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SERVIDÃO PREDIAL 
 Aspectos Gerais 
A servidão predial é o direito real de fruição ou de gozo (jus in re 
aliena) constituído, pela lei ou pela vontade das partes, em favor de 
um prédio dominante, sobre outro prédio serviente, pertencente a 
dono diferente. A servidão impõe ao prédio serviente um encargo, 
restringindo as faculdades de uso e de gozo do proprietário deste 
prédio. 
Requisitos da servidão: 
- Existência de dois prédios 
- Encargo imposto ao prédio serviente em benefício de outro prédio 
prédio (dominante); 
- Prédios de propriedades distintas. 
SERVIDÃO PREDIAL 
Servidões prediais (servitutes preaediorum) x servidões 
pessoais (servitutes personarum) 
Servidão predial: encargo imposto ao prédio. A servidão não 
se dá entre os titulares dos imóveis, mas entre os prédios. 
Servidão pessoal: expressão em desuso que significava a 
relação entre a pessoa e a coisa sobre o mesmo objeto. No 
Direito Romano as servidões pessoais eram o usufruto, o uso, 
a habitação e as operae servorum et animalium (trabalho de 
escravos e animais). 
Servidões prediais x passagem forçada 
As passagens forçadas pertencem ao direito de vizinhança, e 
referem-se exclusivamente aos prédios encravados, sem 
acesso à via pública, nascente ou porto, o que não ocorre com 
as servidões. Autores há que classificam a passagem forçada 
como uma espécie de desapropriação e outros como uma 
forma especial de servidão de passagem. 
 
SERVIDÃO PREDIAL 
Sujeitos da relação de servidão 
As servidões, uma vez instituídas, gravam (ônus reais) o 
prédio serviente em benefício do prédio dominante de 
forma perene, só podendo ser extintas mediante o 
cancelamento do registro. 
Assim, há na servidão uma titularidade ativa 
indeterminada, que recai sobre o proprietário do prédio 
dominante (o dono da servidão), e uma titularidade 
passiva indeterminada, que recai sobre o proprietário do 
prédio serviente. 
Finalidade 
As servidões têm a finalidade de, limitando a faculdade 
de uso e de gozo do proprietário do prédio serviente, 
proporcionar um melhor aproveitamento do prédio 
dominante, tornando-o mais útil, agradável ou cômodo. 
SERVIDÃO PREDIAL 
Características 
- Indivisibilidade (art. 1.386). A servidão onera o prédio 
serviente, ainda que ele esteja em condomínio ou que venha 
a ser posteriormente parcelado. Neste caso, todos os imóveis 
decorrentes do parcelamento continuarão onerados com a 
servidão. Em decorrência da indivisibilidade, as servidões não 
se estendem, nem se ampliam, salvo hipóteses 
expressamente previstas na lei. 
- Perpetuidade. A lei regula, contudo, algumas hipóteses de 
extinção da servidão. 
- A servidão não se presume, devendo decorrer da lei ou da 
vontade das partes (art. 696, CC/16), sendo necessário seu 
registro no Cartório de Imóveis. Em alguns casos, o juiz 
determina a servidão. 
- Inalienabilidade. Não pode ser vendida, total ou 
parcialmente, muito menos ser gravada com outra servidão. 
 
SERVIDÃO PREDIAL 
Classificações 
A) Quanto à natureza dos prédios: 
- Urbanas (ex. não construir prédio além de determinada altura) 
ou rurais (ex. pastagem, trânsito). 
B) Quanto ao modo do exercício: 
- Contínuas (subsistem independente de ato humano direto, e.g. 
servidão de energia elétrica) ou descontínuas (dependem de ação 
humana seqüencial, e.g. servidão de trânsito). 
- C) Quanto à exteriorização: 
- Aparentes ou não aparentes. Nas servidões aparentes há sempre 
marcas que indicam a existência da servidão, como obras e outras 
marcas visíveis. 
D) Quanto à origem: 
- Legais (coativas): Código de Águas, Código de Minas. 
- Convencionais. 
Obs: Súmula n° 415, STF: Servidão de trânsito não titulada, mas 
tornada permanente, sobretudo pela natureza das obras realizadas, 
considera-se aparente, conferindo direito à proteção possessória. 
SERVIDÃO PREDIAL 
Constituição das Servidões 
As servidões podem ser constituídas por: 
- Ato inter vivos. Neste caso, por força do art. 108, 
CC/2002, a constituição se dará por escritura 
pública; 
- Testamento (mortis causa); 
- Usucapião ordinário (prazo de 10 anos, no caso de 
posse com justo título e boa-fé) ou extraordinário 
(prazo vintenário). Crítica da doutrina e PL n° 
6.960/2002. Enunciado n° 251, III Jornada de 
Direito Civil, CJF). As hipóteses de usucapião 
aplicam-se somente às servidões aparentes. 
- Sentença judicial 
- Destinação do proprietário. 
SERVIDÃO PREDIAL 
Exercício das Servidões 
Cabe ao dono da servidão, exceto disposição expressa no título 
constitutivo, realizar todas as obras necessárias ao uso e 
conservação da mesma. 
Ao proprietário do prédio serviente, assiste o direito de 
renúncia à propriedade ao dono da servidão. Ainda que o 
proprietário do prédio dominante não aceite a propriedade da 
servidão, ele continuará obrigado a custear as obras de uso e 
manutenção. 
Restrição e ampliação da servidão - parâmetros legais (art. 
1.385, CC/2002): finalidade, servidão de trânsito e 
necessidades de cultura ou indústria (indenização ao 
proprietário do prédio serviente). 
 
SERVIDÃO 
Extinção das Servidões 
As servidões podem ser extintas: 
- Pela confusão; 
- Por convenção; 
- Pela renúncia (feita por escritura pública e registrada no Cartório de 
Imóveis); 
- Pelo não uso contínuo por 10 (dez) anos; 
- Pelo decurso do prazo ou implemento da condição; 
- Pela desapropriação; 
- Uma vez cessada a utilidade ou a comodidade para o prédio 
dominante; 
- Resgate, feito por escritura pública; 
- Supressão das obras, nas servidões aparentes, por efeito de contrato 
ou outro título. 
Obs: a extinção da servidão, exceto nas hipóteses de desapropriação, 
só produz eficácia erga omnes quando cancelada no Registro de 
Imóveis. 
 
USUFRUTO 
Aspectos Gerais 
É direito real intransferível, personalíssimo, sobre 
coisa alheia, que atribui a uma pessoa a faculdade 
de usar e fruir (usufruir) da coisa de outrem, 
temporariamente, desde que não lhe altere a 
substância. Ao lado do uso e da habitação, o 
usufruto é considerado uma espécie de servidão 
pessoal, pois traduz a subordinação de um bem a 
uma determinada pessoa que não é seu titular. 
É necessário o registro, no respectivo cartório, do 
usufruto de bens imóveis 
 
USUFRUTO 
Características 
- Direito real limitado: reúne apenas as faculdades 
de uso e gozo (fruição); 
- Direito real sobre coisa alheia: o usufrutuário não 
possui as faculdades de disposição e de 
reivindicação (nu-proprietário); 
- Direito personalíssimo: recai sobre a pessoa do 
usufrutuário, que não pode transmitir o direito a 
outrem, nem seus herdeiros podem suceder-lhe no 
usufruto (proibição do usufruto sucessivo). 
 - Temporariedade: o usufruto tem limitação 
temporal, não seguindo a regra da perpetuidade 
dos direitos reais. 
 
 
USUFRUTO 
Sujeitos 
- Usufrutuário: titular do direito real de 
usufruto. Reúne as faculdades de uso e gozo. 
Tem a posse direta, bem como a administração 
do bem objeto do usufruto. Art. 1.394. 
- Nu-proprietário: titular da propriedade do bem 
sobre o qual recai o usufruto sendo, por 
isso, possuidor indireto do mesmo. Reúne as 
faculdades de disposição e reivindicação. 
 
USUFRUTO 
Objeto 
- Imóveis e móveis infungíveis e inconsumíveis, podendo 
recair sobre um bem singular (usufruto particular) ou um 
patrimônio (usufruto universal). Art. 1.390, CC/2002. 
- Direitos: títulos de crédito (art. 1.395). 
Obs: pelo princípio da gravitação jurídica, o usufruto de 
um bem abrange seus acessórios e acrescidos, tendo, ao 
final do usufruto, o usufrutuário a obrigação de restitui-
los, ou o valor equivalente ao tempo da restituição (art. 
1.392, §1°). Por este princípio sujeitar-se à autonomia 
privada, as partes podem convencionar em sentido 
diverso (art. 1.392, caput). 
 
USUFRUTOClassificação 
1) Quanto à origem: legal (art. 1689 CC) ou convencional. 
2) Quanto ao objeto: próprio ou impróprio (quase usufruto: 
recai sobre bens fungíveis ou consumíveis). 
3) Quanto à sua extensão: universal (recai sobre um 
patrimônio) ou particular (recai sobre um bem particular); 
pleno (abrange a totalidade dos frutos e utilidades) ou restrito 
(excluem-se, por força da autonomia privada, alguns ou todos 
os frutos e utilidades). 
4) Quanto à sua duração: temporário ou vitalício. 
Obs: usufruto simultâneo e usufruto sucessivo: no usufruto 
simultâneo, duas ou mais pessoas exercem direito de usufruto 
sobre o mesmo bem, enquanto que no usufruto sucessivo um 
usufrutuário sucede ao outro. 
Também não é possível o direito de acrescer no usufruto 
simultâneo, a não ser que ele seja inequivocamente previsto 
(art. 1.411, CC) 
 
USUFRUTO 
Direitos do Usufrutuário 
1) Posse. A posse do usufrutuário é direta, justa e 
de boa-fé, enquanto durar o usufruto. Caso o 
usufrutuário não cumpra a sua obrigação de 
restituir findo o usufruto, a posse passará a ser 
injusta (precária) e de má-fé 
2) Uso. A princípio, a faculdade de uso recai sobre 
todo o bem e seus acrescidos (usufruto pleno), 
incluindo as servidões, pertenças e animais. 
3) Administração. 
4) Fruição. A faculdade de fruição traduz-se na 
possibilidade de percepção dos frutos decorrentes 
do bem objeto do usufruto. 
- Frutos naturais pendentes início: usufrutuário 
USUFRUTO 
Deveres do usufrutuário (arts. 1.400 a 1.409) 
1) Determinação. O usufrutuário deve inventariar a coisa para 
que, findo o usufruto, a restitua tal qual a recebeu do nu-
proprietário. 
2) Prestar caução (real ou fidejussória) pela administração. Caso 
o usufrutuário não preste a caução exigida pelo nu-proprietário, 
este poderá administrar o bem, mediante caução feita em favor 
do usufrutuário. Pela administração, o nu-proprietário faz jus à 
remuneração fixada pelo juiz. 
3) Conservação da coisa. O usufrutuário, porém, não pode ser 
compelido a pagar as deteriorações resultantes do exercício 
regular do bem, mas apenas das deteriorações resultantes do uso 
abusivo do mesmo, averiguado através da culpa do usufrutuário 
4) Restituição do bem. 
5) Pagamento de prestações tributos devidos. 
6) Defesa da coisa 
7) Pagamento do seguro. 
USUFRUTO 
Extinção do Usufruto 
- Renúncia. No caso de bens imóveis, a renúncia 
deverá ser feita por escritura pública. 
- Morte do usufrutuário. Por considerar o usufruto 
um direito personalíssimo, o direito brasileiro não 
admite usufruto sucessivo. 
- Findo o prazo. 
- Extinção da pessoa jurídica. O usufruto por 
pessoa jurídica tem duração máxima de 30 anos. 
- Cessação do motivo que originou o usufruto. 
- Destruição da coisa (exceção: coisa segurada). 
- Consolidação; culpa do usufrutuário.; não uso. 
USO 
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus 
frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua 
família. 
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário 
conforme a sua condição social e o lugar onde viver. 
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as 
de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu 
serviço doméstico. 
Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à 
sua natureza, as disposições relativas ao usufruto. 
Tal qual o usufruto, o uso também é considerado um direito 
personalíssimo sendo, portanto, inalienável, impenhorável e 
intransferível (nem o seu exercício pode ser cedido). 
O uso deve ser registrado no registro imobiliário. 
 
HABITAÇÃO 
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente 
casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, 
mas simplesmente ocupá-la com sua família. 
Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma 
pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar 
aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, 
querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la. 
Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua 
natureza, as disposições relativas ao usufruto. 
É o direito real de habitar com a família em imóvel alheio. Também é 
direito personalíssimo e, por isso, inalienável, impenhorável e 
intransferível, sendo vedada, inclusive, a cessão, seja a título gratuito, 
seja a título oneroso. 
Também são aplicadas à habitação as normas atinentes ao usufruto, no 
que couber. 
Art. 1.831, CC/2002: habitação do cônjuge sobrevivente. 
AVALIAÇÃO 
CASO CONCRETO 
Júlio, nu-proprietário, ajuizou ação de extinção de usufruto 
em face do espólio de Plínio Santoro, tendo em vista o 
falecimento do usufrutuário. Realizada a citação, o réu requer 
a extinção do feito sem julgamento do mérito, sob o 
argumento de que não há a necessidade do provimento 
jurisdicional para extinguir usufruto por morte do 
usufrutuário. 
Pergunta-se: 
a) Como se extingue o usufruto? 
b) Há fundamento jurídico na manifestação do réu? Justifique 
sob a ótica legal e posicionamento jurisprudencial. 
 
 
AVALIAÇÃO 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
(TJRO 2012) Assinale a alternativa correta: 
a. O usufrutuário pode alugar o imóvel sob o qual detém o 
usufruto, e a renda deste obtida reverte em seu favor. 
b. O bem gravado com usufruto não pode ser alienado. 
c. O usufruto não pode ser estipulado por tempo 
determinado. 
d. Direito a usufruto e direito real de habitação são o mesmo 
instituto.

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