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ANATOMIA RADIOGRÁFICA Profa Manuella Bianchi • O conhecimento da Anatomia Radiográfica é de extrema importância para uma correta interpretação radiográfica. A interpretação radiográfica requer um grande conhecimento radiográfico da aparência de normalidade das estruturas INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA • Estruturas podem apresentar variações morfológicas (normal x patológico); • Algumas estruturas nem sempre aparece em todas as radiografias; • Algumas estruturas variam com a idade. OBJETIVO GERAL • Conhecer as estruturas anatômicas do complexo dento-maxilo-mandibular através das imagens radiográficas. PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO • Imagem radiopaca = imagem mais clara que representa objetos de maior número atômico, maior espessura e maior densidade. • Imagem radiolúcida = imagem mais escura que representa objetos de menor número atômico, menor espessura ou menor densidade. PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO • RADIOGRAFIA : PROJEÇÃO BIDIMENSIONAL - ALTURA E LARGURA • DENTE: ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL: ALTURA, LARGURA E PROFUNDIDADE SOBREPOSIÇÃO DE IMAGENS - SOMBRAS ANATOMIA RADIOGRÁFICA 1- Órgão dental. 2- Estruturas de suporte. 3- Estruturas anatômicas da maxila. 4- Estruturas anatômicas da mandíbula. 1- ÓRGÃO DENTAL 1- ÓRGÃO DENTAL ESMALTE • Tecido de maior mineralização do dente ( imagem mais radiopaca); • Recobre toda coroa; • Sua espessura diminui à medida que se aproxima da junção amelocementária; • Sua integridade é importante para o diagnóstico de cárie. DENTINA • Possui menor grau de mineralização que o esmalte e da cortical alveolar (lâmina dura); • Maior porção radiopaca do órgão dentário: recoberta e protegida na porção coronária pelo esmalte, sendo que na raiz encontra-se recoberta pelo cemento. • Sua integridade também é importante para o diagnóstico de cárie. POLPA • A polpa é formada pela câmara pulpar e canal radicular; • Onde estão situados os elementos nutritivos; • Imagem radiolúcida POLPA – CÂMARA PULPAR Paciente jovem Paciente adulto ORDEM DECRESCENTE DE RADIOPACIDADE NO ÓRGÃO DENTAL • 1. Esmalte • 2. Lâmina dura ou cortical alveolar • 3. Dentina e cemento • 4. Osso alveolar • 5. Câmara pulpar • 6. Conduto radicular • 7. Espaço do ligamento periodontal DENTES DECÍDUOS • Volume dos molares crescentes; • Raízes mais curtas e separadas; • Colo anatômico menor; • Câmara pulpar e canal radicular menor. DENTES PERMANENTES • Volume dos molares decrescentes, • Raízes mais longas e próximas, • Colo anatômico maior, • Câmara pulpar e canal radicular maiores. 2- ESTRUTURAS DE SUPORTE A)- Periodonto de proteção : Gengiva B)- Periodonto de sustentação: • cemento; • ligamento periodontal; • osso alveolar : crista óssea alveolar, lâmina dura, cortical óssea. 2- ESTRUTURAS DE SUPORTE • Periodonto de proteção : Divide em três porções: 1- Gengiva marginal ou livre 2- Gengiva papilar ou interdentária 3- Gengiva inserida 2- ESTRUTURAS DE SUPORTE PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO: • cemento; • ligamento periodontal; • Osso alveolar: crista alveolar; lâmina dura, osso de suporte. CEMENTO • Estrutura que recobre a dentina na sua porção radicular; • É impossível distingui-lo da dentina devida sua camada muito fina, ser 22% constituído de matéria orgânica e apresentar quase a mesma radiopacidade. CEMENTO • Somente visualizado nos casos de hipercementose. LIGAMENTO PERIODONTAL • Localizado dentro do espaço pericementário; • Rx- aparece como uma linha radiolúcida delgada contornando as raizes dentárias, por ser constituído de colágeno. • Importante no diagnóstico de lesões periodontais e periapicais. OSSO ALVEOLAR • É o osso que reveste internamente os alvéolos dentários. • Serve de inserção às fibras colágenas do ligamento periodontal. OSSO ALVEOLAR • Osso alveolar propriamente dito (lâmina dura); • Crista óssea alveolar; • Osso suporte: cortical óssea, osso esponjoso e osso compacto. LÂMINA DURA • Filete radiopaco e contínuo que envolve toda a raiz; • Parede do alvéolo onde se inserem fibras periodontais; • Contorna todo o espaço pericementário; • Imagem depende da forma do alvéolo. LÂMINA DURA • Importante no diagnóstico de lesões periapicais; • Sua descontinuidade representa o primeiro sinal radiográfico de alterações periapicais. CRISTA ÓSSEA ALVEOLAR • Formada pela lâmina dura + parte da crista alveolar. • Importante no diagnóstico precoce das lesões periodontais. Rx de escolha : interproximal ( mais indicado). FORMATOS DA CRISTA ÓSSEA ALVEOLAR • Dentes anteriores: afilada • Dentes posteriores: plana CRISTA ALVEOLAR • Importante no diagnóstico das doenças periodontais; OSSO DE SUPORTE CORTICAL ÓSSEA - radiopaca OSSO ESPONJOSO radiopaco e radiolúcido OSSO COMPACTO radiopaco OSSO ESPONJOSO OU CAMADA MÉDIA ESPONJOSA: • TRABECULADO ÓSSEO : Paredes ósseas no interior do osso alveolar que separa os espaços medulares; Linhas RO • ESPAÇOS MEDULARES : Espaços ocupados pela medula óssea; Imagem RL OSSO DE SUPORTE MAXILA: Trabéculas irregulares; Espaços medulares menores. OSSO DE SUPORTE MANDÍBULA: Trabéculas horizontais; Espaços medulares maiores. 3- ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA MAXILA • Região de Incisivos Centrais; • Região de laterais e caninos ; • Região de pré-molares; • Região de molares. MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS • - SUTURA PALATINO MEDIANA - ESPINHA NASAL ANTERIOR - FOSSA NASAL (CAVIDADE NASAL) - SEPTO NASAL ÓSSEO - CONCHAS NASAIS INFERIORES - SOALHO DA CAVIDADE NASAL - CANAL INCISIVO - ABERTURA NASAL CO CANAL INCISIVO - FORAME INCISIVO SOMBRA DA PORÇÃO CARTILAGINOSA DO NARIZ MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS SUTURA INTERMAXILAR ou SUTURA PALATINA MEDIANA Situa-se entre os 2 processos maxilares Linha radiolúcida entre os incisivos centrais superiores • SUTURA INTERMAXILAR MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS • Saliência óssea pontiaguda da maxila na região ântero ínferior da cavidade nasal; • Rx: imagem RO em forma de “V” acima dos ápices dos Inc. Centrais. ESPINHA NASAL ANTERIOR MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS ESPINHA NASAL ANTERIOR • FOSSA NASAL OU CAVIDADE NASAL Cavidades ósseas preenchidas de ar, divididas entre si pelo SEPTO NASAL. MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS FOSSA NASAL E SEPTO NASAL • Fossa nasal (cavidade nasal) é representada por duas imagens radiolúcidas, separadas por uma espessa imagem radiopaca correspondendo ao registro radiográfico do Vômer (SEPTO NASAL). MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS FOSSANASAL E SEPTO NASAL MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS CONCHAS NASAIS INFERIORES Localizadas na região inferior e lateral da cavidade nasal; Radiograficamente: estruturas radiopacas convexas bilateralmente ao septo nasal. MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS SOALHO DA CAVIDADE NASAL: - LÂMINA ÓSSEA QUE CONSTITUI A PAREDE INFERIOR DA CAVIDADE NASAL ; - Rx - LINHA RO QUE DELIMITA A CAVIDADE NASAL INFERIORMENTE. MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS FORAME INCISIVO Representa uma abertura óssea localizada na porção anterior da sutura palatina mediana, no palato duro, corresponde à saída do canal incisivo para a cavidade bucal; Área radiolúcida ovóide ou arredondada localizada entre as raízes dos incisivos centrais superiores. FORAME INCISIVO MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS CISTO NÃO ODONTOGÊNICO NASO-PALATINO MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS CANAL INCISIVO: Faixas radiolúcidas lateralmente à linha mediana e suas paredes apresentam-se como linhas radiopacas . MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS Duas aberturas laterais a linha mediana terminando no palato duro através do forame incisivo; Duas áreas circulares radiolúcidas e laterais ao septo nasal. ABERTURA NASAL DOS CANAIS INCISIVOS MAXILA - REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS SOMBRA DA PORÇÃO CARTILAGINOSA DO NARIZ Imagem radiopaca sobreposta aos incisivos superiores e ao osso alveolar MAXILA- REGIÃO DE INCISIVOS LATERAIS E CANINOS • Y INVERTIDO DE ENNIS; • PAREDE MEDIAL DO SEIO MAXILAR; • FOSSETA MIRTIFORME OU FOSSA INCISIVA. MAXILA- REGIÃO DE INCISIVOS LATERAIS E CANINOS MAXILA- REGIÃO DE INCISIVOS LATERAIS E CANINOS Y INVERTIDO DE ENNIS - Junção do soalho da cavidade nasal com a parede anterior do seio maxilar; - RX: linhas radiopacas que formam um “y” invertido geralmente sobre o ápice do canino. MAXILA- Y INVERTIDO DE ENNIS MAXILA- REGIÃO DE INCISIVOS LATERAIS E CANINOS FOSSETA MIRTIFORME Depressão óssea a nível dos ápices dos incisivos laterais e caninos superiores onde ocorre a inserção do mm mirtiforme; RX: sombra radiolúcida de forma alongada. FOSSETA MIRTIFORME MAXILA- REGIÃO DE INCISIVOS LATERAIS E CANINOS PAREDE MEDIAL DO SEIO MAXILAR - Limite medial do seio maxilar normalmente se extendendo próximo aos caninos superiores; - Rx: linha radiopaca de trajeto vertical ou oblíquo na região de 1° pré molares ou caninos superiores. REGIÃO DE PRÉ MOLARES SUPERIORES SEIO MAXILAR: - W SINUSAL; - SEPTOS E CORTICAIS SINUSAIS; - CÚPULAS ALVEOLARES. REGIÃO DE PRÉ MOLARES SUPERIORES SEIO MAXILAR • Cavidades ósseas preenchidos por ar, são os maiores seios paranasais; • Rx: amplas áreas radiolúcidas , arredondadas, delimitadas por linhas radiopacas (corticais) acima dos ápices dos pré molares e molares. REGIÃO DE PRÉ MOLARES SUPERIORES W SINUSAL Linhas radiopacas referentes aos septos ósseos, formando um W junto com as paredes anterior, medial, alveolar e posterior do seio maxilar REGIÃO DE PRÉ MOLARES SUPERIORES CÚPULAS ALVEOLARES • Contorno do soalho do seio maxilar na raiz dentária, que apresenta relação de íntimo contato com o seio maxilar. • Linha radiopaca que contorna toda a raiz. REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES • SEIO MAXILAR • TÚBER DA MAXILA; • PROCESSO CORONÓIDE DA MANDÍBULA; • HÂMULO PTERIGÓIDEO; • PROCESSO PTERIGÓIDEO; • PROCESSO ZIGOMÁTICO DA MAXILA; • OSSO ZIGOMÁTICO; • PISO DA FOSSA NASAL; REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES SEIO MAXILAR REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES TUBER DA MAXILA Região + posterior do processo alveolar; - Rx: área de espaços medulares amplos com menor radiopacidade, posterior aos molares superiores. REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES TUBER DA MAXILA Tem resistência frágil e pode ser ocupada pelo seio maxilar. REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES PROCESSO CORONÓIDE DA MANDÍBULA REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES PROCESSO CORONÓIDE DA MANDÍBULA Proeminência óssea localizada na porção ântero-superior do ramo da mandíbula; - Rx: imagem triangular, radiopaca com contornos nítidos, posterior ou sobreposta ao tuber. REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES HÂMULO PTERIGÓIDEO REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES HÂMULO PTERIGÓIDEO Extensão inferior da lâmina medial do processo pterigóideo do osso esfenóide; - Rx: radiopaco em forma de gancho, posterior ao túber. REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES PROCESSO PTERIGÓIDEO DO OSSO ESFENÓIDE; Área radiopaca posterior ao túber da maxila REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES OSSO ZIGOMÁTICO – RO PROCESSO ZIGOMÁTICO- RO: PROCESSO ZIGOMÁTICO: linha radiopaca em forma de U em cima dos molares superiores. OSSO ZIGOMÁTICO: Estrutura menos radiopaca do que o processo zigomático e se estende atrás dele. REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES PISO DA FOSSA NASAL; • RX: linha radiopaca na parte superior da região de molares superiores.
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