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CARBOIDRATOS I Maria Cecília Gomes dos Santos INTRODUÇÃO Os animais não são capazes de sintetizar CHOs a partir de substratos simples não-energéticos dependentes dos vegetais para obter essa energia; Maior fonte disponível de nutrientes presentes nos alimentos: glicose, frutose, galactose, sacarose, lactose, amido e celulose. Oferecem energia mais rápida para o organismo pois possuem uma digestão e absorção mais rápida e simples em comparação aos outros macronutrientes. CHAMADOS: Hidrato de carbono Glicídeos Acúcares Cn H2n On CLASSIFICAÇÃO DOS CHOs Monossacarídeos: até 7C Pentoses (5C): estrutural Ribose (RNA) Desoxiribose (DNA) Hexoses (6C): Frutose: Glicose: Galactose: ESTRUTURAS •Monossacarídeos: São açúcares simples; Possuem o mesmo Nº e tipo de átomos, mas em combinações diferentes Diferença na doçura; Os mais importantes são as HEXOSES: Glicose, frutose e galactose; Todos os outros CHOs devem ser efetivamente digeridos até esses monossacarídeos para serem absorvidos. Oligossacarídeos: 2 a 10 monossacarídeos Trissacarídeos Rafinose – vegetais e cereais Dissacarídeos Sacarose – frutose + glicose Lactose – galactose + glicose Maltose – glicose + glicose LACTOSE: Glicose + galactose; Produzida quase exclusivamente nas glândulas mamárias de animais lactantes; Responsável por 7,5% e 4,5% da composição do leite em humanos e nas vacas, respectivamente; É o menos doce dos dissacarídeos; INTOLERÂNCIA: criou uma controvérsia quanto ao consumo de leite em adultos por muitos apresentarem deficiência enzimática. Sintomas: náuseas e vômitos, cólicas abdominais, flatulência e diarréia. Polissacarídeos: 10 ou + monossacarídeos Amido – vegetais, leguminosas, cereais integrais, farinhas... Glicogênio – músculos, fígado. OBS: unidos por LIGAÇÕES GLICOSÍDICAS. •Polissacarídeos AMIDO Estrutura complexa formada por: Amilose: contém de 15 - 20% da molécula de amido Amilopectina: contém de 80 - 85% da estrutura do amido. GLICOGÊNIO Polissacarídeo de reserva animal; Função significativa no balanço energético humano; É armazenado no fígado e no tecido muscular; Ajuda a manter o nível de açúcar normais durante períodos de jejum (ex.: sono) e provoca combustão imediata para ações musculares. FUNÇÕES Reserva energética: Principal fonte de energia do corpo. Devendo ser ingeridos a intervalos regulares e moderadamente. Sustentação ou estrutural: estão presentes nas membranas celulares. Celulose, hemicelulose, quitina... Participam de mecanismos de defesa: Glicoproteínas e imunoglobulinas Funcionamento adequado do sistema nervoso central: o cérebro não armazena glicose, necessitando para a sua manutenção. Sua ausência pode causar danos irreversíveis ao cérebro. Suprimento de energia para os neurônios; Regulação do metabolismo dos lipídios e proteico: impede que sejam oxidados, ecitando a formação de cetonas, que pode levar a uma acidose metabólica coma Morte Impede que as proteínas sejam ulitlizadas para produção de energia, mantendo em sua função de construção dos tecidos. Evitam a GLICONEOGÊNESE Fornecem energia ao organismo: 1 g 4 Kcal FIBRAS DIETÉTICAS Componentes vegetais intactos que não são digeridos pelas enzimas GI. Não são absorvidas. Chamadas Dietéticas ou alimentares. Temos as SOLÚVEIS E INSOLÚVEIS. As fibras solúveis (soja, lentilha, banana, maçã, aveia, nozes, sementes, ervilhas, feijões, cevada, centeio, grão de bico, abacate, frutas cítricas, aipo, couve...), são ricas em pectina, inulina, Beta glucano, gomas, mucilagens. Sua ação: esvaziamento gástrico saciedade lipídeos séricos Col Glicemia Se une aos sais biliares evitando a reabsorção Col No IG serve como alimento para as bactérias benéficas, havendo fermentação e produzindo Vit K, Vit B12 e AGCC: Propionato e acetato - Col Butirato CA cólon As fibras insolúveis (invóculos de cereais, cascas de frutas, paredes de vegetais) ricas em celulose, lignina, hemicelulose. Sua ação: vol das fezes nº evacuações peristalse TI tempo das fezes no intestino síndrome do cólon irritável esvaziamento gástrico saciedade Col Glicemia lipídeos séricos ( dificultando a abs) OBS: Acompanhando as fibras, ingerir muita Água. 13 ALIMENTOS FUNCIONAIS São aqueles que apresentam substâncias com funções biológicas, chamadas BIOATIVAS, que garantem a manutenção da saúde e a diminuição de risco de DCNT. PROBIÓTICOS: produtos que contém microrganismos e que melhoram o balanço e as propriedades da “FLORA INTESTINAL”. Produtos fermentados, kefir AÇÃO: col imunidade risco de CA de cólon Previne diarréia – regula o intestino. PREBIÓTICOS: são ricos em fruto-oligossacarídeos (FOS) e inulina. Cebola, alho, banana, chicória, tomate, aspargos, cevada, centeio, beterraba, repolho, couve-flor. As cascas das “Uvas vermelha-roxo escuro” tem FENÓLICOS que evitam a oxidação da LDL, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares. Indicado: suco de uva integral Vinho – cuidado com o teor alcoólico, pois aumenta o TG e o VLDL. Os óleos vegetais, frutas, vegetais, café (consumir moderadamente) contém FITOTERÓIS, que diminui o LDL. FIBRAS Presentes nas fibras, há compostos não nutrientes: taninos, oxalatos, saponinas, lecitinas e fitatos que interagem com os macronutrientes, vitaminas e minerais da dieta e reduzem a absorção de alguns macro e micronutrientes. Devendo usar 10 – 35g/ 1000kcal e distribuídas às refeições. ÍNDICE GLICÊMICO Capacidade que um alimento rico em carboidrato tem para elevar a glicemia, devido a diferença na velocidade de absorção; Possuem diferentes respostas glicêmicas ASSIM, cada alimento tem um valor de IG. É influenciado pelo processamento dos alimentos, mastigação, teor de fibras, PTN e LIP do alimento. As dietas com baixo índice glicêmico podem reduzir a resposta glicêmica pós-prandial, e é mais indicado aos pacientes diabéticos e protege contra a obesidade. •Alimentos de índice alto: Batatas Pães Cereais processados •Alimento de índice moderado: Sorvetes Bolos Bolachas Chocolates •Alimento de índice baixo: Leguminosas Produtos lácteos Frutas Vegetais Cereais e grãos integrais TABELA RESPOSTAS GLICÊMICAS É avaliada pelo Índice glicêmico e a Carga glicêmica (que está relacionada com a qualidade do Cho e a quantidade consumida). A resposta glicêmica produzida após o consumo do alimento causa impacto sobre a glicemia. O tempo de digestão e absorção dos Cho podem ser variados e é de grande importância para o controle e prevenção das DCNT. CONCLUSÃO O IG é um fator que diferencia os carboidratos e está relacionado com o nível de açúcar no sangue. Quanto mais alto o Índice Glicêmico (IG) do alimento, mais rápido o açúcar cai na corrente sanguínea, o que resulta no aumento da liberação de insulina. A ingestão constante de alimentos de alto IG faz o pâncreas secretar insulina continuamente. Se a ingestão de alimentos com alto IG continuar, o corpo começa a converter o excesso de glicose em triglicerideos, que são armazenados na forma de gordura. A importância atual do estudo do IG e da CG dos aliemntos está relacionada aos efeitos preventivos e terapêuticos de dietas com baixo IG para portadores de DCNT. RECOMENDAÇÃO A quantidade recomendada de carboidrato digerível necessária na dieta varia entre 45% a 65% do total de calorias. Recomendam que seja selecionados os alimentos com menor adição de açúcar e que consumam carboidratos na forma de frutas, vegetais e grãos integrais ricos em fibras, unindo dessa forma o consumo de carboidratos digeríveis e a ingestão de fibras. ATIVIDADE ESTRUTURADA Etapas do estudo: Realizar busca bibliográfica com leitura de capítulos de livros das referências da disciplina e de artigos científicos nacionais ou não que abordem o tema. Termos que poderão ser utilizados na busca: biodisponibilidade de minerais, fibras insolúveis, fibras solúveis, produtos da digestão das fibras alimentares, fatores antinutricionais. O grupo deverá elaborar um resumo do conteúdo desenvolvido seguindo as perguntas abaixo: As fibras alimentares solúveis são utilizadas como nutrientes pela flora intestinal? Qual a importância da digestão das fibras alimentares no intestino grosso? As fibras alimentares diminuem a biodisponibilidade de minerais? Como as fibras alimentares solúveis e insolúveis se comportam em relação aos movimentos peristálticos? Porque as fibras alimentarem interferem na absorção de sais biliares no íleo? CARBOIDRATOS II Maria Cecília Gomes dos Santos DIGESTÃO BOCA Mastigação Fraciona o alimento Mistura com a saliva AMILASE SALIVAR (glândulas parótidas) AMIDO MALTOSE e DESTRINAS DIGESTÃO ESTÔMAGO: AMIDO 30% MALTOSE Contrações das fibras musculares da parede do estômago continuam o processo de digestão mecânico, misturando partículas do alimento com secreções gástricas PERISTALSE A secreção gástrica não possui enzimas digestivas específicas para a digestão dos CHOs; A amilase salivar inativa em pH ácido (ác. Clorídrico). DIGESTÃO INTESTINO DELGADO: A peristalse continua com a mistura e movimento do quimo ao longo do tubo intestinal; Digestão química secreções pancreáticas ( amilase pancreática ) e intestinais: SACARASE Sacarose = Gli + Fru MALTASE Maltose = Gli + Gli LACTASE Lactose = Gli + galactose Essas dissacaridases são enzimas da borda em escova. ABSORÇÃO Só os monossacarídeos podem ser absorvidos. GLICOSE, GALACTOSE, FRUTOSE Absorvidos pela célula intestinal SANGUE FÍGADO Onde são oxidados e armazenados. GLICOSE E GALACTOSE Absorvidos por Transporte ativo. FRUTOSE Absorvida por difusão simples. Passa por um processo de absorção 30% mais lento, na forma intacta, pela circulação portal, indo diretamente para o fígado. PROCESSOS DE ABSORÇÃO DE MONOSSACARÍDEOS Os carboidratos são absorvidos sob a forma de monossacarídeos e ocorre no intestino delgado, principalmente no jejuno e íleo. São absorvidos por Difusão simples, facilitada e por um mecanismo de Transporte ativo, onde há necessidade de dispêndio de energia, pois para atravessar a membrana a substância enfrenta um gradiente eletroquímico. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DOS CARBOIDRATOS Os CHO podem ter três destinos: - aporte energético fornecido através da glicose sanguínea; - armazenamento hepático e muscular sob forma de glicogênio; - transformação em triglicerídeos com armazenamento muscular, hepático e no tecido adiposo. REGULAÇÃO DO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS METABOLISMO A glicose absorvida que cai na corrente sanguínea é reconhecida pelos receptores pancreáticos; ↑ secreção de insulina e ↓ glucagon Essas mudanças hormonais afetam todo o metabolismo: ↑ absorção de glicose no fígado, nas células musculares e nos tecidos adiposos, intensificando sua conversão em glicogênio, ácidos graxos livres e triglicerídeos. RESPIRAÇÃO CELULAR É a transformação da molécula de glicose em ATP - Energia Vias catabólicas: Glicólise Ciclo de krebs Cadeia respiratória Vias anabólicas: Glicogênese Gliconeogênese GLICÓLISE Oxidação da glicose em ácido pirúvico. É a primeira etapa da respiração celular. Também chamada de Via Glicolítica. Ocorre no citosol. Anaeróbico. CICLO DE KREBS Ciclo do ácido cítrico. É a 2ª etapa da respiração celular. Ocorre na Matriz mitocondrial. Considerada anfibólica (catabólica – oxidação do Acetil CoA e anabólica – síntese de oxalacetato aspartato Só ocorre em condições aeróbicas. CADEIA RESPIRATÓRIA Chamada também de Fosforilação Oxidativa; Sistema de transferência de elétrons provenientes do NADH e FADH2 até a molécula de O2; Elétrons são passados de molécula para molécula nas cristas mitocondriais chamados CITOCROMOS; O elétron “pula” de um citocromo para outro até chegar no O2, ocorrendo liberação de energia convertida em ATP. CADEIA RESPIRATÓRIA É uma cadeia de transporte de elétrons energizados na mitocôndria. É o local onde ocorre a fosforilação oxidativa. O NADH e FADH produzidos no ciclo de krebs são oxidados liberando energia utilizável pela ATP sintase. TOTAL DE ATPS Glicólise: 1glic 2 piruvatos + 2 NADH + 4 ATP 2 ATP Ciclo de krebs: piruvato AcetilCoA 2 NADH Acetil + ac.oxoloacético ácido cítrico CK 6 NADH + 2 ATP + 2 FADH2 Cadeia Respiratória: 10 NADH x 3 = 30 ATP 2 FADH2 x 2 = 4 ATP + 4 ATP 38 ATP 2 ATP GLICOGÊNESE Síntese de GLICOGÊNIO pela união de moléculas de GLICOSE . Ocorre em todos os tecidos, principalmente no fígado e músculo; Fígado armazena glicogênio para enviar glicose pelo sangue aos outros tecidos, quando necessário; Músculo armazena apenas para consumo próprio, só utiliza durante o exercício quando há necessidade de energia rápida. GLICONEOGÊNESE É a síntese de glicose a partir de substâncias que não são carboidratos, como lactato, glicerol e aminoácidos. Ocorre no citosol e utiliza muitas enzimas da via glicolítica, mas na direção inversa. Enquanto a glicólise gera 2 ATPs por molécula de glicose oxidada, a gliconeogênese consome 6 ATPs. GLICOGENÓLISE É a quebra do glicogênio em glicose. A tiamina, a riboflavina e a niacina (vits do complexo B), desempenham funções como coenzimas para a oxidação dos carboidratos. ALIMENTOS FONTES DE CARBOIDRATOS Cereais: arroz branco, arroz integral, cereal matinal, aveia Massas e preparados: macarrão, tortas, bolos, pães, bolachas, etc. Frutas: maçã, banana, uva, melancia, caqui, goiaba, etc. Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, tremoços Tubérculos: batatas (doce, inglesa, baroa), aipim, inhame e mandioquinha OBRIGADA!!!! Próxima aula: Gorduras I e II – Material didático – Apostila 2: Os nutrientes e seu metabolismo – pg 40 a 48. “ A experiência é uma escola onde são caras as lições, mas em nenhuma outra os tolos podem aprender”. Benjamin Franklin
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