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Aula Direitos Reais de Uso, Fruição, Aquisição e Garantia

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Direitos Reais Uso, Gozo, 
Aquisição e Garantia
• Direitos reais uso, gozo ou fruição (superfície, servidão, usufruto, uso 
e habitação);
• Direitos Reais de garantia (penhor, hipoteca, anticrese);
• Direitos Reais de Aquisição (compromisso de compra e venda);
Superfície
• Direito real pelo qual o proprietário concede a outrem, por tempo determinado, 
gratuita ou onerosamente, a faculdade de construir ou plantar em seu terreno –
art. 1369 CC -
• Estatuto da cidade – arts. 21 a 24;
• “superfície pode ser simplesmente definida como o direito real de ter coisa
própria incorporada em terreno alheio.”
• Instituição
• Mediante escritura pública – Registro de Imóveis;
• Não é possível por meio de testamento;
• pode ser usado para construção de prédios, parques, supermercados,
piscinões, conjuntos habitacionais, estacionamentos, shopping-
centers, escolas etc., além de plantações, dando um destino rentável
ao terreno, com melhor utilização e aproveitamento dos espaços
urbanos e rurais.
Direitos do Proprietário do Solo
• Fundieiro ou Concedente;
• Receber a quantia (à vista ou parceladamente), caso se combine a
onerosidade do direito de superfície; o nome do pagamento é “cânon” ou
“solarium”;
• Pode adquirir a construção ou a plantação, extinto o direito,
independentemente de indenizar o superficiário, salvo convenção em
contrário;
• Tem direito de preferência na alienação do direito de superfície;
Direitos do Superficiário
• Pode plantar ou construir no terreno; não se autoriza a obra no 
subsolo, salvo se inerente ao objeto da concessão;
• Pode transferir o direito a terceiros, e, por morte, a herdeiros;
• Tem direito de preferência na alienação do imóvel;
Deveres do Superficiário
• Pagar o “solarium”, se onerosa;
• Responde pelos encargos e tributos incidentes sobre o imóvel;
• Deve manter a destinação para o qual foi prevista;
Extinção
• Ao fim do prazo estipulado, o titular da propriedade a recebe de volta, e é
beneficiado pelas melhorias realizadas pelo superficiário no local.
• Fusão na mesma pessoa do Superficiário e do Concedente;
• Superficiário dado destinação diversa do convencionado;
• Advento do termo;
• Renuncia ou abandodo do Superficiário;
• Distrato;
• Perecimento do bem gravado;
• Pela desapropriação do solo ou do direito;
• Termo - Se no dia do termo final do contrato, as partes
permanecerem em silêncio, o contrato será prorrogado por tempo
indeterminado. Assim, é necessário a notificação para a extinção do
negócio jurídico, com prazo razoável. Enquanto não for cancelado o
registro imobiliário, o instituto continua gerando efeitos erga omnes.
• ABANDONO. Se o superficiário abandone o imóvel, permitindo a sua
deterioração, extingue a concessão, com isso o proprietário terá a
propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação,
independentemente de indenização, salvo se as partes não houverem
estipulado o contrário. Caracterizará uma posse injusta, a presença do
superficiário ou de seus prepostos ou familiares, depois de extinta a
concessão, pelo que é permitido a reintegração da posse.
https://jus.com.br/tudo/posse
Diferenças entre a Enfiteuse
• Enfiteuse – Se constitui por testamento;
• Enfiteuta tem direito de resgate da coisa;
• Preenchido os requisitos legais – confere todos os poderes inerentes 
ao domínio;
• É perpétua;
• Pagamento de Laudêmio (comissão) ao proprietário, em caso de 
venda do direito.
Estatuto da Cidade
• Imóveis urbanos;
• Pode ser por tempo determinado ou indeterminado;
• Uso do solo, subsolo e o espaço aéreo;
• Não limita o direito à feitura de construção ou plantação;
Servidão
• É o direito real de gozo que proporciona utilidade para o prédio 
dominante e grava o prédio serviente, que pertence a dono diverso. 
Art. 1378 CC;
• Ex: Um prédio fica proibido de construir acima de certa altura, a fim 
de beneficiar outro;
• Ex: Servidão de passagem;
• Só recai sobre bens imóveis, bem como que não se liga a uma pessoa, 
mas a um prédio.
Finalidade
• Valorização do prédio dominante – mais útil, agradável ou comodo;
• Muito usado para corrigir desigualdades naturais entre prédios ou
para estabelecer padrões estéticos ou de comodidade entre móveis;
Caracteristicas
• Perpétuo: duração indefinida, como regra. Mas é possível instituir a
termo ou com condição;
• Indivisível: mesmo em caso de divisão do prédio dominante ou do
prédio serviente, a restrição continua a gravar cada uma das partes
do prédio serviente, salvo se a restrição perder sentido (art. 1386 CC);
• Inalienável: Como a restrição é feita pela necessidade do prédio
dominante, não há que se falar em transferência da restrição, por
alienação, a outro prédio;
Classificação quanto ao modo de exercício
• Contínuas: subsistem independentemente de ato humano direito. Ex:
Servidão de Passagem de água, de energia elétrica, etc;
• Descontínuas: Dependem de ação humana para seu exercício ou
subsistência. Ex: Servidão de trânsito, de tirar água de prédio alheio.
• Positivas: proprietário dominante tem direito a uma utilidade do serviente;
• Negativa: Proprietário dominante tiver simplesmente o direito de ver o
proprietário serviente abster-se de determinados atos. Ex: Servidão de não
edificar)
Quanto a exteriorização
• Aparente: se revelam por obras ou sinais exteriores, visíveis e
permanentes. Ex: Servidão de Trânsito;
• Não Aparentes: São as que não se revelam externamente. Ex: De não
construir em certo local;
• Obs: A classificação é importante, pois somente as servidões
aparentes podem ser adquiridas por usucapião. Art. 1379CC;
Quanto a origem
• Negócio Jurídico – Contrato ou testamento – Registro no RI;
• Sentença – ação de divisão, para utilização dos quinhões partilhados;
• Usucapião
• Todavia, de regra só as servidões contínuas e aparentes autorizam
aquisição pela usucapião (1379).
• Então o simples atravessar o terreno do vizinho para encurtar caminho não
é servidão, é mera tolerância, vimos isso na aula passada. Mas se A
constrói um aqueduto no terreno de B, com o tempo A vai adquirir a
servidão pela usucapião, afinal aqueduto é uma servidão contínua e
aparente.
• Também se admite que uma servidão de trânsito (descontínua) se adquira
pela usucapião caso o titular tenha realizado obras, como construir uma
ponte ou pavimentar o caminho (aparente). Vide súmula 415 do
Supremo: servidão de trânsito não titulada, mas tornada permanente,
sobretudo pela natureza das obras realizadas, considera-se aparente,
conferindo direito à proteção possessória.
• Qual o prazo? Dez ou quinze anos, a depender da boa-fé da pessoa, nos
mesmos termos dos nossos conhecidos usucapião ordinário e
extraordinário. O pú do 1379 exige vinte anos.
• Para admitir usucapião é imprescindível que a servidão seja aparente,
pois as não-aparentes não ensejam posse, e sem posse não há
usucapião.
• A servidão se interpreta restritamente, de modo que na dúvida vai
beneficiar o prédio serviente (1385). Então numa servidão de
passagem a pé, não se pode transitar de carro (§§ 1º e 2º do 1385).
Se o prédio dominante precisar de mais coisas do prédio serviente
(ex: o aumento da boiada faz exigir mais capim na servidão de
pastagem) deverá indenizar pelo excesso (§ 3º do 1385).
Extinção
• a) desapropriação: se o Poder Público desapropriar o prédio serviente, a servidão se
extingue e o proprietário do prédio dominante recebe parte da indenização para
compensar a perda da vantagem. Se a desapropriação é do prédio dominante, a servidão
também se extingue e a indenização deve levar em conta a valorização do prédio
dominante.
• b) renúncia: o proprietário do prédio dominante gratuitamente renuncia à servidão de
modo expresso, lavrando-se em Cartório de Imóveis o cancelamento (1388, I). Sabemos
que o proprietário pode renunciar à propriedade, quanto mais à servidão.
• c) resgate: é a renúncia onerosa, ou seja, se na renúncia o proprietário do prédio
dominante age por liberalidade, no resgate ele age por dinheiro, pois o proprietário do
prédio serviente paga pararecuperar a propriedade plena (1388, III); isso não pode ser
imposto pelo prédio serviente, pois vai exigir acordo, da mesma forma que foi feito na
constituição da servidão.
• d) inutilidade: cessando a utilidade da servidão, cancela-se a restrição (1.388, II) ex:
servidão de tirar pedra mas a pedreira se acabou; ex: servidão de passagem mas agora
tem um caminho mais curto, melhor e público.
• e) confusão: (1389, I) o proprietário do prédio dominante compra o prédio
serviente, ou vice-versa.
• f) pela extinção das obras (1389, II): ex: uma servidão de tirar pedra enquanto
durar a construção de uma barragem no prédio dominante, assim concluída a
barragem, cessa a servidão.
• g) pelo não-uso: é o usucapião liberatório que se aplica às servidões descontínuas
caso não utilizadas por dez anos (1389, III). Se deixa de usar por tanto tempo é
porque deve ter perdido a utilidade, justificando-se sem dúvida a extinção. Numa
servidão de vista (não-aparente) caso o dono do prédio serviente construa um
edifício e o dono do prédio dominante não reclame por dez anos do início da
construção, também se extinguirá a servidão.
• h) pela destruição de qualquer dos prédios: o objeto do direito real é uma coisa,
se esta coisa perece (ex: avanço do mar), extingue-se o direito ou a obrigação do
dono da coisa.
Usufruto
• É direito real conferido a alguém de retirar temporariamente de coisa
alheia os frutos e as utilidades que ela produz, sem alterar-lhe a
substância – art. 1390;
• Nu-proprietário – proprietário da coisa;
• Usufrutuário – Beneficiário;
• Numa ordem decrescente do direito real limitado de fruição mais
amplo (superfície) para o mais restrito (habitação), usufruto está em
segundo lugar, pois é menos do que superfície e é mais do que uso.
• Então propriedade é uso + fruição + disposição; superfície é uso +
fruição e parte da disposição; já usufruto é uso + fruição; uso é
apenas uso e habitação é um mini-uso.
• Tempo: usufruto é duradouro, o mais comum é o usufruto vitalício,
enquanto viver o usufrutuário, pois o usufruto não se transfere, não
pode ser vendido ou doado, nem inter vivos e nem mortis causa; o
que pode ser cedido é o exercício do usufruto, mas não o direito real
em si (ex: A dá a B uma fazenda em usufruto, mas B não sabe
administrar, então aluga/arrenda está fazenda a C – 1393, 1399; esta
“cessão do exercício” do 1393 se dá através de direito pessoal
(locação, comodato), mas não através de direito real; o direito real de
usufruto em si não se transfere).
• O usufruto pode ser hipotecado (dado em garantia a um credor)?
Não, pois quem não pode alienar não pode hipotecar (1420). A
superfície pode ser hipotecada, pois já vimos que o superficiário pode
alienar a superfície da coisa, o superficiário tem uma parcela do jus
abutendi sobre a coisa, o usufrutuário não tem parcela da disposição,
é só mesmo utendi e fruendi.
• Usufruto é direito misto, pois incide sobre imóveis (ex: uma fazenda) e
sobre móveis (ex: uma vaca/rebanho, da qual o usufrutuário pode explorar
o leite e as crias). 1390, 1397. O usufruto sobre imóveis, já sabemos, exige
registro (1391), salvo no caso do 1689, I, quando é automático: este
usufruto do direito de família se justifica para compensar as despesas que
os pais têm com o sustento dos filhos, mas é muito raro, afinal poucos
menores têm bens. O usufruto sobre móveis se perfaz pela tradição (=
entrega da coisa).
• Fundamento: a função moderna do usufruto é servir como meio de
subsistência no âmbito familiar. Na prática hoje em dia nós só vamos
encontrar usufrutos gratuitos e vitalícios no seio da família, com caráter
alimentar ou para resolver problemas de partilha. É muito raro um
usufruto oneroso, é melhor fazer uma superfície que tem mais vantagens.
Ou se quiser um instituto mais simples, é mais barato fazer uma locação ou
comodato.
• Exemplos de usufruto na atualidade: 1) com caráter alimentar: um pai
tem um filho desempregado e emocionalmente instável, então dá a
ele em usufruto gratuito e vitalício uma casa pra ele viver, e o filho
poderá morar lá e alugar um quarto nos fundos a um terceiro, vender
as frutas do quintal, etc.;
• 2) para resolver problema de partilha: um casal tem filhos e apenas
um imóvel onde moram; o casal resolve se divorciar, com quem fica a
casa? Sugestão: o marido sai de casa e o casal transfere a propriedade
da casa para os filhos com usufruto gratuito e vitalício para a mãe;
este é um acordo muito comum que se faz em divórcio; se os filhos
crescerem e um dia quiserem vender a casa, vão vender com a mãe
dentro porque usufruto é direito real, a mãe não pode ser obrigada a
sair de jeito nenhum; chama-se isto de doação dos pais aos filhos em
condomínio, com reserva de usufruto vitalício e gratuito para a mãe.
Extinção
• o art 1410 traz os casos de extinção do usufruto:
• I – extingue-se pela renúncia e morte, afinal o usufruto é intuitu personae
e no máximo vitalício; é só a morte do usufrutuário que extingue o
instituto, a morte do nu-proprietário não extingue, e seus herdeiros vão ter
que respeitar o usufruto;
• II – se a pessoa jurídica é usufrutuária, o prazo máximo são trinta anos;
• III – ex: o filho atinge a maioridade e o pai perde o usufruto do 1689;
• IV – se a coisa tinha seguro e foi destruída, o usufruto passa para a
indenização, sub-roga-se na indenização, muda o objeto, de coisa para
pecúnia, e o usufrutuário vai aplicar o dinheiro para ficar com os juros (=
frutos civis = rendimentos, 1398), mas não com o principal (1407 e §§);
• V – consolidação = confusão (ex: o pai dá a um filho o usufruto de um
apartamento, então o pai morre e o filho herda o apartamento,
consolidando nas suas mãos a propriedade plena, afinal direito real
limitado na coisa própria é impossível);
• VI – o usufrutuário tem o dever de conservar a coisa, sob pena de
resolução do usufruto;
• VII – se o usufrutuário não usar a coisa, prescreve seu poder sobre a
coisa no prazo de dez anos do 205.
Uso
• É mais restrito do que superfície e usufruto e mais amplo do que
habitação. Historicamente era usado sobre escravos, mas
modernamente não tem aplicação, e deveria ter sido suprimido pelo
CC deste século.
• O usuário só tem o atributo do uso, do jus utendi, da ocupação da
coisa para o fim a que se destina. O usuário não pode fruir e nem
dispor, mas tolera-se uma pequena fruição para consumo próprio,
sem exploração econômica, sem comércio (1412). Esta pequena
fruição na verdade é um uso prático e varia de caso a caso (ver § § do
1412). O § 2º é taxativo/exaustivo, não é exemplificativo, de modo
que o rol das pessoas ali referidas não pode ser ampliado.
• Conceito de uso: é o direito real limitado sobre a coisa alheia que confere a seu
titular a faculdade de, temporariamente, retirar a utilidade da coisa gravada.
• Em todo o resto, o uso se assemelha ao usufruto (1413) no que tange ao prazo,
aplicação sobre móveis e imóveis, é intransferível, pode ser gratuito ou oneroso,
etc .
• Já sabemos que o exercício do usufruto pode ser transferido (1393). E o exercício
do uso? Com certeza não se pode transferir onerosamente (locação), porque aí
haveria exploração econômica.
• Mas pode-se admitir a transferência gratuita, via empréstimo. Mesmo assim
alguns autores discordam, pois o 1412 prescreve que o “usuário usará”, não se
admitindo assim que um terceiro use, mesmo gratuitamente.
• Exemplo de uso: seria o cultivo da terra para subsistência, mas raro na prática.
• HABITAÇÃO – é o mais restrito dos direitos reais de gozo ou fruição. É um
mini-uso, enquanto o uso seria um mini-usufruto. Embora mais restrito do
que o uso, a habitação não é letra totalmente morta, pois existe uma
aplicação prática para o instituto no art. 1831. O imóvel deve existir na
herança, não sendo obrigação dos herdeiros comprá-lo, salvo se
determinado em testamento pelo falecido. Veremos mais este assunto em
Civil 7.
• A habitação é assim mais útil modernamente do que o uso, pois serve para
proteger vitaliciamente alguém, provendo-o de uma casa.
• Conceito: habitação é odireito real de uso gratuito de casa de morada,
urbana ou rural. O titular vai residir com sua família em imóvel que não é
seu.
• Então habitação é apenas para morar, sempre é gratuita, é intransmissível,
personalíssima e não se aplica a móveis (1414). Percebam que pela
redação do 1414, a habitação é um mini-uso e expressamente não pode
ser cedida a terceiros, nem o exercício, muito menos o direito real em si.
Direito do Promitente Comprador
• Arts. 1417 e 1418 CC;
• Promessa irretratável de compra e venda – determinado imóvel, 
determinado preço, condições e modo convencionado;
• Outorga a escritura definitiva quando houver o adimplemento da 
obrigação;
• Compromissário comprador – Se obriga a pagar o preço - pode 
reclamar a escritura, após pago, adjudicação – caso promitente 
vendedor não o faça;
Direitos reais de Garantia
• Garantia especial para recebimento de créditos;
• Pessoal (Fidejussória) – Aval ou Fiança ou Real;
• Art. 1420 CC – Regra básica;
• Em regra somente o proprietário pode dar bens em garantia;
• Parte segunda art. 1420 CC – bens dentro do comércio;
Efeitos
• Exercício do Direito de Preferência – prelação – Credores hipotecários ou
pignoratícios tem preferência no pagamento dos seus créditos em relação a
outros credores que não tiverem tal privilégio – art. 1422 CC;
• Princípio prior tempore potior iure – Exceção credor anticrético;
• Exercício do direito de sequela – Perseguir a coisa onde ela estiver;
• Exercício do direito de excussão – promover a venda em hasta pública da coisa
dada em garantia, por meio de execução judicial após o vencimento da dívida –
art. 1422 CC;
• Indivisibilidade – art. 1421 CC – Pagamento parcial da dívida não implica na
liberação da garantia na proporção do pagamento efetuado. Partes podem
convencionar a exoneração parcial – antecedente ou posteriormente;
• Remição pelo devedor – liberação da coisa gravada pelo pagamento ao credor –
Somente se for total, não se admite remição parcial;
Requisitos para validade da garantia
• Capacidade geral atos da vida civil;
• Capacidade especial para alienar;
• Legitimidade (ex: presença de outorga uxória);
• Existência de bens suscetíveis de alienação (Ex: bem público/ Bem de 
família);
Requisitos para a constituição especial e a 
eficácia da garantia
• Especialização;
• Publicidade;
• RI – Hipoteca
• RTD – Penhor convencional;
Cláusula comissória
• Estipulação em nome do credor autorizando a ficar com a coisa dada 
em garantia, caso a dívida não seja paga;
• Direito Brasileiro proíbe essa cláusula;
• Devedor não paga – execução judicial da coisa e não à perda 
automática – art. 1428 CC;
• Objetivo é evitar a agiotagem;
Penhor
• Recai sobre coisa móvel – arts 1431 a 1472 CC;
• RTD – Publicidade – ordinariamente surge por contrato (Pública ou 
particular) – todos os detalhes;
• Tradição da coisa para a mão do credor – evita a alienação fraudulenta pelo 
devedor;
• Penhores especiais – Imóveis por acessão física ou intelectual ou que a 
tradição da coisa é dispensada – Penhor Rural (RI), industrial, mercantil e 
de veículos – coisas continuam em poder do devedor, que as deve guardar 
e conservar – art. 1431, PÚ
Deveres do credor Pignoratício
• Deveres art. 1433 CC;
• Guardar a coisa como depositário;
• Ressarcir o dono pela perda ou deterioração da coisa de que for 
culpado;
• Defender a posse da coisa empenhada;
• Efetuar a imputação dos frutos – Imputação legal;
• Restituir a coisa;
Direitos e deveres do devedor pignoratício
• Direitos
• Reaver a coisa dada em garantia – pagando a dívida;
• Conservar a titularidade da coisa empenhada e a posse indireta da coisa empenhada;
• Receber indenização em casos de perda ou deterioração da coisa por culpa do credor;
• Deveres
• Ressarcir as despesas efetuadas pelo credor;
• Indenizar o credor dos prejuízos decorrentes de vícios ocultos da coisa;
• Reforçar ou substituir a garantia real – Se o empenho se deteriorar ou sofrer 
depreciação;
• Obter licença prévia do credor para venda da coisa empenhada – Crime defraudação do 
penhor
Espécies de Penhor
• Convencional – Acordo de vontades – Regra geral;
• Legal – determinação da lei – art. 1467 CC:
• - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as
bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou
fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos,
pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito;
• II - o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o
rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos
aluguéis ou rendas.
Extinção
• Art. 1.436. Extingue-se o penhor:
• I - extinguindo-se a obrigação;
• II - perecendo a coisa – Não extingue a obrigação – credor 
quirografário;
• III - renunciando o credor –afasta a garantia e não o crédito –
expressa ou tácita;
• IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de 
dono da coisa;
• V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa 
empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.
Hipoteca
• Recai sobre bens imóveis e seus acessórios;
• Registro no RI e produz efeitos a partir do registro;
• Domínio direto, domínio útil, as estradas de ferro, os navios, as aeronaves, entre outros;
• I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
• II - o domínio direto;
• III - o domínio útil;
• IV - as estradas de ferro;
• V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230 , independentemente do solo onde se acham;
• VI - os navios;
• VII - as aeronaves.
• VIII - o direito de uso especial para fins de moradia;
• IX - o direito real de uso; X - a propriedade superficiária. X - a propriedade superficiária; e
• X - a propriedade superficiária .
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
Espécies
• Convencional – acordo de vontades;
• Legal – art. 1489 CC –
• I - às pessoas de direito público interno ( art. 41 ) sobre os imóveis pertencentes
aos encarregados da cobrança, guarda ou administração dos respectivos fundos e
rendas;
• II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias,
antes de fazer o inventário do casal anterior;
• III - ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinqüente, para
satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais;
• IV - ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o
imóvel adjudicado ao herdeiro reponente;
• V - ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do
restante do preço da arrematação.
• Judicial – bens do vencido em determinado litígio judicial – art. 495 CPC;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
Pluralidade de hipotecas
• Um mesmo bem comporte diversas relações hipotecárias;
• Art. 1476 CC – credor primitivo não fica prejudicado – direito de 
preferência;
• Se o título anterior vedar isso não pode;
• Segunda hipoteca recebe nome de sub-hipoteca – ordem no registro
no RI;
Efeitos da Hipoteca
• Em relação ao devedor - Devedor sofre limitação no direito de 
propriedade do bem gravado;
• Em relação ao credor – permanece afetado à satisfação do crédito 
hipotecário. Vencida e não paga a dívida, pode o credor promover a 
excussão da garantia;
• Em relação à terceiros – uma vez registrada é oponível erga omnes, 
credor hipotecário o direito de sequela;
Remição da Hipoteca
• Devedor da hipoteca – dentro do processo de execução, depois da
primeira praça e antes da assinatura do auto de arrematação ou de
publicada a sentença de adjudicação;
• Pelo credor da segunda hipoteca – quando o devedor não se ofereça,
no vencimento, a pagar a obrigação avençada;
• Adquirente do imóvel hipotecado - Art. 1.481. Dentro em trinta dias,
contados do registro do título aquisitivo, tem o adquirente do imóvel
hipotecado o direito de remi-lo, citando os credores hipotecários e
propondo importância não inferior ao preço por que o adquiriu.
Extinção da Hipoteca
• Art. 1.499. A hipoteca extingue-se:
• I - pela extinçãoda obrigação principal;
• II - pelo perecimento da coisa – se houver seguro e houve o 
pagamento da indenização, garantia sub-roga na importância paga;
• III - pela resolução da propriedade – implemento da condição ou do 
termo, ficam resolvidos os efeitos da hipoteca;
• IV - pela renúncia do credor – ato expresso, põe fim ao ônus real e 
não à obrigação;
• V - pela remição;
• VI - pela arrematação ou adjudicação.
Anticrese
• Direito real de garantia onde um credor recebe a posse de coisa
imóvel frutífera, podendo perceber os seus frutos e imputá-los no
pagamento da dívida;
• Em desuso – Retira o devedor da posse e do gozo do imóvel;
• Instrumento particular ou público, dependendo do valor do bem - art.
108 CC;
Extinção 
• Extinção da obrigação principal;
• Perecimento do bem – Mesmo que esteja segurado, o direito do 
credor não se sub-roga na indenização paga pelo segurador.
• Não se sub-roga na indenização obtida pelo devedor em caso de o 
prédio dado em garantia ser desapropriado. Art. 1509, paragrafo 2º. 
CC;
• Caducidade – 15 anos de sua transcrição (art. 1423 CC). Passado o 
tempo credor se torna quirografário;
Alienação Fiduciária
• Lei 9514/ 1997;
• Devedor (posse direta) – finalidade de cumprimento da obrigação –
transfere a propriedade (resolúvel) ao credor fiduciário (posse indireta) até
o cumprimento da obrigação;
• Contrato de alienação será obrigatoriamente registrado no RI – art. 24;
• Pagamento da dívida extingue a propriedade fiduciária do imóvel,
retornando o bem à plena propriedade do fiduciante;
• Fiduciário é obrigado a entregar ao fiduciante no prazo de 30 dias a contar
da liquidação da dívida – termo de quitação levado à registro;
• Fiduciante poderá transferir, com anuência do fiduciário, os direitos de que
seja titular sobre o imóvel;

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