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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ – FACULDADE DE DIREITO - PROCESSO PENAL II - 6º TERMO Prof. Jorge Godoy MANDADO DE SEGURANÇA EM MATÉRIA CRIMINAL PREVISÃO LEGAL: Art. 5º, inciso LXIX da CF e Lei 12.016/09. ADMISSIBILIDADE: Direito líquido e certo é direito apto a ser comprovado de plano, mediante prova documental. Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência; delimitado na sua extensão; apto a ser exercitado no momento da impetração; sem necessidade de instrução dilatória ou dilação probatória. Não haverá direito líquido e certo e por essa razão não rende ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros instrumentos jurídicos: se a sua existência for duvidosa; se a sua extensão ainda não estiver delimitada; se seu exercício depender de situações e fatos ainda indeterminados. Em síntese, direito líquido e certo é direito comprovado de plano e por exigir situações e fatos comprovados de plano é que não há instrução probatória no mandado de segurança. LEGITIMIDADE ATIVA: Sujeito ativo é pessoa física ou jurídica, entidade sem personalidade jurídica (espólio, massa falida, herança jacente ou vacante, etc.) devidamente constituída, que sofre ilegalidade ou abuso de poder, ou seja, há de ser o titular do direito líquido e certo para o qual pede proteção pelo mandado de segurança. O mandado de segurança somente pode ser impetrado por meio de profissional habilitado por subordinar-se às regras do processo civil. A Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) artigo 32, I, confere legitimidade ao Ministério Público para impetração do mandado de segurança. LEGITIMIDADE PASSIVA: Na doutrina moderna é o Estado, citado na pessoa do coator, que o representa em juízo. Na verdade as autoridades públicas são pessoas físicas que desempenham funções de natureza pública, na qualidade de agentes políticos ou administrativos. O mandado de segurança nunca é impetrado contra a pessoa física que, no momento da impetração, estiver desempenhando a função da autoridade coatora. COMPETÊNCIA Para o mandado de segurança em geral, a competência assentada em dois elementos: a) a qualificação da autoridade coatora, como federal ou local; b) a hierarquia da autoridade. Trata-se, portanto, pelo menos em princípio, de competência estabelecida em virtude da qualidade e hierarquia da autoridade coatora e não pela natureza da questão objeto do writ. Na segurança contra ato jurisdicional, a autoridade coatora será sempre um juiz ou um tribunal. E a competência para conhecê-la e julga-la será do órgão jurisdicional competente para rever, em grau de recurso, as decisões do juiz ou tribunal cujo ato foi atacado pelo writ. PROCEDIMENTO O prazo para a impetração é de 120 (cento e vinte) dias (art. 23, da Lei 12.016/2009), a partir da ciência oficial do ato impugnado, sob pena de preclusão. Caso de urgência pode ser feita por telegrama ou radiograma ao juiz competente (art. 4° da Lei 12.016/2009). Ao despachar a inicial, o juiz ordenará a suspensão liminar do ato impugnado, se presentes os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora; concedida ou não a liminar, o juiz determinará a notificação da autoridade coatora, com entrega de 2ª via do mandamus, a fim de que preste as informações dentro do prazo de dez dias (art. 7°, I e II, da Lei n. 12.016/2009). Prestadas as informações, o Ministério Público terá 05 (cinco) dias para se manifestar a favor ou contra a concessão da ordem (art. 12 da Lei n. 12.016/2009). Obs: impõe-se a citação do litisconsorte passivo (interessado na manutenção do ato tido como ilegal), sob pena de nulidade, pois de qualquer modo, a sua audiência, no processo do mandado de segurança tendente a afetar posição favorável que lhe decorra da decisão impugnada, resulta das garantias do contraditório e da ampla defesa. A liminar pode ser suspensa pelo presidente do Tribunal competente para julgar o recurso, a pedido da entidade ou órgão interessado, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública (arts. 15 da Lei 12.016/2009). O juiz proferirá a decisão em cinco dias, tenha ou não a autoridade coatora prestado as informações. A decisão no mandado de segurança é desde logo exequível, sendo desnecessário processo específico de execução. Obs: Quando o Juiz monocrático conceder ou negar a liminar cabe Agravo de Instrumento (art. 7º da Lei 12.016/2009). Se no mérito o Juiz monocrático no mérito negar ou conceder a ordem, cabe Apelação (Art. 14, da Lei 12.016/2009). Quando a liminar for concedida ou negada pelo relator (2ª Instância) cabe Agravo Regimental. (Art. 16, da Lei 12.016/2009). Quando a ordem for não for concedida no mérito, cabe Recurso Ordinário Constitucional. (Art. 102, inciso II, alínea “a” da CF. “Ó tu, minha força, por ti vou aguardar, tu, ó DEUS, és o meu alto refúgio”. (Sal. 59:9). �PAGE �1�
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