 
● Fungos demastiascito → coloração escuros (coloração acastanhada) → possui 
melanina na parede celular; 
○ Melanina → ​FATOR DE VIRULÊNCIA → Proteção contra radiação 
ultravioleta, contra danos oxidativos, contra fármacos antifúngicos, 
adsorver; 
■ Reprodução aberta; 
● Ascomicetos 
● Endósporos 
○ Os propágulos sexuados internos (endósporos) são denominados de ascósporos e são 
formados no interior de células especiais, os ascos, e caracterizam a subdivisão Ascomycotina. 
○ Esporangiócito → Corpo de frutificação: 
■ Esporângio → “bolsa”; 
■ Esporangiosporos → poros dentro da bolsa; 
● Esporos com flagelos; 
● zoósporo → nome dos poros flagelados; 
■ Reprodução fechada 
● zigomicetos, quitridiomicetos; 
● reprodução em meio aquático; 
● Oomycota → fungos falsos 
○ zoósporo biflagelados; 
 
Reprodução dos Zigomicetos 
 
 
 
Reprodução dos Ascomicetos 
● Os ascos podem ser simples, como em algumas leveduras ou distribuir-se em lóculos ou cavidades do 
micélio — o ascostroma — ou ainda estar contidos em corpos de frutificação; 
● Os ascocarpos que recebem, de acordo com sua morfologia, as seguintes denominações: 
○ cleistotécio → estrutura globosa, fechada, de parede formada pela união de hifas, contendo um 
número indeterminado de ascos, cada um geralmente com oito ascósporos em seu interior; 
 
○ peritécio → estrutura piriforme com um poro por onde são eliminados os ascos; apotécio - 
ascocarpo aberto em forma de taça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reprodução dos basidiomicetos 
 
● O núcleo haploide de uma célula doadora funde-se com o núcleo haploide de uma célula receptora, 
formando um zigoto. 
● Posteriormente, por divisão meiótica, originam-se quatro ou oito núcleos haploides, alguns dos quais 
se recombinam geneticamente. 
 
● Os propágulos sexuados externos, denominados de basidiósporos, são formados na extremidade de 
uma hifa fértil denominada basídio e caracterizam a subdivisão Basidiomycotina que engloba os 
cogumelos ou fungos. 
● Cogumelo → Emaranhado de hifas em seu estado dicariótico 
O fenômeno da parassexualidade 
● demonstrado em Aspergillus; 
● Consiste em fusão de hifas e formação de heterocário que contém núcleos haploides. 
● Às vezes, esses núcleos fundem-se e originam núcleos diploides, heterozigóticos, cujos cromossomos 
homólogos sofrem recombinação durante a mitose. Apesar de estes recombinantes serem raros, o 
ciclo parassexual é importante na evolução de alguns fungos. 
Os fungos apresentam, em determinadas circunstâncias, um pleomorfismo que dificulta a sua identificação 
morfológica. Várias espécies, quando mantidas em cultivo artificial durante muito tempo, pleomorfizam-se e 
perdem as características morfológicas originais que permitem a sua identificação. Outros, por uma série de 
fatores, perdem a capacidade de esporular, e eventualmente não apresentam nenhuma característica 
morfológica que permita o reconhecimento da espécie. Alguns fungos mudam da fase filamentosa para a 
 
leveduriforme ou vice-versa assumindo características macro e microscópicas típicas de bolor ou de levedura. 
Os fungos variam também seu tipo de reprodução, entre assexuada e sexuada, de acordo com as condições 
e esses diferentes tipos de reprodução traduzem-se em diferentes morfologias, refletindo- se inclusive na 
classificação taxonômica dos fungos. 
Reprodução sexuada 
Etapas 
● Plasmogamia 
○ Junção dos citoplasmas → estado cariótipo; 
○ Dicariótico → dois núcleos; 
● Cariogamia 
○ Fusão de núcleo 
○ Diploide; 
● Meiose 
○ Haplóide; 
Ciclo de vida 
● Zigomiceto 
○ Reprodução sexuada 
■ Hifas (+) e Hifas (-) → fusão e formação dos gametângios; 
■ Formação do zigósporos → Meiose --> 
AULA 2 
IMPORTÂNCIA DAS MICOSES 
Bilhões de pessoas desenvolvem infecções fúngicas cutâneas → 4° doença mais prevalente no mundo; 
1 milhão de olhos ficaram cegos a cada ano por causa de ceratites fúngicas → São tratadas com antifúngicos 
(75% têm curas). 
● Problema está no diagnóstico → Sempre se confundem com infecções bacterianas; 
● Diagnóstico tardio; 
Micoses são doenças negligenciadas 
● As doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são 
consideradas endêmicas em populações de baixa renda. 
 
● Essas enfermidades também apresentam indicadores inaceitáveis e investimentos reduzidos em 
pesquisas, produção de medicamentos e em seu controle. 
● As infecções fúngicas afetam aproximadamente um quarto da 
população global, causando 1,5 milhao de mortes por ano. 
● Micoses → São negligenciadas entre as doenças 
negligenciadas; 
The one health triad → Saúde única; 
● Saúde das pessoas → Micoses; 
● Saúde dos animais → Zoonoses; 
● Saúde do meio ambiente → Saprofitismo no ambiente 
(homem adentra o ambiente e se infecta); 
Zoonoses 
● Transmissão Direta → Os animais transmitem por contato, 
mordedura, ou seja, contato direto com o homem; 
○ Dermatofitoses → Esporotricoses 
● Saprozoonoses → O fungo está no ambiente, Reservatório abiótico; 
○ Criptococose → Doença do pombo; 
○ Histoplasmose; 
○ Paracoccidioidomicose; 
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 
Classificação ocorre de acordo com a região com os fungos atingem os tecidos; 
● Superficiais: 
○ Na maioria das vezes por fungos da própria microbiota normal, mas também pode ocorrer por 
contato; 
■ Pitiríase versicolor → micose de praia ou pano branco - Levedura malasezia; 
● Cutâneas: 
○ Contato → dermatofitoses → zoonoses 
○ Candida → microbiota normal; 
● Subcutâneas: 
○ Infecção por traumatismo → micoses de implantação; 
■ Por material vegetal → arranhões → Materiais perfurocortantes, espinhos de rosas, 
madeiras, instrumentos agrícolas, entre outros. 
■ Por animais → arranhaduras ou mordeduras 
● Esporotricoses → Zoonoses → transmissão direta; 
● Cromoblastomicose; 
● Pitiose; 
● lacaziose; 
● Sistêmicas: 
○ Patogênicos → micoses endêmicas causadas por fungos dimórficos; 
■ Penetram o organismo, de maneira geral, pela via inalatória; 
■ Dimorfismo → ​FATOR DE VIRULÊNCIA; 
■ No ambiente estão na forma filamentosas produzindo seus conídios, ; 
■ Os conídios se desprendem dos micélios dos fungos e penetram no organismo animal 
pela via inalatória. 
■ Dentro do organismo → temperatura elevada (28°C) os fungos se transformam em 
leveduras; 
■ Via de regra, o pulmão é o primeiro órgão a ser afetado → complexo primário com os 
linfonodos → fungo na sua forma de levedura, atinge a circulação sistêmica → aonde 
 
ele encontrar um vaso de menor calibre que ele, ele se desenvolve, podendo atingir 
diversos órgão; 
■ Exemplos(acontecem no continente americano): 
● Paracoccidioidomicose; 
● histoplasmose; 
● Cocciodioidomicoses; 
● Blastomicose (Sò ocorre nos estados unidos); 
○ Oportunistas 
■ Penetram no organismo via inalatória, via digestiva, a microbiota normal, através de um 
ferimento já aberto ou extenso; 
■ Exemplo: 
● Candidíase sistêmica → Faz parte da microbiota Gastrointestinal → pode 
ocorrer alguma translocação e atingir outros órgãos e assim desenvolver uma 
micose sistêmica. 
● criptococose → Fezes das pombas; 
● Fusariose; 
● Zigomicoses → mucomicoses; 
● Aspergiloses; 
● Tricosporonose; 
■ Baixa resposta imune → Em geral são indivíduos imunossuprimidos 
MICOSES SUPERFICIAIS 
Piedras (brancas e pretas) 
● Nódulos fúngico no pelo → Fios de cabelo, pêlos pubianos; 
● Não causa risco a vida do indivíduo; 
● Exame micológico direto → Fio em questão com o fungo diretamente visualizado no microoscópico; 
● Piedras blancas 
○ Levedura→ ​Trichosporon​ (também causa graves infecções sistêmicas); 
○ Macroscopicamente → relevo cerebriforme, cor branca; 
○ Microscopicamente → Leveduras e hifas artrosporadas; 
■ Classificado como uma levedura, mas tem a habilidade formar hifas curtas, dando 
aspecto aveludados para a cultura; 
○ Várias espécies; 
■ T. asahii e T. mucoides → ​Sistêmicas; 
■ T. Asteroides e T. Cutaneum → ​ Infecções superficiais; 
■ T. ovóides → ​Piedra branca no couro cabeludo; 
■ T. inkin → ​Piedra branca geniral; 
○ Diagnóstico laboratorial 
■ Direto → Micológico do pelo → hidróxido de potássio; 
■ Cultura → ágar sabouraud; 
■ Biologia molecular → Para análise filogenética e para a identificação do agente (para 
identificação da espécie); 
○ Nódulo não é firmemente aderido ao fio → móvel. 
● Piedras pretas 
○ Fungo filamentoso → ​Piedra hortaea; 
○ Fungo dematiáceos ​→ Fungo que contêm melanina na sua parede celular; 
○ Nódulos são escuros e fixos; 
○ Presença de ascos e ascósporos típicos; 
○ Ocorrem preferencialmente nos fios de cabelo; 
○ Distribuição: Região tropical e subtropical → ​Amazônia; 
○ A infeção é estimulada por alguns indígenas → considerado um adorno, adereço; 
 
○ Fonte de infecção → Solo; 
○ Cultura → crescimento em in vitro é muito difícil, pois o crescimento é muito lento, demora mais 
de 30 dias para o desenvolvimento, o meio acaba desidratando antes mesmo do fungo crescer. 
○ Poucos artigos → 8 artigos no Pubmed; 
○ Solo → degradação de matéria orgânica; 
○ Diagnóstico 
■ Direto → Micológico do pelo → hidróxido de potássio; 
Tinea nigra 
● Mancha escura na pele → acastanhada; 
● Fungo dematiáceos​ → Fungo que contêm melanina na sua parede celular; 
● Armadilha diagnóstica → Lesão de mancha escura pode ser confundida com lesões mais graves como 
melanomas por exemplo; 
○ Diagnóstico diferencial com raspagem de pele; 
● Hortaea werneckii →​ Ascomycota; 
● Habitat desconhecido → poucos se sabe do ambiente; 
○ Geralmente associado a altas concentrações de sal: Ambientes marinhos, peixes dessecados, 
água do mar, frutos do mar; 
○ Podendo ser encontrado também no solo, húmus, água de esgoto e madeira. 
● Diagnóstico laboratorial 
○ Micológico direto → Raspado da lesão do paciente, coleta as escamas na lamina, mistura com 
hidroxido de potassio; 
● Macroscopia → colônia escura; 
Pitiríases versicolor 
● Micose da praia ou pano branco; 
● Lesões assintomáticas → locais onde a levedura se desenvolve não se "bronzeiam" na praia/piscina. 
● Fungos leveduriformes → Gênero ​Malassezia ​→ Basidiomycota → fungos da microbiota normal; 
● Genêro → mais ou menos 18 espécies; 
● Macroscopia 
○ Levedura opaca, cremosa ou seca, coloração caramelo. 
○ Aparenta estar seca; 
● Microscopia 
○ Aspecto peculiar → brotamentos únicos e de bases largas; 
● Fazem parte da microbiota da pele de homem e de animais; 
● Leveduras lipofílicas e lipo-dependentes → A maioria necessita de um substrato gorduroso, acido 
graxos, para poder fazer o isolamento em vitro desse gênero; 
○ Exceção: malassezia parquedermasi; 
● Fatores de virulência: 
○ Esterase; 
○ Lipase​ → Ac. graxos → nutrição e proteção (bolha lipídica) ; 
○ Fosfatase ácida; 
○ Lipoxigenase → 
○ Protease ​→ degrada proteínas → desencadeia Prurido intenso; 
● Lesões → esbranquiçadas, pequenas ou maiores (união de várias); 
○ comum em adolescentes → exacerbação das glândulas sebáceas; 
○ Geralmente assintomática → perceptíveis quando a pessoa toma sol, pela despigmentação da 
melanina; 
○ descamação do couro cabeludo; 
○ Foliculites (folículo capilar e glândula sebácea). 
○ Obstrução do canal lacrimal; 
○ Dermatite seborreica; 
 
○ Infecções sistêmicas em paciente com terapia intra lipídica com cateter; 
● Diagnóstico laboratorial 
○ Micológico direto → Raspado da lesão do paciente; 
■ Quando tem um efeito patogênico, se apresenta de forma hifas curtas, como se fossem 
filamentos → Mais invasiva e agressiva; 
■ A filamentação só ocorre como forma de escape da resposta imunológica do 
hospedeiro → É mais fácil para uma célula de defesa fagocitar uma célula única 
redonda do que uma filamentosa; 
■ Geralmente se apresenta como forma de levedura com brotamento único; 
MICOSES CUTÂNEAS 
Fungos dermatófitos → causam micoses cutâneas; 
Pele 
● Maior órgão do corpo → envolve todo o corpo; 
● Mais ou menos % do peso corporal; 
● Funções: Regulação térmica, defesa e sensibilidade; 
● Camadas: Epiderme, derme e hipoderme; 
Infecções fúngicas mais prevalentes em humanos e animais 
Fungos cosmopolitas → estão​ presentes em qualquer parte do planeta. 
Fungos dermatófitos deram inícios aos estudos da micologia médica; 
Fungos biologicamente relacionados → ​degradam queratinas 
Dermatofitose ​→ Refere às infecções fúngicas causadas por fungos dermatófitos; 
Dermatomicoses ​→ Qualquer infecções fúngicas da pele; 
Onde tem queratina → Cabelo, pelo, pelo, cascos, chifre, unhas, escamas, penas, entre outros; 
Filo → Ascomycota; 
Ordem → Onygenales; 
Família → Arthrodermataceae 
Genero → Microsporum, Trichophyton, Epidermophyton; 
Fungos filamentosos 
Fungos hialinos → desprovidos de pigmentos; 
Macroscopicamente → Não dá pra diferenciar, São muito parecidos, Aspectos algodonoso, coloração 
esbranquiçado; 
Microscopia 
● Microsporum 
○ Hifas septadas; 
○ Frutificação aberta → conídios 
○ Macroconidio → fusiforme - Mais abundante na microscopia; 
○ Microconídios; 
○ Degradação de queratina → Pele e pelo; 
● Trichophyton 
 
○ Hifas septadas; 
○ Frutificação aberta → conídios 
○ Macroconidio →retangular - quase não se apresentam 
○ Microconídios → muito abundante; 
○ Degrada muitos tipos de queratina → Pele, Pelo e unha; 
● Epidermophyton 
○ Hifas septadas; 
○ Frutificação aberta → conídios 
○ Macroconidia → Claviforme→ Forma de raquete; 
○ Microconídios → Ausente; 
○ Degradação de queratina → Pele; 
Fatores de virulência 
● Proteases → Proteolítica → degradação das proteínas presente na pele dos hospedeiros para os fungos 
se nutrir; 
Parasitismo em pelo 
● Parasitismo ectotrix → Parasitismo fora do pelo; 
○ M. Canis; 
● Parasitismo endotrix → Dentro do pelo; 
○ T.Equinum; 
Parasitismo pele e unha 
● Hifas artrosporadas → Artrósporo ou artroconídio; 
Origem evolutiva 
● Fungos queratinofílico → degradam queratina; 
● Origem mais provável é o solo; 
● Adaptação a animais e ao homem → 
○ Primeiramente Geofílicas → depois zoofílica e posteriormente antropofílica; 
○ Zoofílicos → ​M. canis​;T. Verrucosum, T. Equinum, T. mentagrophytes; 
○ Antropofílicos → ​T. Rubrum​, E. Floccosum, M. Audouinii; 
○ Geofílicos → M. Nanum, ​M. Gypseum​; 
Tipo de infecções 
● Infeções homólogas 
○ Crônicas; 
○ Assintomáticas; 
○ Resolvem-se espontaneamente; 
○ Infecções por aqueles fungos que são característicos das espécie; 
■ Humanos → Com infecção antropofílica; 
■ Animais → com infecção zoofílica; 
● Infecções heterólogas 
○ Agudas; 
○ Sintomáticas; 
○ Não se resolvem espontaneamente; 
○ Reações inflamatórias mais intensas; 
○ Infecções por aqueles fungos que não são característicos da espécie; 
■ Humanos → Com infecção Geofílica ou zoofílica; 
■ Animais → com infecção Geofílica ou antropofílica; 
Hospedeiro 
● Desalojado mecanicamente → Lavar as mãos, se coçar, rolar no chão, tomar banho, ou qualquer manejo 
que desloque os artrosporos mecanicamente → sai da superfície de contato → Fungo não se estabelece; 
● Estabelecer no local: 
○ Sem sintomas 
■ Infecção homologa; 
 
○ Sinais Clínicos 
■ Infecção homologa → animal imunodeprimido; 
■ Infecção heterologa; 
Resposta inflamatória dos fungos dermatófitos 
● Eritema → Vermelhidão na pele; 
● Calor; 
● Exsudato → Extravasamento de líquido da corrente sanguínea que se deposita na pele e forma crostas; 
● Alopécia → Perda do pelo ou cabelo; 
● Lesões em formade anel → O fungo tende a se “mover” do local para “fugir da inflamação”; 
● Erupções nodulares → Kerion → Manifestações inflamatórias mais intensas; 
Microsporum Canis 
● Foi isolado primeiramente de um cão na inglaterra; 
● Gato → Reservatório saudável, sem manifestação clínica, 
potencial transmissor; 
○ Infecção homóloga → assintomática → 
Cronicidade; 
● Macroscopia → Aspecto algodonoso, hialina, coloração 
esbranquiçada; 
● Microscopia → Hifas septadas; 
○ Frutificação aberta → conídios 
○ Macroconidio → fusiforme - Mais abundante na 
microscopia; 
○ Microconídios; 
○ Degradação de queratina → Pele e pelo; 
Dermatofitoses em humanos 
Tinea Capitis 
● Tinea fávica → T. Schoenleinii 
○ Odor → urina de rato; 
○ Cabelo rarefeito → foliculite intensa → 
alopecias definitiva; 
○ Não é comum hoje em dia → comum nas 
épocas de viagem de navio; 
○ Exame → micológico direto do pelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tinea 
corporis 
● Patognomônico → Bordos bem delimitados 
● Aspecto circular; 
● T. Mentagrophytes; 
 
● T. rubrum; 
● M. Canis; 
Tinea Faciei 
● ASpecto circular, bordos bem delimitados; 
● T. Mentagrophytes; 
● T. Rubrum; 
● M. Canis; 
Tinea Barbae 
Tinea cruris 
● Local → virilha; 
● Fatores predisponentes → Maceração, Calor e 
umidade facilita o desenvolvimento; 
● Bordos bem marcados; 
● t. Rubrum 
● E. Floccosum 
Tinea Manum 
● Bordos delimitados; 
● T. Rubrum; 
● T. Mentagrophytes;; 
● T. Tonsurans; 
Tinea pedis 
● Pé de atleta; 
● Forma disidrótica → bolhas 
● Forma hiperceratótica → Pele espessa; 
● Forma intertriginosa → Entre os dedos → Frieira; 
● T. Rubrum; 
● T. Mentagrophytes; 
Tinea unguium 
● Onicomicose → Dificuldade de tratamento; 
● T. Rubrum; 
● T. Mentagrophytes; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tinea Imbricata - “tokelau” 
● Clima Tropical 
○ Ilhas do pacifico - Ilhas Fidji; 
○ índia; 
○ America - Guatemala, méxico, Colômbia, 
Brasil; 
○ África - Etiópia, Egito; 
● Populações isoladas; 
● Homens adultos 
● Microepidemias familiares; 
● Higiene insatisfatória; 
● Promiscuidade 
● Agente: ​T. Concentricum​; 
● Trajeto serpiginoso → Lembra impressões digitais; 
Dermatofídes 
● Reação de hipersensibilidade à distância de um foco de 
dermatofitose; 
● Indivíduo que tem alguma dermatofitose em alguma parte do corpo e 
desenvolve uma alergia em uma região que o fungo não se encontra 
 
Diagnóstico Laboratorial 
● Coleta de material → Principalmente 
dos bordos da lesão 
○ Raspado de pele; 
○ Peles ou cabelos; 
○ Unhas → coletar no interfase 
entre a unha afetada e a 
unha sadia; 
● Exames 
○ Micológico direto 
■ Pegar o raspado, pelo cabelo, ou 
unha, colocar na lâmina e colocar 
com hidróxido de potássio (agente 
clarificador); 
■ Pele e unha → observa-se as hifas 
artrosporadas dos dermatófitos; 
■ Pelos ou cabelos → observa-se 
onde está ocorrendo o parasitismo, 
dentro ou fora do pelo ou cabelo 
(Endotrix ou ectotrix); 
○ Para isolar e saber o agente etiológico → 
Cultivar em meio de cultura; 
 
■ Meio seletivo → Mycosel; 
● Composição nutricional mesma do sabouraud porém com antifúngico que torna o 
meio mais seletivos → os dermatófitos são resistes ao a cicloheximida (antifúngico 
presente); 
● Porque usar esse meio → Essas amostras estão muito contaminadas, amostras 
externas, possuindo assim outros contaminantes como outros fungos e 
microorganismos, se não utilizar o antifúngico poderá crescer outros fungos que não 
são interesse. 
Diagnóstico diferencial 
● Lâmpada de wood → Utiliza luzes ultravioletas → os fungos respondem com a fluorescências caso 
presentes; 
Prevenção e controle das dermatofitoses 
● Difícil → Fungos transmissíveis facilmente por contato; 
● Evitar o contato com animais ou pessoas enfermos (problemas está nos assintomáticos); 
● Isolamento e tratamento do enfermos; 
● Higienização das instalações; 
 
AULA 3 - 
 
MICOSES SUBCUTÂNEAS - CARACTERÍSTICAS GERAIS 
Os agentes de micoses subcutâneas vivem em estado saprofítico no solo, nos vegetais e nos animais de vida livre, 
e são parasitas acidentais do homem e dos animais, que se infectam por ocasião de um traumatismo na pele, com 
material contaminado. Em geral, a micose localiza-se na pele e no tecido subcutâneo, próximo ao ponto de 
inoculação, e é rara sua disseminação. 
As micoses subcutâneas são: esporotricose, cromoblastomicose, feo-hifomicose, eumicetoma e lobomicose 
Esporotricose 
O agente da esporotricose é Sporothrix schenckii, fungo dimórfico, ubiquitário na natureza, onde vive, 
principalmente, no solo e em vegetais. Atualmente, baseado em aspectos fisiológicos e moleculares, considera-se 
a espécie S.schenckii um complexo composto pelas seguintes espécies: S.schenckii sensu strictu, S. brasiliensis, 
S.globosa, S. mexicana e S. luriei. 
Epidemiologia 
● Regiões de clima tropical e subtropical → Endemicidade 
● Os reservatórios naturais de Sporothrix schenckii são os vegetais e o solo, mas também pode ser 
encontrado na água, em materiais orgânicos e em animais aparentemente sadios. 
● A esporotricose apresenta distribuição universal, ainda que seja mais frequente nos seguintes países: 
Brasil, México, África do Sul, Colômbia, além da América Central. 
● Doença ocupacional → relacionada com o trabalho (jardineiro, agricultores, Med. Veterinários, Mineiros, 
tratadores de animais, pedreiros, caçadores de tatu), horticultores, floristas, e outros, sendo considerada 
micose profissional. 
● zoonose 
○ Meio urbano → Principal transmissor é o gato; 
○ Meio rural → Principal transmissor é o tatu; 
○ Transmissão zoonótica tem sido descrita em casos isolados ou em surtos. 
● Os episódios epidêmicos registrados são raros e geralmente estão relacionados a uma mesma fonte de 
infecção. 
○ Um dos relatos mais importantes foi o ocorrido entre os anos de 1941 e 1944 em uma mina de 
ouro de Transvaal, na África do Sul, quando 2825 mineiros adquiriram a esporotricose. Neste 
episódio ficou constatado que a fonte da infecção foi a madeira, contaminada com S.schenckii, que 
servia de sustentação dos túneis das minas. 
 
○ No Brasil, epidemias de esporotricose em seres humanos resultantes da transmissão zoonótica, 
principalmente por gatos, têm sido relatadas na região metropolitana do Rio de Janeiro. No período 
de 1998 a dezembro de 2009, mais de 2.000 casos da doença em humanos e 3.000 casos em 
gatos foram diagnosticados no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), Fiocruz, 
representando a maior epidemia de transmissão zoonótica de esporotricose já registrada. 
● O fungo é de baixa virulência, entretanto, alguns estudos têm demonstrado diferenças na virulência e na 
susceptibilidade à antifúngico entre as espécies do complexo S. schenckii. Entre os fatores predisponentes 
à infecção são citadas desnutrição, hipersensibilidade individual e alterações patológicas. 
Transmissão 
● Forma clássica → Contaminação de material vegetal para humano; 
● Forma não clássica → Animais para humanos; 
● Zoonoses → Animais transmitem principalmente por arranhadura; 
○ Expostos ao ambiente que o fungo vive; 
○ Gato → comportamentos → Enterra fezes e arranha materiais; 
■ pode transmitir pode arranhadura ou por mordida; 
■ Fungo nas unhas e na cavidade oral; 
■ Na cavidade oral pelo hábito do animal de se lamber; 
■ Perfil Clássico → Machos não castrados → comportamento → Mais agressivos; 
○ Tatu → vivem no solo; 
■ Transmite só por arranhadura; 
■ Adoece pela esporotricose; 
■ Bem relatada na região sul do Brasil → principalmente por caçadores de tatu; 
Sporothrix Schenckii● Pertence aos Ascomycetes; 
● Morfologia → filamentosa, com seus conídios (bolinhas); 
○ Fato de virulência → Fungo dimórfico ( no ambiente: 
forma filamentosa; No organismo: Leveduriforme); 
● Macroscopicamente → Micélio com aspecto membranoso; 
● Produção de pigmentos → quando a colônia fica mais velha → 
produção de melanina; 
● Na colônia em forma de levedura → não dá pra diferenciar com 
outras leveduras; 
● Sporothrix Schenckii → grupo de várias espécies de sporothrix, 
inclusive temos uma brasileira; 
● FATORES DE VIRULÊNCIAS 
○ Termotolerância 
■ Crescimento < 35°C → restrito ao sítio de 
inoculação pela temperatura daquele ambiente 
ser menor; 
■ Crescimento > 35°C → Potencial para se 
disseminar no organismo → pode causar 
infecções sistêmicas ou lesões subcutâneas 
disseminadas; 
○ Melanina: 
■ Protege o fungo no ambiente 
● contra radiação UV no ambiente; 
● No Organismo causa resistência da 
levedura a fagocitose pelas células de 
defesa e também dificulta a ação de 
alguns fármacos antifúngicos; 
■ Melaninas atua como um carvão ativado → 
adsorve algumas substâncias; 
 
○ Adesão 
■ Enzimas integrinas e adesinas; 
■ Reconhecimento das fibronectinas do colágeno assim as células leveduriformes se aderem 
a células; 
 
Manifestações Clínicas 
● A forma clínica da micose e sua patologia dependem do local de penetração do microrganismo e da 
resposta do hospedeiro. 
● A forma mais comum é a linfocutânea que compromete pele, tecido subcutâneo e gânglios linfáticos 
regionais. 
● No local de penetração do fungo, forma-se uma lesão ulcerada e, geralmente, ao longo do trajeto de um 
linfático aparecem nódulos que amolecem, rompem-se e eliminam pus. Esporotricose disseminada ou 
envolvendo mucosas não é comum. 
● Pacientes imunodeprimidos apresentam risco da disseminação da infecção. 
● A esporotricose pulmonar tem sido atribuída à inalação de propágulos do fungo. 
● Formas cutâneas 
○ Localizada; 
○ Cutânea-Linfática; 
■ Maior virulência → pois ocorre disseminação 
■ Provavelmente maior termotolerância; 
○ Cutânea disseminada; 
■ Geralmente acomete pessoal imunocomprometidos; 
■ Aspectos mais necróticos; 
● Formas extras-cutâneas 
○ Pulmonar; 
○ óssea; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
● Sinais epidemiológicos e clínicos: 
○ De onde o paciente vem? Região endêmica? 
○ Lesões clínicas compatíveis; 
● Exame microscópico direto 
○ esfregaços de pus ou secreção corados pelos métodos de Gram ou Giemsa revela as células 
leveduriformes pequenas de 2 a 3 μm x 3 a 6 μm, esféricas, ovóides ou com forma de charuto ou 
naveta, possuindo uma ou duas gêmulas. O fungo em parasitismo, em esfregaços ou em cortes 
histológicos, é dificilmente visualizado. 
○ Humanos → Pouca levedura 
○ Gatos → Muita levedura; 
● Cultura 
○ Sporothrix schenckii é cultivado a partir dos materiais clínicos, como pus, secreção etc. 
○ IMPORTANTE​ → Por ser um fungo dimórfico cultivar em diferentes temperaturas; 
○ Características: 
■ Forma filamentosa 
● A colônia é geralmente branco-acinzentada, achatada, pequena; 
● Com o tempo, tende a escurecer da periferia para o centro, tornando-se 
membranosa e sulcada. 
● Microscopicamente, observam-se hifas delicadas, com 1 a 2 μm de diâmetro, 
septadas e conídios piriformes ou esféricos, isolados ou agrupados como pétalas de 
uma flor, na extremidade de curtos conidióforos. 
● Em ágar Sabouraud glicose, adicionado de cloranfenicol e cicloheximida e, 
incubado à temperatura ambiente, o crescimento é observado em três a cinco dias. 
■ Leveduriforme 
● A forma leveduriforme pode ser obtida em infuso de cérebro-coração glicose ágar a 
37°C em atmosfera de CO2, ou em meios enriquecidos com proteínas, tiamina e 
biotina. 
● As colônias obtidas apresentam consistência cremosa, superfície úmida, lisa e 
esbranquiçada → MUITO CONFUNDÍVEL COM OUTRAS ESPÉCIES DE 
LEVEDURAS; 
● As células leveduriformes obtidas in vitro são ovóides a globosas ou alongadas, 
medindo de 2,5 a 5 μm x 3,5 a 6,5 μm de diâmetro. 
○ Atualmente, o método de escolha para o diagnóstico de Esporotricose ainda é a cultura, porém, 
testes, sorológicos, histopatológicos e moleculares têm sido recentemente adaptados para o 
diagnóstico desta micose. 
■ Histopatologia → Ferramenta importante para auxiliar o diagnóstico, pois no micológico 
direto de humanos encontramos poucas leveduras, com a biópsia podemos encontrar 
algumas leveduras e assim identificar a doença; 
■ Biologia molecular → auxilia para identificar a espécie; 
 
Aspectos imunológicos 
● Em áreas endêmicas, são encontrados indivíduos hipersensíveis que não apresentam sintomas clínicos da 
doença. 
● A hipersensibilidade pode ser pesquisada pela inoculação intradérmica da esporotriquina. 
● Uma reação positiva indica contato prévio com o fungo. 
● Os componentes antigênicos mais ativos são as glicoproteínas da parede celular do fungo. 
● A esporotriquina, quando preparada a partir da fração polissacarídica bruta ou de extratos purificados, 
apresenta maior valor diagnóstico por ser mais reativa e altamente específica. 
 
Tratamento 
● A droga de eleição para o tratamento é o iodeto de potássio, por via oral, em doses crescentes. 
 
● Em casos de contraindicação desse sal, iodeto de sódio a 10%, por via endovenosa, pode ser utilizado. 
Anfotericina B, itraconazol e cetoconazol têm sido também utilizados com resultados variáveis, 
dependendo da forma clínica da doença. 
AULA 4 
MICOSES SISTÊMICAS 
As micoses sistêmicas apresentam uma série de características comuns. Têm distribuição geográfica limitada e 
ocorrem, principalmente, nas Américas, com exceção da criptococose, que é cosmopolita. Os agentes etiológicos 
são encontrados no solo e em dejetos de animais, e as vias aéreas superiores são a sua principal porta de 
entrada. Os agentes das micoses sistêmicas são encontrados principalmente na América do Sul e Central — 
Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides lutzii; América do Norte — Blastomyces dermatitidis; América do 
Norte, América Central e América do Sul — Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii, Histoplasma 
capsulatum. Surtos epidêmicos em pessoas que visitam áreas endêmicas têm sido descritos (exceto 
paracoccidioidomicose). Atividades profissionais podem também predispor indivíduos à micose. 
O clima, as características do solo e a presença de certos Animais são fatores que parecem influenciar na 
distribuição geográfica dos fungos. As micoses sistêmicas são mais frequentes em indivíduos do sexo masculino, 
em proporções que variam até 30 homens para uma mulher. Essas micoses não são transmissíveis de homem a 
homem, nem do contato direto de animal ao homem. 
Os agentes das micoses sistêmicas, exceto Cryptococcus neoformans, são termo-dimórficos. Em meio de cultura, 
entre 24ºC e 28ºC, e em natureza, formam colônias filamentosas formadas por hifas e conídios. Nos tecidos e em 
meios de cultivos especiais a 35ºC-37ºC desenvolvem a fase leveduriforme ou parasitária. A patogenicidade nos 
fungos não é essencial para a sua sobrevivência ou disseminação. Geralmente, mais de 90% das infecções ou são 
assintomáticas, ou de muito rápida evolução. Nos poucos indivíduos que apresentam infecção crônica, ou residual, 
a resposta celular é um processo granulomatoso semelhante àquele da tuberculose. 
AULA 5 
FUNGOS TOXIGÊNICOS 
Fungos toxigênicos → que produzemtoxinas 
Micotoxinas → Toxinas produzidas por fungos 
● São​ metabólitos secundários tóxicos​ produzidos por fungos microscópicos, os bolores (filamentosos). 
● Ingestão, contato ou inalação, pode ocasionar doenças ou, eventualmente, a morte. 
● São produzidas por fungos passíveis de contaminar alimentos de origem vegetal, tais como grãos e 
cereais, desde o cultivo, passando pela colheita, pelo transporte, até o armazenamento, desde que 
satisfeitas as condições ideais de umidade e de temperatura. 
● Poucos fungos são responsáveis por quadros micotoxicologicos (aproximadamente 30); 
● Exomicotoxinas → excretadas após produzidas → ​MICOTOXICOSES 
● Endomicotoxinas → após produzidas ficam dentro da célula fúngica → ​MICETISMO 
● QUADROS DE INTOXICAÇÃO​ → O fungo não é mais responsavel pela doença e sim a micotoxina; 
○ Não é transmissível; 
○ Ingestão dos metabólitos secretados ou que permanecem dentro dos fungos através de alimentos 
contaminados 
○ Facilmente absorvidas pelo trato gastrointestinal; 
Na medida em que as espécies são em geral ubiquitárias, observa-se a presença de micotoxinas em todas as 
partes do mundo, embora algumas delas sejam específicas de certos países, decorrentes de fatores 
climatológicos. 
Grande epidemias 
● A mais importante delas, o ergotismo, levou a óbito grande número de pessoas na Europa, no último 
milênio. A moléstia foi associada ao consumo de pão preparado com farinha de centeio e outros grãos de 
 
cereais contaminados com Claviceps purpurea e Claviceps paspali. Somente em 1930, o alcalóide 
responsável pelos efeitos biológicos do ergot foi estudado e identificado. 
● No transcorrer da Segunda Guerra Mundial, episódios de intoxicações aconteceram na Rússia, a chamada 
“aleucia tóxica alimentar (ATA)”, responsável pela morte de, pelo menos, 100 mil pessoas. A ATA foi 
proveniente do consumo de alimentos processados como cereais (trigo, centeio etc.) encobertos por 
espessa camada de neve, atacados por fungos (Fusarium sporotrichioides e Fusarium poae) produtores de 
tricotecenos. 
● O ano de 1960 representou o marco histórico relativo ao conhecimento das micotoxinas, através do 
episódio em que centenas de aves morreram em diversas regiões da Inglaterra alimentadas com rações 
provenientes do Brasil e da África. Após pesquisas exaustivas, foi constatado que o alimento fornecido às 
aves estava contaminado com Aspergillus flavus, produtor de substâncias tóxicas denominadas aflatoxinas 
(Aspergillus flavus toxin). 
MICETISMO 
Os micetismos são intoxicações ou envenenamentos causados pela ingestão de fungos macroscópicos, 
conhecidos como cogumelos. 
● São intoxicações resultantes da ingestão de alimentos contaminados com endomicotoxinas. 
● Filo dos basidiomicetos → Produzida em cogumelos; 
● Ingestão de cogumelos tóxicos; 
○ Fresco, Chá, seco (concentra os princípio ativo), refogado; 
● Manifestações clínicas 
○ Mal estar gastrointestinal; 
○ desidratação 
○ Alucinação; 
○ morte por insuficiência renal e/ou hepático; 
■ Principal órgão afetado por intoxicação por excretar e metabolizar as micotoxinas; 
● Toxinas: 
○ Amanitina(cyclopeptide); 
○ Giromitrina, hidrazina; 
○ Orelanina. 
○ Muscarina; 
○ Ácido ibotênico, muscimol; 
○ COprinas; 
○ Psilocina/psilocibina → Estudando por ter potencial fármaco para doenças psiquiatricas; 
○ Irritantes gastrointestinais; 
Tipo de de micetismo: 
● Micetismo gastrointestinal – 
○ Gênero → Hebeloma spp. Russula spp. ou Lactarius spp. 
○ Quadros de vômito, diarreia e cólica → Até 30 min depois da ingestão; 
○ Muito frequente, apresenta três modalidades de distúrbios: benigno, mais ou menos grave e mortal. 
● Micetismo nervoso ou muscarínico 
○ Causadas pelo gêneros: Amanita muscaria, AManita phaterina e amanita gemmata; 
○ Produzido por toxinas muscarínicas, muscarina e muscardina, que atuam sobre o sistema nervoso 
parassimpático, encontradas, principalmente, na Amanita muscaria. 
○ O início dos sintomas ocorre, geralmente, de 15 a 30 minutos após a ingestão do cogumelo, 
○ Quadros de vômitos, diarreia, sudorese intensa, cólicas intestinais, salivação, dispneia e convulsão. 
○ Geralmente este tipo de intoxicação não é muito grave e raramente leva a óbito. 
● Micetismo faloidiano 
○ Muito grave → Desfecho muitas vezes leva a morte; 
■ responsáveis por 50% a 90% dos envenenamentos graves ou mortais provocados por 
cogumelos. 
 
○ ocasionado por ciclopéptidos tóxicos como as falotoxinas e amanitinas, encontrados no gênero 
Amanita, principalmente ​Amanita phalloides​ e Amanita verna; 
○ O período de latência varia de 6 a 48 horas e o quadro clínico consta de distúrbios gastrointestinais, 
alterações hepáticas, perturbações neuropsíquicas, distúrbios hidroeletrolíticos e morte. 
○ Fase Coleriforme - 12 a 24h após a ingestão 
■ Diarréia intensa e fétida, vômito, dor abdominal, cefaléia e convulsões; 
○ Fase hepática → 2 a 6 dias após a ingestão 
■ Hipertrofia hepática, icterícia, hemorragia, albuminúria, hematúria, transtornos de 
consciência, morte; 
● Micetismo cerebral 
○ Ação de neurotoxinas psicoativas que atuam no sistema nervoso central do consumo alterado a 
consciência do indivíduo; 
○ Determinado por cogumelos que afetam o sistema nervoso central, pertencentes, principalmente, 
aos gêneros Psilocibe (Psilocibe mexicana) e Amanita (Amanita muscaria). 
○ Em geral, os agentes de micetismo cerebral são denominados fungos alucinógenos, pois 
apresentam, como principal característica, quadros de alucinações. 
● Micetismo inconstante 
○ Ocasionado pela monometilhidrazina (MMH), toxina que, após período de latência entre seis e 12 
horas, produz quadro clínico que consta de fadiga, dor de cabeça, dor abdominal, frequentemente 
acompanhada de diarreia e vômito. 
Cogumelos psicodélicos → cogumelos mágicos 
● Gênero psilocybe 
○ Psilocybe cubensis; 
○ psilocybes samilaceata 
○ psilocybe cyaneecens 
● Fração tóxica → Psilocina e psilocibina; 
MICOTOXICOSES 
Micotoxicoses são intoxicações resultantes da ingestão de alimentos contaminados com micotoxinas. 
Micotoxicoses 
● são intoxicações resultantes da ingestão de alimentos contaminados com exomicotoxinas 
● Fungos filamentosos microscópicos do filo dos ascomicetos 
○ As principais espécies produtoras de toxinas pertencem aos gêneros: Aspergillus, Penicillium, 
Fusarium, Cl​aviceps, Pithomyces, Myrothecium, Stachybotrys, Phoma e Alternaria. 
● Dificilmente existe alimentos sem micotoxinas → Existem níveis aceitáveis de contaminação; 
No Brasil, as micotoxinas mais detectadas em alimentos são as aflatoxinas, as fumonisinas, a ocratoxina A, a 
zearalenona e o deoxinivalenol. 
Amplamente distribuídos na natureza, os fungos toxigênicos já foram isolados de diversos tipos de substratos, 
sendo o milho, o amendoim, o sorgo, o caroço de algodão, a castanha-do-Brasil, a semente de girassol e o trigo os 
mais frequentemente acometidos. 
Quatro tipos básicos de toxicidade são verificados 
● Dependendo dos teores de micotoxinas ingeridas ou injetadas; 
● Aguda 
○ O efeito agudo mais frequente é a deterioração das funções hepática e renal, fatal em alguns 
casos. 
○ Entretanto, algumas micotoxinas agem primariamente, interferindo na síntese proteica, produzindo 
dermonecrose e imunodeficiência extrema. 
○ Outras são neurotóxicas e, em baixas concentrações, podem ocasionar tremor nos animais. 
● Crônica → O efeito crônico de muitas micotoxinas é a indução de câncer, principalmente no fígado. 
 
● Mutagênica e Teratogênica. → Algumas interferem na replicação do DNA e, consequentemente, podemproduzir efeitos mutagênicos e teratogênicos 
Estudos epidemiológicos desenvolvidos em alguns países têm demonstrado uma associação entre a incidência de 
câncer hepático humano e a aflatoxina B1 ingerida nos alimentos. 
Os quatro grandes grupos de micotoxinas 
● aflatoxinas → metabólitos biossintetizados, principalmente por Aspergillus flavus, A. parasiticus e A. 
nomius; 
○ aflatoxinas (Aspergillus flavus) → câncer hepático; 
● Ocratoxinas, produzidas por A. ochraceus (A. alutaceus) e algumas espécies do gênero Penicillium; 
○ Patolina (Penicillium) → Efeito genotóxico e imunossupressor; 
● Fusariotoxinas, produzidas por Fusarium spp., tendo como principais representantes, as fumonisinas, a 
zearalenona, a moniliformina e fungos Tóxicos e Toxinas os tricotecenos.; 
○ fumonisina (fusarium spp) → Cancer de esofago; 
● Alternariol e alternariol monometil éter, produzidos por Alternaria alternata . 
Verificou-se que Aspergillus parasiticus também é produtor desta micotoxina, cujas variações na molécula 
permitem caracterizar uma dezena de compostos. Os principais são aflatoxinas B1, B2, G1, G2 (segundo as 
fluorescências emitidas; B = blue e G = green), ressaltando-se a existência das aflatoxinas M1 e M2, metabólitos 
secundários, que aparecem no leite de vacas alimentadas com rações contaminadas. Na atualidade, a aflatoxina 
B1 é o composto com maior atividade carcinogênica que se conhece, não sendo desprezível sua atividade 
mutagênica. 
A verificação da existência de aflatoxina B1 em excretas auxilia na constatação de episódios de intoxicação. Na 
prática, com relação à espécie humana, essa comprovação é difícil, pois se sabe que a metabolização da 
aflatoxina B1 é muito rápida, desaparecendo, praticamente, após uma semana de sua ingestão. 
Devido ao fato de os achados clínico-patológicos serem apenas sugestivos de micotoxicoses, é fundamental a 
detecção e quantificação da toxina no alimento suspeito e, quando possível, a detecção de resíduos nos tecidos, 
leite, urina, soro, fezes e sangue pelos métodos cromatográficos e imunoensaios (ELISA e radioimunoensaio). 
ANTIFÚNGICOS

Continue navegando