Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS Resumo feito por Júlio Thadeu Iomes Lages, 2017 BIOMEDICINA 1. INTRODUÇÃO FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS Diferentes objetivos clínicos, mesma finalidade. Produzem sonolência e sedação; Grupo principal: Benzodiazepínicos; Venda por prescrição médica. 2. ANSIEDADE Inibição comportamental; Países desenvolvidos; Queixa verbal (ansiedade como sintoma); Efeitos somáticos e autônomos (inquietação e agitação, taquicardia, sudorese, choro, distúrbios do sono, etc.). 3. CLASSIFICAÇÃO Benzodiazepínicos: Grupo principal. Efeitos hipnóticos e ansiolíticos; Agonistas dos receptores 5-HT1A: Recentemente introduzidos como ansiolíticos com pouco efeito sedativo; Barbitúricos: Obsoletos, seu uso limita-se à anestesia e ao tratamento da epilepsia; Outras drogas: não recomendadas. 4. BENZODIAZEPÍNICOS Clordiazepóxido: Sintetizado acidentalmente em 1961, nos laboratórios de Hoffman la Roche; Anel incomum de sete átomos; Em pouco tempo, tornaram-se as drogas amplamente mais prescritas na farmacoterapia. 4.1 ESTRUTURA QUÍMICA Anel de sete átomos unidos a um anel aromático, com quatro grupos principais substituídos, que podem ser modificados sem perda de atividade; 4.1 ESTRUTURA QUÍMICA Figura 1: estrutura característica de um benzodiazepínico. Para ter ação farmacológica, é necessário um grupo fenil. Figura 2: A alteração de grupos funcionais (ou inclusão) leva diferentes comportamentos farmacocinéticos e farmacodinâmicos. 4.1 ESTRUTURA QUÍMICA Figura 2: A alteração de grupos funcionais (ou inclusão) leva diferentes comportamentos farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Figura 3: Estrutura de três importantes benzodiazepínicos. Midazolam Alprazolam Clonazepam 4.2 FORMA FARMACÊUTICA INJETÁVEL (via intravenosa) Figura 4: Midazolam. 4.2 FORMA FARMACÊUTICA COMPRIMIDOS (via oral) Rivotril® Comprimidos de 0,5 mg ou 2 mg. Caixa com 20 ou 30 comprimidos. VIA ORAL – Comprimidos de 0,5 mg e 2 mg Figura 5: Midazolam, Clonazepam e Alprazolam. 4.2 FORMA FARMACÊUTICA SOLUÇÃO (via oral) Rivotril® Solução oral de 2,5 mg/mL. Frasco com 20 mL. VIA ORAL – Solução oral de 2,5 mg/mL Figura 6: Clonazepam. 4.2 FORMA FARMACÊUTICA SUBLINGUAL (via oral) Rivotril® VIA SUBLINGUAL – Comprimidos sublinguais de 0,25 mg. Comprimidos sublinguais de 0,25 mg. Caixa com 30 comprimidos. Figura 7: Clonazepam. 5. CLONAZEPAM Rivotril® - POSOLOGIA Como ansiolítico em geral: 0,25 mg a 4,0 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar entre 0,5 a 1,5 mg/dia (dividida em 3 vezes ao dia); Tratamento da fobia social: 0,25 mg/dia até 6,0 mg/dia (2,0 mg, 3 vezes ao dia). Em geral, a dose recomendada deve variar entre 1,0 e 2,5 mg/dia. 6. INDICAÇÕES CLÍNICAS REDUÇÃO ANSIEDADE E AGRESSÃO Efeito “domesticação” em animais de laboratório; Não exercem efeitos antidepressivos, exceto alprazolam; Aumento na irritabilidade: droga retirada, triazolam. 6. INDICAÇÕES CLÍNICAS SEDAÇÃO E INDUÇÃO DO SONO Diminuição tempo para adormecer e aumento da duração do sono (efeitos diminuídos após 1-2 semanas de uso); Procedimentos médicos (ex.: endoscopia e indução de anestesia). Sono REM (redução da proporção menor), efeito rebote. 6. INDICAÇÕES CLÍNICAS RELAXAMENTO TÔNUS MUSCULAR E COORDENAÇÃO Ansiedade: aumento tônus muscular. Mialgias e dores → cefaleia; Reduzem o tônus muscular através de uma ação central que independe de seu efeito sedativo, não tendo apreciável perda da coordenação motora. 6. INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITO ANTICONVULSIONANTE Convulsões quimicamente induzidas por: Bicuculina, receptores Ácido gama-aminobutírico, GABAA: eficaz; Estricnina, receptores de glicina: ineficaz; Seletividade. 7. MECANISMO DE AÇÃO FARMACOCINÉTICA Figura 8: Concentrações de diazepam e nordazepam após uma única dose oral ou intravenosa. Lento desaparecimento de ambas as substâncias após as primeiras 20 horas. 7. MECANISMO DE AÇÃO FARMACOCINÉTICA Figura 9: Acúmulo do nordazepam durante 2 semanas de administração diária de diazepam, e lento declínio (meia-vida de aproximadamente 3 dias) após a interrupção da administração do diazepam. 7. MECANISMO DE AÇÃO FARMACOCINÉTICA Figura 10: Metabolismo dos benzodiazepínicos. Negrito: drogas disponíveis. *, metabólito ativo. 7. MECANISMO DE AÇÃO RECEPTORES Seletividade sobre os receptores de GABAA, facilitando a abertura dos canais de cloreto ativados pelo GABA; Atua de forma alostérica, aumentando a afinidade de GABA pelo receptor. O efeito dos benzodiazepínicos de potencialização do GABA atinge um nível máximo em baixas concentrações e fica reduzido quando se aumenta a concentração. 7. MECANISMO DE AÇÃO Figura 11: Ligação a receptores GABA em um sitio de ligação chamado GABA A, diferente de onde o GABA se liga. Facilita a abertura de canais de cloreto e consequentemente influxo de Cl-. Facilita a abertura mais vezes e não por mais tempo. FARMACODINÂMICA 7. MECANISMO DE AÇÃO FARMACODINÂMICA Figura 12: GABA: neurotransmissor atuando como inibidor neurossináptico. O ácido gama aminobutírico induz a inibição do sistema nervoso central (SNC), causando a sedação. ENTRADA CLORETO→HIPERPOLARIZAÇÃO→DIFICULTA DESPOLARIZAÇÃO→DIMINUIÇÃO CONDUÇÃO→EFEITO INIBITÓRIO 8. REAÇÕES ADVERSAS TOXICIDADE AGUDA Superdosagem: menos perigosos; Tentativa de suicídio: sono prolongado, sem depressão grave da respiração ou da função cardiovascular; Presença de álcool: depressão respiratória grave potencialmente fatal; Antagonista: flumazenil, neutralizando os efeitos. 8. REAÇÕES ADVERSAS EFEITOS COLATERAIS Sonolência, confusão, amnésia e comprometimento da coordenação; Mesmo com concentrações plasmáticas baixas, há uma potencialização no efeito depressor do álcool, quando ingerido; 8. REAÇÕES ADVERSAS TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA Ocorre aumento gradual da dose necessária para produzir o efeito desejado (tolerância) e dependência; Tolerância menos pronunciada em comparação com barbitúricos; Interrupção do tratamento: sintomas, causando dificuldade em abandonar o uso. 9. ANTAGONISTAS 1981, Flumazenil. Reverter a ação sedativa dos benzodiazepínicos administrados durante a anestesia, bem como no tratamento da superdosagem aguda; Ação curta: 2 horas; Pacientes em coma com suspeita de superdosagem de benzodiazepínicos: antes da confirmação da amostra de sangue. 10. BUSPIRONA Buspirona, ipsapirona e gepirona: Efeitos colaterais diferentes (náusea, vertigens, cefaleia). Sem sedação, abstinência descoordenação motora. Potente agonista nos receptores 5-HT1A utilizados no tratamento da ansiedade e em distúrbios do pânico. 11. BARBITÚRICOS Atividade depressora sobre o SNC, podendo causar morte por depressão respiratória e cardiovascular; Propriedades específicas: fenobarbital (anticonvulsivante) e tiopental (agente anestésico intravenoso); Potencializam a ação do GABA, porém em sítios diferentes (benzodiazepínicos). 11. BARBITÚRICOS Elevado grau de dependência e tolerância; Induzem acentuadamente síntese de enzimas do fígado: aumento de degradação metabólica de outras drogas. REFERÊNCIAS RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; Farmacologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Animações sobre o cérebro e o uso de drogas – Benzodiazepínicos. <http://fqs.blogspot.com.br/2011/01/animacoes-sobre-o-cerebro-e-o-uso-de_31.html> Acesso em 08 de março de 2017. 2D structure of benzodiazepine class drug alprazolam. <https://pt.wikipedia.org/wiki/Alprazolam#/media/File:Alprazolam.svg> Acesso em 14 de março de 2017. Skeletal formula of midazolam. <https://en.wikipedia.org/wiki/Midazolam#/media/File:Midazolam.svg> Acesso em 14 de março de 2017. Chemical structure of clonazepam. <https://pt.wikipedia.org/wiki/Clonazepam#/media/File:Clonazepam.svg> Acesso em 14 de março de 2017. Fármacos que atuam no sistema nervoso central. <http://farmacologiaaplicadaenf.blogspot.com.br/2015_06_07_archive.html> Acesso em 14 de março de 2017. RIVOTRIL®. <https://www.dialogoroche.com/content/dam/brasil/bulas/r/rivotril/Bula-Rivotril-Profissional.pdf> Acesso em 14 de março de 2017. Ansiolitico, Hipnotico e Sedativos. < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgNv4AG/ansiolitico-hipnotico-sedativos> acesso em 14 de março de 2017.
Compartilhar