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QUEIXA CRIME (1)

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/RJ
PEDRO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº ___, RG nº ___, residente e domiciliado à ___, nº ___, Icaraí, Niterói, Rio de Janeiro, vem por seu advogado infra-assinado, cuja procuração com poderes especiais nos moldes do art. 44 do Código de Processo Penal segue em anexo, com escritório à ___, vem, respeitosamente, oferecer, com base nos arts. 30 e 41 do Código de Processo Penal, art. 61 da Lei 9.099/95, bem como nos art. 100, § 2º, 139 e 140 do Código Penal, a presente
QUEIXA CRIME
Em face de HELENA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrita no CPF sob o nº ___, RG nº ___, residente e domiciliada à ___, nº ___, Icaraí, Niterói, Rio de Janeiro, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos
I – DOS FATOS
O querelante, no dia 19/04/2016, sábado, iria comemorar seu aniversário à noite, em uma famosa churrascaria na cidade de Niterói.
No dia do evento, o querelante enviou os convites para todos os seus contatos, por meio de sua rede social, conferindo ampla publicidade ao evento na internet.
Contudo, a querelada, que é ex-namorada e atualmente vizinha do querelante, soube da comemoração de seu aniversário, pois possui perfil na mesma rede social do mesmo, estando adicionada aos seus contatos pessoais.
Ao visualizar a publicação da querelante, a acusada, com o ânimo de ofendê-lo, publicou o seguinte comentário em sua rede social:
“Não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha”.
Por fim, acrescentou, ainda que “ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalhava teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”
O querelante, que estava na companhia de seus amigos Marcos, Miguel e Manuel, ao visualizar a mensagem, ficou muito envergonhado, pois teve sua reputação denegrida perante seus amigos e em sua rede social, perdendo o entusiasmo que antes tinha em comemorar seu aniversário, deixando, desse modo, a festa, de ser realizada.
No dia seguinte, o querelante se dirigiu à Delegacia de Polícia especializada em repressão aos crimes de informática, narrando os fatos para a autoridade policial e entregando cópia impressa das mensagens ofensivas publicadas em sua rede social.
Diante dos fatos, passa-se, então, a determinar, individualmente, os crimes cometidos pela querelada, através do uso das mensagens publicadas na rede social.
II – DOS FUNDAMENTOS
Do crime de difamação (art. 139 do CP).
Assim dispõe o Código Penal:
Difamação
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Para que o crime de difamação se consume, é necessário que haja a imputação à vítima, de fatos, verdadeiros ou não, que sejam ofensivos à sua reputação.
Nesse sentido, colaciona-se preciosa lição do mestre Cézar Roberto Bittencourt:
 “Difamação é a imputação a alguém de fato ofensivo à sua reputação. Imputar tem o sentido de atribuir, acusar de. O fato, ao contrário da calúnia, não precisa ser falso nem ser definido como crime.” (Cezar Roberto Bittencourt, Tratado de Direito Penal, volume 2, 15º edição, página 354).
Portanto, a querelada, ao publicar em rede social que o querelado trabalhava “todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalhava teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”, denegriu a imagem e a honra do querelante, ofendendo a vítima em sua honra objetiva, ou seja, a forma como a sociedade enxerga sua reputação.
Neste giro, houve lesão à honra e à dignidade do querelante, incorrendo a querelada no crime do artigo 139 do CP.
Do crime de Injúria (art. 140 do Código Penal).
Assim dispõe o Código Penal:
 Injúria
 Art. 140 – Injuria alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
 Pena – detenção, de 01 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Para que o crime de injúria se configure, é necessário ofensa à dignidade ou ao decoro de alguém.
Nesta senda, colacionamos o entendimento doutrinário do mestre Cézar Roberto Bittencourt:
 “Injuriar é ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria, que é a expressão da opinião ou o conceito do sujeito ativo, traduz sempre desprezo ou menoscabo pelo injuriado. É essencialmente uma manifestação de desprezo e de desrespeito suficientemente idônea para ofender a honra da vítima no seu aspecto interno.” (Cézar Roberto Bittencourt, Tratado de Direito Penal, 15º edição, editora saraiva, página 364).
No mesmo diapasão, a querelada cometeu o crime de injúria, já que, ao dizer em rede social que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha”, ofendeu sua dignidade e seu decoro através dos vocábulos.
Da causa de aumento dos crimes de difamação e injúria (art. 141, III, do CP).
As injustificadas ofensas acima narradas foram produzidas na frente dos três amigos do querelado e por meio que facilitou a divulgação dos crimes, ou seja, através de post em rede social, devendo incidir a causa de aumento prevista aos crimes contra a honra no art. 141, III, do CP.
Da autoria e materialidade delitiva
A Autoria e a materialidade delitiva são incontestes e serão comprovadas em instrução processual, pois trata-se de delito cujo meio de prova pode e deve ser comprovado por depoimentos testemunhais, entre outros meios probatórios em direito admitidos, neste sentido:
“O crime de injúria consuma-se no momento em que o sujeito passivo toma conhecimento do insulto, quando ouve, vê ou lê a ofensa à sua honra subjetiva, não sendo necessário que terceiro a perceba, pois trata-se de crime formal, em que se prescinde do resultado danoso para sua configuração” (TJSP, Processo 1247491/5, Rel. Osni de Souza, j. 19/4/2001); (Rogério Greco, Código Penal comentado, 9º edição, editora Impetus, pág. 429). 
“Consuma-se o crime de difamação, quando a imputação chega ao conhecimento de outrem que não a vítima” (STF, RHC, Rel. Min. Alfredo Buzaid, RT 591, P. 412);(Rogério Greco, Código Penal comentado, 9º edição, editora Impetus, pág. 423).
Do concurso formal imperfeito de crimes
Deve ser aplicado á querelada o concurso formal imperfeito de crimes, com base no artigo 70 do Código Penal, já que, por meio de sua ação, praticou mais de um crime. Reza o artigo 70 do CP:
 Art. 70. Quando o agente, mediante uma só ação ou emissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Desta feita, verifica-se que a acusada, através um único post, publicou diversas palavras desonrosas, configurando, desse modo, o concurso formal imperfeito, pois havia dolo de denegrir a reputação do querelante no meio social em que este convive e também, houve dolo de ofender sua dignidade ou decoro.
III – DOS PEDIDOS
 Diante do exposto, tendo a acusada infringido os arts. 138 e 139 c/c art. 141, III, na forma do art. 70, todos do Código Penal Brasileiro, requer a Vossa Excelência:
O recebimento da presente queixa-crime pelo rito sumaríssimo previsto na Lei. 9099/95, com a consequente condenação da querelada nas penas cominadas nos Artigos 139 e 140, c/c art. 141, III do Código Penal pátrio, todos na forma do artigo 70 do CP.
Seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) para eventualcomposição e transação penal, e em caso de impossibilidade de conciliação, a citação da querelada para responder aos termos da ação penal; e não sendo a mesma encontrada, sejam os autos enviados para a Justiça Criminal Comum, a fim de citá-la por EDITAL, bem como para realização da instrução processual, abrindo-lhe a oportunidade para COMPOR OS DANOS CIVIS.
A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para se manifestar no feito, nos termos do artigo 45 do Código de Processo Penal.
A fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, com base no art. 387, IV, do Código de Processo Penal.
A notificação das testemunhas abaixo arroladas.
Termos em que,
Pede Deferimento
Data/Local
Advogado
Inscrição nº ___
ROL DE TESTEMUNHAS:
Marcos, (qualificação)
Miguel, (qualificação)
Manuel, (qualificação)

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