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Ação de Anulação de Negócio Jurídico

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FÓRUM DA 
COMARCA DE ITABUNA-BA 
 
 
 
 
 
JOANA, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, com a carteira de 
identidade nº 11.111.111-1, expedida pelo DETRAN, inscrita no CPF nº 
111.111.111-11, com endereço eletrônico joana@gmail.com, residente e 
domiciliada na Rua Qualquer, n° 1, Itabuna/BA, CEP 11111-111, vem, por meio 
de seus advogados ao qual esta subscreve, procuração em anexo, com endereço 
profissional na Avenida Almirante Barroso, n° 63, sala 2714, Centro, Rio de 
Janeiro, RJ, Cep: 20031-003, vem, por seu advogado, infra-assinado, propor a 
presente ação: 
 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 
 
pelo rito comum, em face de JOAQUIM , brasileiro, solteiro, técnico em 
informática, com a carteira de identidade nº 22.222.222-2, expedida pelo 
DETRAN, inscrita no CPF nº 222.222.222-22, com endereço eletrônico 
Joaquim@gmail.com, residente e domiciliada na Rua Qualquer, n° 2, 
Itabuna/BA, CEP 22222-222, pelos fatos e motivos de direito a seguir expostos: 
 
 
DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO 
 
 A parte autora deseja participar na audiência de conciliação a ser 
designada por este respeitável juízo. 
 
 
1- DOS FATOS 
 
No dia 20/12/2016, a autora recebeu notícia que seu filho Marcos, de 18 
anos de idade, tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado 
equivocadamente ao presídio XXX. No mesmo dia a autora procurou um 
advogado criminalista para atuar no caso, sendo que o advogado cobrou R$ 
20.000,00 de honorários. 
 
A autora, ao chegar em casa, comentou com o réu, seu vizinho, que não 
tinha o valor cobrado pelo advogado e que estava desesperada. O réu, vendo a 
necessidade da autora de obter dinheiro para contratar um advogado, 
aproveitou a oportunidade para obter uma vantagem patrimonial, propôs à 
autora comprar seu carro pelo valor de R$ 20.000,00, sendo que o carro o preço 
de mercado no calor de R$ 50.000,00. Diante da situação que se encontrava, a 
autora resolveu celebrar o negócio jurídico. No dia seguinte ao negócio jurídico 
realizado e antes de ir ao escritório do advogado criminalista, a mesma 
descobriu que a avó paterna de seu filho tinha contratado outro advogado 
criminalista para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade de seu filho 
através de um Habeas Corpus. 
 
Diante destes novos fatos, a autora falou com o réu para desfazerem o 
negócio, entretanto, o mesmo informou que não pretendia desfazer o negócio 
jurídico celebrado. 
 
 
2-DA FUNDAMENTAÇÃO 
 
 A propositura da demanda adveio do fato que, o autor sofreu coação em 
virtude de estar em estado de perigo. Evidenciando assim uma das 
modalidades de defeitos do negocio jurídico. Configurando assim estado de 
perigo, conforme o art. 156 do Código Civil Brasileiro: 
 
 “Art. 156.Configura-se o estado 
de perigo quando alguém, premido 
da necessidade de salvar-se, ou a 
pessoa de sua família, de grave 
dano conhecido pela outra parte, 
assume obrigação excessivamente 
onerosa”. 
 
É notório o aproveitamento de tal situação por parte do réu, 
evidenciando-se o que alguns doutrinadores chamam de dolo de 
aproveitamento, haja vista a diferença exorbitante do valor pago frente ao valor 
venal do automóvel. 
 
Não obstante a gravidade da situação do risco enfrentado pelo filho do 
autor, fez com que a mesma se sentisse coagida a vender o seu único carro por 
valor inferior. Por fim, a obrigação assumida foi excessivamente onerada. 
Conforme o narrado, há flagrante a lesão, segundo a inteligência do art. 157 do 
Código Civil Brasileiro: 
“Art. 157. Ocorre a lesão quando uma 
pessoa, sob premente necessidade, ou 
por inexperiência, se obriga a 
prestação manifestamente 
desproporcional ao valor da 
prestação oposta”. 
 
Mediante ao exposto evidenciando-se a lesão ao negócio jurídico 
realizado entre autor em face da ré, deve ser anulado com base no art. 171, II, e 
o art. 178, I e II, ambos do Código Civil Brasileiro: 
 
“Art. 171. Além dos casos 
expressamente declarados na lei, é 
anulável o negócio jurídico:(...)II 
- por vício resultante de erro, 
dolo, coação, estado de perigo, 
lesão ou fraude contra credores”. 
 
3-DA JURISPRUDÊNCIA 
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4-DOS PEDIDOS 
 
Diante de todo o exposto, restando evidente e cristalino o direito que 
fundamenta a presente ação, no mérito, requer a autora, seja citada a ré para 
comparecer em audiência, e, querendo ofereça sua contestação, sob pena de 
revelia e confissão, julgando ao final procedente os pedidos; 
 
 
a) A designação de audiência de conciliação/mediação e intimação do réu 
para seu comparecimento; 
b) Citação para integrar a relação processual; 
c) Seja a presente ação julgada procedente, com a consequente declaração 
de anulação do negócio jurídico; 
d) Condenar a parte ré no pagamento das custas processuais e dos 
honorários sucumbenciais na base de 20% (vinte por cento) do valor da 
condenação. 
 
5 –DAS PROVAS 
 
 Protesta os Autores pela produção de todas as provas em direito 
admitidas, principalmente testemunhal e documental. 
 
6-DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se a causa o valor de R$ 50.000,00. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Rio de Janeiro, 03 de agosto de 2017. 
 
ANDERSON LUIS DE SOUZA RUFINO 
OAB/RJ 000.000

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