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Aula 3 CARBOIDRATOS I E II

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CARBOIDRATOS I
Maria Cecília Gomes dos Santos
INTRODUÇÃO
Os animais não são capazes de sintetizar CHOs a partir de substratos simples não-energéticos dependentes dos vegetais para obter essa energia; 
Maior fonte disponível de nutrientes presentes nos alimentos: glicose, frutose, galactose, sacarose, lactose, amido e celulose. 
Oferecem energia mais rápida para o organismo pois possuem uma digestão e absorção mais rápida e simples em comparação aos outros macronutrientes.
CHAMADOS:
 Hidrato de carbono
 Glicídeos
 Acúcares
 
 Cn H2n On 
CLASSIFICAÇÃO DOS CHOs 
Monossacarídeos: até 7C
 Pentoses (5C): estrutural
 Ribose (RNA)
 Desoxiribose (DNA)
 Hexoses (6C):
 Frutose:
 Glicose:
 
 Galactose:
ESTRUTURAS
•Monossacarídeos: 
 São açúcares simples; 
 Possuem o mesmo Nº e tipo de átomos, mas em combinações diferentes Diferença na doçura; 
 Os mais importantes são as HEXOSES: 
 Glicose, frutose e galactose; 
 Todos os outros CHOs devem ser efetivamente digeridos até esses monossacarídeos para serem absorvidos.
Oligossacarídeos: 2 a 10 monossacarídeos
 Trissacarídeos
 Rafinose – vegetais e cereais
 Dissacarídeos
 Sacarose – frutose + glicose
 Lactose – galactose + glicose
 Maltose – glicose + glicose 
LACTOSE: 
 Glicose + galactose; 
 Produzida quase exclusivamente nas glândulas mamárias de animais lactantes; 
 Responsável por 7,5% e 4,5% da composição do leite em humanos e nas vacas, respectivamente; 
 É o menos doce dos dissacarídeos; 
INTOLERÂNCIA: criou uma controvérsia quanto ao consumo de leite em adultos por muitos apresentarem deficiência enzimática. 
Sintomas: náuseas e vômitos, cólicas abdominais, flatulência e diarréia. 
Polissacarídeos: 10 ou + monossacarídeos
 Amido – vegetais, leguminosas, cereais integrais, farinhas...
 
 Glicogênio – músculos, fígado.
OBS: unidos por LIGAÇÕES GLICOSÍDICAS.
•Polissacarídeos 
 AMIDO 
 Estrutura complexa formada por: 
 Amilose: contém de 15 - 20% da molécula de amido 
 Amilopectina: contém de 80 - 85% da estrutura do amido. 
GLICOGÊNIO 
 Polissacarídeo de reserva animal; 
 Função significativa no balanço energético humano; 
 É armazenado no fígado e no tecido muscular; 
 
 Ajuda a manter o nível de açúcar normais durante períodos de jejum (ex.: sono) e provoca combustão imediata para ações musculares. 
FUNÇÕES
Reserva energética: Principal fonte de energia do corpo. Devendo ser ingeridos a intervalos regulares e moderadamente.
Sustentação ou estrutural: estão presentes nas membranas celulares.
 Celulose, hemicelulose, quitina... 
Participam de mecanismos de defesa: 
 Glicoproteínas e imunoglobulinas 
Funcionamento adequado do sistema nervoso central: o cérebro não armazena glicose, necessitando para a sua manutenção. Sua ausência pode causar danos irreversíveis ao cérebro. 
Suprimento de energia para os neurônios; 
Regulação do metabolismo dos lipídios e proteico: impede que sejam oxidados, ecitando a formação de cetonas, que pode levar a uma acidose metabólica coma Morte
 Impede que as proteínas sejam ulitlizadas para produção de energia, mantendo em sua função de construção dos tecidos.
 Evitam a GLICONEOGÊNESE
Fornecem energia ao organismo: 
 1 g 4 Kcal
 
FIBRAS DIETÉTICAS
Componentes vegetais intactos que não são digeridos pelas enzimas GI. Não são absorvidas. 
Chamadas Dietéticas ou alimentares. Temos as SOLÚVEIS E INSOLÚVEIS. 
 As fibras solúveis (soja, lentilha, banana, maçã, aveia, nozes, sementes, ervilhas, feijões, cevada, centeio, grão de bico, abacate, frutas cítricas, aipo, couve...), são ricas em pectina, inulina, Beta glucano, gomas, mucilagens.
 Sua ação: esvaziamento gástrico saciedade lipídeos séricos Col Glicemia
 Se une aos sais biliares evitando a reabsorção Col
 No IG serve como alimento para as bactérias benéficas, havendo fermentação e produzindo Vit K, Vit B12 e 
 AGCC: Propionato e acetato - Col
 Butirato CA cólon 
 
 As fibras insolúveis (invóculos de cereais, cascas de frutas, paredes de vegetais) ricas em celulose, lignina, hemicelulose.
Sua ação: vol das fezes nº evacuações peristalse TI tempo das fezes no intestino
 síndrome do cólon irritável esvaziamento gástrico saciedade 
 Col Glicemia lipídeos séricos ( dificultando a abs) 
 OBS: Acompanhando as fibras, ingerir muita Água.
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ALIMENTOS FUNCIONAIS
São aqueles que apresentam substâncias com funções biológicas, chamadas BIOATIVAS, que garantem a manutenção da saúde e a diminuição de risco de DCNT.
 PROBIÓTICOS: produtos que contém microrganismos e que melhoram o balanço e as propriedades da “FLORA INTESTINAL”.
 Produtos fermentados, kefir
 AÇÃO: col imunidade risco de CA de cólon
 Previne diarréia – regula o intestino.
 PREBIÓTICOS: são ricos em fruto-oligossacarídeos (FOS) e inulina.
 Cebola, alho, banana, chicória, tomate, aspargos, cevada, centeio, beterraba, repolho, couve-flor.
As cascas das “Uvas vermelha-roxo escuro” tem FENÓLICOS que evitam a oxidação da LDL, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.
Indicado: suco de uva integral
Vinho – cuidado com o teor alcoólico, pois aumenta o TG e o VLDL.
Os óleos vegetais, frutas, vegetais, café (consumir moderadamente) contém FITOTERÓIS, que diminui o LDL.
FIBRAS
Presentes nas fibras, há compostos não nutrientes: taninos, oxalatos, saponinas, lecitinas e fitatos que interagem com os macronutrientes, vitaminas e minerais da dieta e reduzem a absorção de alguns macro e micronutrientes.
Devendo usar 10 – 35g/ 1000kcal e distribuídas às refeições.
ÍNDICE GLICÊMICO
Capacidade que um alimento rico em carboidrato tem para elevar a glicemia, devido a diferença na velocidade de absorção; 
Possuem diferentes respostas glicêmicas 
ASSIM, cada alimento tem um valor de IG. 
 É influenciado pelo processamento dos alimentos, mastigação, teor de fibras, PTN e LIP do alimento. 
 As dietas com baixo índice glicêmico podem reduzir a resposta glicêmica pós-prandial, e é mais indicado aos pacientes diabéticos e protege contra a obesidade.
 
•Alimentos de índice alto: 
 Batatas 
 Pães 
 Cereais processados 
•Alimento de índice moderado: 
 Sorvetes 
 Bolos 
 Bolachas 
 Chocolates 
•Alimento de índice baixo: 
 Leguminosas 
 Produtos lácteos 
 Frutas 
 Vegetais
 Cereais e grãos integrais 
TABELA
RESPOSTAS GLICÊMICAS
É avaliada pelo Índice glicêmico e a Carga glicêmica (que está relacionada com a qualidade do Cho e a quantidade consumida).
A resposta glicêmica produzida após o consumo do alimento causa impacto sobre a glicemia.
O tempo de digestão e absorção dos Cho podem ser variados e é de grande importância para o controle e prevenção das DCNT.
CONCLUSÃO
 O IG é um fator que diferencia os carboidratos e está relacionado com o nível de açúcar no sangue. Quanto mais alto o Índice Glicêmico (IG) do alimento, mais rápido o açúcar cai na corrente sanguínea, o que resulta no aumento da liberação de insulina.
 A ingestão constante de alimentos de alto IG faz o pâncreas secretar insulina continuamente. Se a ingestão de alimentos com alto IG continuar, o corpo começa a converter o excesso de glicose em triglicerideos, que são armazenados na forma de gordura. 
A importância atual do estudo
do IG e da CG dos aliemntos está relacionada aos efeitos preventivos e terapêuticos de dietas com baixo IG para portadores de DCNT.
RECOMENDAÇÃO
 A quantidade recomendada de carboidrato digerível necessária na dieta varia entre 45% a 65% do total de calorias.
 Recomendam que seja selecionados os alimentos com menor adição de açúcar e que consumam carboidratos na forma de frutas, vegetais e grãos integrais ricos em fibras, unindo dessa forma o consumo de carboidratos digeríveis e a ingestão de fibras.
ATIVIDADE ESTRUTURADA
 Etapas do estudo: 
 Realizar busca bibliográfica com leitura de capítulos de livros das referências da disciplina e de artigos científicos nacionais ou não que abordem o tema. 
 Termos que poderão ser utilizados na busca: biodisponibilidade de minerais, fibras insolúveis, fibras solúveis, produtos da digestão das fibras alimentares, fatores antinutricionais. 
 O grupo deverá elaborar um resumo do conteúdo desenvolvido seguindo as perguntas abaixo: 
As fibras alimentares solúveis são utilizadas como nutrientes pela flora intestinal? 
Qual a importância da digestão das fibras alimentares no intestino grosso? 
As fibras alimentares diminuem a biodisponibilidade de minerais? 
Como as fibras alimentares solúveis e insolúveis se comportam em relação aos movimentos peristálticos? 
Porque as fibras alimentarem interferem na absorção de sais biliares no íleo? 
CARBOIDRATOS II
Maria Cecília Gomes dos Santos
DIGESTÃO
BOCA 
 Mastigação 
 Fraciona o alimento 
 Mistura com a saliva 
 AMILASE SALIVAR 
 (glândulas parótidas) 
 AMIDO MALTOSE e DESTRINAS 
DIGESTÃO
 ESTÔMAGO: 
 AMIDO 30% MALTOSE
 Contrações das fibras musculares da parede do estômago continuam o processo de digestão mecânico, misturando partículas do alimento com secreções gástricas
 PERISTALSE
 A secreção gástrica não possui enzimas digestivas específicas para a digestão dos CHOs; 
 A amilase salivar inativa em pH ácido (ác. Clorídrico). 
DIGESTÃO
 INTESTINO DELGADO: 
 A peristalse continua com a mistura e movimento do quimo ao longo do tubo intestinal; 
 Digestão química secreções pancreáticas ( amilase pancreática ) e intestinais: 
SACARASE Sacarose = Gli + Fru 
MALTASE Maltose = Gli + Gli 
LACTASE Lactose = Gli + galactose 
 Essas dissacaridases são enzimas da borda em escova. 
ABSORÇÃO
 Só os monossacarídeos podem ser absorvidos.
GLICOSE, GALACTOSE, FRUTOSE 
 Absorvidos pela célula intestinal SANGUE FÍGADO 
 Onde são oxidados e armazenados.
GLICOSE E GALACTOSE 
 Absorvidos por Transporte ativo.
FRUTOSE
 Absorvida por difusão simples. 
 Passa por um processo de absorção 30% mais lento, na forma intacta, pela circulação portal, indo diretamente para o fígado.
 
PROCESSOS DE ABSORÇÃO DE MONOSSACARÍDEOS
 Os carboidratos são absorvidos sob a forma de monossacarídeos e ocorre no intestino delgado, principalmente no jejuno e íleo. São absorvidos por Difusão simples, facilitada e por um mecanismo de Transporte ativo, onde há necessidade de dispêndio de energia, pois para atravessar a membrana a substância enfrenta um gradiente eletroquímico. 
TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DOS CARBOIDRATOS
 Os CHO podem ter três destinos: 
 - aporte energético fornecido através da glicose sanguínea; 
 - armazenamento hepático e muscular sob forma de glicogênio; 
 - transformação em triglicerídeos com armazenamento muscular, hepático e no tecido adiposo.
REGULAÇÃO DO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
METABOLISMO
 A glicose absorvida que cai na corrente sanguínea é reconhecida pelos receptores pancreáticos; 
 ↑ secreção de insulina e ↓ glucagon 
 Essas mudanças hormonais afetam todo o metabolismo: 
 ↑ absorção de glicose no fígado, nas células musculares e nos tecidos adiposos, intensificando sua conversão em glicogênio, ácidos graxos livres e triglicerídeos. 
RESPIRAÇÃO CELULAR
 É a transformação da molécula de glicose em ATP - Energia 
Vias catabólicas: 
Glicólise 
Ciclo de krebs
Cadeia respiratória 
 Vias anabólicas: 
Glicogênese 
Gliconeogênese 
GLICÓLISE
 Oxidação da glicose
 em ácido pirúvico. 
 É a primeira etapa da 
 respiração celular.
Também chamada de Via Glicolítica.
Ocorre no citosol.
Anaeróbico.
CICLO DE KREBS
Ciclo do ácido cítrico.
É a 2ª etapa da respiração celular.
Ocorre na Matriz mitocondrial.
Considerada anfibólica (catabólica – oxidação do Acetil CoA e anabólica – síntese de oxalacetato aspartato
Só ocorre em condições aeróbicas. 
 
 CADEIA RESPIRATÓRIA
 Chamada também de Fosforilação Oxidativa; 
 Sistema de transferência de elétrons provenientes do NADH e FADH2 até a molécula de O2; 
 Elétrons são passados de molécula para molécula nas cristas mitocondriais chamados CITOCROMOS; 
 O elétron “pula” de um citocromo para outro até chegar no O2, ocorrendo liberação de energia convertida em ATP. 
CADEIA RESPIRATÓRIA
É uma  cadeia de transporte de elétrons energizados na mitocôndria. É o local onde ocorre a fosforilação oxidativa. O NADH e FADH produzidos no ciclo de krebs são oxidados liberando energia utilizável pela ATP sintase.
TOTAL DE ATPS
Glicólise:
1glic 2 piruvatos + 2 NADH + 4 ATP 2 ATP
Ciclo de krebs:
piruvato AcetilCoA 2 NADH 
Acetil + ac.oxoloacético ácido cítrico CK
6 NADH + 2 ATP + 2 FADH2
Cadeia Respiratória:
10 NADH x 3 = 30 ATP 2 FADH2 x 2 = 4 ATP
+ 4 ATP 38 ATP 
2 ATP
GLICOGÊNESE
 Síntese de GLICOGÊNIO pela união de moléculas de GLICOSE .
 Ocorre em todos os tecidos, principalmente no fígado e músculo; 
 Fígado armazena glicogênio para enviar glicose pelo sangue aos outros tecidos, quando necessário; 
 Músculo armazena apenas para consumo próprio, só utiliza durante o exercício quando há necessidade de energia rápida. 
GLICONEOGÊNESE
 É a síntese de glicose a partir de substâncias que não são carboidratos, como lactato, glicerol e aminoácidos. 
 Ocorre no citosol e utiliza muitas enzimas da via glicolítica, mas na direção inversa. Enquanto a glicólise gera 2 ATPs por molécula de glicose oxidada, a gliconeogênese consome 6 ATPs.
 
GLICOGENÓLISE
É a quebra do glicogênio em glicose.
A tiamina, a riboflavina e a niacina (vits do complexo B), desempenham funções como coenzimas para a oxidação dos carboidratos.
ALIMENTOS FONTES DE CARBOIDRATOS
Cereais: arroz branco, arroz integral, cereal matinal, aveia
Massas e preparados: macarrão, tortas, bolos, pães, bolachas, etc.
Frutas: maçã, banana, uva, melancia, caqui, goiaba, etc.
Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, tremoços
Tubérculos: batatas (doce, inglesa, baroa), aipim, inhame e mandioquinha
OBRIGADA!!!!
Próxima aula: 
 Gorduras I e II – Material didático – Apostila 2: Os nutrientes e seu metabolismo – pg 40 a 48.
 “ A experiência é uma escola onde são caras as lições, mas em nenhuma outra os tolos podem aprender”.
 Benjamin Franklin

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