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DIREITO ADMINISTRATIVO

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A Administração pública Indireta é composta pelas entidades administrativas, que possuem personalidade jurídica própria e são responsáveis por executar atividades administrativas de forma descentralizada. Com natureza de direito publico ou de direito privado. No âmbito de direito público são criadas por lei (art 37, XIX, da CF), já no privado são autorizadas por lei (art 37, XIX,da CF, 3º e 4º da lei n. 13.306/2016). 
	Vale ressaltar que, a administração publica indireta não está subordinada hierarquicamente e sim por vinculo com a administração direta, e não possuem autonomia política.
	São as entidades de direito público :a) autarquias, b)fundações públicas C) agências reguladoras e d)associações públicas.
A)As autarquias: são criadas por lei especifica, com personalidade jurídica de direito público, com autonomia, que dispõe de patrimônio próprio e receita próprios, de forma descentralizada. São criadas para melhor desempenho da administração publica. Exemplo: INSS, Bacen, Ibama. São características da autarquia: são pessoas jurídicas de direito público; são criadas e extintas por lei especifica; dotadas de autonomia gerencial, orçamentaria e patrimonial; nunca exercem atividade econômica; são imunes a impostos; seus bens são públicos; praticam atos administrativos; celebram contratos administrativos; o regime normal de vinculação é estatutário; possuem as prerrogativas especiais da fazenda pública; responsabilidade objetiva e direta, e sofrem controle dos tribunais de contas. Além disso, existem seis espécies de autarquia, que são: autarquias administrativas ou de serviço; autarquias especiais; autarquias corporativas; autarquias fundacionais; autarquias territoriais; autarquias associativas ou contratuais.
B) Fundações públicas: são pessoas jurídicas de direito público, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio e sem fins lucrativo; são destinadas a um fim coletivo, exemplos: Funai, Funasa, IBGE, Funarte.
c) Agencias reguladoras: foram criadas para fiscalizar e controlar os segmentos de mercado explorados por empresas privadas para assegurar o interesse público. Está diretamente ligada aos direitos do cidadão como consumidor e a proteção da sociedade como um todo. Atualmente existem onze agencias reguladora, que são: ANAC, ANATEL, ANEEL, ANP, ANS, ANTAQ, ANCINE, ANTT, ADASA, ANA, ANVISA. As agencias reguladoras são autarquia com regime especial, com tudo isso, possuem todas as características jurídicas das autarquias comuns, porém, encontram-se duas características que diferenciam seu regime jurídico: 1) dirigentes estáveis: diferente das autarquias comuns, onde o cargo é indicação do executivo por cargo em comissão, os dirigentes das agencias reguladoras gozam da proteção contra o desligamento imotivado, ou seja, dar total proteção ao mesmo, pois poderá exercer sua função sem se preocupar com influencias políticas ou partidárias. A perda do cargo dará com o encerramento do mandato, por renuncia e por sentença judicial transitada em julgado. 2) mandatos fixos: os dirigentes permanecem na função por prazer determinado, que varia de três anos a cinco anos. Sendo desligado após o encerramento do mandato. 
	De acordo com a lei n. 9.986/2000, relata que cada agencia regulador passe pelo sistema diretivo colegiado (diretorias colegiadas). As diretorias colegiadas são compostas de três até cinco diretores, irá depender da entidade. São nomeados pelo presidente da república com a aprovação do Senado Federal. Nos demais entes federativos, os estados e municípios, a nomeação é feita pelo poder executivo e a aprovação pelo legislativo. A nomeação é de livre escolha do executivo, pois envolve uma parte da discricionariedade, porém, é necessário que o dirigente possua uma especialização técnica para exercer tal função de determinada agencia, agencia essa que seja compatível com sua formação. As prerrogativas para a nomeação do dirigente consta no art. 5º, da lei n. 9.986/2000, determina que os membros das Diretorias Colegiadas sejam brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária, e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados. Além disso, caberá uma nulidade a nomeação, caso haja uma nomeação equivocada, onde a formação do diretor não seja compatível com o cargo a qual foram concedidos.
	Existem quatro classificações inerentes as agencias reguladoras, que são:1) quanto à origem; 2) quanto à atividade preponderante, que subdivide em: agencia de serviço, agencia de polícia, agências de fomento e agências do uso de bens públicos; 3) quanto à previsão constitucional, que subdivide em: com referência constitucional e sem referencia constitucional; 4) quanto ao momento de criação, que subdivide em: agências de primeira geração, agências de segunda geração e agências de terceira geração. 
	As agências gozam do poder normativo concedido a elas, onde podem elaborar normas, regras, controlando os setores de atuação. Sendo que, tal ato normativo, não pode contrariar regras fixadas na legislação, e é vedada a edição, pelas agencias, de atos administrativos gerais e abstratos. 
Agencias executivas:
Qualificação jurida, que vc defere a uma autarquia ou fundação publica q já existe, elas recebem essa qualificação jurídica para ter uma maior autonomia, gerencial, operacional e orçamentaria. Existem 2 condições: um processo de restruturação estratégica, demostrando uma preocupação com o principio da efeciencia, maximização de resultados e redução de custos segunda: celebrar um contrato de gestão( controle de resultados) com o poder publico. Art37 para . recebem mediante decreto. Para buscar metas mais ambicioas que o norma,terá mais liberdade de atuação, é por prazo determinado, terminando a agencia executiva volta a ser autarquis ou fundação publica, ou pode ser encerrado se as metas estabelecidas não forem cumpridas, e essas metas são fiscalizadas pela administração publica direta. INMETRO.
c) associações públicas:
São pessoas jurídicas de direito público criadas a partir da celebração de um consórcio público por entidades federativas. Os entes podem decidir se essa nova pessoa criada será de direito público, que serão denominadas de associação pública ou de direito privado, não há um nome especifico, mas será sem fins lucrativos. 
Empresas estatais:
São pessoas jurídicas de direito privado, instituídas pelo Estado mediante autorização legislativa específica. São aquelas em que o governo detém parte ou todo o capital social. Subdivide-se em: empresas públicas e sociedade de economia mista. 
Empresas públicas:Empresa pública é Pessoa Jurídica de Direito Privado, constituída por capital exclusivamente público,  criada por lei especifica, com o objetivo de exploração de atividade econômica .
Suas características são: criação autoriazada por lei, todo capital é público, forma organizacional livre, suas demandas são de competência da justiça federal.
Sociedades de economia mista: Sociedades de Economia Mista são pessoas jurídicas de Direito Privado, constituídas por capital público e privado. Sua criação também é autorizada por lei, e deve ser organizada sob a forma de sociedade anônima. E também, as ações com direito a voto pertencem em sua maioria à União ou a entidade da administração indireta. Exploram atividades econômicas e podem prestar serviços. 
Suas características são: criação autorizada por lei, a maioria do capital é público, forma de sociedade anônima, demandas são julgadas na justiça comum estadual. 
 
Fundações governamentais de direito privado
São pessoas jurídicas de direito privado, criadas via autorização legislativa, por meio de escritura publica, tendo estatuto próprio, e instituídas mediante a afetação de um acervo de bens a determinada finalidade publica. 
Fundações de apoio
São pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, instituídas na forma de fundaçõesque exercem atividades sociais relacionadas à ciência, pesquisa, saúde e educação, normalmente, junto a hospitais públicos ou universidades públicas.
Entes de cooperação
Entes de cooperação são pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado no desempenho de um atividade de interesse coletivo. São divididos em duas categorias: entidades paraestatais e terceiro setor.
Entidades paraestatais e serviços sócias do sistema S
Entes paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fim lucrativo, visando o desempenho de atividades do interesse público. Atuam ao lado do estado.
Os serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, criadas mediante autorização legislativa e que compõem o denominado sistema “S”. Estão ligadas a estrutura sindical, e se iniciam com a letra S de serviço, ex: Senai- Serviço Nacional de Aprendizagem industrial.
Terceiro setor
É constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público. O regime jurídico aplicável a tais entidades é predominantemente privado, parcialmente derrogado por normas de direito publico. 
Organizações sociais
 A organização social é uma qualificação, que a Administração atribui a uma entidade privada, sem fins lucrativos, para que ela possa receber determinados benefícios do Poder Público, como: isenção fiscal, destinação de recursos orçamentários, repasse de bens públicos, bem como empréstimos temporários de servidores governamentais. Suas áreas de atuação são: ensino, pesquisa cientifica, desenvovimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde. 
O instrumento de formalização da parceria entrea a adm publica e a organização social é o contrato de gestão.
A fiscalização do contrato de gestão é feita pelo órgão ou entidade supervisora da área de atuação a qual corresponde. A organização terá que apresentar o relatório de cumprimento das metas fixadas no contrato de gestão, ao termino de cada exercício. Se por ventura as metas não forem cumpridas, poderá o poder executivo deliberar a desqualificação da entidade como organização social.
Oscips
Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos serem qualificadas, pelo Poder Público, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIPs, instituída por iniciativa dos particulares, para desempenhar serviço não exclusivo do estado, com finalidade social, sendo fiscalizada pelo poder publico, e irá se relacionar-se por meio de termo de parceria. Exemplo de algumas finalidades, e tem que haver pelo menos uma, que é: promoção da assistência social; promoção do voluntariado; promoção da cultura, defesa e conversação do patrimônio histórico e artístico. No termo de parceria firmado, são relatadas as obrigações a serem cumpridas pelas OSCIPs, tais obrigações prevista no termo de parceria são: metas, prazos de duração, direitos e obrigações das partes e formas de fiscalização.
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