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Processo Civil (Processo de Conhecimento)

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- Processo Civil (Processo de Conhecimento)
- Processo de Conhecimento
Espécie de resolução de conflito pelo poder jurisdicional do Estado, onde se apresenta uma crise de certeza. Existe dúvida com relação ao direito que se alega no processo, de modo que este só será satisfeito se houver certeza a quem pertence o direito em questão.
As demais espécies de processo são o de execução (onde ocorre uma crise de inadimplemento) e cautelar (onde ocorre uma crise de segurança). 
- Fases do Processo de Conhecimento
Rito Ordinário
Fase Postulatória
I---------------------I--------------------I----------------------I
Post.		 San.		 Inst.		 Dec.
Dura da propositura da ação à resposta do réu, podendo, em alguns casos, avançar nas providências preliminares (onde se inicia a fase de saneamento). Compreende a petição inicial, a citação do réu e a eventual resposta do réu.
É disparada com a petição inicial e inicia a formação da relação processual, criando o vínculo entre o autor e o Estado-Juiz. Esta relação se completará com a citação do réu, completando a relação processual e vinculando-o ao processo, juntamente a autor e Estado-Juiz. 
A resposta do réu pode consistir em contestação, exceções ou reconvenção. Assim, verifica-se que a resposta do réu não se limita à contestação, que trata-se apenas de uma das modalidades de resposta.
A contestação é a principal forma de resposta do réu, onde podem ser arguidas questões preliminares e de mérito. As questões preliminares relacionam-se a temas de ordem processual (geralmente vícios processuais) e que devem ser analisados antes do mérito. Mérito, para o direito processual, é sinônimo de pedido, ou seja, as questões de mérito relacionam-se com o pedido pleiteado pelo autor da ação.
As exceções se referem à incompetência do juízo, ao impedimento ou suspeição do juiz.
A reconvenção é a forma de contra ataque do réu. No rito ordinário a reconvenção é apresentada em peça separada, enquanto que no rito sumário ou no Juizado Especial (JEC), compõe a mesma peça da defesa. Ainda, vale destacar que o projeto de reforma do CPC prevê a exclusão desta figura processual (a possibilidade de contra ataque do réu seria dentro da própria petição de defesa).
É importante frisar que o réu não é obrigado a apresentar defesa, podendo, assim, optar por não se defender. Caso faça esta opção, deverá suportar o ônus da revelia, cuja principal consequência é a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor.
A revelia, entretanto, não acarreta em uma condenação automática do réu. A presunção de veracidade dos fatos do autor trata-se de uma presunção relativa, e poderá ser afastada caso sejam verificadas nos autos provas contrárias ao direito que o autor alega.
Fase de Saneamento (Saneadora)
I---------------------I--------------------I----------------------I
Post.		 San.		 Inst.		 Dec.
Do recebimento da inicial até o início da fase de instrução, o juiz exerce uma atividade de verificação da regularidade do processo, decretando as nulidades insanáveis e suprindo as sanáveis (ex.: falta de citação do réu – vício insanável; falta de um dos requisitos da inicial – vício sanável). 
Aos vícios sanáveis, o juiz exigirá sua reparação através da medida adequada, como por exemplo, emendas na inicial.
Durante a fase saneadora, o juiz tomará algumas atitudes para preparação do julgamento da causa. Estas são chamadas providências preliminares.
Providências preliminares:
Especificação das provas: Nesta momento, o juiz pedirá às partes que especifique os tipos de provas pedidas na inicial, justificando a necessidade de cada uma delas (deverão dar respaldo aos fatos narrados). O juiz poderá contestar a relevância de determinada prova solicitada, cabendo recurso à parte que se sentir prejudicada.
Citação do réu na A.D.I.: A citação do réu na Ação Declaratória Incidental (A.D.I.) ocorre na fase de saneamento. A A.D.I. trata-se de uma ação que amplia o efeito da coisa julgada e será estudada com mais detalhes em breve.
Réplica do Autor: Possibilidade do autor se manifestar sobre a contestação do réu. Estabelece o contraditório ao autor.
Caberá réplica do autor se réu alegar ocorrência de qualquer das preliminares do art. 301 CPC, ou se réu alegar em sua defesa fato que não havia sido discutido até o momento. Esses fatos podem ser:
Fato Impeditivo: Trata-se de um obstáculo, que obsta a procedência do pedido (ex.: exceção do contrato não cumprido – autor não pode exigir cumprimento de obrigação de um contrato se não tiver cumprido sua parte)
Fato Modificativo: Fato que torna impossível que o pedido seja acolhido de forma integral, o que gera sua modificação (ex.: compensação – se autor também deve para o réu, valor da causa será alterado, pois será descontada a dívida do autor).
Fato Extintivo: Fato que extingue o pedido, pois o torna improcedente (ex.: pagamento – se dívida foi paga, o pedido se torna improcedente, pois não há mais o que cobrar)
Audiência Preliminar: tem como função a tentativa de acordo entre as partes. Partes podem ser representadas por prepostos, se estes tiverem poderes para transigir
Fase de Instrução (Instrutória)
I---------------------I--------------------I----------------------I
Post.		 San.		 Inst.		 Dec.
Destina-se à colheita de material probatório (provas para prolação da sentença). A decisão do juiz deverá ser tomada com base nas provas apresentadas.
Inicia-se com as provas documentais apresentadas na inicial e na contestação. A maioria das provas são produzidas nestas peças iniciais das partes.
A fase de instrução pode ser desconsiderada em casos de julgamento antecipado da lide, que ocorre em hipóteses de revelia (art. 319 CPC), quando o juiz passa direto para a fase decisória em face da não manifestação do réu, ou se discussão envolver apenas questões de direito (art. 330 CPC), situação em que não se faz necessária a produção de provas.
Fase Decisória
I---------------------I--------------------I----------------------I
Post.		 San.		 Inst.		 Dec.
Se destina a prolação da sentença de mérito (pedido). Fase onde juiz julga o pedido do autor.
Pode ocorrer de forma oral, durante a audiência de instrução, ou seja, imediatamente após a finalização da fase instrutória. A sentença proferida de forma oral é reduzida a termo e assinada pelas partes na mesma audiência, que já saem intimadas.
Caso não ocorra durante a audiência, o juiz tem um prazo de 10 dias para emitir a sentença por escrito, que deverá ser publicada nos autos do processo e partes serão intimadas para seu cumprimento através do Diário Oficial.
Rito Sumário
Trata-se de uma modalidade processual onde ocorre uma maior concentração de atos, visando a celeridade do procedimento.
Art. 275 CPC: São processadas pelo rito sumário:
Causas que o valor não exceda a 60 salários mínimos (este é o mesmo valor limite para causas levadas ao JEC federal. No JEC estadual o limite é 40 salários mínimos).
Nas seguintes causas, independentemente do valor:
de arrendamento rural e/ou parceria agrícola
cobrança de condomínio ao condômino
de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico
de ressarcimento de danos causados em acidente de veículo de via terrestre
de cobrança de seguro por acidente de veículo, exceto em casos de execução
cobrança de honorários de profissional liberal
sobre revogação de doação (ex.: doação com encargo; atentado contra a vida do doador e etc.)
demais casos previstos em lei
Par. Único: Não pode ser observado o procedimento sumário em ações relativas ao estado ou capacidade das pessoas
Art. 276 CPC: No rito sumário, deverá constar na petição inicial:
Rol de testemunhas (se houver prova testemunhal)
Quesitos para análise da perícia, podendo já indicar assistente técnico (se houver prova pericial)
Art. 277 CPC: Audiência de conciliação deverá ser marcada pelo juiz no prazo de30 (trinta) dias, devendo a citação do réu ocorrer, ao menos, 10 (dez) dias antes.
Art. 277; §1º; CPC: Se houver acordo, este será reduzido a termo e sentenciado (sentença homologatória).
Art. 277; §2º; CPC: Se réu não comparecer, se aplicarão os efeitos da revelia (serão presumidos como verdadeiros os fatos alegados pelo autor).
Art. 277; §3º; CPC: As partes podem nomear preposto para representá-los na audiência, desde que estes tenham poderes para transigir.
Art. 277; §4º; CPC: Se não houver acordo, na mesma audiência juiz fixará o ponto controvertido e/ou impugnará o valor da causa. Juiz poderá, neste momento, converter o rito sumário em ordinário, se entender necessário (questão debatida necessitar de discussão mais aprofundada ou rito sumário ter sido utilizado em caso que não caberia).
Art. 277; §5º; CPC: Também ocorrerá conversão em rito ordinário caso haja necessidade de produção de prova técnica de maior complexidade.
Art. 278 CPC: Ainda na audiência de conciliação, em não havendo acordo, o réu oferecerá defesa, que pode ser de maneira escrita ou oral, apresentando, tal como o autor, rol de testemunhas e quesitos técnicos para perícia, se for o caso. 
Art. 278; §1º; CPC: Réu poderá, em sua contestação, apresentar pedido contraposto a seu favor (contra ataque do réu – funciona do mesmo modo que a reconvenção, porém, é efetuada na mesma peça processual)
Art. 278; §2º; CPC: Audiência de instrução, se necessária, que deve ocorrer dentro de 30 dias, se não houver produção de prova pericial (produção de prova pericial é mais complexa e costuma demorar mais de 30 dias).
Caso não haja necessidade de produção de prova oral ou pericial, juiz decidirá sem a designação de audiência de instrução (julgamento antecipado da lide).
Art. 279 CPC: Os atos praticados em audiência serão taquigrafados ou documentados por qualquer outro método para tanto, que deverão ser transcritos se o juiz assim determinar.
Par. Único: Se não houver aparelhagem disponível para documentação, depoimentos serão reduzidos a termo contendo apenas o essencial.
Art. 280 CPC: Não são admissíveis intervenções de terceiros no rito sumário, com exceção da assistência, eventual recurso de terceiro interessado ou intervenção fundada em contrato de seguro.
Art. 281 CPC: Sentença será proferida na própria audiência, ou por escrito no prazo de 10 (dez) dias.
I--------------------------------------------------------I----------------------------------------I
Post.	 	 			Audiência Preliminar			Instr.
+						+				 +
San.					Início da instrução			Dec.
(exceto audiência preliminar)
- Requisitos da Petição Inicial
Art. 282 CPC: A petição inicial deve indicar:
Juiz ou tribunal que é dirigida
Qualificação das partes (nome, prenome, estado civil, profissão, domicílio, e residência)
Causa de pedir (fato + direito)
Pedido (mérito)
Valor da causa (compõe o pedido)
Requisição por provas (compõe o pedido)
Requerimento para citação do réu (compõe o pedido)
Art. 283 CPC: Petição inicial deve ser instruída com todos os documentos indispensáveis para a propositura da ação, aos quais deverá ser requisitado seu recebimento e juntada aos autos.
Art. 284 CPC: Caso a petição inicial não preencha os requisitos dos arts. 282 e 283 CPC, juiz determinará que autor a emende no prazo de 10 (dez) dias, de modo a corrigir os defeitos ou irregularidades presentes.
Par. Único: Caso este prazo não seja cumprido, juiz determinará o indeferimento da inicial, culminando na extinção do processo.
Art. 285 CPC: Estando a petição inicial apta, juiz despachará ordenando a citação do réu para que este se defenda. Caso réu não oferte defesa dentro do prazo, ocorrerá a revelia, cuja consequência é a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor.
Destaca-se que esta presunção de veracidade é relativa. Assim, caso juiz encontre nos autos provas contrárias ao direito alegado pelo autor, poderá decidir de modo favorável ao réu, mesmo que este seja revel.
Art. 285-A CPC: Se matéria debatida for unicamente de direito e juízo já haver proferido sentença de total improcedência em outros casos idênticos (acompanhando o entendimento do respectivo tribunal), juiz pode dispensar a citação e decidir pela improcedência do pedido, sem mesmo incluir o réu na relação processual APENAS PARA CASOS DE IMPROCEDÊNCIA!!
Art. 285-A; §1º; CPC: Se autor apelar desta decisão de improcedência, juiz pode, em um prazo de 5 (cinco) dias, reconsiderar a sentença proferida e decidir retirá-la, dando sequência ao processo.
Art. 285-A; §2º; CPC: Caso juiz mantenha a sentença, réu será citado para responder ao recurso do autor.
- Indeferimento da Inicial
Art. 295 CPC: A petição inicial será indeferida quando:
For inepta (ver definição no parágrafo único)
Parte for manifestamente ilegítima
Autor carecer de interesse processual (ou interesse de agir).
Interesse processual = necessidade + adequação
Para possuir interesse processual, autor deve demonstrar que possui necessidade de agir (devido à violação ou iminente risco a direito que lhe pertence) e se utilizar do caminho processual adequado para obter a devida tutela.
Ocorrer a decadência ou prescrição
Tipo de procedimento escolhido não condizer à natureza da causa (e não houver a possibilidade de conversão)
Não for atendido o disposto nos arts. 39; par. único; e/ou art. 284 CPC
Art. 39; par. único; CPC: O advogado deverá declarar, na petição inicial, o endereço para recebimento das intimações. Caso não cumpra com esta determinação, juiz mandará suprir a omissão em 48 (quarenta e oito) horas. Caso esse prazo expire sem o cumprimento da determinação, petição inicial será indeferida.
Art. 284 CPC: Caso o juiz verifique que a petição inicial não cumpre seus requisitos legais (arts. 282 e 283 CPC), determinará que autor a emende ou complete no prazo de 10 (dez) dias. Caso esse prazo expire sem o cumprimento da determinação, petição inicial será indeferida.
Art. 295; Par. Único: Petição inicial será inepta quando:
Faltar o pedido ou a causa de pedir
Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão
Pedido juridicamente impossível (crítica doutrinária: pedido sempre é possível, porém seu objeto pode ser ilícito. Assim, para não ocorrer a inépcia da petição, pedido deve ser lícito).
Contiver pedidos incompatíveis entre si
Art. 296 CPC: Se indeferida a petição, autor pode apelar e juiz pode reconsiderar quanto ao indeferimento, reformando sua decisão, no prazo de 48h.
Art. 296; par. único; CPC: Se não for reformada a decisão, autos serão enviados ao tribunal competente para julgamento do recurso.
Cabe ressaltar que, apesar de previsto em lei, na prática este recurso não é utilizado pois, devido à demora do judiciário na apreciação de um recurso, acaba por ser mais rápida a ajuização de nova ação, corrigindo os defeitos que levaram ao indeferimento da inicial anterior.
- Pedido
É o núcleo da Petição Inicial.
Pedido deve ser certo e determinado (ao invés de certo ou determinado, como consta na redação do art. 286 CPC).
Sua finalidade é dupla: (1) obter a tutela jurisdicional do Estado (ex.: condenação, declaração, constituição ou desconstituição) e (2) fazer valer um direito subjetivo frente ao réu (ex.: indenização de R$ 10.000,00)
Pedido Imediato: Providência jurisdicional da inicial (1)
Pedido Mediato: Refere-se ao bem da vida pretendido (2)
Pedido Alternativo (Art. 288 CPC): É possível a utilização de pedidos alternativos quando, devido a natureza da prestação, houver a possibilidade desta ser cumprida através de mais de uma forma diferente, e a escolha da forma de cumprimento couber ao réu.
Pedido Cumulado (Art. 289 CPC): Consiste na formulação de mais de um pedido, de forma sucessiva, podendo ser acolhidos todos eles ou não. 
O pedido cumulado será subjetivo ou objetivo:
Será subjetivo o pedido cumulado quando houver pluralidade de partes no pólo ativo, passivo ou ambosos pólos da relação judicial
Será objetivo o pedido cumulado quando existir cúmulo de pedidos ou fundamentos, contra o mesmo réu, sendo que cada um deles corresponde a uma demanda (ação), que serão julgadas conjuntamente em um único processo (ex.: ação de declaração de paternidade cumulada com alimentos)
Além disso, também podem ser classificados como:
Cumulação Simples: O autor formula, contra o mesmo réu, dois ou mais pedidos somados, onde o resultado de um não depende do outro (pedidos independentes).
 Assim, o autor pode obter êxito em um deles, mas no outro não, levando à situação de procedência parcial (ex.: créditos diferentes cobrados conjuntamente em uma mesma ação)
Cumulação Sucessiva: Também ocorre mais de uma pretensão contra o mesmo réu, mas o resultado de uma repercute na outra (pedidos dependentes).
Assim, sempre existirá conexão entre os fundamentos do pedido. Contudo, o acolhimento do primeiro pedido, nem sempre implicará no do segundo.
Portanto, verifica-se que a improcedência do primeiro pedido prejudica o segundo, que será necessáriamente improcedente também. Por outro lado, a procedência do primeiro pedido não implica necessariamente na procedência do segundo, que também deverá ser julgado, podendo ser negado ou concedido (ex.: ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos; ação de inadimplemento contratual com recisão de contrato e pedido de reparação de dano e etc.)
- Tutela Antecipada
Art. 273 CPC: O juiz poderá antecipar os efeitos da sentença, a requerimento da parte, caso se verifique os seguintes requisitos:
Requisitos Genéricos:
Prova “Inequívoca”: O termo ‘inequívoco’ é considerado pela doutrina como inadequado para se referir a este requisito, muito embora a lei assim o defina, pois não é possível, antes da fase instrutória, considerar uma prova como inequívoca (indiscutível). Na tutela antecipada, o juiz realiza apenas um juízo parcial, pois o conjunto probatório ainda não está completo.
Assim, podemos dizer que deve haver uma prova robusta, ou seja, com bases consistentes e boa fundamentação.
Verossimilhança da alegação: A alegação deve ser intuitivamente verdadeira, ou seja, aparenta ou tem probabiliddade de ser verdade. Assim, não possuem este requisito as alegações manifestamente falsas.
Ambos os requisitos genéricos devem ser verificados para legitimar a concessão de tutela antecipada.
Requisitos Específicos:
Receio fundado de dano irreparável / de difícil reparação (Art. 273; I; CPC)
ou
Se verifique abuso do direito de defesa ou intenção de protelar o processo (Art. 273; II; CPC)
O terceiro requisito para concessão da tutela antecipada pode ser um qualquer um dos dois acima mencionados.
A tutela antecipada geralmente é pedida na petição inicial, mas pode ser requerida a qualquer momento do processo. Caso concedida, os efeitos da sentença serão antecipados para o momento processual em que foi solicitada.
Art. 273; §1º; CPC: Decisão que conceder a tutela antecipada deve ser motivada de forma clara.
Art. 273; §2º; CPC: Não se concederá a tutela antecipada caso o efeito da decisão seja irreversível. 
Esta regra pode ser relativizada caso um dos bens jurídicos envolvidos na disputa tenha maior relevância que outro (ex.: concessão de tutela antecipada para realização de cirurgia para salvar a vida ou a integridade física de alguém bem jurídico vida / integridade física tem peso maior que a questão financeira do plano de saúde)
Art. 273; §3º; CPC: Tutela antecipada “in audita pars”
Trata-se da tutela antecipada concedida sem ouvir a parte contrária. Pode ser concedida nas seguintes situações:
Risco de dano irreparável / difícil reparação é tão grande que não há tempo para se ouvir a parte contrária Casos muito urgentes!!
Há risco de situação se tornar irreparável / difícil reparação caso a parte contrária tome conhecimento do processo (ex.: mãe que pretende fugir com criança tentando afastá-la do pai caso ela tome conhecimento do processo antes da concessão da tutela antecipada ela foge de vez!!)
Art. 273; §4º; CPC: A tutela antecipada pode ser revogada a qualquer tempo do processo, através de decisão fundamentada do juiz.
Art. 273; §5º; CPC: O processo seguirá até o julgamento final, sendo concedida a tutela antecipada ou não
Art. 273; §6º; CPC: A tutela antecipada também poderá ser concedida caso, em pedidos cumulados, algum ou parcela deles se mostrar incontroverso.
Art. 273; §7º; CPC: Se o requerimento de antecipação de tutela contiver providência de natureza cautelar, o juiz poderá deferir a medida cautelar em carater incidental do processo ajuizado.
- Resposta do Réu
Com a citação, surge para o réu o ônus de oferecer resposta, que pode ser uma contestação, reconvenção ou exceção, para defender-se da petição inicial.
Contestação (Art. 300 CPC): É a peça que veicula a defesa do réu. Não há pedido na contestação do rito ordinário, sendo apenas apresentados os contrapontos das alegações do autor (caso réu deseje formular pedido, deverá apresentar reconvenção).
Grupos de defesa:
Defesas processuais que impliquem na extinção do processo sem resolução de mérito
Defesas processuais que não impliquem na extinção do processo sem resolução de mérito. Estas situações levam apenas a uma dilação do processo.
Defesa de mérito
As defesas identificadas com os nºs 1 e 2 são as chamadas “defesas processuais” ou “preliminares” e se encontram elencadas no Art. 301 CPC, abaixo elencadas:
Art. 301 CPC: Compete ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta;
 
III - inépcia da petição inicial;
 
IV - perempção;
V - litispendência;
Vl - coisa julgada;
VII - conexão;
 
Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
 
IX - convenção de arbitragem;
 
X - carência de ação (ausência das condições da ação);
 
Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.
Dentre as causas mencionadas acima, causam a extinção sem julgamento de mérito os itens IV, V, VI, IX e X (ver Art. 267 CPC).
Art. 302 CPC: Réu deverá se manifestar precisamente sobre os fatos alegados pelo autor na petição inicial Defesa de mérito
Se algum dos fatos alegados pelo autor não for rebatido na contestação do réu, estes se presumirão verdadeiros (preclusão da matéria). Entretanto, não operará esta presunção de veracidade se:
Se tratar de fato que não admita confissão.
se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato
Fatos estejam em contradição com a defesa apresentada, ou defesa se refira aos fatos em conjunto.
Art. 302, par. único, CPC: Não se aplica o ônus de presunção de veracidade de fatos não impugnados para o advogado dativo, o curador especial e ao ministério público.
Art. 304 CPC: Qualquer das partes poderá arguir exceção de:
Competência
Impedimento
Suspeição
O réu pode apresentar a exceção juntamente de sua contestação.
Art. 305 CPC: A exceção pode ser apresentada a qualquer momento processual, devendo ser verificado o prazo de 15 dias a contar da data em que a parte tomou conhecimento do fato que ocasionou a incompetência, o impedimento ou a suspeição.
Art. 305; p. único; CPC: Na exceção de competência, a petição pode ser protocolada no foro do domicílio do réu, determinando a remessa dos autos ao foro competente.
Art. 306 CPC: Com a alegação de exceção, processo é suspenso (no JEC, a alegação de exceção causa a extinção do processo).
Com relação à exceção sobre incompetência, o CPC determina que:
Art. 307 CPC: A exceção por incompetência deverá ser arguida em petição fundamentada e devidamente instruída, indicando o juízo para o qual declina.
Art. 308 CPC: A outra parte pode apresentar manifestação sobre a exceção, no prazo de 10 dias. Recebida ou não a manifestação, juiz decidirá sobre a exceção no mesmo prazo de 10 dias.Art. 309 CPC: Se a exceção faz necessária prova testemunhal, deve ser designada audiência para tanto.
Art. 310 CPC: Juiz poderá indeferir petição de exceção quando esta for manifestamente improcedente.
Art. 311 CPC: Julgada procedente a exceção, os autos serão remetidos ao juiz competente.
Com relação à exceção sobre suspeição ou impedimento, o CPC determina que:
Art. 312 CPC: A exceção por impedimento ou suspeição deve especificar o motivo da recusa (arts. 134 e 135) e ser dirigida ao juiz da causa, podendo ser instruída com documentos para fundar a alegação e conter o rol de testemunhas, se for o caso.
Art. 313 CPC: O juiz que recebe a alegação de impedimento ou suspeição poderá:
Concordar com a alegação e remeter os autos ao juiz substituto
Contestar a suspeição, apresentando sua defesa e remetendo os autos ao tribunal (juiz não precisa de advogado, podendo ele próprio fazer sua defesa)
Lembrando que, em casos de impedimento ou suspeição, a obrigação do juiz é declarar-se impedido ou suspeito desde o início do processo, sem a necessidade de alegação por exceção.
Art. 314 CPC: Se a exceção apresentada não tiver fundamento legal, tribunal determinará seu arquivamento. Se for procedente, juiz será condenado à pagar as custas processuais e autos serão remetidos ao juiz substituto.
Art. 315 CPC: Reconvenção Contra ataque do réu.
Oportunidade do réu fazer alegações e formular pedidos contra o autor. É elaborada em peça separada à contestação, porém, devendo ambas serem apresentadas no mesmo momento. Nela, o réu da ação principal passa a ser autor, e autor da ação principal passa a ser réu.
Art 315; p. único; CPC: Se autor demandar em nome de outra pessoa (ex.: mãe que representa menor em juízo), réu não poderá apresentar reconvenção.
Art. 316 CPC: Oferecida a reconvenção, o autor da ação principal (que é réu na reconvenção) deverá apresentar contestação em 15 dias, contados da intimação da reconvenção.
Art. 317 CPC: Se processo principal é extinto ou houver desistência, a reconvenção persiste!
Art. 318 CPC: São julgados na mesma sentença a ação principal e a reconvenção.
- Ação Declaratória Incidental
Trata-se de uma ação autônoma, que expande os efeitos da coisa julgada.
Partes da sentença:
Relatório: Síntese das principais partes do processo
Fundamentação: Motivação do juiz a decidir.
Dispositivo: Decisão
APENAS A PARTE DISPOSITIVA DA SENTENÇA PRODUZ COISA JULGADA!!
A ação declaratória incidental é uma das formas de resposta do réu e está relacionada com o fenômeno dos limites objetivos da coisa julgada (Art. 469, III, CPC).
Ao longo do procedimento, o juiz tem que decidir uma série de questões prévias, que são pontos controversos, que devem ser apreciados no curso do processo.
Entre as questões, estão as prejudiciais, cuja apreciação depende o deslinde do mérito da causa.
Ela é apreciada de forma incidente no processo e sobre ela não recai a coisa julgada material, que recai sobre o pedido.
Ex.: Ação de alimentos Alimentando pede alimentos e pai alega que não é o pai da criança!
Para resolver essa questão, juiz deverá analisar além do pedido da ação principal (pedido é apenas para alimentos). Neste exemplo, a decisão proferida pelo juiz produzirá coisa julgada apenas com relação aos alimentos pedidos, podendo a questão da paternidade ser debatida novamente!
Para expandir os efeitos da coisa julgada também à questão prejudicial (no exemplo, a paternidade do réu), deve-se fazer uso da ação declaratória incidental.
Assim, sua finalidade será estender os limites da coisa julgada material para recair na questão prejudicial.
É uma ação incidente em um único processo.
Tanto autor como réu possuem legitimidade para propor a ação declaratória incidental (fundamento legal está no art. 325 CPC para o autor e no art. 5º CPC para o réu)
O prazo para proposição da ação declaratória incidental é de 10 dias da ciência da contestação, para o autor. Para o réu, o prazo será o mesmo da contestação (ação declarátória será apresentada em peça separada da contestação, porém, no mesmo momento).
Só cabe no processo de conhecimento em rito ordinário.
O adversário será intimado para contestar em 15 dias (seja ele autor ou réu).
- Teoria Geral da Prova
Sob o aspecto objetivo, é o conjunto de meios produtores da certeza jurídica, ou o conjunto dos meios utilizados para demonstrar a existência de fatos relevantes para o processo.
A prova deve sustentar a narrativa de fatos apresentada na petição inicial, e é produzida para o juiz, visando influenciá-lo. A prova deve demonstrar a existência do fato, visando trazer uma certeza jurídica ao mesmo.
Sob o aspecto subjetivo, é a própria convicção que se forma no espírito do julgador a respeito da existência ou inexistência dos fatos alegados no processo.
A prova forma a convicção do juiz!
Classificações:
Prova Direta: Tem relação direta com o fato a ser provado (ex.: recibo de quitação para provar realização de contrato)
Prova Indireta: Se refere à fato distinto daquele que se pretende provar, mas permite, por raciocínio lógico e induções, chegar à convicção do fato a ser provado (ex.: dano na plantação para demonstrar turbação)
Prova Pessoal: É a declaração ou afirmação prestada por alguém a respeito da verdade de um fato (ex.: prova testemunhal)
Prova Real: É obtida do exame de uma coisa ou pessoa (ex.: prova pericial)
Prova Oral: Prova produzida oralmente. Geralmente são provas pessoais, colhidas por meio de depoimento na audiência de instrução.
Prova Escrita: Prova produzida por meio escrito. Geralmente são provas documentais, que são apresentadas pelas partes ao longo do processo.
O objeto da prova é o fato demonstrado. E estes devem ser relevantes para o processo
Se o juiz considerar que fato a ser demonstrado é irrelevante, pode indeferir a produção da prova (do indeferimento de prova cabe recurso, por meio de agravo de instrumento).
Não é necessário fazer prova sobre lei federal! Apenas se admite prova sobre a vigência de lei estadual ou municipal, as quais o juiz não tem obrigação de conhecer.
Além disso, o art. 334 CPC lista os fatos que não dependem de prova, quais sejam:
notórios;
afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
admitidos, no processo, como incontroversos;
em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
- Depoimento Pessoal
Art. 342 CPC: A qualquer momento do processo o juiz pode chamar, de ofício, o autor e o réu para interrogá-los sobre os fatos da causa produção de prova de ofício
Art. 343 CPC: Se juiz não determinar de ofício, caberá a cada parte requerer o depoimento pessoal da outra (pedido de prova na petição inicial)
Art. 343; §1º; CPC: Parte é intimada a comparecer, devendo constar da intimação que caso não compareça ou se recuse a depor, serão presumidos confessados os fatos contra ela alegados.
Art. 343; §2º; CPC: Caso não compareça ou se recusar a depor, o juiz lhe aplicará a pena de confissão, presumindo-se, assim, confessados os fatos contra ela alegados. O mesmo ocorrerá em trechos do depoimento que juiz considerar confusos ou que não esclareceram a questão proposta (art. 345 CPC).
Art. 344 CPC: Interrogatório da parte deverá seguir o mesmo procedimento prescrito para inquirição das testemunhas.
Art. 344; p. único; CPC: Quem ainda não depôs não poderá assistir o depoimento da outra parte (seja autor ou réu)
Art. 345 CPC: Se a parte deixar de responder ou apresentar evasivas à questão, juiz pode considerar como recusa à responder e aplicar a pena de confissão àquele determinado tema.
Art. 346 CPC: Parte não poderá utilizar-se de um texto previamente preparado para realizar seu depoimento. Entretanto, é permitido à parte levar notas breves para auxílio em pontos específicos.
Art. 347 CPC: Parte não é obrigada a depor sobre fatos:
Criminosos ou torpes que lhe forem impetrados
Que deva guardar sigilo, devido a estadoou profissão
- Audiência
Art. 444 CPC: Audiência é pública! Exceto nos casos que correm em segredo de justiça (art 155 CPC)
Art. 445 CPC: O juiz pode exercer poder de polícia nas seguintes situações:
para manter a ordem e o decoro na audiência;
para ordenar que se retirem da sala da audiência os que se comportarem inconvenientemente;
para requisitar, quando necessário, a força policial
Juiz só é investido do poder de polícia, nas situações acima descritas, dentro da sala de audiência quando atuando como juiz.
Art. 446 CPC: Compete, especialmente, ao juiz:
Dirigir os trabalhos da audiência
Proceder diretamente e pessoalmente à colheita das provas (perguntas às testemunhas são feitas ao juiz, que analisa sua pertinência e, considerando pertinente, as dirige à testemunha)
Exortar os advogados e o Ministério Público a que discutam a causa com elevação e urbanidade
Audiência de Conciliação
Art. 447 CPC: Se litígio versar sobre direitos patrimoniais de caráter privado, o juiz determinará de ofício a audiência de instrução e julgamento.
Art. 447; p. único; CPC: Para casos envolvendo direito de família, a conciliação será possível nos casos em que a lei permite às partes transacionarem.
Art. 448 CPC: Antes de iniciar a instrução, juiz tentará conciliar as partes. No caso de acordo, juiz reduzirá a termo, devendo ser assinado pelas partes e homologado pelo juiz. 
Art. 449 CPC: Acordo assinado pelas partes e homologado pelo juiz tem valor de sentença (sentença homologatória).
- Instrução e Julgamento
Art. 450 CPC: Juiz declarará a abertura da audiência no dia e hora designados
Art. 451 CPC: Ao iniciar a instrução, juiz ouvirá as partes e fixará os pontos controvertidos
Art. 452 CPC: As provas serão produzidas em audiência, nesta ordem:
Peritos e assistentes técnicos responderão aos quesitos levantados, de acordo com o estabelecido no art. 435 CPC.
Serão tomados os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu
Serão ouvidas as testemunhas, primeiro as do autor e depois as do réu
Art. 453 CPC: A audiência pode ser adiada:
Por convenção das partes, injustificadamente, uma única vez
Caso não puderem comparecer, por motivo justificado, o perito, as partes, as testemunhas ou os advogados.
Art. 453; §1º; CPC: Cabe ao advogado demonstrar o motivo justificado para não comparecimento (seu, do seu cliente ou de sua testemunha) até a abertura da audiência. Se não o fizer, o juiz procederá à instrução.
Art. 453; §2º; CPC: O juiz poderá dispensar a produção de provas pela parte cujo advogado, injustificadamente, não compareceu a audiência.
Art. 453; §3º; CPC: Quem der causa ao adiamento da audiência responderá pelas despesas eventualmente acrescidas.
Art. 454 CPC: Terminada a instrução, juiz dará a palavra aos advogados do autor e réu, bem como ao Ministério Público (quando for o caso), pelo prazo de 20 minutos (que podem ser prorrogados por mais 10 minutos, a critério do juiz).
Art. 454; §1º; CPC: Havendo litisconsorte com advogados diferentes, ou terceiro interessado, o prazo para sustentação será somado com o da prorrogação e dividido entre eles de forma igual.
Art. 454; §2º; CPC: Em caso de oposição (art. 56 CPC), este sustentará em primeiro lugar, pelo mesmo prazo de 20 minutos.
Art. 454; 3º; CPC: Quando a causa for complexa, o debate oral pode ser substituído por memoriais, ao qual juiz fixará prazo para oferecimento (na prática, o prazo para os memoriais costuma ser fixado para 10 dias.)
Art. 455 CPC: A audiência é una e contínua. Se não for possível concluí-la no mesmo dia, juiz marcará nova data para continuação.
Art. 456 CPC: Encerrado o debate, ou oferecidos os memoriais, juiz proferirá a sentença desde logo, ou no prazo de 10 dias (nem sempre esse prazo é cumprido).
Art. 457 CPC: Procedimento para lavratura da sentença:
O escrivão lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos e a sentença, se esta for proferida no ato.
Art. 457; §1º; CPC: Quando o termo for datilografado, o juiz Ihe rubricará as folhas, ordenando que sejam encadernadas em volume próprio.
Art. 457; §2º; CPC: Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o órgão do Ministério Público e o escrivão.
Art. 457; §3º; CPC: O escrivão trasladará para os autos cópia autêntica do termo de audiência.
Art. 457; §4º; CPC: Tratando-se de processo eletrônico, observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o do art. 169 desta Lei.
- Prova Testemunhal
Art. 400 CPC: A prova testemunhal sempre será admissível, salvo disposição em contrário.
Juiz indeferirá a inquirição de testemunhas se:
Fato que se deseja provar já foi confessado ou provado por meio documental
Fato só pode ser provado por documento ou perícia
Art. 401 CPC: A prova exclusivamente testemunhal só se admite em ações versando sobre contratos cujo valor não exceda 10 salários mínimos.
Art. 402 CPC: A prova poderá ser exclusivamente testemunhal, independentemente do valor do contrato, quando:
Houver começo de prova escrita
O credor não poderia obter a prova escrita por impedimento moral ou material (ex.: casos de parentesco, depósito necessário, hospedagem em hotel e etc.)
Art. 403 CPC: As normas dos dois artigos anteriores, relacionadas à prova exclusivamente testemunhal, também são válidas no que se refere ao pagamento e remissão de dívida.
Art. 404 CPC: Pode ser provada por testemunha:
Divergência entre a vontade real e a vontade declarada, nos contratos acometidos pelo vício da simulação
Qualquer situação de vício de consentimento
Art. 405 CPC: Não podem depor como testemunha os incapazes, impedidos ou suspeitos.
Art. 405; §1º; CPC: São incapazes:
O interdito por demência
Aquele que, devido à doença ou debilidade mental, não tinha capacidade de discernir os fatos na época em que ocorreram, ou, ao tempo em que deve depor, não estiver apto para transmitir as percepções do fato ocorrido.
Menor de 16 anos crianças não produzem provas, mas podem gerar indícios coletados por perícia psicológica
Cegos ou surdos, se a ciência do fato depender do sentido que lhe falta
Art. 405; §2º; CPC: São impedidos:
O conjuge, ascendentes e descendentes em qualquer grau, colaterais até o terceiro grau, de qualquer das partes, seja por consanguinidade ou afinidade
Exceções Estas pessoas poderão depor como testemunha se: i) se interesse público exigir; ou ii) se prova não puder ser obtida de outro modo e juiz reputá-la necessária ao julgamento do mérito (apenas em causas relativas ao estado da pessoa)
Aquele que é parte na causa
Aquele que intervém em nome de uma parte (ex.: tutor na causa do menor, representante legal de pessoa jurídica, juiz, advogado e etc.)
Art. 405; §3º; CPC: São suspeitos:
Pessoa já condenada por falso testemunho, com sentença transitada em julgado
Aquele que, por seus costumes, não for digno de fé
O inimigo da parte ou seu amigo intimo
Terceiro com interesse no litígio
Art. 405; §4º; CPC: Suspeitos ou impedidos podem ser ouvidos, se estritamente necessário, sem compromisso com a verdade (informante – art. 415 CPC), e juiz atribuirá o valor do depoimento.
Art. 406 CPC: Testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
Que lhe acarretem grave dano, ou a seu conjuge, parentes consanguineos ou afins, em linha reta ou colateral até o segundo grau.
Que deve guardar sigilo, devido à estado ou profissão Este sigilo pode ser afastado em determinadas situações
Art. 407 CPC: As partes devem depositar em cartório o rol de testemunhas, para acesso pela outra parte, dentro do prazo que o juiz determinar, devendo ser esse prazo antes da audiência. Na omissão do juiz, este prazo será de 10 dias antes da audiência.
Deve constar do rol de testemunhas o nome, profissão, residência e local de trabalho de cada uma.
Art. 407; p. único; CPC: Cada parte pode arrolar, no máximo, 10 testemunhas. Juiz é obrigado a ouvir apenastrês testemunhas de cada parte, podendo dispensar as demas se entendê-las desnecessárias.
Art. 408 CPC: Depois de apresentado o rol, testemunha só poderá ser substituída se:
Falecer
Não tiver condições de depor devido à enfermidade
Que tenha mudado de residência e não tenha sido encontrada pelo oficial de justiça
Lembrando que a prova testemunhal pode ser produzida antecipadamente, por meio de medida cautelar, caso haja risco que não mais poder ser obtida.
Art. 409 CPC: Se juiz da causa for arrolado como testemunha:
Deve declarar-se como impedido para julgar a causa, caso tenha conhecimento dos fatos, e depor como testemunha a parte não poderá mais desistir de seu depoimento
Se nada souber, excluirá seu nome do rol
Art. 410 CPC: As testemunhas devem depor durante a audiência de instrução, perante o juiz, exceto:
Se prova for produzida antecipadamente
Se testemunha for inquirida por carta
Se, por doença ou qualquer outro motivo, testemunha não puder comparecer em juízo
As pessoas específicas determinadas no artigo seguinte (art. 411 CPC)
Art. 411 CPC: São inquiridos em sua residência, ou onde exercem sua função:
O Presidente e o Vice-Presidente da República
O presidente do Senado e o da Câmara dos Deputados
Os ministros de Estado
Os ministros do STF, STJ, STM, TSE, TST e do Tribunal de Contas da União
O procurador-geral da República
Os senadores e deputados federais
Os governadores dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal
Os deputados estaduais
Os desembargadores do TJ, juízes dos tribunais de alçada, juízes do TRT e do TRE e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal
O embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa ao agente diplomático do Brasil
Art. 412 CPC: Testemunha é intimada a comparecer (não é convite!). Se deixar de comparecer, poderá ser conduzida à força e responderá por eventuais despesas decorrentes do adiamento da audiência.
Art. 412; §1º; CPC: A parte pode comprometer-se a levar testemunha à audiência, independentemente de intimação. Porém, sem intimação, esta não poderá ser forçada a depor no caso de não comparecimento.
Art. 412; §2º; CPC: Funcionário público ou militar são intimados na repartição em que atuam ou no comando do corpo.
Art. 412; §3º; CPC: Intimação por correio poderá ocorrer apenas se testemunha tiver residência certa.
Art. 413 CPC: Testemunhas serão inquiridas separadamente e sucessivamente, sem que uma ouça o depoimento das outras. Primeiro são ouvidas as testemunhas do autor e depois as do réu.
Art. 414 CPC: Testemunha deve ser qualificada antes de depor (nome completo, profissão, residência, estado civil e se tem relação de parentesco com a parte ou interesse no processo). 
A parte poderá:
Art. 414; §1º; CPC: Contraditar a testemunha alegar qualquer motivo que não permitiria a testemunha de depor (impedimento, incapacidade, suspeição e etc.). 
Art. 414; §2º; CPC: Testemunha pode pedir ao juiz que lhe dispense de depor, alegando qualquer motivo previsto no Art. 406 CPC.
Art. 415 CPC: A testemunha tem o compromisso de dizer a verdade (diferentemente do informante)
Art. 415; p. único; CPC: Juiz deverá advertir a testemunha sobre o crime de falso testemunho.
Art. 418 CPC: Juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte:
A inquirição de testemunhas referidas Testemunha referida é a pessoa que é referida no depoimento de outra testemunha e que pode ser intimada a comparecer e depor posteriormente.
A acareação de duas ou mais testemunhas A acareação consiste em uma técnica jurídica para apurar a verdade, e ocorre caso se apresentem depoimentos divergentes. É realizada através do confronto, frente a frente, das testemunhas que divergiram (ou com a parte, se for o caso) e levantamento dos pontos divergentes, até que o juiz se convença de qual depoimento é verdadeiro.
- Prova Pericial
Art. 420 CPC: A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
Art. 420, p. único, CPC: Juiz indeferirá a produção de prova pericial quando:
Prova não depender de conhecimento técnico especial
For desnecessária, em razão das demais provas produzidas.
For impraticável
Art. 421 CPC: Juiz nomeará o perito de sua confiança e fixará o prazo para entrega do laudo (em geral, juiz fornece o prazo de 30 dias). Prazo pode ser prorrogado pelo juiz a pedido do perito.
Art. 421; §1º; CPC: Dentro de 5 dias da nomeação do perito, as partes devem:
Indicar o assistente técnico
Apresentar os quesitos da perícia
Art. 421; §2º; CPC: Quando a natureza do fato permitir, perícia pode ser simplificada, consistindo apenas no esclarecimento pelo perito e assistentes, de forma oral, na audiência de instrução e julgamento, sendo inquiridos pelo juiz Não é comum!!
Art. 422 CPC: O perito deve cumprir escrupulosamente o cargo que lhe foi conferido, podendo sofrer de suspeição e/ou impedimento. Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos à causa de suspeição e/ou impedimento.
Art. 423 CPC: Se ocorrer impedimento ou suspeição do perito, juiz deverá nomear um novo perito para conduzir o assunto.
Art. 427 CPC: Juiz poderá dispensar a prova pericial se as partes apresentarem pareceres ou documentos que juiz considerar suficiente para formar seu convencimento sobre a questão.
Art. 431-A CPC: As partes devem ser cientificadas da data e local da perícia, apenas para acompanhamento, se desejarem AS PARTES NÃO PODEM INTERFERIR NA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA
Art. 431-B CPC: Caso a perícia seja complexa, envolvendo mais de uma área de conhecimento, juiz poderá nomear mais de um perito e, do mesmo modo, as partes podem nomear mais de um assistente.
Art. 432 CPC: Possibilidade do juiz prorrogar o prazo para entrega do laudo APENAS 1 VEZ!!
Art. 433 CPC: O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, que deverá ser, pelo menos, 20 dias antes da audiência.
Art. 433; p. único; CPC: Os assistentes técnicos devem oferecer seus pareceres no prazo de 10 dias após a intimação das partes sobre a apresentação do laudo.
Art. 434 CPC: Quando a perícia tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento, ou for de natureza médico-legal, o juiz deverá dar preferência na escolha do perito, dentre os técnicos de estabelecimentos oficiais especializados (ex.: IML, no caso de perícia médica-legal e etc.)
Art. 435 CPC: Parte que deseja requerer qualquer esclarecimento do perito ou assistente, deverá efetuar uma solicitação ao juiz (formulando as perguntas desejadas), que intimará o perito ou assistente para comparecer à audiência.
Art. 424 CPC: O perito pode ser substituído se:
Carecer de conhecimento técnico especifico para aquela situação
Deixar de cumprir o prazo estipulado, sem motivo legítimo
- Fase Decisória
Art. 458 CPC: Requisitos essenciais da sentença:
Relatório. 
Do relatório deverá conter:
Nome das partes
Suma do pedido do autor e resposta do réu
Principais ocorrências do andamento do processo
Fundamentos do juiz.
Análise das questões de fato e direito expostas. Juiz não poderá julgar além do que foi pedido e nem deixar de apreciar algo que foi pedido.
Parte Dispositiva.
Decisão do juiz, pela procedência ou improcedência do pedido. Pode ser direta (discorrendo na sentença os termos decididos) ou indireta (remete ao pedido realizado na petição inicial do autor).
FALTA DE QUALQUER DESTES REQUISITOS PODE GERAR NULIDADE DA SENTENÇA!!
Sentença sem julgamento de mérito = Sentença Terminativa
Sentença com julgamento de mérito = Sentença Definitiva
Art. 459 CPC: Juiz proferirá a sentença, acolhendo ou rejeitando o pedido formulado, no todo ou em parte. Nos casos de extinção sem julgamento de mérito (sentença terminativa), juiz poderá decidir de forma mais concisa.
Art. 459; p. único; CPC: Se autor formular pedido certo, é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida.
Pedido Certo: Quantiapedida é certa, determinada.
O pedido certo produzirá uma sentença líquida, ou seja, que pode ser cumprida de imediato.
Pedido Genérico: Quantia pedida não é certa, pois ainda não pode ser determinada (ex.: inventário)
O pedido genérico produzirá uma sentença ilíquida, pois não pode ser cumprida de imediato Precisa ser liquidada!
Art. 460 CPC: Juiz não pode julgar fora do que foi pedido e nem em natureza diversa, ou condenar em quantidade superior ao que foi pedido, ou ainda em objeto diverso.
Art. 460; p. único; CPC: A sentença deve ser certa, mesmo se decisão for relacionada à relação jurídica condicional
Art. 461 CPC: Se ação tem por objeto obrigação de fazer ou não fazer, juiz deverá:
Conceder a tutela específica do caso
ou
Determinar providências que assegurem um resultado prático equivalente ao adimplemento
Art. 461-A CPC: Na ação cujo objeto é a entrega de coisa certa, juiz fixará um prazo para entrega da coisa. Caso não seja entregue, juiz adotará uma medida coercitiva “astreinte” = multa diária ao condenado até que cumpra a sentença
	RESUMÃO – PROCESSO DE CONHECIMENTO:
Rito Ordinário
Rito Sumário (maior concentração de atos e maior celeridade do procedimento)
Juizado Especial Cível - JEC (causas até 60 mil – Federal; 40 mil – Estadual; não precisa de advogado constituído)
__________________________________________
Fases Processuais:
	Tutela Antecipada
 I-------------------------------------------------------------
I----------------------------------I--------------------------------I--------------------------I
Postulatória		Saneamento			Instrução		Decisória
-Petição Inicial		-Providências Preliminares		-Teoria Geral da Prova	-Sentença
-Defesa do Réu		-Verificação de Nulidades		-Audiência		-CoisaJulgada
-Ação Declaratória						-Prova Testemunhal	-Ação Rescisória
Incidental (ADI)						-Prova Pericial
PEDIDO

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