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Direito Constitucional I resumo

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Direito constitucional I
Constitucionalismo
O Direito Constitucional está dentro do ramo do direito público e pode ser chamado de Direito Público Fundamenta (se ocupa da lei fundamental/ principal do Estado – Constituição) podemos defini-lo como uma teoria (ou ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensões estruturante da organização política-social de uma comunidade. Neste sentido, o constitucionalismo moderno representará uma técnica específica de limitação do poder com fins garantícios. O conceito de constitucionalismo transporta, assim, um claro juízo de valor. É no fundo, uma teoria normativa da política, tal como a teoria da democracia ou a teoria do liberalismo. 
O conceito de constitucionalismo é o movimento social, jurídico e político que tem como principal característica a limitação do exercício do poder do Estado por meio de texto constitucional, com o objetivo de preservar os direitos fundamentais do povo.
Partindo, então da idéia de que todo Estado deva possuir uma Constituição, avança-se no sentindo de que os textos constitucionais contêm regras de limitação ao poder autoritário e de prevalência dos direitos fundamentais, afastando-se da visão autoritária do antigo regime. 
O papel da Constituição é de estabelecer a organização do Estado.
O Direito Público se caracteriza pela existência de normas cogentes (obrigatórias), impositivas ou de ordem pública. O Direito Público só se pode fazer aquilo que está autorizado no texto da lei. Já no Direito Privado a regra é a presença de normas dispositivas, ou seja, que admitem disposição em contrário. No Privado prevalece o acordo de vontades, ou seja, as leis são uma opção e as partes podem estabelecer-se de forma diversa, desde que haja um consenso.
Dois grandes documentos mudaram a história do Constitucionalismo: a Constituição Norte Americana de 1787 e a Constituição Francesa de 1791.
Evolução histórica
Dois grandes movimentos constitucionais:
O constitucionalismo antigo
O constitucionalismo moderno: o movimento político, social e cultural que, sobretudo a partir de meados do século XVIII, questiona nos planos políticos, filosóficos e jurídicos os esquemas tradicionais de domínio político, sugerindo, ao mesmo tempo, a invenção de uma forma de ordenação e fundamentação do poder político.
Constitucionalismo durante a idade antiga
Entre os hebreus, timidamente, o surgimento do constitucionalismo, estabelecendo-se no Estado do teocrático limitações ao poder político ao assegurar aos profetas a legitimidade para fiscalizar os atos governamentais que extrapolassem os limites bíblicos. 
A experiência das Cidades-Estados gregas como importante exemplo de democracia constitucional, na medida em que a democracia direta, particular entre elas, consagrava “... o único exemplo conhecido de sistema político com plena identidade entre governantes e governados, no qual o poder político está igualmente distribuído entre os cidadãos ativos”.
Não há Direito Constitucional
Constitucionalismo durante a idade média 
A Magna Carta de 1215 representa o grande marco do constitucionalismo medieval, estabelecendo, mesmo que formalmente, a proteção a direitos individuais.
Não há Direito Constitucional
Constitucionalismo durante a idade moderna
Além dos pactos, destacam-se o que a doutrina chamou de forais ou carta de franquia, também voltados para a proteção dos direitos individuais. Diferenciam-se dos pactos por admitir a participação dos súditos no governo local (elemento político).
Os pactos e forais ou cartas de franquia, documentos marcantes durante a Idade Média, buscavam resguardar direitos individuais.
Não há Direito Constitucional
Constitucionalismo moderno (durante a Idade Contemporânea - Neoconstitucionalismo)
Destacando-se as constituições escritas como instrumentos de conter qualquer arbítrio decorrente do poder. O povo era o titular legítimo do poder. Evidencia-se, então, aquilo que a doutrina chamou de segunda geração de direito (Estado Social de Direito)
Movimentos Constitucionais:
Constitucionalismo social é o movimento que passou a prever na constituição os direitos sociais, como por exemplo, o direito a vida...
Transconstitucionalismo é outro movimento de observação do Constitucionalismo que trata da relação que há entre o direito interno e o Direito Internacional para melhor tutela dos direitos fundamentais.
Constituicionalismo do futuro/ do por vir estão baseadas nos valores de solidariedade e da veracidade. Com a solidariedade se buscará promover a cooperação recíproca.
Constitucionalismo transnacional que difere do transcontitucionalismo, pois defende a possibilidade de se elaborar uma única constituição para mais de um Estado.
Neoconstitucionalismo principal objetivo é buscar uma maior eficácia da constituição, em especial dos direitos fundamentais, limitando o poder do Estado e exigindo dele o cumprimento integral do que está prescrito no texto constitucional. Toda constituição possui força normativa e deve, portanto, ser efetivada
Constituição 
Conceito 
Em sentido sociológico (Ferdinand Lassale): Lassale defendeu que uma Constituição só seria legítima se representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder. Caso isso não ocorresse, ela seria ilegítima, caracterizando-se como uma simples “folha de papel”. A constituição seria, então, a somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade.
Em sentido político (Carl Schmitt): distingue Constituição de lei constitucional. A Constituição “... só se refere à decisão política fundamental (estrutura e órgãos do Estado, direitos individuais, vida democrática etc.); as leis constitucionais seriam os demais dispositivos inseridos no texto do documento constitucional, mas não contêm matéria de decisão política fundamental”.
Portanto, pode-se afirmar, em complemento, que, na visão de Carl, em razão de ser a Constituição produto de uma certa decisão política, ela seria, nesse sentido, a decisão política do titular do poder constituinte.
Em sentido jurídico (Hans Kelsen): A Constituição no mundo do dever ser, e não no mundo do ser, caracterizando-a como fruto da vontade racional do homem, e não das leis naturais.
A concepção de Kelsen toma a palavra Constituição em dois sentidos: no lógico-jurídico e no jurídico-positivo.
Lógico-jurídico: Constituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcendental da validade da Constituição.
Jurídico-positivo: equivale à norma positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu mais alto grau.
No direito percebe-se um verdadeiro escalonamento de normas, uma constituindo o fundamento de validade de outra, numa verticalidade hierárquica. Uma norma, de hierarquia inferior, busca o seu fundamento de validade na norma superior e esta, na seguinte, até chegar à Constituição, que é o fundamento de validade de todo o sistema infraconstitucional.
A Constituição, por seu turno, tem o seu fundamento de validade na norma hipotética fundamental, situada no plano lógico, e não no jurídico, caracterizando-se como fundamento de validade de todo o sistema, determinando-se a obediência a tudo o que for posto pelo Poder Constituinte Originário.
Objeto da Constituição
O objeto da Constituição foi evoluindo de acordo com as evoluções sociais, políticas e econômicas, de modo que atualmente, em principio os objetos das Constituições estão estruturados da seguinte forma:
Estruturação do Estado;
Organização dos Poderes e seus órgãos;
Disposição sobre o modo de aquisição de poder e a forma de seu exercício;
Limitação da atuação do poder;
Proteção aos direitos e garantias dos indivíduos;
Fixação do regime político;
Fixação e disciplina das finalidades sociais e econômicas do Estado;
Determinação dos fundamentos dos direitos econômicos, sociais e culturais do Estado.
Elementos de Constituição
Elementos orgânicos: normas que regulam a estrutura doEstado e do Poder. Exemplos: a) Organização do Estado; b) Organização dos Poderes e do Sistema de Governo; c) Forças Armadas e da Segurança Pública; d) Tributação e do Orçamento;
Elementos limitativos: manifestam-se nas normas que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais (direitos individuais e suas garantias, direitos de nacionalidade e direitos políticos e democráticos), limitando a atuação dos poderes estatais. Exemplo: Direitos e Garantias Fundamentais; Direitos Sociais;
Elementos socioideológicos: revelam o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e o Estado social, intervencionista. Exemplos: a) Direitos Sociais; b) Ordem Econômica e Financeira; c) Ordem Social;
Elementos de estabilização constitucional: consubstanciados nas normas constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. Constituem instrumentos de defesa do Estado e buscam garantir a paz social. Exemplos: a) Ação de inconstitucionalidade; b) Intervenção nos Estados e Municípios; c) Processos de emendas às Constituições (a Constituição é mudada, acrescentando (aditiva), retirando, modificada); d) Jurisdição constitucional; e) Defesa do Estado e das Instituições Democráticas;
Elementos formais de aplicabilidade: encontram-se nas normas que estabelecem regras de aplicação das Constituições. Exemplos: a) Preâmbulo (apresentação da Constituição – não tem força normativa); b) Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (normas com força de Constituição, mas com caráter meramente transitório – dura enquanto for necessário); c) Quando estabelece que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata; d) Cláusula de Promulgação (aquilo que antes era um projeto, promulgado passa a incorporara o ordenamento jurídico – a pessoa tem que ter competência para promulgar.
Preâmbulos e Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
A constituição brasileira se divide em três partes: o preâmbulo, a sua parte permanente e os atos de disposições constitucionais transitórias.
 Preâmbulo da Constituição 
É a parte preparatória do texto constitucional, a própria palavra preâmbulo significa introdução. O preâmbulo não é elemento obrigatório para a existência das constituições (não é norma constitucional). As constituições estaduais não precisam ter preâmbulo.
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT)
Estão presentes no texto da constituição, após a parte permanente. O ADCT é norma constitucional, inclusive já foi objeto de emendas constitucionais, e serve como norma de validade para conferência da constitucionalidade de leis e atos normativos.
A principal diferença do ADCT, para a parte permanente do texto constitucional, é o fato de não ter um caráter permanente, ou seja, tem o objetivo de ser aplicado de forma transitória, por um tempo determinado. As normas constitucionais presentes no ADCT têm o objetivo de regulamentar o período de transição que se dá do regime jurídico estabelecido pela antiga constituição para o regime jurídico estabelecido pela nova constituição.
Classificação das Constituições quanto:
À forma:
Escrita/instrumental: seria a Constituição formada por um conjunto de regras sistematizadas e organizadas em um único documento, estabelecendo as normas fundamentais de um Estado. Exemplo: a Constituição brasileira de 1988;
Não escrita/costumeira/consuetudinária: seria aquela Constituição que, ao contrário da escrita, não traz as regras em um único texto solene e codificado. É formado por “textos” esparsos, reconhecidos pela sociedade como fundamentos, e baseia-se nos usos, costumes, jurisprudência, convenções. Exemplo: Constituição da Inglaterra.
Quanto ao modo de elaboração:
Dogmática/sistemática: sempre escrita, consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais do Estado. Elaborada em um determinado momento histórico, que tem todos os dogmas da época. Pensamentos, verdades incontestáveis da época. Exemplo: Constituição de 1988;
Histórica: constituem-se através de um lento e contínuo processo de formação, ao longo do tempo, reunindo a história e as tradições de um povo. Só pode conviver com Constituições não escritas. Aproximam-se, assim, da costumeira, evolução de idéias no tempo, consuetudinária. Exemplo: Constituição inglesa.
 À origem:
Promulgada/democrática/popular: é aquela Constituição fruto do trabalho de uma Assembléia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, para em nome dele, atuar, nascendo, portando, da deliberação da representação legitima popular;
Outorgada/ autoritária: são as Constituições impostas, de maneira unilateral, pelo agente revolucionário (grupo, ou governante), que não recebeu do povo a legitimidade para em nome dele atuar;
Bonapartista/cesarista: um governo central que elabora a Constituição. Mas o povo tem a chance de dizer se concorda ou não com a Constituição. Tentou dá aspectos democrático.
À extensão: 
Sintéticas: seriam aquela enxutas, veiculadoras apenas dos princípios fundamentais e estruturais do Estado. Não descem a minúcias, motivo pelo qual são mais duradouras, na medida em que os seus princípios estruturais são interpretados e adequados aos novos anseios pela atividade da Suprema Corte;
Analíticas: por outro lado, são aquelas que abordam todos os assuntos que os representantes do povo entenderam fundamentais. Normalmente descem a minúcias, estabelecendo regras que deveriam estar em leis infraconstitucionais.
Á estabilidade/alterabilidade/mutabilidade:
Flexível: é aquela Constituição que não possui um processo legislativo de alteração mais dificultoso do que o processo legislativo de alteração das normas infraconstitucionais;
Rígida: são aquelas Constituições que exigem, para a sua alteração, um processo legislativo mais árduo, mais solene, mais dificultoso do que o processo de alteração das normas não constitucionais;
Semi rígida/semi flexível: é aquela Constituição que tanto é rígida como flexível, ou seja, algumas matérias exigem um processo de alteração mais dificultoso do que o exigido para alteração das leis infraconstitucionais, enquanto outras não requerem tal formalidade; 
Super rígida: uma Constituição que parte do texto é imutável (Cláusula Pétrea);
Imutável: seriam aquelas Constituições inalteráveis, verdadeira relíquias históricas e que se pretendem eternas, sendo também chamadas de permanentes.
A ideologia:
Ortodoxa: é aquela formada por uma só ideologia;
Heterodoxa/eclética: seria aquela formada por ideologias conciliatórias (formada por mais de uma ideologia). 
A finalidade:
De garantia: busca garantir a liberdade, limitando o poder. Constituições liberais burguesas, a finalidade dessas Constituições era garantir uma finalidade mínima aos cidadões;
Compromissória/ de balanço: reflete um degrau de evolução socialista. Constituição intervencionista;
Dirigente: estabelece um projeto de Estado. Tipo de Constituição que permanece com as garantias e compromisso e acrescenta meios de conduzir ao país métodos.
Normas da Constituição
Planos da (das normas jurídicas em geral): 
Existência; 
Validade;
Eficácia.
O pluralismo psicológico favorece a estabilidade da Constituição de 1988. Porque incorpora em seu texto interesses dos mais importantes seguimentos da sociedade brasileira. Assim sendo, nenhum deles desejará substituir rapidamente esta Constituição, pois se sente nela representados.
Eficácia e aplicabilidade das normas da Constituição:
Todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia;
Aplicabilidade: é a qualidade daquilo que é aplicável.
Logo, todas as normas constitucionais são aplicáveis, pois todas são dotadas de eficácia jurídica. Porém, esta capacidade de incidir imediatamente sobre os fatos regulados não é uma característica de todas as normas constitucionais.
As normas constitucionais são classificadas quanto à sua eficácia em:
Para José Afonso da Silva
Normas Constitucionais de Eficácia Jurídica Plena: 
São aquelas de aplicabilidadeimediata, direta, integral, independentemente de legislação posterior para sua inteira operatividade; 
Produzem ou têm possibilidades de produzir todos os efeitos que o constituinte quis regular; 
Tem autonomia operativa e idoneidade suficiente para deflagrar todos os efeitos a que se preordena;
Conformam de modo suficiente a matéria de que tratam, ou seja, seu enunciado prescrito é completo e não necessita, para atuar concretamente, da interposição de comandos complementares. 
Normas Constitucionais de Eficácia Jurídica Contida:
São aquelas que têm aplicabilidade imediata, integral, direta, mas que podem ter o seu alcance reduzido pela atividade do legislador infraconstitucional.
São também chamadas de normas de eficácia redutível ou restringível.
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada:
São aquelas que dependem da emissão de uma normatividade futura;
Apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, pois somente incidem totalmente após normatividade ulterior que lhes dê aplicabilidade
O legislador ordinário, integrando-lhes a eficácia, mediante lei ordinária, dá-lhes a capacidade de execução em termos de regulamentação daqueles interesses visados pelo constituinte;
A utilização de certas expressões como “a lei regulará”, ou “a lei disporá”, ou ainda “na forma da lei”, deixa claro que a vontade constitucional não está integralmente composta.
Subdividem-se em:
Normas de Princípio Institutivo: são aquelas que dependem de lei para dar corpo às instituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição. 
Normas de Princípio Programático: são as que estabelecem programas a serem desenvolvidos mediante legislação integrativa da vontade constituinte.
Para Celso Bastos e Carlos Aires Brito
Partem os autores, qual seja, de que todas as normas constitucionais possuem eficácia jurídica, contudo, o grau dessa é que irá oscilar de acordo com cada norma.
Embora o critério da primeira classificação proposta não seja o da eficácia das normas constitucionais, aborda esta forma, pois, conforme os autores, é mais amplo o critério quanto ao modo de incidência. “Por essa forma, o critério definidor que adotamos não é o da produção de efeitos das normas constitucionais, propriamente, mas o da vontade constituinte que se deseja retomada, em regime de convivência com outra que  lhe ‘integre’ o sentido, ou, então, vontade que se quer aplicada com exclusividade, respeitantemente ao núcleo mandamental por ela plasmado”.
Como colocam os autores:
“Esse critério mais aglutinante de sistematização é o que se baseia no modo de incidência das normas constitucionais. E com a locução ‘modo de incidência’, queremos designar uma realidade complexa: a maneira pela qual a norma constitucional regula a matéria sobre que incide e, ao mesmo tempo, a forma como a sua vontade objetiva se relaciona com a vontade subjetiva dos seus endereçados. É exprimir, a maneira porque a Lei Maior apanha a matéria de que se reveste, e, nela, o tipo de relação que se estabelece entre a sua vontade e a vontade do seu aplicador”
Tendo este critério como pressuposto, os autores, dividem as normas em duas formas de classificação, quais sejam: quanto ao modo de eficácia e quanto à produção de efeitos. A primeira, por sua vez, subdivide-se em normas integráveis (que compreende normas restringíveis e completáveis) e normas inintegráveis (que compreende as normas de conteúdo e operatividade reforçada e as de conteúdo e operatividade irreforçáveis). A segunda classificação, divide as normas com eficácia parcial (que compreende as normas completáveis) e as de eficácia plena (que abarca as normas inintegráveis e as restritíveis).
Ao final da obra os autores propõem um quadro que contempla as classificações e os grupos propostos. Para facilitar a compreensão em uma abordagem sucinta, inerente a este trabalho, faremos o caminho inverso.
O quadro conclusivo dos autores, que compreende as duas classificações propostas, a primeira quanto ao modo de incidência da norma e, a segunda, quanto à produção de efeitos é assim exposto:
	CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
	 
 
 
Quanto ao Modo de Incidência
	Normas Integráveis (ou de Integração)
 
	Normas Restringíveis
	
	
	Normas Completáveis
	
	 
 
Normas Inintegráveis (ou de mera aplicação)
	Normas de conteúdo e Operatividade Reforçada
 
	
	
	Normas de Conteúdo e Operatividade Irreforçáveis
	 
Quanto à Produção de Efeitos
	Normas de Eficácia
Parcial
	Normas Completáveis
	
	Normas de Eficácia
Plena
	Normas Inintegráveis
	
	
	Normas Restringíveis
Classificação quanto ao modo de incidência
Posto isso, veremos o que significa, resumidamente, cada classificação e cada subgrupo, começando pela primeira proposta, qual seja, quanto ao modo de incidência.
Com relação as normas integráveis ou de integração, “têm por traço distintivo a abertura de espaço entre o seu desiderato e o efetivo desencadear dos seus efeitos. No seu interior, existe uma permanente tensão entre a predisposição para incidir e a efetiva concreção. Padecem de visceral imprecisão, ou de deficiência instrumental, e se tornam, por si mesmas, inexequíveis em toda a sua potencialidade. Daí por que se coloca, entre elas e a sua real aplicação, outra norma integradora de sentido, de modo a surgir uma unidade de conteúdo entre as duas espécies normativas” (BASTOS, BRITTO, 1982: p. 48). As normas que necessitam integração, por sua vez, se subdividem em normas completáveis e restringíveis. As primeiras, são as que estabelecem que a legislação infraconstitucional irá regulamentar seu campo de incidência, ou seja, como e de que modo a norma vai produzir seus efeitos, mas, nunca irá restringir tais efeitos. As normas restringíveis, por sua vez, permitem à legislação ordinária fazer o que as completáveis negam, ou seja, a possibilidade de restrição dos seus efeitos.
O segundo grupo de normas que fica na classificação quanto ao modo de aplicação, abarca as normas, chamadas pelos autores, de mera aplicação ou inintegráveis, por se tratar de “normas íntegras, cheias, maciças, quando focadas sob o ângulo da matéria que veiculam, não apresentam frinchas ou brechas passíveis de colmatação. Logo, prescindem de qualquer normação complementar, pois nada se pode introduzir em algo que já é, por si, compacto” (BASTOS, BRITTO, 1982: p. 38). As normas de mera aplicação se dividem em normas irregulamentáveis que, como o nome propõe, não só prescindem de regulamentação, como, também, rechaçam qualquer forma nesse sentido que não seja em hierarquia constitucional; e, regulamentáveis, que abarca “Regras que, malgrado o seu conteúdo pétreo, admitem sua regulamentação por via subalterna. Aceitam um regramento ancilar, que se revele como instrumental à sua melhor aplicação. Diferentemente, pois, das normas irregulamentáveis, auto-instrumentadas o bastante para inadmitirem legislação regulamentadora, ainda que sob o color de reforçá-las” (BASTOS, BRITTO, 1982: p. 44).
Classificação quanto à produção de efeitos
A classificação quanto a produção de efeitos das normas constitucionais é dependente, na concepção dos constitucionalistas, da anterior, pois utilizam a mesma nomenclatura e do mesmo sentido para classificá-las. Nessa esteira, as normas de mera aplicação, desde sua entrada em vigor, ocorrerá todo a produção de efeitos pretendida. Com as regras de integração, contudo, o fenômeno será diferente, uma vez que, ou terão a plenitude de seus efeitos, quando se tratarem de normas restringíveis, ou terão a parcialidade de seus efeitos, se forem as normas ditas “completáveis”.
Para Maria Helena Diniz
Maria Helena Diniz, já na vigência da Constituição de 1988, propôs uma teoria quadripartida das normas constitucionais, dividindo-as em (1) normas com eficácia absoluta (também denomina de normas supereficáveis); (2) normas com eficácia plena; (3) normas com eficácia relativa restringível; e, (3) normas com eficácia relativa complementável ou dependentes de complementação.
Normas constitucionais com eficácia absoluta(supereficáveis)
Para autora as normas constitucionais com eficácia absoluta “são as intangíveis; contra elas nem mesmo há o poder de emendar. Daí conterem uma força paralisante total de qualquer legislação que, explícita ou implicitamente, vier a contrariá-las. Distinguem-se, portanto, das normas constitucionais de eficácia plena, que, apesar de incidirem imediatamente sem necessidade de legislação complementar posterior, são emendáveis” (DINIZ, 2001: 110). Por esta concepção somente seriam normas com eficácia absoluta as que, além de aplicáveis imediatamente, fizessem parte dos limites de reforma da Constituição.
Normas com eficácia plena
As normas com eficácia plena pela teoria de Maria Helena Diniz correspondem as mesmas da doutrina clássica (auto-aplicáveis ou bastantes em si), as de Meirelles Teixeira (SARLET, 2003: p. 231, apud. TEIXEIRA, 1991: p. 317) e José Afonso da Silva (normas de eficácia plena, SILVA, 2003: p. 81), ou seja, de aplicação imediata a entrada em vigor da Constituição, retirando as que formam os limites ao processo de reforma, uma vez que as classifica como as normas supereficazes.
Normas com eficácia relativa restringível
As normas com eficácia relativa restringível correspondem as normas com eficácia contida proposta por José Afonso da Silva, só mudando, a expressão, pois a autora aceita a proposta de Michel Temer, “por serem de aplicabilidade imediata ou plena, embora sua eficácia possa ser reduzida, restringida nos casos e na forma que a lei estabelecer; têm, portanto, seu alcance reduzido pela atividade legislativa” (DINIZ, 2001: p. 113).
Normas com eficácia relativa complementável ou dependente de complementação legislativa
As normas com eficácia relativa complementável ou dependente de complementação legislativa correspondem as normas de eficácia limitada de José Afonso da Silva, ou seja, dependem para produzir todos seus efeitos da interpositio legislatoris. A autora também divide essas normas tal qual o faz José Afonso, isto é, em normas de princípios institutivos e normas programáticas.
Posto a concepção da professora Maria Helena Diniz, observa-se, que a única diferença substancial com a doutrina de José Afonso é o grupo das normas de eficácia absoluta por serem limites ao processo de reforma da constituição, pois, os demais, corresponde ao do publicista.
Para Manoel Gonçalves Ferreira Filho
Digna de nota, ainda, a teoria proposta por Manoel Gonçalves Ferreira Filho, que, pautada nos mesmo preceitos, expressa-se da seguinte maneira:
Normas auto-executáveis: são aquelas que, sendo completas e definidas quanto à hipótese e à disposição, bastam por si mesmas e assim podem e devem ser aplicadas de imediato. Tem aplicabilidade imediata.”
Normas não-auto-executáveis: são aquelas que não podem ter aplicação imediata, porque dependem de regra ulterior que as complemente...Não tem aplicabilidade imediata” e são de três espécies:
normas incompletas – aquelas que não são suficientemente definidas, vg. As “que criam institutos processuais mas não esclarecem qual o procedimento aplicável”;
normas condicionadas - “aquelas que, embora pareçam suficientemente definidas na hipótese e no dispositivo, foram condicionadas pelo constituinte a uma lei posterior, que precise os seus elementos integrantes”;
normas programáticas - “as que indicam planos ou programas de atuação governamental. Estas não só reclamam lei ordinária de complementação ou regulamentação, mas também exigem medidas administrativas, para que possam tornar-se efetivas.”
Transição de uma antiga para uma nova ordem constitucional
A nova entra imediatamente em vigor quando nada diz a respeito;
A nova revoga integralmente a antiga;
Recepção – por necessidade prática o conteúdo das normas infraconstitucionais relativas a Constituição anterior são recepcionadas pela nova Constituição desde que esteja em harmonia com ela. Entretanto a forma não é recepcionada, pois tem na nova Constituição a sua previsão (a forma é definida pela nova Constituição);
Irretroatividade da nova Constituição;
Desconstitucionalização - este fenômeno ainda não é aceito no Brasil, pois, até hoje seguimos a tese de que a nova Constituição revoga tacitamente a antiga. Significa que normas da antiga Constituição compatíveis com a nova, sejam recepcionadas como normas infraconstitucionais (abaixo da constituição);
Direitos adquiridos – se a nova Constituição Federal não disser nada expressamente ou nas entrelinhas, revogando a Constituição Federal anterior, os direitos da Constituição Federal passada continuarão valendo;
Repristinação – a Constituição Federal revogada não pode voltar no Brasil uma vez revogada não volta mais a produzir efeitos.
Hermenêutica Constitucional
Hermenêutica trata de uma tentativa de explicar, traduzir, a norma jurídica para que essa seja compreendida e aplicada na sociedade. A hermenêutica é a ciência da interpretação, através dela interpreta-se melhor e entende-se quais princípios podem ser utilizados para a compreensão das normas jurídicas. 
A hermenêutica jurídica possui uma subespécie conhecida como Hermenêutica Constitucional, consagrada pelo ideal do Neoconstitucionalismo. Pela importância suprema da constituição é importante que ela seja abordada por técnicas de interpretação especificas. Além disso, a constituição é dotada de uma série de princípios e normas de caráter político que desafiam a compreensão e exigem a abordagens específicas de interpretação, por meio da Hermenêutica Constitucional. Conclui-se que interpretar a constituição é diferente de interpretar as leis infraconstitucionais.
Interpretação: interpretação é o procedimento lógico através do qual se obtém o significado, o conteúdo e o alcance das normas jurídicas. Todas as normas jurídicas devem ser interpretadas, mesmo as aparentemente claras;
Integração: é o processo de preenchimento das lacunas das leis, a fim de que se possa dar sempre uma resposta jurídica aquele que procura o judiciário;
Métodos de interpretação e integração das normas jurídicas em geral: analogia, costumes e princípios gerais do Direito.
Princípios condicionantes da interpretação da Constituição
Da força normativa (Konrad Hesse): embora a Constituição seja o mais importante documento político de uma sociedade, ela também possui força de norma jurídica que pode ser aplicado diretamente na prática;
Da imperatividade da norma: considerando que a Constituição emana da soberania popular, suas normas são cogentes (imperativas);
Da supremacia: quando houver um conflito entre uma norma infraconstitucional e uma norma da Constituição, esta deve prevalecer;
Da máxima efetividade: a Constituição não estabelece normas supérfluas, motivo pelo qual o interprete deve extrair o máximo possível de normatividade de seu texto para que seja intensamente aplicado na prática social;
Da presunção: da presunção da constitucionalidade das leis e atos normativos em geral até que sejam, eventualmente, reconhecidas como inconstitucionais pela autoridade competente, salvo se forem absurdamente inconstitucionais e sua aplicação afrontar o interesse público;
Da unidade: o interprete da Constituição deve considerar todo o texto constitucional ao interpretar cada uma de suas normas, pois a Constituição é considerada um único sistema normativo e não pode conviver com antinomias (conflito entre normas);
Do efeito integrador (eficácia integradora): o interprete da Constituição deve construir soluções para os problemas jurídicos constitucionais dando preferência para soluções que favoreçam a integração social e a unidade política. Deve dar a interpretação que favoreça o papel da Constituição como principal norma de regência das relações sociais;
Da filtragem constitucional: a Constituição deve ser respeitada em seus mínimos detalhes. As normas infraconstitucionais não podem estar apenas genericamente de acordo com a Constituição.
Da interpretação conforme a Constituição: o intérprete das normas infraconstitucionais deve adotar a interpretação que conclui pela constitucionalidadequando ao extrair as normas do texto infraconstitucional chega-se a conclusão de que são possíveis, duas interpretações, uma concluindo pela constitucionalidade e outra concluindo pela inconstitucionalidade;
Princípio da interpretação da Constituição conforme a lei (norma infraconstitucional): quando a constituinte não indicar que deseja alterar o sentido das palavras do texto constitucional, o intérprete da Constituição deve utilizar o sentido que estas palavras possuem de forma já consolidada nas normas infraconstitucionais;
Princípio da Coloquialidade: o intérprete da Constituição também deve levar em consideração o sentido comum (usual, vulgar ou coloquial) do texto constitucional, pois ele é fruto da vontade do povo, é a norma jurídica mais importante da sociedade e nela estão incluídas as ideias que edificam o conceito da cidadania;
Princípio do conteúdo implícito: o intérprete do texto da Constituição deve buscar o conteúdo implícito nos princípios que ele contém;
Princípio da razoabilidade/proporcionalidade: embora ambos tenham se originado em separada, possuem uma preocupação comum que é a de controlar os excessos praticados no exercício do poder discricionário. É razoável o que está de acordo com a razão, que supõe equilíbrio, harmonia e moderação. É proporcional a que atende aos requisitos da necessidade (de atuação do poder público), da adequação (dos objetivos pretendidos em relação as medidas restritivas de direitos adotadas) e da proporcionalidade em sentido restrito (as vantagens trazidas com a medida devem ser superiores as desvantagens das medidas); 
Princípio da harmonização (cedência recíproca ou concordância prática): quando ocorrer um conflito entre princípios constitucionais em um caso concreto é necessário tentar buscar em harmonização para aproveitar, o máximo possível, os valores constitucionais em conflito;
Princípio da ponderação de valores (de interesses ou de princípios): quando dois princípios constitucionais estiverem em conflito na prática e não for mais possível utilizar o princípio da harmonização, o intérprete deve realizar um raciocínio de idas e vindas do fato em relação as normas jurídicas, com observância dos detalhes envolvidos, só pesar as vantagens e desvantagens de atender com exclusividade cada um dos princípios. Após a comparação das vantagens e desvantagens será possível alcançar uma solução jurídica para o caso mais próxima da idéia de justiça;
Da conformidade funcional (ou correção funcional): cada órgão/ autoridade deve auto controlar-se para não exercer mais poder do que o recebido pela Constituição, especialmente quando viola os poderes de outro órgão/autoridade; 
Princípio da simetria: quando o constituinte nada fala a respeito de determinado aspecto de funcionamento de Estados, Distrito Federal, Municípios, o intérprete deve buscar inspiração no funcionamento da União e aplicar simetricamente competências e atribuições de órgão de autoridade equivalente.
Poder Constituinte 
Conceito
É o responsável pela criação da Constituição Nacional e, nos Estados Federais, cria as Constituições Estaduais. Alem de criar, também as modificam.
Histórico
No século XVIII, desenvolveu-se a idéia de “poder constituinte”, na Franca, a partir de uma profunda mudança de mentalidade que marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. Teoria do Poder Constituinte, idealizado pelo francês Emmanuel Joseph Sieyès, na obra intitulada “O que é o terceiro Estado?”. Na sua publicação, Sieyès questiona o que é o terceiro Estado. O primeiro Estado seria o clero, o segundo, a nobreza, sendo essas as classes que exerciam o poder. Entretando, Sieyès afirma que o terceiro Estado seria o povo, que também deveria exercer o poder. Ele questiona o papel do povo na sociedade e afirma que há uma origem popular do poder. Emmanuel nomeou esse poder de origem popular e titularidade popular de “poder constituinte” (poder de fato). Ele possibilita a elaboração e modificação da constituição.
A convocação para o exercício do poder constituinte se dá, via de regra, por meio da convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte.
Assim sendo, o povo brasileiro tem o seu poder constituinte reunido na Assembléia Nacional Constituinte, com o objetivo de elaborar uma nova constituição.
Espécies de Poder Constituinte
Há uma divisão dicotômica do poder constituinte em: Poder Constituinte Originário e Poder Constituinte Derivado 
Poder Constituinte Originário: é o poder constituinte que tem a capacidade de criar uma constituição, documento que organiza juridicamente um Estado. O poder constituinte é um poder fático, pois não se baseia no direito, mas em fatores políticos, sociais e econômicos.
Quando o poder constituinte originário se manifesta surge, portanto, a constituição. Do ponto de vista jurídico-formal, um novo Estado surge do exercício do poder constituinte originário. O Estado nasce juridicamente do exercício do poder constituinte originário. 
As características desse poder constituinte originário são:
Inicial: é o ponto de partida do regramento de um Estado, ou seja, inaugura a existência do ordenamento jurídico e o Estado de ponto de vista jurídico-forma.
Ilimitado: não se encontra limite temático, pode tratar dos temas que desejar. Pode tudo (positivistas); pode quase tudo (jusnaturalistas/ pós-positivistas) 
Incondicionado: não se vincula a ordem jurídica anterior, por ser um poder político e não jurídico. Não se limita por lei.
Constituição (agente do P.C.; A.N.T.; Governo Central)
Promulgada 
Autorgada 
Poder Constituinte Derivado: tecnicamente ele não é um poder constituinte, mas um poder constituído, uma vez que no momento da elaboração da constituição o legislador constituinte irá determinar juridicamente como o poder constituinte derivado será exercido. É exatamente por essa característica que recebe o nome de poder constituinte “derivado”, pois deriva do exercício do poder constituinte originário, traça suas características na constituição.
As características do poder constituinte derivado são:
Derivados (ou secundários)
Subordinado: sujeita-se a uma ordem jurídica implementada, na constituição, justamente porque é instituído, juridicamante, pelo poder constituinte originário. É, portanto, um poder jurídico e não de fato.
Limitado: a constituição impõe limites para a modificação da constituição, que são limites de seu exercício. Ex: limitação de conteúdo (clausulas pétreas) 
Condicionado: está vinculado a condições para fins de seu exercício. Seu exercício é limitado e possui condições pré-estabelecidas.
Emendas a constituição nacional 
Iniciativas para emendas constitucionais (513 deputados – 308 votos – 81 senadores – sessão incond. 49 votos. 513 deputados + 81 senadores= 594

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