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Fichamento Terrorismo e PEB

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TERRORISMO INTERNACIONAL E POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA – CIRO LEAL DA CUNHA
Celso Lafer – a lógica tenderia a tornar-se hobbesiana – proeminência dos temas de segurança
A.C Lessa e F.A Meira – conceitos de segurança internacional no centro da agenda diplomática
R.A Barbosa – misto de ruptura e continuidade: a agenda internacional teria mudado, não a ordem internacional. Alteraram-se as prioridades dos atores principais em suas alianças e parcerias
PR Almeida – não crê na alteração do sistema internacional mas na agenda
Hegemonia – situação em que um país (hegemon) exerce, sobre os demais, preeminência militar, econômica e cultural, inspirando-lhes e condicionando-lhe as opções, tanto por força do prestígio quanto pelo elevado potencial de coerção
Hegemonia é uma posição interediária no binômio consenso-coerção ou influencia-dominio 
Retorno da Realpolitik, reduzem-se os espaços para as relações de corte grociano – comercio e ambiente são temáticas infectadas pela lógica da segurança.
O REGIME INTERNACIONAL ANTITERRORISTA
- inexistência de uma definição unânime de terrorismo, mas os documentos internacionais antiterroristas, sobretudos os da ONU, são percebidos como sistema coerente – verdadeiro código de conduta na matéria.
Presença dos Eua – induz países a adotarem políticas antiterroristas que, de outra forma, não adotariam.
OS EUA são incapazes de produzir mecanismos antiterroristas eficazes sozinhos
CSNU – concordam na cooperação internacional antiterrorista como prioridade, mas cada um tem visão específica sobre aas políticas a serem adotadas.
CARACTERÍSTICA DO REGIME INTERNACIONAL ANTITERRORISTA: NELE HÁ PONTOS FUNDAMENTAIS EM ABERTO. O regime tem regras solidas e indiscutíveis (como os tratados setoriais da ONU e a resolução 1373 do CSNU, mas muitas questões, como a definição de terrorismo, a possibilidade de uso da força e o terrorismo de Estado, permanecem em discussão, fazendo com que o regime tenha elevado grau de plasticidade
2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO REGIME INTERNACIONAL
O 11 de setembro levou ao estabelecimento de um regime internacional antiterrorista.
2.1 Repúdio inequívoco ao terrorismo
1972 – incluiu-se a temática do terrorismo internacional, pela primeira vez na AGNU. A) Tratamento jurídico-normativo: posição do bloco internacional queria um tratado internacional para a repressão. B) abordagem jurídico-político: prevenir o terrorismo por meio da identificação e da eliminação de suas causas subjacentes, particularmente o colonialismo e o racismo. Ideia do grupo afro-asiatico e comunista. A primeira enfatizava a repressão, a segunda, a eliminação de causas.
RESOLUÇÃO 3034 (XXVII) – Predomínio da visão jurídico-política. Não trata de nenhuma medida concreta de repressão nem o condena. Estabelece o Comitê Especial sobre o Terrorismo (“Comitê dos 35”) – entre 1973 e 1975 funcionou sem alcançar consensos.
No entanto, desde 1980 todas foram adotadas por consenso.
Resolução 40/61 de 1985 – consenso na condenação inequívoca e qualificação criminal – desde então todas resoluções incluem esse repúdio internacional
ATUALMENTE PREVALECE A VISÃO JURIDICONORMATIVA. Resolução 49/60 é paradigmática nessa mudança. Contexto: fim do colonialismo e do bloco soviético e processo de paz árabe-israelense.
Pós 11 de setembro – nova ênfase repressiva.
Invocação do TIAR e a inédita utilização do artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte
Invasão do Afeganistão – legitimada politicamente pela resolução 1368 do CSNU
Desenvolvimento dos transportes, comunicação e fluxos financeiros – terrorismo tende à transnacionalização – estratégias isoladas são ineficazes, necessidade da colaboração internacional
Pequenas células terroristas – dificulta o combate ao terrorismo
Invocação do Capítulo VII da Carta da ONU ( “Ação Relativa a Ameaças à Paz, Ruptura da Paz e Atos de Agressão”) – agenda do CSNU se torna cada vez mais complexa, indo além de conflitos interestatais
AA Patritota – o Capitulo VII a serviço de uma concepção de paz e segurança internacionais menos tolerante a preceitos como igualdade soberana e não ingerência em assuntos internos
A Resolução 1368 (2001) ao reconhecer o direito de legítima defesa, individual ou coletiva, serviu para conferir legitimidade política (juridicamente há controvérsias) à invasão do Afeganistão.
Até o 11 de setembro havia pouco apoio internacional ao uso da força em reação a ataques terroristas.
Apenas uma resolução antiterrorista do CSNU é anterior à Guerra do Golfo
Comitê de sanções contra o Taliba e Al-Qaeda – estabelecido pela Resolução 1267
Comitê Antiterrorismo (CAT) criado pela Resolução 1373 (2001)
Comitê criado pela resolução 1540 (2004) para implementar o próprio documento, que trata da prevenção da aquisição de armas de destruição maciça por terroristas.
Grupo de Trabalho estabelecido pela resolução 1566 (2004) – produzir recomendações ao CSNU a respeito de medidas práticas a serem impostas a indivíduos, grupos e demais entidades – além dos apontados pelo comitê da resolução 1267 – envolvidas com atividades terroristas.
Resolução 1373 – emitida em decorrência ao 11 de setembro – medidas a serem tomadas pelos Estados – “cartilha” antiterrorista. Ex: congelamento de ativos de terroristas ou facilitares, os Estados são proibidos de oferecer apoio passivo ou ativo a entidades ou pessoas envolvidas – processo de uniformização das leis nacionais antiterroristas, notadamente por meio da resolução 1373.
CAT – formado por todos membros (temporários e permamentes) do CSNU. Função: monitorar a implementação da resol. 1373. Diretrizes do CAT geralmente dotadas de obrigatoriedade, já que tem como base o capitulo VII. Competencia de qerequerer relatórios aos países e sugestões de providencias.
As normas do regime podem ser diferenciadas entre deveres de prevenção e deveres de repressão do terrorismo.
O estado não é responsável pelo atentado mas deve ter “diligência devida”. Dever de agir em prevenção, não uma responsabilidade pelos resultados.
A cooperação internacional faz parte das obrigações de prevenção
O fornecimento de informações é obrigação absoluta
Quanto à repressão, o dever básico e geral do Estado é a extradição ou o julgamento penal de supostos terroristas em seu território (princípio aut dedere aut judicare – extraditar ou julgar) – isso decorre dos tratados antiterroristas e do direito internacional geral
Deveres acessórios de repressão: a) tipificar os delitos estabelecidos em tratados em seu direito interno, estabelecer jurisdição sobre esses crimes; b) subministrar a informação relativa às circunstâncias dos atos e aos supostos terroristas; c) deter os suspeitos, conforme a situação, e investigar preliminarmente os fatos; d) prestar toda a assistência possível ao processo penal ou de extradição – como translado do acusado e envio de provas; e) prestar contas dos resultados dos procedimentos para repressão e punição dos terroristas.
Existem também obrigações mais específicas, como o combate ao financiamento do terrorismo e a prevenção da ADMs por terroristas
3. O CUMPRIMENTO DAS NORMAS ESTABELECIDAS
O cumprimento do regime se justifica por 3 razões básicas: existem sanções por descumprimento; no longo prazo, uma violação atual por um país constitui precedente que pode favorecer futuras infrações contra si, anulando possíveis benefícios imediatos, por fim, a deterioração da reputação do país representa custo – que se afigura crescente à medida que o cumprimento do regime universaliza-se.
Valores brasileiros de defesa da paz e do repúdio ao terrorismo, inscritos na CF
O Brasil tem reiterado o repúdio inequívoco a todas as formas de terrorismo e compromisso com seu combate
Art 4º, VIII da CF e vocação pacifista do país
Brasil apoiou decisões da AGNU e CSNU em reação ao 11 de setembro e propôs a convocação do órgão de consulta do TIAR
Declaração de Brasília no âmbito da ASPA relativizaria sua condenação ao terrorismo? A declaração ressalta “a importância do combate ao terrorismo, em todas suas formase manifestações”, no documento a ocupação estrangeira é repudiada e é reconhecido o direito à resistência à ocupação , mas em conformidade com o direito internacional e humanitário.
No brasil, a temática da segurança interna (homeland security) tem ascendência internacional na temática terrorista – ponto central do combate ao terrorismo é a adoção de medidas internas em conformidade com o regime internacional
O arcabouço jurídico nacional para o combate ao terrorismo pode ser considerado suficiente – bem desenvolvido e razoavelmente comlexo
Artigo 5º XLIII – trata o terrorismo como crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, por ele respondendo os mandantes, executores, e os que, se puderem evita-lo, omitirem-se. Porém, a CF não dá conteúdo semântico preciso ao terrorismo.
Artigo 2º da lei 8072/90 – crime hediondos – prevê também a proibição de indulto e liberdade provisória para o terrorista e a pena deve ser cumprida só em regime fechado.
HÁ DEFINIÇÃO NA NOVA LEI DE TERRORISMO? PESQUISAR
OLHAR LEIS E CONVENÇÕES QUE O BRASIL RATIFICOU E O QUE ESTÁ VIGENTE
ABIN: prevenir ataques terroristas, obstruir seu financiamento, desenvolver atividades de inteligência por meio seus órgãos..
Polícia Federal também incube reprimir o terrorismo por diversos meios
A cooperação internacional antiterrorista gira em torno de 3 aspectos principais: a) a geração e a disseminação de informações; b) a aplicação de medidas de controle e supervisão dos fluxos financeiros e de pessoas; c) a cooperação judicial.
O SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) pode ser considerado um avanço na prevenção e repressão do terrorismo.
Mercosul: Protocolo de AssistÊncia Judiciária Mútua em Assuntos Penais de 1996; Acordo sobre Extradição, de 1998; Protocolo sobre Coordenação e Cooperação Recíprocas para a Segurança Regional de 1999.
Cooperação antiterrorista entre os países da Tríplice fronteira. 1996 – criação de base de dados comum entre os 3 países, com o fito de controlar melhor e identificar o fluxo de pessoas e veículos. 1996- Acordo Cooperativo sobre a Zona da Fronteira Tríplice, sendo instalado o Comando Tripartite, para promover, em níveis sem precendentes, a cooperação em segurança e o intercâmbio de informações, com ênfase nos ilícitos na Tríplice Fronteira.
1998 – Plano Geral de Segurança para a Tríplice Fronteira e do Plano de Cooperação e Assistência Recíproca para a segurança Regional no Mercosul.
2001 – “Declaração dos Ministros do Interior do Mercosul sobre o Terrorismo” – instituiu-se o Grupo de Trabalho Especializado sobre Terrorismo (GTE)
2002 – Acordo de Cooperação em Operações Combinadas de Inteligência Policial sobre Terrorismo e Delitos Conexos entre os Estados Partes do Mercosul.
OEA – 1971 – Convenção para Prevenir e Punir os Atos de Terrorismo.
A temática do terrorismo volta a atenção da OEA só na década de 1990, com os atentados na Argentina.
1996 – Primeira Conferencia Especializada Interamericana sobre Terrorismo – aprovado o Plano de Ação sobre a Cooperação Hemisférica para Prevenir, Combater e Eliminar o terrorismo, que insta os países a criminalizar o terrorismo e cooperar em seu combate
1998 – II Conferencia Especializada – Compromisso de Mar del Plata – estabelece a moldura institucional do tema – o Comitê Interamericano Contra o Terrorismo (CICTE)
2001 – 23ª Reunião de Consulta – adotada a Resolução Fortalecimento da Cooperação Hemisférica para Prevenir, Combater e Eliminar o Terrorismo. Reavive o CICTE. Rechaçada a proposta argentina de transformação do Comitê em estrutura permanente. Brasil defende que melhor seria se concentrar no estreitamento da cooperação entre órgãos nacionais. Neste contexto, foram criados grupos de controle financeiro, controle de fronteiras. Construção do consenso para a Convenção Interamericana Contra o Terrorismo, de 2002, que não define terrorismo.
ADMs – Armas de Destruição maciça
Esforço da comunidade internacional para evitar ADMs nas mãos de terroristas
Impossibilidade de desenvolvimento autônomo de armas nucleares por entes não estatais. Laqueur – terroristas provavelmente não farão uso de ADMs – dificuldades técnicas consideráveis, maior probabilidade seriam os atentandos químicos ou biológicos
1980 – âmbito da AIEA – elabora-se a Convenção sobre a Proteção Física de Materiais Nucleares
Resolução 1373 (2001) do CSNU – convoca a intensificação do intercambio de informações operacionais
Resolução 1540 (2004) – sob o capitulo VII, estipula deveres estatais de prevenção da aquisição de ADMs por terroristas e cria um comitê do CSNU para implementar o documento, estados devem enviar relatórios
A CF/88 proíbe utilização de energia nuclear para fins não pacíficos (art. 21 XXIII, alínea a)
Brasil vincula-se ao TNP, ao Tratado de Proscrição das Armas Nucleares na America Latina e Caribe (Tratado de Tlatelolco), ao Comprehensive Test Ban Treaty (CTBT, que proíbe testes com explosões nucleares) e dispõe da Agencia Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC, modelo de cooperação em inspeções mútuas). Brasil ainda participa do Nuclear Suppliers Group (NSG, que regula a exportação de material nuclear com vistas à não proliferação).
Brasil é membro da Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas (CPAQ) e da Convenção sobre a Proibição de Armas Biológicas (CPAB). Faz parte do Missile Technology Control Regime (MTCR, regime informal que busca controlar a tecnologia balística, tendo em vista seu uso dual).
Brasil aponta que são necessários avanços rigorosos no sentido de desarmamento (o que não está ocorrendo)
Agenda seletiva dos atores internacionais – enfatiza a não proliferação e marginaliza as discussões sobre desarmamento
2005 – proposta a Convenção Internacional para a Supressão de Atos de Terrorismo Nuclear – vence a tese ocidental – não relaciona a questão da legalidade do uso ou ameaça de uso de armas nucleares por Estados
1999 – Convenção Internacional para a Supressão do Financiamento do Terrorismo – objetiva punir quem financia, independentemente da ocorrência de atentados
O Brasil é um dos 31 membros do GAFI - Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI/FATF)
Brasil liderou o estabelecimento do GAFISUD em 2000 – órgão intergovernamental de países da América do Sul para combater a lavagem de ativos e a partir de 2001, o financiamento do terrorismo
TERRORISMO E TRÍPLICE FRONTEIRA
Peculiaridade da fronteira – expressiva presença de comunidades árabes. Cerca de 90% é de origem libanesa, do Vale da Bekaa, região de grande influência do Hezbollah. O tema passou, depois de 2001, para agenda de segurança dos países da região e dos EUA. Preocupação estadunidense de que a região financie o terrorismo.
Mecanismo “3+1” – entre os países da fronteira e os EUA. Foro Tomou corpo em 2002. Chegou-se ao consenso quanto à inexistência de atividades operativas de terrorismo naquela fronteira.
4. REGIME EM CONSTRUÇÃO – VISÃO GERAL
Bush cria após o 11 de setemebro o Department of Homeland Security, maior reforma administrativa dos EUA desde a II Guerra. Redirecionamento do FBI para o antiterrorismo
Patriot Act – reduzir liberdades civis, com intrusão na intimidade, prisões arbitrárias e ameaças, sobretudo contra estrangeiros
Externamente os EUA optaram por encarar os ataques como guerra – não punir apenas os responsáveis – credibilidade desafiada do hegemon
Na área financeira, países como Turquia e Paquistão (prioritários no combate ao terrorismo) passam a ser beneficiados, enquanto a argentina não
THE NATIONAL SECURITY STRATEGIA OF THE USA OU NSS
NSS: ideia de um mundo em novos tempos – premissa central – Terroristas e rogue states não poderiam ser dissuadidos e poderiam atacar com ADMs
Doutrina de Guerra preventiva na NSS
Na NSS, as nações unidas não são nem lembradas – não querem ser “amarrados” pelo multilateralismo
Corte realista da NSS: manutenção do poder militar relativo incontrastável dos EUA
Enfase ao combate das ADMs
A postura dosEUA tem uma vertente pragmática e outra messiânica
Cerne da NSS – unilateralismo realista
A política antiterrorista dos EUA tem quatro princípios básicos: a) não realizar acordos com terroristas e não lhes fazer concessões; b) levar terroristas à justiça por seus crimes; c) isolar e pressionar estados que apoiam o terrorismo; d) apoiar as capacidades antiterroristas dos países que trabalham com os EUA e necessitam de assistência.
Os EUA adotam listas de grupos terroristas e de países que apoiam o terrorismo
Pressão por apoio – EUA não conseguem combater o terrorismo isoladamente
Guerra seria menos eficaz. Métodos mais eficientes: inteligência, supressão do financiamento, punição de culpados e propaganda – demandam cooperação.
REINO UNIDO
Violencia na Irlanda – a partir de 1968 o terrorismo era instrumento do conflito. Em 1993 começam negociações , completadas em Belfast em 1998.
Relação EUA – UK : “Aliança Atlântica”
Apoio britânico na invasão do Iraque
Franceses não apoiaram invasão do Iraque – favorecer um mundo multipolar, multilateralismo, somente o CSNU poderia legitimar o uso da força
CHINA 
Maior problema está na província Xinjiang, etnia uigur, de maioria muçulmana, pela criação do “Turquistão Oriental”. Postura chinesa dura, não negociar.
China apoia a invasão do afeganistao e a resolução 1373 – contrariando sua tradição de defesa veemente da soberania. Apoio a “guerra contra o terrorismo” em troca da redução nas vendas de armas dos EUA a Taiwan.
EUA tem rejeitado igualar uigur aos talibãs – separatismo não equivaleria a terrorismo
“guerra ao terror” – aumentou presença militar americana ao redor do território chinês, preocupa Pequim
RUSSIA
Putin assume a presidência em 1999.
Separatismo checheno. Tensões na Inguchétia e no Daguestão
Possíveis elos entre separatistas e grupos terroristas islâmicos, como al-qaeda.
Objetivo de incluir a violência chechena no bojo da guerra ao terrorismo
5. O REGIME EM CONSTRUÇÃO – Posições Brasileiras
Baixa Prioridade do tema na agenda externa
Possíveis conexões entre o crime organizado brasileiro e organizações guerrilheiras ou terroristas em países vizinhos, como as FARC
Prioridade conferida a outros temas de segurança e defesa , como a proteção da Amazônia
Antiterrorismo: oportunidade contra o crime organizado
Resolução 1373 reconhece ligação entre terrorismo iternacional e crime organizado internacional (como narcotráfico, lavagem de dinheiro, contrabando de materiais nucleares)
Brasil entende que o combate ao terrorismo se associa ao combate de outros ilícitos internacionais.
Nas negociações da Convenção Interamericana Contra o Terrorismo, Brasil defendeu texto que relacionasse o terrorismo internacional e o crime organizado transnacional, particularmente a indústria de drogas.
Combate ao crime organizado, diferentemente do terrorismo, é tema prioritário na agenda brasileira.
Prioridade ao desenvolvimento na agenda externa
Brasil aponta que a agenda não pode ser sequestrada pelo item terrorismo, outros temas deveriam ter maior espaço, compatibilização entre agendas de segurança e econômica
Ênfase nas causas subjacentes do terrorismo
Lula admite não haver relação direta de causa e efeito entre pobreza e terrorismo – esta percepção poderia gerar discriminação contra países em desenvolvimento
A origem do terrorismo seria política, mas ausência de bens elementares torna as pessoas mais vulneráveis ao crime, inclusive o terrorismo. A pobreza permanece como a ser atacado, no discurso brasileiro, para prevenir essa violência
A MESMA RELAÇÃO É TRAÇADA A RESPEITO DA DESIGUALDADE ECONÕMICA INTERNACIONAL
Lula rechaçou a força como solução para novas ameaças
A ideia central do discurso é segurança econômica: não existe segurança política sem segurança econômica
Desde FHC dava-se ênfase nas causas subjacentes do terrorismo
Discurso brasileiro já consolidado que enfatiza a resolução das causas profundas do terrorismo, em particular os conflitos políticos, o subdesenvolvimento e a pobreza, mas não aceita justificativa ao terrorismo
Ineficácia da ação meramente repressiva
Política externa brasileira – conjugação entre ordem e justiça, nos moldes de H. Bull.
Perspectiva comparada – EUA e a noção de “Estados fracassados”
EUA fazem poucas referencias às causas subjacentes do terrorismo
EUA corroboram que “the root cause for terrorismo is terrorists” e adotam a noção de Estado Fracassado (failed state) que não faz parte do discurso brasileiro.
FAILED STATE – pesamento acadêmico de R.I. Rotberg – risco dos estados fracassados à segurança regional e global – falta de governo efetivo prejudica a ordem internacional, terreno fértil para ameaças como migrações maciças e terrorismo. Prevenir o fracasso estatal é imperativo moral e estratégico. Casos de fracasso deveriam receber missões de nationbuilding.
No caso dos Estados fracassados a intervenção humanitária passa a pertencer a uma lógica realista
Na visão de J.S. Nye Jr, as ações militares não lidam com todo o problema do terrorismo mas são essências principalmente no caso de Estados Fracassados e Estados patrocinadores do terrorismo.
Nationbuilding não se trata contudo de incentivo ao desenvolvimento em geral
S. Harper e J. Clarke – “terrorismo é terrorismo” – entender causa subjacente levaria a relativismo moral
O discurso externo dos EUA difere do Brasil principalmente por não o fazer sob considerações de justiça, os EUA também vale dessa noção de estado fracassado – grande potencial intervencionista - , o que o brasil não usa. Brasil foca um pleito mais geral de desenvolvimento e reformismo da ordem internacional
OPOSIÇÃO, EM PRINCÍPIO, À RESPOSTA MILITARIZADA
A Política de Defesa Nacional (PDN) do brasil não exclui completamente a possibilidade de uso militar antiterrorista , mas tal uso não é privilegiado, reafirma o principio tradicional da PEB da solução pacífica de controvérsias
Uso da força como ultima ratio complementar
Preferencia por respostas multilaterais
Enfase nas causas subjacentes
Percepção de baixo risco de ataque
Oposição a novos conceitos intervencionistas como “soberania limitada” e “intervenção humanitária”.
J.S. Nye Jr – ressalta importância do soft power no tema do terrorismo, o que necessita de cooperação internacional
Brasil se opõe ao uso excessivo do capítulo VII
Celso Amorim: a proteção da credibilidade do CSNU é um verdadeiro objetivo nacional
O BRASIL pretende evitar a valorização excessiva da repressão
Proposta brasileira na Comissão de Segurança Hemisférica, de dividir os principais aspectos de segurança em 3 grandes categorias: defesa clássica, ameaças não tradicionais (terrorismo etc) e ameaças relacionadas a questões estruturais (pobreza exterma, fragilidade de governos etc) . EUA defendiam lista única
Proposta estadunidense de militarização do combate ao terrorismo na AL, ampliar o escopo de autação das forças armadas para ações policiais. Ressalta-se que as forças armadas dos EUA são legalmente proibidas de realizarem atividades policiais pelo Posse Comitatus Act.
A INVOCAÇÃO DO TIAR
21/09/2001 – aprovou-se, por iniciativa brasileira, a resolução “Ameaça Terrorista nas Américas que no âmbito do Tiar considerou os atentados um ataque aos países americanos e determinou a assistência de todos 
Celso lafer, então chanceler, negou ideia de envio de tropas – tradição brasileira de enviar só em força de paz.
Serviu para evidenciar solidariedade e encaminhamento multilateral do tema
COLOMBIA – SOLUÇÃO PACÍFICA E CONTRARIEDADE ÀS LISTAS DE TERRORISTAS
Região amazônica é prioridade estratégica brasileira.
2002 – FARC passam a constar na lista dos EUA e EU de grupos terroristas
Preocupação brasileira quanto ao Plano Colômbia – transbordamento do conflito
Outra preocupação é político – estratégica: presença militar dos EUA
Política brasileira de não elaborar listas de grupos terroristas
O Brasil – a exemplo das Nações Unidas tem se afirmado contrario a elaboração dessas listas, o que considera improdutivo e imprevistono direito nacional. Politização indevida do antiterrorismo.
Não é apropriado identificar pessoas ou grupos para fins de sanções (de acordo com a resolução 1566 do CSNU)
CONVENÇÕES ANTITERRORISMO ADOTADAS PELO BRASIL – SITE DO MPF
Convenção relativa às infrações e a certos outros atos cometidos a bordo de aeronaves, assinada em Tóquio em 1963 e promulgada pelo Decreto 66.520/1970
Convenção para a Repressão ao Apoderamento Ilícito de Aeronaves, assinada em Montreal em 16 de dezembro de 1970 e promulgada pelo Decreto 70.201/1972
 
Convenção para a Repressão aos Atos Ilícitos contra a Segurança da Aviação Civil, feita em Montreal, em 23 de setembro de 1971 e promulgada pelo Decreto 72.383/1973
Convenção sobre a Prevenção e Punição de Crimes contra Pessoas que Gozam de Proteção Internacional, inclusive Agentes Diplomáticos, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, em 14 de dezembro de 1973 e promulgada pelo Decreto 3.167/1999
 
Convenção Internacional contra a Tomada de Reféns, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 17 de dezembro de 1979, em Nova York e promulgada pelo Decreto 3.517/2000
Convenção sobre a Proteção Física do Material Nuclear, adotada em Viena em 3 de março de 1980 e promulgada pelo Decreto 95/1991
 
Protocolo para a Repressão de Atos Ilícitos de Violência nos Aeroportos que Prestem Serviço à Aviação Civil Internacional, complementar à Convenção para a Repressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Aviação Civil, concluído em Montreal, em 24 de fevereiro de 1988 e promulgada pelo Decreto 2.611/1998
 
Convenção para a Supressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Navegação Marítima, feita em Roma, em 10 de março de 1988 e promulgada pelo Decreto 6.136/2007
 
Protocolo para a Supressão de Atos Ilícitos contra a Segurança de Plataformas Fixas localizadas na Plataforma Continental, feito em Roma em 10 de março de 1988, e promulgada pelo Decreto 6.136/2007
Convenção sobre a Marcação de Explosivos Plásticos para Fins de Detecção, concluída em Montreal em 1991 e promulgada pelo Decreto 4.021/2001
Convenção Internacional sobre a Supressão de Atentados Terroristas com Bombas, adotada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 15 de dezembro de 1997, em Nova York e promulgada pelo Decreto 4.394/2002
Convenção Internacional para a Supressão do Financiamento do Terrorismo, concluída em Nova York em 1999 e promulgada pelo Decreto 5.640/2005
Convenção Interamericana contra o Terrorismo (Convenção de Barbados), concluída em Barbados em 2002 e promulgada pelo Decreto 5.639/2005
LEI 13260/2015 sobre terrorismo
Art. 2o  O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
§ 1o  São atos de terrorismo:
I - usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa;
II – (VETADO);
III - (VETADO);
IV - sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meio de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão de energia, instalações militares, instalações de exploração, refino e processamento de petróleo e gás e instituições bancárias e sua rede de atendimento;
V - atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência.

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