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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIERITO DA VARA ESPECIAL DE REGISTROS PÚBLICOS DA COMARCA DE BELO HORIZONTE (MG)
BRENO SANTOS BERNARDES, médico, portador do RG nº xxxxxxxxxx, e do CPF nº xxxxxxxx-xx, endereço eletrônico, e sua esposa MARTA GUIMARÃES BERNARDES, dentista, portadora do RG nº xxxxxxxxxx, e do CPF nº xxxxxxxxx-xx ..., endereço eletrônico, brasileiros, casados, residentes e domiciliados na Rua xx, nº x, Bairro xxx, Cidade de Belo Horizonte, (MG), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado (procuração em anexo), com endereço profissional no rodapé, propor a presente: AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA, em face de, RAIMUNDO DUTRA RODRIGUES, brasileiro, divorciado, (profissão), portador do RG nº xxxxxxxxxx e CPF nº xxxxxxxxx-xx, residente e domiciliado na rua x, nº x, Bairro x, na cidade xx (xx), CEP xxxxxxxxx , telefone (xx) xxxxxxxxx, com endereço eletrônico xxxx@xx.xxx , e JULIANA FARIA RODRIGUES, brasileira, divorciada, biologa, portador do RG nº xxxxxxxxxx e CPF nº xxxxxxxxx-xx, residente e domiciliado na rua x, nº x, Bairro x, na cidade de Barbacena (MG), CEP xxxxxxxxx , telefone (xx) xxxxxxxxx, com endereço eletrônico xxxx@xx.xxx pelos motivos de fato e fundamento que passa a expor:
I – DOS FATOS
Breno e sua esposa Marta, declaram que efetuaram a compra do referido imóvel em discussão, de Raimundo e sua esposa Juliana, e que foram investidos na posse do imóvel, com o devido constituto possessório, presentes como cláusula no contrato de compra e venda.
Consta que em 08 de julho de 2006, passando por dificuldades financeiras, o requerido, efetuou a venda do imóvel, através de uma promessa de compra e venda, com imissão na posse via cláusula do constituto possessório.
Antes de finalização do negócio de direito, com o devido registro no cartório de registros de imóveis, os requeridos, se divorciaram em 20 de maio de 2005, e por divergências entre eles, não realizaram a transferência da propriedade do imóvel para os requerentes, entretanto, os requeridos permaneceram inertes perante o fato, mantendo de igual forma o justo título do contrato de promessa de compra e venda.
Sendo assim, esgotando todos os meios amigáveis e tramites administrativos possíveis e existentes para solucionar o problema, não resta às partes requerentes senão a propositura da presente demanda, para o reconhecimento de propriedade em seu favor através da presente demanda de usucapião.
II - DO DIREITO
Da gratuidade da justiça:
Requer a Vossa Excelência, inicialmente, o deferimento da gratuidade da justiça constante na Constituição Federal/1988 e nos termos da lei 1060/1950, respectivamente, por não ter o ator condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, conforme declaração em anexo.
CF/88 – Art 5º..LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
 Lei 1060 /50 - Art 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
Da aplicação do Direito material relacionado ao caso.
A legislação pátria prevê, a respeito do caso em epigrafe, que:
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
§ 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
§ 2º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
(...)
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
A doutrina se posiciona acerca do fato mencionado como segue:
O autor, foi investido na posse do imóvel, conforme documento de constituto possessório emitido pelo requerido, posse essa com todos os requisitos e qualificada para pretensão de aquisição da propriedade do bem em questão.
A esse propósito, faz-se mister trazer à colação o entendimento do eminente CARLOS ROBETO GONÇALVES, que assevera:
Posse ad usucapionem é a que se prolonga por determinado lapso de tempo[...]. É, em suma, aquela capaz de gerar o direito de propriedade. Ao fim de um período de dez anos, aliado a outros requisitos, como o ânimo de dono, o exercício contínuo e de forma mansa e pacífica, além do justo título e boa-fé, dá origem à usucapião ordinária (CC, art. 1.242). [...]. 
A usucapião é também chamada de prescrição aquisitiva, [...] ambas, aparece o elemento tempo influindo na aquisição e na extinção de direitos. A primeira, regulada no direito das coisas, é modo originário de aquisição da propriedade e de outros direitos reais suscetíveis de exercício continuado[...], pela posse prolongada no tempo, acompanhada de certos requisitos exigidos pela lei; [...].
A usucapião ordinária apresenta os seguintes requisitos: posse de dez anos, exercida com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacificamente, além de justo título e boa-fé. Dispõe, com efeito, o art. 1.242 do Código Civil: “Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. [...]
Os pressupostos da usucapião são: coisa hábil, ou suscetível de usucapião, posse, decurso do tempo, justo título, e boa-fé. Os três primeiros são indispensáveis e exigidos em todas as espécies de usucapião. O justo título e a boa-fé somente são reclamados na usucapião ordinária.
 (GONÇALVES, Carlos Roberto, DIREITO CIVIL BRASILEIRO, vol. 5. DIREITO DAS COISAS. Saraiva. 2012,p.89, 209-225)
Da tutela provisória:
Pede-se tutela a vossa excelência o deferimento da tutela provisória para garantia de direito, conforme previsão legal constante no Código de processo civil:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidadedos efeitos da decisão.
A jurisprudência, tem se posicionado a favor da anulação do negócio jurídico que careca de outorga por parte de um dos cônjuges, conforme ementas a seguir: 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO ORDINÁRIA DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO CAMBIAL (NULIDADE DE AVAL). Nos termos do artigo 1.647, II, do Código Civil, é vedado ao cônjuge prestar aval sem a devida outorga uxória ou marital. A ausência de consentimento do cônjuge implica na ineficácia total da garantia prestada. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70070027081, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ergio Roque Menine, Julgado em 16/02/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL EM GARANTIA - OUTORGA UXÓRIA - AUSÊNCIA - LIMINAR - REQUISITOS LEGAIS Para concessão de liminar é indispensável a presença do perigo de dano para a parte e da aparência de bom direito. A alienação de bem imóvel sem autorização do cônjuge acarreta a anulabilidade do negócio jurídico, que poderá ser requerida pelo cônjuge preterido.
(TJ-MG - AI: 10024133524777001 MG, Relator: Evangelina Castilho Duarte, Data de Julgamento: 27/03/2014, Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 04/04/2014)
III – DO PEDIDO
Que seja concedido a tutela provisória do pedido e mantida por final de processo.
Que seja concedida a assistência jurídica gratuita.
Solicita a citação do réu por oficial de justiça, para querendo, na pessoa de seu advogado contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de revelia e confissão ficta da matéria de fato.
A publicação da presente demanda em edital para a manifestação de eventuais interessados.
Citação pessoal dos confinantes evidenciados na peça processual.
Solicita que intime-se para dar ciência à Fazenda Pública Municipal, Estadual e Federal, para que se manifestem sobre eventual interesse na causa, assim como, a intimação do Ministério Público para intervir no feito como fiscal da lei.
A condenação do requerido em custas judiciais e honorários advocatícios, no importe de 20%.
Opta-se pela não realização d audiência de mediação.
Pede-se por fim que sejam julgados procedentes o pedidos formulados na presente inicial, declarando o autor como proprietário do imóvel em discussão, bem como, com o devido registro, junto ao Cartório de Registro de Imóveis competente, expedindo-se, para tal, o correspondente mandado de averbação.
Protesta o autor por todos os meios de provas admitidos em lei.
Da - se a causa, o valor de R$ xxxxx (xxxxx reais).
Nesses termos, pede deferimento
Belo Horizonte/MG, 06 de março 2017.
Assinatura do advogado (OAB)
ROL DE DOCUMENTOS EM ANEXO:
Cópia do documento oficial de identificação com RG.
Cópia do comprovante de residência da requerente.
Cópia da matricula autenticada e atualizada da matricula do registro de imóveis com a sua respectiva planta.
Cópia autenticada do documento do registro de pessoas naturais, referentes ao casamento das partes.
Cópia autenticada do constituto possessório e do justo título de promessa de compra e venda. 
Declaração de hipossuficiência para concessão da Assistência jurídica gratuita.
Cópia do comprovante de renda da parte autora.
Cópia da procuração para postular em nome da parte autora.
Relação das partes confinantes do bem imóvel.
ADVOGADOS XXX
RUA XXXX nº xx – centro – cep XXXXXXXX cidade XXXX /XX

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