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PENAL III Casos Concretos

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PLANO DE AULA 01
QUESTÃO 1. 
 Claudionor, Alex e Adalberto, com unidade de vontade e desígnios, no dia 05 de março de 2010, por volta das 23h, mediante o arrombamento do cadeado do portão e da fechadura da porta da cozinha da residência de Ademilson e Luísa, conforme laudo acostado a fls..., subtraíram um edredom, um jogo de cama, duas toalhas de banho e outras roupas não identificadas.
Ademilson acordou assustado com o barulho e conseguiu identificar os agentes no momento em que empreenderam fuga, razão pela qual registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia, bem como identificou os agentes no curso do inquérito criminal. Ainda, apurou-se que os agentes associaram-se em quadrilha para o fim de cometer crimes (delito a ser apurado em autos próprios, sob o n...)
Dos fatos narrados Claudionor, Alex e Adalberto foram denunciados pela suposta prática do delito tipificado no art.155, §1º e §4º, I e IV, do Código Penal. Inconformados, impetraram Habeas Corpus com pedido de liminar com vistas ao trancamento da ação penal sob o argumento de atipicidade de conduta face à incidência do princípio da insignificância. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema responda de forma objetiva e fundamentada:
a) A capitulação da conduta constante na denúncia está correta?
R.: Não. A capitulação correta é art. 155, §4º, I e IV. Há Impossibilidade de cumulação da causa de aumento do furto noturno (art. 155, §1º) com as qualificadoras do §4º.
b) A ordem de habeas corpus deve ser concedida?
R.: Não há que se falar em concessão da ordem de Habeas Corpus, pois para que se aplique o princípio da insignificância, um dos critérios é a escassa reprovabilidade da conduta do agente. Além disso, são necessários também a ofensa a bem jurídico de menor relevância e o confronto com o patrimônio do ofendido. No caso em tela não há preenchimento do primeiro critério, qual seja a escassa reprovabilidade da conduta do agente, por haver violado dois cadeados.
 
QUESTÃO 2. 
Em relação ao delito de furto, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. O bem jurídico-penal é o patrimônio, contemplando, neste caso, não só a propriedade, mas, também a posse da coisa móvel. Verdadeiro
II. Para se caracterize o furto de uso, conduta atípica é necessário que o bem seja infungível, a ausência de especial fim de agir de assenhoreamento definitivo para si ou para outrem e que haja restituição imediata e integral ao sujeito passivo. Verdadeiro
III. Res nullius e res derelicta são coisas que não podem ser objeto de furto, todavia a res desperdicta pode ser objeto de furto. Falso
IV. O delito se consuma quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, mesmo que num curto período de tempo, independentemente do deslocamento ou posse mansa e pacífica. Verdadeiro
São corretas apenas as assertivas:
a) I e II;
b) I, II e III;
c) I, II e IV;
d) I, III e IV.
 
QUESTÃO 3. 
Em relação ao delito de furto, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I.A existência de detectores antifurto, por si só, não caracterizam crime impossível. Verdadeiro
II. Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa; Verdadeiro
III. Diferencia-se o delito de furto do delito de apropriação indébita, pois neste, coisa é entregue licitamente ao agente e a sua posse sobre a coisa é desvigiada, enquanto no furto, o agente não tem a posse do bem, apoderando-se deste contra a vontade da vítima. Verdadeiro
IV. Caracteriza estelionato a subtração dolosa de energia elétrica, desde que não tenha ocorrido alteração do medidor para o interior do imóvel, caso em que se caracterizará o furto de energia elétrica. Falso
São corretas apenas as assertivas:
a) I e II;
b) I, II e III;
c) I, II e IV;
d) I, III e IV.
PLANO DE AULA 02
QUESTÃO 1. 
Olimar, Lucivaldo e Hergílio com unidade de vontade e desígnios, no dia 20 de dezembro de 2009, por volta das 20h, mediante grave ameaça exercida com arma de fogo, subtraíram para si um telefone celular e um tablet de Antônio Pereira, quando este saía do estacionamento do shopping center Vilaverde. Ato contínuo, abordaram o veículo que vinha logo atrás de Antônio Pereira e subtraíram quinhentos reais em espécie e, ao tentar subtrair o veículo modelo Focus, marca Ford, placa EDV-XXXX, de São Paulo, de propriedade de Marilene Mendes foram presos em flagrante.
Após instrução probatória, Olimar restou condenado à pena de 20 anos, 6 meses e 22 dias de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pela prática dos crimes de roubo qualificado (art.157,§2º, I e II, CP) duas vezes, em concurso material,(art.69, CP) roubo qualificado na forma tentada (art.157,§2º, I e II, n.f art. 14, II, ambos do CP) e formação de quadrilha armada (art.288, parágrafo único, CP), em concurso material de crimes.
Inconformado com a decisão condenatória a defesa de interpôs recurso de apelação com vistas, dentre outros pedidos, à exclusão da majorante do parágrafo único do art.288, do Código Penal sob o argumento de configurar-se bis in idem, bem como ao reconhecimento da continuidade delitiva entre os delitos e não concurso material, como fôra aplicado.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema responda de forma objetiva e fundamentada se os pedidos deverão ser julgados procedentes.
R.: A questão versa sobre dois temas:
1º - possibilidade de concurso material entre roubo majorado pelo concurso de pessoas e o delito de associação criminosa. O entendimento é controvertido. Numa primeira corrente a Doutrina, majoritariamente, entende que se configuraria hipótese de “bis in idem”, pois haveria a criminalização de uma mesma conduta duas vezes. Uma segunda corrente, jurisprudencial não pacificada, admite a hipótese de concurso material de crimes no caso em tela.
QUESTÃO 2. 
Em relação ao delito de roubo, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. O emprego de arma de brinquedo (simulacro) não tipifica o roubo majorado, previsto no art.157,§2º, I, CP. Verdadeiro
II. O delito de roubo se consuma quando o agente, cessada a violência ou a grave ameaça, inverte a posse da coisa subtraída, sendo desnecessário que o bem objeto do delito saia da esfera de vigilância da vítima. Verdadeira
III. No delito de roubo próprio, previsto no caput do art.157, do Código Penal, a violência ou grave ameaça é empregada antes ou concomitantemente à subtração da res, enquanto no roubo impróprio, previsto no §1°, art.157, do Código Penal, a violência ou grave ameaça é empregada após a subtração, em relação de imediatidade. Verdadeiro
IV. Para a caracterização do delito de roubo, previsto no caput do art.157, do Código Penal não se aplica o instituto da interpretação analógica em relação à expressão “ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”. Falso 
 
São corretas apenas as assertivas:
a) I e II;
b) I, II e III;
c) I, II e IV;
d) I, III e IV.
 
 QUESTÃO 3. Em relação ao delito de roubo, analise as narrativas abaixo e assinale a opção correta:
I. No caso concreto, caso ocorram morte e subtração consumadas, o latrocínio será caracterizado consumado, estando o tipo perfeito. V
II. No caso concreto, caso ocorra morte consumada e subtração tentada, o latrocínio será caracterizado na forma tentada, por tratar-se de delito contra o patrimônio. F
III. No caso concreto, caso ocorram morte e subtração tentadas, o latrocínio será caracterizado na forma tentada. V
IV. No caso concreto, caso ocorra morte na forma tentada e subtração consumada, o latrocínio será caracterizado na forma tentada. V
São corretas apenas as assertivas:
a) I e II;
b) I, II e III;
c) I, II e IV;
d) I, III e IV.
PLANO DE AULA 03
Questão 1. 
Maria Helena, no dia 05 de abril de 2008, por volta das 14h, recebeu um telefonema de um estranho que, sob o argumento de que havia sequestrado sua filhade 18 anos ao sair da faculdade, exigiu que Maria Helena efetuasse o depósito de R$50.000,00 em uma determinada conta corrente. Desesperada Maria Helena tentou falar com a filha ao telefone celular, mas as ligações resultavam na caixa postal. Pediu a todos os amigos da filha que a localizassem, sem êxito. Por fim, no horário acordado com o agente, Maria Helena foi à agência bancária a fim de efetuar o depósito exigido. Sem que o agente percebesse, Maria Helena foi seguida por um policial que identificaram Claudionor na agência, pois o mesmo estava sendo procurado pela prática deste crime contra outras vítimas. Ante o exposto, sendo certo que Maria Helena não efetuou o depósito, bem como o fato de que sua filha não havia sido sequestrada por Claudionor, pois encontrava-se no cinema com o aparelho celular desligado durante o todo o período de contato e desconhecia toda a situação, responda, de forma objetiva e fundamentada, ao que se pede:
a) Qual a correta tipificação da conduta de Claudionor?
R.: No caso em exame não há que se falar em extorsão mediante sequestro, uma vez que não foi suprimida a liberdade da suposta vítima. Logo, não se pode configurar o crime previsto no art. 159 – CP. Houve sim, na hipótese, o delito de extorsão consumada (art. 158 CP), na medida em que trata de crime formal e não é necessário o depósito do valor exigido para que se considere o crime consumado.
b) O delito foi consumado ou tentado?
R.:Consumado pois trata-se de crime formal, que prescinde da produção do resultado para fins de consumação.
Questão 2. 
Ernesto Leôncio revoltado pelo fato de sua mulher, Lucinda Leôncio, tê-lo abandonado exige que Lucinda faça um depósito no valor de R$1.500,00 em uma conta corrente aberta por Leôncio sob ameaça de matá-la caso não efetue o respectivo depósito, bem como a retirada do boletim de ocorrência de lesões corporais perpetradas sob violência doméstica contra ele registrado. Diante da reiteração das ameaças, Lucinda acionou a polícia, que surpreendeu Ernesto, procedendo a sua prisão. Ante o exposto, é correto afirmar que Ernesto praticou o delito de:
a) Constrangimento ilegal consumado.
b) Extorsão consumada.
c) Extorsão na forma tentada.
d) Constrangimento ilegal na forma tentada.
Questão 3. 
Em relação aos delitos de extorsão e extorsão mediante sequestro, previstos nos arts.158 e 159, do Código Penal, analise as assertivas abaixo: 
I. são considerados delitos hediondos, independentemente da produção do resultado mais gravoso lesão corporal de natureza grave ou morte. F
II. O denominado "sequestro relâmpago" configura-se como uma qualificadora do delito de extorsão mediante sequestro e é considerado delito hediondo. F
III. Os delitos de extorsão e roubo possuem como elemento distintivo a prescindibilidade do comportamento da vítima no roubo. V
IV. A extorsão é uma espécie de constrangimento ilegal, diferenciando-se deste em decorrência da natureza da vantagem almejada. V 
 São corretas apenas as assertivas:
a) I e II;
b) I, II e III;
c) I, II e IV;
d) II, III e IV.
e) III e IV.
PLANO DE AULA 04
Questão 1.
Evandro Santos foi denunciado incurso nas sanções do art. 171, §2.º, VI, do Código Penal, pela suposta prática do crime assim narrado na denúncia:
"No dia 20 de março de 2010, em horário não especificado no sumário base, na Av. Nossa Senhora de Copacabana, nº XXXX, estabelecimento comercial 'A Casa é Nossa Eletrodomésticos', nesta Cidade, o denunciado obteve, para si, vantagem ilícita, em prejuízo do referido estabelecimento, induzindo funcionário em erro, mediante meio fraudulento.
Para tanto, o denunciado deslocou-se até o referido endereço e adquiriu mercadorias à empresa vítima, efetuando pagamento com os cheques de n. 222222 e n. 33333, no valor de R$150,62, cada, do Banco do Sudeste, agência 1111, conta corrente nº 12345-6 (fl. 06), cártulas que emitiu tendo já ciência de que não as pagaria, pois não teria o dinheiro para cobrir a emissão, sendo devolvidas pela alínea n. 11 ' insuficiência de fundos ' e após pela alínea '12 ', conta encerrada. A vítima não foi ressarcida.
Do feito, Evandro Santos foi condenado à pena de 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, bem como ao pagamento de 40 (quarenta) dias-multa à razão de 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato, tendo o magistrado a quo decidiu pela substituição da pena privativa de liberdade, por duas restritivas de direitos, consistente em prestação de serviços comunitários e, prestação pecuniária no valor de 02 (dois) salários mínimos. 
Irresignada, a defesa interpôs recurso de apelação.
Em razões recursais, pugnou a defesa pela absolvição do réu, alegando atipicidade de conduta, com fulcro no art. 386, inciso III, do Código Penal, sob o fundamento de ausência de dolo, alegando que a aquisição de mercadorias foi resultante de um negócio jurídico, tendo sido utilizada, para tanto, a modalidade cheque pós-datada, pois acreditava que, na data acordada para os depósitos teria a correspondente provisão de fundos em sua conta corrente.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada: a defesa deve prosperar e o recurso ser provido?
R.: Caso o MP tenha razão, o crime deve ser capitulado no art. 171, caput – CP. 
Caso assista razão a defesa, não haveria dolo,; caso o emitente tivesse realmente emitido um cheque pós datado (conhecido popularmente como pré-datado) não há que se falar em conduta criminosa, pois há a descaracterização do crime e a consequente atipicidade da conduta, conforme Súmula 246 STJ.
Questão 2. 
Pedro Paulo, policial rodoviário da reserva remunerada, utilizou-se de documento falso (passe conferido aos policiais da ativa) para comprar passagem de ônibus intermunicipal no valor de R$ 48,00. Do fato, é correto afirmar que sua conduta configura:
a) Estelionato, previsto no art.171, do Código Penal.
b) Peculato, previsto no art.312, do Código Penal.
c) Conduta atípica por ausência de tipicidade material.
d) Uso de documento falso, previsto no art.304, do Código Penal. (não se aplica, conforme súmula 17 STF)
Questão 3. 
Alice Mendes, com o auxílio de sua amiga Ana Lúcia Silva, servidora pública federal, teve acesso a informações sigilosas concernentes ao gabarito de processo seletivo para ingresso em ensino superior a ser realizado em março de 2010, através da denominada "cola eletrônica". Sendo certo que Alice obteve aprovação no referido processo seletivo é correto afirmar que Alice e Ana Lúcia praticaram as condutas de:
a) Estelionato, previsto no art.171, do Código Penal.
b) Fraude em certames de interesse público, previsto no art. 311-A, do Código Penal.
c) Conduta atípica.
d) Alice praticou delito de estelionato e Ana Lúcia, fraude em certames de interesse público previstos, respectivamente, nos arts. 171 e 311-A, do Código Penal.
PLANO DE AULA 05
QUESTÃO 1.
Analise a situação hipotética seguinte e responda às questões propostas: (EJEF - 2009 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros. Modificada)
 Arlindo furtou um telefone celular e o vendeu para Beto. Ambos foram denunciados nos mesmos autos, pelo crime de furto qualificado pelo concurso de pessoas. No curso da ação penal verificou-se que o acusado Arlindo era menor de 21 anos ao tempo da ação, extinguindo-se em seu favor a punibilidade do delito de furto. 
a) As condutas de Arlindo e Beto foram corretamente tipificadas na denúncia?
R.: Não está correta a capitulação prevista na denúncia, tendo em vista que Beto não concorreu para a prática do delito de furto. Assim, Beto teria praticado o delito de receptação (art. 180 CP). 
b) Neste caso, verificado que Beto possuía 26 (vinte e seis) anos ao tempo do delito, a extinção da punibilidade que beneficiou Arlindo favorecerá Beto?
R.: Não, pois mesmo com a extinção, Beto será punido de acordo com o §4º do art. 180 CP. Para que haja crime de receptação basta que o crime anterior seja fato típico e antijurídico, não havendo a necessidade da culpabilidade, poissenão não haveria o crime de receptação para quem negociasse coisa alheia que fosse subtraída por menor, já que menor não pratica crime.
QUESTÃO 2. 
Considere as seguintes afirmações: (FCC - 2009 - DPE-SP - Defensor Público)
I. Presume-se a ciência da origem criminosa da coisa pelo agente, no crime de receptação dolosa própria. F
II. Saque de dinheiro por meio de cartão de crédito previamente clonado, configura os crimes de furto e estelionato. F
III. No homicídio cometido em legítima defesa com duplo resultado em razão de aberratio ictus, a excludente de ilicitude se estende à pessoa não visada, mas, também, atingida. V
Conclui-se que está correto o que se afirma SOMENTE em:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III
 
QUESTÃO 3. Julgue os seguintes itens, acerca dos crimes contra o patrimônio: (CESPE - 2008 - TJ-AL - Juiz)
I .Na receptação, o objeto material do delito pode ser produto de contravenção. F
II .No crime de furto qualificado pelo abuso de confiança, é pacífico que a relação de emprego é suficiente para caracterizar a qualificadora. F
III .É possível a continuidade delitiva entre crimes de roubo e furto. F
IV .No crime de roubo, o critério adotado pela jurisprudência do STJ, para fins de exasperação da pena em face da presença de qualificadoras, é meramente quantitativo, de forma que a presença de apenas uma qualificadora não autoriza o juiz a aumentar a pena em patamar acima de um terço. F 
V .O crime de extorsão mediante sequestro consuma-se com a privação da liberdade da vítima por espaço de tempo juridicamente relevante, independentemente da exigência de qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate, desde que haja a intenção do agente nesse sentido. V
A quantidade de itens certos é igual a:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
PLANO DE AULA 06
QUESTÃO 1. 
Considere a seguinte situação hipotética e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões propostas: FGV - 2010 - PC-AP - Delegado de Polícia. (MODIFICADA)
João e Marcos decidem furtar uma residência. Vigiam o local até que os proprietários deixem a casa. Tentam forçar as janelas e verificam que todas estão bem fechadas, com exceção de uma janela no terceiro andar da casa. Usando sua habilidade, João escala a parede e entra na casa, pedindo a Marcos que fique vigiando e avise se alguém aparecer. Enquanto está pegando os objetos de valor, João escuta um barulho e percebe que a empregada tinha ficado na casa e estava na cozinha bebendo água. João vai até a empregada (uma moça de 35 anos) e decide constrangê-la, mediante grave ameaça, a ter conjunção carnal com ele. 
Logo após consumar a conjunção carnal com a empregada e deixá-la amarrada e amordaçada (mas sem sofrer qualquer outro tipo de lesão corporal), João termina de pegar os objetos de valor e vai ao encontro de Marcos. Ao contar o que fez a Marcos, este o chama de tarado e diz que nunca teria concordado com o que João fizera, mas que agora uma outra realidade se impunha e era preciso silenciar a testemunha. Marcos retorna à casa e mesmo diante dos apelos de João que tenta segurá-lo, utiliza uma pedra de mármore para quebrar o crânio da empregada. Ambos decidem ali mesmo repartir os bens que pegaram na casa e seguir em direções opostas. Horas depois, ambos são presos com os objetos. Ante o exposto, tipifique a conduta de João e Marcos a partir dos estudos realizados sobre os crimes em espécie e sobre as teorias afetas ao concurso de pessoas.
R.: João e Marcos concorreram para o delito de furto qualificado, portanto os dois responderão por essas penas. Contudo, Marcos não pode ser responsabilizado pelo delito de estupro, uma vez que se trata do instituto da “participação dolosamente distinta”, prevista no art. 29, §2º CP. Esse mesmo instituto se aplica também a João, no que tange ao delito de homicídio qualificado. 
	Dessa forma João responderá pelos crimes de furto qualificado e estupro, em concurso material de delitos (as penas dos delitos se somam) e Marcos responderá por furto qualificado e homicídio qualificado, também em concurso material de crimes (as penas dos delitos se somam).
Uma outra resposta seria:
Estamos diante de um caso de concurso de pessoas, regulado pelo art. 29 CP. 
João e Marcos arquitetaram uma empreitada criminosa, para praticar o delito de furto mediante escalada.
Além do crime de furto, foram ainda cometidos os delitos de estupro e homicídio qualificado.
Ante o exposto, teremos a tipificação da seguinte forma:
João responderá pelos crimes de furto qualificado e de estupro, em concurso material de crimes.
Marcos responderá pelo crime de furto qualificado e homicídio qualificado, em concurso material de crimes.
Em ambos os casos, por se tratar de concurso material de crimes, a pena dos delitos deverá ser somada.
Marcos não responderá pelo crime de estupro e João não responderá pelo de homicídio qualificado, uma vez que não havia previsibilidade de que aqueles resultados ocorressem. A intenção de ambos era a de participar somente do crime de furto. Nesse caso estamos diante da chamada “participação dolosamente distinta”, regulada pelo art. 29, §2º CP.
QUESTÃO 2. Considere a seguinte situação hipotética. CESPE - 2011 - PC-ES - Delegado de Polícia - Específicos (MODIFICADA) 
João, penalmente responsável, mediante ameaça de arma de fogo, constrangeu José, de dezoito anos de idade, a se despir em sua frente, de modo a satisfazer a sua lascívia. Uma vez satisfeito, João liberou José e evadiu-se do local. Nessa situação hipotética, a conduta de João caracteriza o tipo penal de:
a) Constrangimento ilegal.
b) Estupro consumado.
c) Estupro na forma tentada.
d) Ato Obsceno
e) Contravenção Penal.
QUESTÃO 3. Com relação à Lei n. 12015/2009 (lei que fez a fusão dos art. 213 e 214), que alterou os crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que:
a) A pena para o crime de assédio sexual será aumentada até a metade se a vítima for menor de dezoito anos de idade, e a ação penal será, nesse caso, pública incondicionada.
b) Quem mantiver conjunção carnal com menor de catorze anos de idade estará sujeito à pena de reclusão por período de seis a dez anos, sendo a ação penal, nesse caso, pública condicionada à representação.
c) O princípio da continuidade normativa típica evidencia-se quando uma norma penal é revogada, mas a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador, ou seja, a infração penal continua tipificada em outro dispositivo, ainda que topologicamente ou normativamente diverso do originário.
d) A revogação do art. 214 do Código Penal pela Lei no 12.015/09 conduziu à abolitio criminis do delito de atentado violento ao pudor anteriormente cometido.
e) nos crimes de estupro (artigo 213 do Código Penal) e estupro de vulnerável (artigo 217-A do Código Penal), a pena é aumentada pela metade quando o crime é cometido em concurso de duas ou mais pessoas.
PLANO DE AULA 07
Questão 1. 
Alex Sandro, companheiro de Belízia, foi preso em flagrante delito, tendo sido sua prisão convertida em preventiva, por ter sido surpreendido por Belízia, mediante denúncia de uma vizinha - Cláudia, em sua cama, despido, ao lado de Bianca, filha de Belízia de 13 anos. Em sede de investigação preliminar, foram colhidos relevantes indícios da materialidade e autoria em desfavor do paciente pela prática de delitos contra a dignidade sexual, bem como, consoante depoimento prestado pela ofendida perante a autoridade policial restou demonstrado que Alex Sandro a submetia a práticas sexuais desde seus seis anos de idade, sendo que, a partir dos nove anos, era compelida à conjunção carnal, sempre no horário em que sua genitora estava trabalhando. Salientou que sofria constantes ameaças, caso as práticas chegassem ao conhecimento de terceiros. Disse que, certo dia, sua mãe voltou do trabalho mais cedo e o surpreendeu. O referido relato restou confirmado pelos dizeres de sua genitora e por Cláudia.
 Inconformado com a manutenção da prisão preventiva, bem como pelo indiciamento como incurso nas condutasde estupro, atentado violento ao pudor e estupro de vulnerável contra a filha de sua companheira, inpetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça.
 Ante o exposto, face às recentes alterações legislativas do Sistema Penal, analise as condutas de Alex Sandro, bem como a incidência dos institutos repressores da Lei n. 8072/1990.
R.: Com o advento da lei 12015/2009 houve a fusão do art. 213 e art. 214 CP na figura do crime de estupro. Desta forma deverá o juiz realizar um reexame da matéria. Em tese, o delito cometido é o de estupro de vulnerável. Entretanto, como se tratou de crime cometido mediante violência ou grave ameaça contra menor de 14 anos, há divergência na doutrina se o delito seria o de estupro ou o de estupro de vulnerável, uma vez que embora a vítima fosse menor de 14 anos o delito foi praticado mediante grave ameaça.
Tecnicamente, o delito cometido foi o do art. 213. Contudo, a pena desse é menor do que a do estupro de vulnerável. Portanto há quem entenda que o delito cometido teria sido o do art. 217-A. 
QUESTÃO 2 
Recentemente, o legislador pátrio alterou o enfoque dado aos chamados Crimes Contra os Costumes, passando a denominá-los de Crimes Contra a Dignidade Sexual, através da edição da Lei Ordinária nº. 12.015/2009.( PUC-PR - 2011 - TJ-RO - Juiz)
A respeito do assunto, assinale a única alternativa CORRETA. 
I) A conduta de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, configura o delito de estupro.
II) O tipo penal denominado "estupro de vulnerável" exige como condição do sujeito passivo do delito a idade inferior a 14 anos de idade ou ser possuidor de enfermidade ou doença mental capaz de reduzir sua capacidade de discernimento para a prática do ato, ou ainda, por qualquer outra causa, não possa oferecer resistência. 
III) Pratica o delito de corrupção de menores (artigo 218 do Código Penal) o agente que induz alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem. 
IV) O delito de estupro previsto no artigo 213 do Código Penal, com a nova redação dada pela Lei nº. 12.015/2009 é de ação penal pública incondicionada, independentemente da condição pessoal da ofendida.
a) Somente as proposições I e III são verdadeiras.
b) Somente a proposição IV é falsa.
c) Somente as proposições I e II são verdadeiras.
d) Todas as proposições são falsas.
e) Todas as proposições são verdadeiras.
QUESTÃO 3. 
Alexandre Bom de Papo convidou Bianca, jovem de 25 anos de idade, para ir a uma festa. De forma dissimulada, Alexandre colocou determinada substância na bebida de Bianca, que, após alguns minutos, ficou totalmente alucinada. Aproveitando-se do estado momentâneo de Bianca, que não poderia oferecer resistência, Alexandre levou-a para o estacionamento da festa, onde com ela manteve conjunção carnal, bem como "convenceu" Bianca a praticar sexo oral nele. Passado o efeito da substância, Bianca de nada se lembrava e, no dia seguinte à festa, descobriu através de amigos o que ocorrera. Ante o exposto, a partir dos estudos realizados sobre os crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que a conduta de Alexandre configura:
a) Estupro simples cuja ação penal é pública incondicionada.
b) Estupro simples cuja ação penal é pública condicionada à representação de Bianca.
c) Estupro de vulnerável cuja ação penal é pública incondicionada.
d) Estupro de vulnerável cuja ação penal é pública condicionada à representação de Bianca.
e) Conduta atípica, pois Bianca é maior de 18 anos e não houve violência ou grave ameaça.
PLANO DE AULA 08
QUESTÃO 1.
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como “garotas de programa” para seu sustento.
A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela “administração” do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam.
Passados alguns meses do início das “atividades”, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de “estranhos” no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. 
Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal, sendo cumulada à conduta de Luana a figura típica do art.230, do Código Penal.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R.: Segundo a jurisprudência do STJ, o fato é atípico em relação a conduta prevista no art. 229 CP pois, embora haja tipicidade formal não há tipicidade material. No que diz respeito ao previsto no art. 230 CP, não se adequa a conduta de Luana uma vez que a mesma efetivamente trabalhava no local, quando o tipo exige que o agente, para que se caracterize o crime, efetivamente tire proveito da prostituição de outra pessoa.
Questão 2: 
Sobre os crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que não comete crime quem:
a) Utiliza a própria residência, com habitualidade, para a prática da prostituição.
b) Aluga imóvel para a montagem de casa de prostituição, sabendo da finalidade do locatário.
c) Paga os aluguéis do imóvel onde reside com o dinheiro obtido pela prostituição de outrem.
d) Convence a própria filha a manter relações sexuais com seu namorado.
e) Utiliza residência alheia, com habitualidade, para a prática da prostituição.
 
Questão 3: 
Com relação aos crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que:
a) para a consumação do delito de casa de prostituição é imprescindível a prática efetiva de ato libidinoso, bem como a finalidade de lucro.
b) não se exige, para a consumação do delito de rufianismo, a habitualidade e permanência da conduta do agente.
c) não se aplicam, aos crimes contra a dignidade sexual, os princípios da intervenção mínima, fragmentariedade e adequação social para fins de exclusão da responsabilidade jurídico-penal.
d) no delito de casa de prostituição tutela-se o interesse da coletividade de modo a evitar a proliferação de todas as formas de lenocínio.
e) as condutas de “prostituição” e de terceiro que a explora são típicas.
PLANO DE AULA 09
QUESTÃO 1.
 Claudirene, às 20 horas do dia 15 de março de 1994, deu à luz um menino na única maternidade existente na pequena cidade onde morava. Ocorre, porém, que tão logo sai da maternidade, Claudirene, que havia sido abandonada pelo pai da criança e não desejava criá-la sozinha, acaba por entregar o recém-nascido para Lúcia, uma velha conhecida sua. Esta, visando evitar o trâmite legal do processo de adoção, registra o menino como sendo seu filho, levando-o para morar com ela em uma cidade distante. Em janeiro de 2010, o ex-companheiro de Claudirene a procurou, pois desejava conhecer o filho que havia abandonado dezesseis anos antes. Ao tomar conhecimento do que havia acontecido, vai até a Delegacia de Polícia e relata o fato às autoridades. Instaurado inquérito policial, Lúcia acaba sendo indiciada pelo crime previsto no art. 242, do Código Penal. Seu advogado, no entanto, impetra habeas corpus visando obter o arquivamento do procedimentoinquisitorial em razão da ocorrência de prescrição da pretensão punitiva. Com base nos estudos realizados, diga fundamentadamente se deve prosperar a pretensão defensiva.
R.: O termo inicial para a contagem do prazo prescricional, segundo o art. 111, IV, nos crimes de falsificação de registro civil têm regulação específica. A pretensão da defesa não prospera, pois o prazo prescricional só começa a correr a partir do momento em que o delito se torna conhecido. Esse é um delito também chamado de “adoção à brasileira”.
 QUESTÃO 2.
Romeu e Julieta se apaixonaram quando se conheceram. Mas a vida de casados desgastou a relação e o casal separou-se de fato quando seu único filho, Romeuzinho, completou sete anos. Julieta, então, com dedicação e trabalho, passou a sustentar sozinha o filho, cuidando para que nada lhe faltasse. Completados dois anos dessa situação, uma vizinha noticiou o fato na Delegacia de Polícia e Romeu foi preso em flagrante pelo crime de abandono material ( CP, art. 244: deixar, sem justa causa, de prover a subsistência de filho menor de 18 anos, não lhe proporcionando os recursos necessários). Penalmente, está correto a defesa técnica alegar que o crime de abandono material: (INSTITUTO CIDADES - 2010 - DPE-GO - Defensor Público):
a) é de ação penal privada, logo a persecução penal não poderia ter sido iniciada pela vizinha.
b) não foi recepcionado pela Constituição Federal, pois cria obstáculo intransponível para a reconciliação do casal e preservação da família.
c) não se configurou, porque a vítima efetivamente não ficou ao desamparo, uma vez que a assistência foi prestada por sua mãe.
d) não se configurou, porque não houve pensão alimentícia judicialmente acordada.
e) não é permanente, mas unissubsistente, logo não admite prisão em flagrante.
Questão 3: 
Acerca dos crimes contra a família assinale a alternativa correta:
a) O avô que dolosamente deixa de atender ao comando de sentença judicial que o obriga ao pagamento de pensão alimentícia em favor de seu neto pratica, em tese, o crime de abandono material.
b) A chamada “adoção à brasileira”, consistente na conduta do agente que registra como seu o filho de outrem, configura, em tese, o crime de falsidade ideológica.
c) Apesar de previsto no Código Penal, o crime de bigamia deixou de ser considerado delito pela jurisprudência, tornando-se letra morta.
d) Deixar de prover a subsistência, sem justa causa, do cônjuge, ou de filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 anos não lhes proporcionando recursos se configura em crime de abandono material.
e) O crime de entrega de filho menor a pessoa inidônea não admite suspensão condicional do processo.
PLANO DE AULA 14
QUESTÃO 1. 
Karolynne Dias, na qualidade de advogada de Milene Silva, em uma ação de cobrança movida face à Milene junto ao XY Juizado Especial Cível da Comarca da Capital, valeu-se da condenação imposta à sua cliente de pagar a quantia de R$1500,00 à parte autora e, em posse do cheque emitido por sua cliente, ao invés de depositá-lo na conta corrente da parte autora, sacou a quantia em seu favor. 
Posteriormente, com vistas a comprovar o referido depósito a Milene Silva, Karolynne Dias redigiu um recibo falso, em documento com o timbre do XY Juizado Especial Cível, contendo falsificação grosseira da assinatura do Secretário daquele Juizado.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, tipifique a conduta de Karolynne Dias. Responda de forma objetiva e fundamentada.
R.: Considerando que Karolynne Dias, advogada de Milene Silva, ao receber um cheque no valor de R$1.500,00 que deveria ser utilizado para o pagamento do valor em condenação de sua cliente à autora de ação, não o depositou na conta corrente correta. Ao invés disso, sacou o valor para si própria. Ato contínuo redigiu um recibo com falsificação grosseira. Essa conduta leva a conclusão, segundo o que prevê a doutrina, da atipicidade da conduta. Segundo o enunciado houve falsificação grosseira, o que nos permite a aplicação do art. 17 CP (crime impossível).
Questão 2. 
Sobre a falsidade documental, assinale a alternativa correta:
a) o particular que solicita ao médico a emissão de atestado falso não responde pelo delito previsto no art. 302, do CP, por ser crime próprio;
b) quem falsifica documento e depois o utiliza responde por falsificação e uso em concurso material;
c) o crime de falsa identidade, quando elemento de crime mais grave, é sempre absorvido por este;
d) funcionário público que, por negligência, concorre para o licenciamento de veículo remarcado, responde por adulteração de sinal identificador de veículo automotor, na forma majorada.
e) o delito de petrechos para falsificação de moeda é delito de perigo concreto.
 
Questão 3: 
A diferença entre falsidade material e ideológica de documento é que na falsidade material: (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica)
a) frauda-se a forma do documento e na ideológica o conteúdo é falso. 
b) frauda-se o conteúdo e na ideológica a forma do documento. 
c) a conduta é omissiva, e no falso ideológico ela é comissiva. 
d) exige-se o dolo e na ideológica aceita-se a culpa. 
e) há previsão de aumento especial de pena e na ideológica não.
http://www.4shared.com/mp3/q5iz__A3ce/15-Direito_Penal_III_-_03-06-1.html?

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