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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II CADERNO

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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II
Relação jurídica tributária
Sujeito ativo = União, Estados, DF, Município
Sujeito Passivo = Contribuinte
Objeto = Tributo
LINHA DO TEMPO
No Brasil a CRFB possui 3 funções principais em matéria Tributária, quais sejam: Estabelecem as espécies Tributárias (tributo penta partite, entende que há 5 espécies de Tributos, à saber: Tributos, Taxas, Contribuições de melhoria, Empréstimos compulsórios, Contribuições Sociais. Teoria adotada pelo STF); Definem as competências Tributárias; impõe limitações ao poder de Tributar (princípios e imunidade). Nesse sentido, cada ente da federação instituirá a regulamentará seus tributos, observado fielmente a CRFB.
A lei é a forma pela qual um ente da federação exterioriza sua competência tributária. Em matéria tributária essa lei deverá ser em sentido estrito (Art. 150, I, CRFB/88) e ordinário.
Art. 59 CRFB
LO = +/- 86 MP
LC = 4 (Art. 148, CRFB Art 153, VII, 154, I, 195 §4º CRFB) não cabe MP (Art. 62, §1º, III CRFB)
Fato Gerador – Também chamado de fato imponível é aquele considerado a ocorrência da hipótese de incidência em determinado caso concreto Art. 114 CTN
Obrigação Tributária – Surge com a ocorrência do fato gerador e pode ser principal ou acessória. No Direito Civil a obrigação decorre da vontade das partes, já em matéria Tributária decorre da vontade da Lei EX LEGIS.
Obrigação Tributária Principal – É considerada no Direito Civil uma obrigação de dar coisa certa, em matéria tributária será considerada uma obrigação de pagar; Necessita de lei em sentido estrito. 
Obrigação Tributária acessória – Se comparada ao Direito Civil é considerada obrigação de fazer, não fazer ou tolerar (ex.: emitir nota fiscal, não receber mercadorias sem nora fiscal e tolerar a visita do fiscal solicitando a exibição de documento). Essa obrigação não depende de lei em sentido estrito, mas sim em sentido amplo.
A Jurisprudência (STF e STJ) entende que o prazo para pagamento de tributo é obrigação tributária acessória, podendo ser alterada por lei em sentido amplo.
Em matéria tributária, na contra mão do direito civil, não se aplica a teoria da gravitação jurídica, ou seja, aqui a obrigação tributária acessória poderá existir independente da principal (ex.: partidos políticos não pagam ;obrigação Tributária principal I.E., mas devem fazer ;Obrigação Tributária acessória declaração ).
Esse dispositivo é atécnico em relação a expressão converte-se na verdade a obrigação tributária acessória descumprida.
Rio, 07/03/2017
Lançamento – É Constitutivo e Declaratório pelo simples fato de “Constituir crédito Tributário e Declaratório da obrigação”
É um ato administrativo vinculado privativo da autoridade administrativa que verificará a ocorrência do fato gerador identificará o sujeito passivo e calculará o montante do tributo devido.
Natureza Jurídica do Lançamento:
1º Constitutiva – a partir da interpretação literal do art. 142 CTN (minoritária)
2º Declaratória – a doutrina e a jurisprudência entendem que o lançamento não “cria” nada novo, apenas declarar de forma líquida o que já existe. (Corrente Majoritária)
3º Híbrida – declaratória da obrigação tributária e constitutiva do crédito tributário (Doutrinador Hugo de Brito Machado)
O Lançamento é o momento mais importante na relação jurídica tributária, uma vez que a partir dele será possível identificar diversos institutos e ações. Existem três modalidades de lançamento, à saber:
Lançamento por declaração: também chamado de lançamento misto é a modalidade onde o contribuinte participa prestando informações relativas a ocorrência do fato gerador e com base nessas informações o fisco efetua o lançamento. Exemplo: Imposto de importação, imposto de exportação, ITCMD.
Lançamento de ofício: também chamado de lançamento direto, é a modalidade onde o contribuinte em nada participa do procedimento, o fisco realiza sozinho todos os atos necessários, quais sejam: a ocorrência do fato gerador a identificação do sujeito passivo e cálculo do montante devido.
Existem tributos que são lançados originariamente de ofício v.g. IPTU e IPVA e outros poderão ser lançados de ofício de forma substitutiva, quando não lançado corretamente e, sua modalidade originária. 
Lançamento por homologação: Também chamado de auto lançamento é a modalidade onde o contribuinte realiza sozinho todos os atos necessários ao lançamento, inclusive, realizando o pagamento antecipado. O fisco apenas homologará ou não os autos praticados pelo contribuinte, sendo certo que o lançamento só se dará com a homologação. Ex.: IR, ISS, ICMS.
Lançamento por depósito: A jurisprudência do STJ vem entendendo que o depósito é uma modalidade de lançamento, uma vez que corresponde a uma confissão de dívida.
Crédito Tributário (Art. 139 CTN) – O crédito tributário é considerado uma obrigação ex legis na forma liquidada, obrigação esta principal, de pagar. Nesse momento o crédito tributário é exigível na medida que o contribuinte já sabe quanto deve e a fazenda quanto deverá receber.
O crédito tributário poderá trilhar três caminhos, à saber:
Causas de Suspensão de exigibilidade do crédito Tributário (Art. 151 CTN)
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
"I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
VI - o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes"
I – MO II – DE III – RE IV – CO V – CO VI – PA
Moratória: é considerada uma causa de suspensão e consiste em um alargamento no prazo para pagamento de um tributo, de forma integral ou parcelado. Dependerá de lei em sentido estrito e no Brasil só terá validade quando for autonômica (cada ente da federação só pode conceder moratória para os tributos de sua competência). Nesse sentido, a moratória heterônoma é vedada no Brasil (Art. 153, I, b, CTN) – (Não recepcionado pela CRFB/88)
Depósito do seu montante integral: O contribuinte poderá depositar a qualquer momento o valor integral referente ao crédito tributário, através de uma mera petição com a finalidade de suspender a exigibilidade do crédito. Esse montante é o julgado correto pela fazendo pública e não pelo contribuinte. Importante ressaltar que é um direito subjetivo do contribuinte que será usado quando não for possível ingressar com o recurso administrativo e não for concedida liminar.
Destaca-se que em matéria tributária não se aplica a cláusula solve et repete, ou seja, não precisa pagar para discutir a exigibilidade do tributo.
Recurso administrativo : a mera interposição de recurso administrativo por si só suspende a exigibilidade do crédito Tributário. A S.V. 21 estabelece entendimento de que não pode ser exigido qualquer depósito recursal como requisito de admissibilidade ao recurso administrativo em matéria tributária, esse entendimento se fundamenta no princípio da ampla defesa e contraditório.
 *Decreto Lei 70.235/72 – PAF – FEDERAL
Concessão de medida liminar em mandado e segurança: a liminar representa uma antecipação dos efeitos da sentença que será concedida em matéria tributária se presente os requisitos do bom direito e do perigo na demora. (Periculum in mora)
O MS é um remédio constitucional judicial especialização de uma garantia fundamental, é uma ação subsidiária visa garantir direito líquido e certo (aquele que se demonstra de plano através de prova documental). Será fundamentado em abuso de poder quando o ato coator for praticado por agente público. E na ilegalidade quando o ato for praticado por um particular o prazo para a propositura dessa ação é de 120 dias.
*A mera propositura do MS não suspende a exigibilidadedo crédito tributário, tal efeito só será gerado quando concedida a liminar;
 Concessão de medida liminar ou tutela antecipada: além do MS existem outras ações denominadas não exacionais que o contribuinte poderá utilizar como forma de defesa. As mais comuns são: A ação declaratória de inexistência de delação jurídica tributária (caberá antes do lançamento) e ação anulatória de débito fiscal (caberá depois do lançamento). Essas ações, serviram inclusive para proteger um direito líquido e certo no caso do contribuinte não observar o prazo de 120 dias para a interposição do MS. A mera propositura dessas ações não gera efeito algum, a suspensão do crédito tributário só ocorrerá com a concessão de liminar.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DELAÇÃO DE DÉBITO FISCAL = ANTES DO LANÇAMENTO
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL = DEPOIS DO LANÇAMENTO 
QUESTÃO PARA PROVA:
O Estado X criou a lei Y instituindo uma taxa de segurança pública para aumentar a segurança nos arredores dos estádios nos dias de jogos. O dirigente do clube Castello preocupado com o jogo que ocorrerá daqui a 5 meses lhe procura com receio dessa taxa prejudicar a arrecadação, uma vez que corresponderá e automaticamente aumentará em 30% o valor do ingresso, Você na condição de advogado apresente a melhor solução para seu cliente.
R.: A melhor ação para o presente caso é o MS com pedido liminar. Nesse caso ainda deve ser observado a inconstitucionalidade da referida taxa, uma vez que segurança pública é um serviço universal e deve ser financiada com a receita dos impostos. A receita de taxa se presta a financiar serviços singulares, que podem ser individualizados. Art. 145, §2º CF c/c 77 CTN.
Parcelamento: O parcelamento foi acrescido no CTN pela lei complementar 104/2001, é considerado uma modalidade de suspensão desde que o contribuinte mantenha o pagamento das parcelas em dia.
Rio, 20/03/17
Causa de Extinção do crédito tributário (Art.156 CTN)
*terminou em ÃO e não é isenção é causa de extinção (pagamento – art. 156,I – não termina em ÃO mas pagamento extingue qualquer dívida, INCLUSIVE A TRIBUTÁRIA)
Consideramos causas de extinção aquelas que em ocorrendo impedem a fazenda de exigir o crédito tributário, uma vez que, esse já não existe mais. Essas causas totalizam o nº de 11, à saber:
I – Pagamento: É a causa mais tradicional de se extinguir qualquer dívida, inclusive a tributária. Ocorrendo o pagamento a fazenda não mais poderá cogitar aquele crédito.
No caso de pagamento a mais ou indevido, poderá o contribuinte “levantar” a quantia mediante uma ação de repetição de indébito fiscal (Art. 165 CTN)
Em matéria tributária não há que se falar em devolução em dobro no CDC.
Obs.: Em matéria tributária a prescrição extingue o próprio direito, podendo o contribuinte pleitear a devolução de um tributo prescrito.
II – Compensação: é uma modalidade de extinção onde a figura do credor e devedor se confundem, ou seja, ambos são credor e devedor. Será necessária lei em sentido estrito autorizando a compensação, essa que deverá de forma específica estabelecer os tributos que poderão ser compensados.
III – Transação: é a possibilidade do credor e devedor negociar, nos limites estabelecidos em lei, em sentido estrito e mediante processo judicial.
IV – Remissão: consiste no perdão total ou parcial do crédito tributário. Necessita de lei em sentido estrito e levará em consideração aspectos como: de minuta importância do crédito tributário, calamidades públicas, particularidades da região, capacidade econômica do sujeito passivo, etc...
V – Prescrição e decadência: Esses institutos estão relacionados a uma questão temporal, ou seja, ao decurso do tempo. Nesse sentido, a fazenda pública possui prazo de 5 anos para lançar sob pena de decadência e ainda o prazo de 5 anos para cobrar sob pena de prescrição.
Obs.: Apesar do legislador ter posto a decadência como causa de extinção, na verdade a decadência tecnicamente é uma causa de exclusão
A doutrina e a jurisprudência entendem que a decadência foi colocada de forma atécnica no rol do art. 156, uma vez que, na verdade consiste em uma causa de exclusão de crédito tributário, causa que impede a formação do crédito tributário.
VI – Conversão do depósito em renda – O depósito feito anteriormente com a finalidade de suspender a exigibilidade do crédito tributário (art. 151,II CTN) será convertido em renda na fazenda, restar vitoriosa em processo judicial. Caso o contribuinte saia vitorioso a quantia poderá ser levantada em seu favor.
VII – Pagamento Antecipado e a homologação do lançamento – Essa modalidade de extinção se dará em relação aos tributos lançados por homologação, modalidade de lançamento essa que se caracteriza pelo pagamento antecipado.
Esse dispositivo é atecnico em relação a expressão lançamento, dando a ideia de que o contribuinte lança.
VIII – Consignação em pagamento nos termos do art. 164, §2º CTN – A ação de consignação em pagamento extinguirá o crédito tributário quando for julgado procedente nos termos do §2º do art. 164 CTN.
A Mera propositura da consignatória, não gera efeito algum, sendo certo que a extinção só ocorrerá quando esta ação for julgada procedente.
Rio, 27/03/2017 – continuação
IX – Decisão Administrativa Irreformável – Decisão administrativa irreformável cc Art. 169, CTN.
No Brasil, em regra, não temos coisa julgada administrativa, nesse caso, uma decisão administrativa só será considerada irreformada quando depois de decisão em última instancia decorrem 2 anos, prazo prescricionais da ação anulatória administrativa.
X – Decisão Judicial passada em julgado – Considera-se aquela que transitou em julgado, aquela em relação à qual não caiba mais recurso especial do STJ.
XI – Dação em Pagamento – em bens móveis (art. 79, CC c/c 110 CTN X Art. 3º CTN) Essa possibilidade de extinção do crédito tributário é uma exceção em matéria tributária, uma vez que a regra é o pagamento em dinheiro. Essa possibilidade será admitida somente se houver lei em sentido estrito e se o bem diverso for um imóvel.
6.3 Causas de Exclusão do crédito Tributário (Art. 175 CTN)
 Entende-se por causa de exclusão do crédito tributário, aquela que ocorre antes do lançamento, impedindo a formação do crédito tributário, são elas:
I – Isenção – É uma hipótese de não incidência legalmente qualificada, ou seja é uma hipótese instituída em lei de uma situação onde não poderá incidir tributo, total ou parcialmente.
Classificação da Isenção:

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