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INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 1 de 37 CONTROLE DE REVISÃO Revisão e Data Descrição Aprovação 00 - 21/09/2004 Emissão inicial Diretoria 01- 23/04/2007 Reestruturação do texto Diretoria 02-09/04/2011 Revisão Geral Diretoria 03-06/06/2011 Revisão Geral Diretoria 04-13/06/2011 Revisada a tabela 1 – Código de identificação de equipamentos – item 6.1 Diretoria 05-18/07/2011 Revisado o ítem 10.3 e Anexos Diretoria 1.0 OBJETIVO Padronizar os critérios utilizados na atividade de Acesso por Corda e oferecer suporte técnico e conhecimento específico aos profissionais envolvidos. Este procedimento não se aplica às atividades de serviços de emergência destinados a salvamento e resgate de pessoas que não pertençam à própria equipe de acesso por corda. 2.0 APLICAÇÃO Esta instrução de trabalho deverá ser aplicada em todos os serviços de manutenção industrial, inspeção de equipamentos e afins, executados com as Técnicas de Acesso Por Corda. 3.0 NORMAS DE REFERÊNCIA 3.1 ABNT • NBR 15475 – Acesso Por Corda – Qualificação e Certificação de Pessoas • NBR 15595 - Acesso Por Corda – Procedimento para aplicação do método 3.2 MSC • IT-SUP-001 – Aquisição e Controle de Materiais e Equipamentos 4.0 GLOSSÁRIO 4.1 Acesso Por Corda - Técnica de progressão utilizando cordas, em conjunto com outros equipamentos mecânicos, para ascender, descender ou se deslocar horizontalmente no local de trabalho, assim como posicionamento no ponto de trabalho. 4.2 Análise Preliminar de Perigo de Serviço (APPS) - Técnica de identificação de perigos e aspectos, envolvidos na atividade ou trabalho. A APPS dá uma visão ampla das interfaces com outros processos e o meio, permitindo à equipe analista focar em algum ponto crítico e detalhar as tarefas. 4.3 Ascensão - Método de progressão no qual o profissional utiliza bloqueadore(s) mecânico(s) para ascender pela corda de trabalho. 4.4 Ascensão Com Talabarte - Técnica de progressão, não em suspensão, no qual o profissional se apóia pela estrutura, estando protegido por um equipamento contra INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 2 de 37 queda, em movimentação por torres, andaimes, estruturas metálicas e escadas de marinheiro, entre outras. 4.5 Ascensor - Equipamento mecânico de ação de bloqueio, que trava sob carga em uma direção e desliza livremente na direção oposta. 4.6 Autorresgate - Capacidade do profissional de acesso por corda, adquirida através do treinamento, para sair de situações de emergência ou adversas por conta própria sem intervenções externas. 4.7 Abordagem – Procedimento realizado pelo profissional no momento da saída da plataforma do equipamento, para iniciar a descida pela corda. 4.8 Conector - Componente que permite que o profissional una-se direta ou indiretamente a uma ancoragem ou a equipamentos específicos. 4.9 Corda de Segurança - Corda de segurança flexível utilizada como proteção contra queda do profissional quando a corda de trabalho, ancoragem ou mecanismo de posicionamento falhar. 4.10 Corda de Trabalho - Corda de trabalho flexível utilizada como meio principal de acesso para suspensão, restrição e posicionamento de trabalho, incluindo descida e subida. 4.11 Corda de Vida - Corda flexível conectada pelo menos a uma ancoragem para prover meios de apoio, restrição ou outra proteção para um profissional, usando cinto tipo pára-quedista em combinação com outros dispositivos de retenção de queda. 4.12 Descensão - Método de progressão no qual o profissional utiliza um equipamento de descida com bloqueio automático através da corda de trabalho. 4.13 Descensor - Equipamento mecânico de ação por indução de fricção com mecanismo de bloqueio automático, que permite ao usuário realizar uma descida controlada e parar com as mãos livres em qualquer altura escolhida. 4.14 Equipamento de Proteção Coletivo (EPC) - Dispositivo ou produto, de uso coletivo utilizado pelos trabalhadores, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 4.15 Fator de Queda - Indica a relação entre a altura da queda de um profissional e o comprimento do equipamento que irá detê-lo (ver Figura 1). Figura-1 Fator de queda INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 3 de 37 4.16 Linha de Ancoragem Flexível - Cabo de aço ou corda de poliamida, poliéster ou material equivalente preso num ponto de ancoragem superior, que se destina a servir para movimentação dos trava quedas em linha flexível. 4.17 Mosquetão - Elemento conector, metálico, com trava de segurança simples ou dupla, para engate do cinturão de segurança a um dispositivo de posicionamento, retenção ou limitação de queda. 4.18 Nó de Retenção - Nó utilizado no final da corda, com a finalidade de evitar queda livre do profissional e/ou limitar a descida por questões de segurança. 4.19 Observador - Pessoa responsável por manter vigilância para salvaguardar as áreas destinadas a acesso por corda e monitorar os profissionais autorizados. 4.20 Ponto de Ancoragem - Ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de cordas flexíveis ou cabos de aço de trabalho, corda flexível de segurança, trava-quedas retráteis ou talabartes simples, duplos e de posicionamento, podendo ser definitivo ou temporário. 4.21 Posicionamento de Trabalho - Técnica que permite a um profissional trabalhar suspenso ou suportado mediante equipamentos de proteção individual, de forma a impedir sua queda ou movimentação involuntária, onde existe o risco de queda de determinada altura. 4.22 Progressão Artificial - Técnica de progressão em suspensão ou movendo o profissional de uma ancoragem fixa à outra, ou pela utilização de ancoragens móveis. 4.23 Progressão Guiada - Método de progressão, não em suspensão, no qual o profissional apoia-se na estrutura, protegido por duas cordas de segurança que é fornecida ou recolhida pelo segundo profissional, sendo conectada através de pontos de ancoragens intermediários, móveis ou fixos. 4.24 Resgate - Capacidade da equipe de profissionais de acesso por corda, adquirida através do treinamento, para sair de situações de emergência ou adversas por conta própria sem intervenções externas. 4.25 Sistema de Ancoragem - Um ou mais pontos de ancoragem das cordas de trabalho e de seguranca, que permitem o acesso dos profissionais para realizar determinada tarefa. 4.26 Supervisor - Profissional de acesso por corda nível 3, responsável pela sua equipe de acesso por corda, e por analisar, avaliar e planejar o método a ser utilizado nos trabalhos de acesso por corda. 4.27 Supervisão Remota – Supervisão executada pelo profissional de acesso por corda nível 3 sem estar presente no local do trabalho. 4.28 Talabarte - Equipamento componente de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e limitar a movimentação do trabalhador. 4.29 Trabalho Com Restrição de Queda - Técnica por meio da qual um profissional é impedido, a partir de equipamento de proteção individual, de chegar a zonas onde existe o risco de queda de determinada altura. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 4 de 37 4.30 Trava Queda - Equipamento automático de travamento, que se desloca numa linha de ancoragem flexível, destinadoa travar a movimentação do cinturão de segurança quando ocorrer uma queda. 4.31 Tirolesa - Linhas aéreas ligando dois pontos afastados na horizontal ou desnível, utilizando procedimentos e equipamentos específicos para transporte de carga, seja a carga humana ou não (ver Figura 2). 4.32 Travessia - Progressão horizontal, utilizando método de progressão artificial ou guiada (tirolesa) para deslocamento do profissional. 4.33 Zona de Exclusão - Zona estabelecida para excluir o público de uma área de risco e do equipamento de acesso por corda, ou para excluir os profissionais de uma área perigosa que não esteja convenientemente protegida. 5.0 QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL 5.1 Geral 5.1.1 As atividades de acesso por corda só podem ser realizadas por profissionais qualificados e certificados, que possua registro no Sistema Nacional de Qualificação e Certificação - SNQC fornecido pela ABENDI, que é baseada na ABNT NBR-15475 Acesso por Corda – Qualificação e Certificação de Pessoas. 5.1.2 O profissional deve ser treinado para executar qualquer manobra de acesso por corda para a qual tenha sido designado, incluindo autorresgate e resgate de profissionais de sua equipe. Ao profissional só deve ser atribuída tarefa apropriada ao seu nível de treinamento em acesso por cordas e na atividade que irá executar. 5.2 Níveis de Qualificação 5.2.1 Nível 1 – Profissional capacitado para desenvolver manobras básicas da atividade de acesso por corda e possuir treinamento básico de primeiros socorros. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 5 de 37 5.2.1.1 Responsabilidades a) Ser responsável pela inspeção, manutenção e controle de todo seu equipamento pessoal; b) Ser capaz de realizar operações não previstas para ser executada por este nível, sob supervisão direta de um profissional nível 2 e/ou direta ou remota de um profissional nível 3; c) Ser capaz de executar autorresgate e participar de atividades de resgate sob supervisão direta de um profissional nível 2 e/ou direta ou remota de um profissional nível 3; d) Possuir conhecimento de sistemas de redução mecânica; e) Um profissional nível 1 não pode supervisionar outros profissionais de acesso por corda. 5.2.2 Nível 2 - Profissional capacitado para desenvolver manobras avançadas de acesso por corda, liderar equipe de trabalho composta por profissionais nível 1, montar vias de acesso, executar resgate técnico sob supervisão e possuir treinamento de primeiros socorros, além de possuir conhecimento da legislação pertinente a atividade, requisitos de segurança e procedimentos específicos, atuando sob supervisão direta ou remota de um profissional nível 3. 5.2.2.1 Responsabilidades a) Ser responsável pela condução, ordem, disciplina e organização da equipe de trabalho; b) Realizar levantamento de materiais e equipamentos de uso coletivo para a execução de serviços; c) Discutir com a sua equipe os riscos da atividade e realizar o Diálogo Diário de Segurança; d) Elaborar e encaminhar para a fiscalização os Relatórios Diários de Obra; e) Cada profissional nível 2 é responsável por uma única frente de trabalho. 5.2.3 Nível 3 – Profissional capacitado para coordenar equipes de trabalho assumindo total responsabilidade por projetos de acesso por corda, além de possuir pleno domínio das técnicas de resgate e treinamento de primeiros socorros. 5.2.3.1 Responsabilidades a) Realizar o planejamento de execução de serviço, analisando as vias de acesso e os possíveis pontos de ancoragem, além de relacionar as especialidades envolvidas e as ferramentas necessárias; b) Assumir total responsabilidade pelo planejamento e execução de trabalhos de acesso por corda; c) Realizar a supervisão direta ou remota de varias frentes de trabalho simultaneamente; d) Quando o trabalho for realizado sobre o mar, a supervisão do profissional nível 3 será obrigatoriamente de forma direta. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 6 de 37 6.0 CONTROLE E RASTREABILIDADE DE EQUIPAMENTOS Para fins de controle e rastreabilidade todos os equipamentos de acesso por corda, deverão ser identificados através de códigos. 6.1 Código de Identificação Todos os equipamentos serão identificados através de códigos alfanuméricos, composto da seguinte maneira: XXX 000 XX Grupos 1º 2º 3º • Grupo 1º - Composto pelos três caracteres alfabéticos que formam o nome de fantasia da empresa MSC. • Grupo 2º - Composto por caracteres numéricos, atribuídos seqüencialmente a partir de 001. • Grupo 3º - Composto por dois caracteres alfabéticos, que representa o código do equipamento, de acordo com a tabela 1 abaixo: EQUIPAMENTO CÓDIGO Aparelho de Segurança AS Ascensor “Punho” AP Ascensor Ventral “Croll” AV Bloqueador BL Corda CE INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 7 de 37 Cinto de Segurança “Tipo Paraquedista” CS Descensor (Stop) ST Descensor (Doble Stop) DS Descensor (ID) ID Fita Anelar FA Fita Tubular FT Freio “8” FO Mosquetão MQ Polia Simples PS Polia Dupla Axial PD INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 8 de 37 Polia Dupla Linear (Radial) PL Placa de Ancoragem PA Talabarte Duplo TB Trava Queda TQ Tabela 1 – Códigos de identificação de Equipamentos 6.2 Exemplo • MSC 001 CE – Corda de acesso número 01 • MSC 035 CE – Corda de acesso número 35 • MSC 001 ST – Descensor (Stop) número 01 • MSC 122 MQ – Mosquetão número 122 6.3 Forma de Marcação 6.3.1 Ferragens: Todos os equipamentos metálicos serão marcados no próprio corpo através de retifica manual, de forma legível e sem rasuras; 6.3.2 Fitas: Serão identificadas com tinta especifica para tecido, de forma legível e sem rasuras. 6.3.3 Cordas: Serão identificadas em ambas as extremidades com caracteres de anilhas emborrachadas, fixadas com abraçadeiras plásticas e envolvidas com tubos transparentes de material termorretrátil. Para facilitar a informação sobre o comprimento da corda, as extremidades serão pintadas com tinta especifica para tecido na cor preta, com zona de pintura de 50mm, 100mm e 200mm, que correspondem respectivamente a comprimentos de corda de 50m, 100m e 200m (Ver figura 3). Nota: As cordas sem identificação e/ou com as extremidades pintadas de vermelho, nunca poderão ser utilizadas para acesso, estas cordas apenas serão utilizadas para trabalho de movimentação de materiais. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 9 de 37 Figura 3 – Exemplo de marcação de corda de acesso. 6.4 Controle de Equipamentos 6.4.1 Todos os equipamentos deverão ser controlados pelo almoxarifado central através de ficha de controle e acompanhamento de acordo com o procedimento especifico. 7.0 ASPECTOS RELACIONADOS À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 7.1 Geral Em todo serviço de acesso por corda, os seguintes requisitos devem ser observados: 7.1.1Todos os profissionais devem ter recebido treinamento nos procedimentosde segurança da MSC, específico para cada tipo de atividade; 7.1.2 Pelo menos um componente da equipe, deve ser credenciado a emitir PT (Permissão de Trabalho). O credenciamento para a emissão de PT é fornecido pela Contratante, não sendo possível este treinamento, a Contratante disponibilizará um profissional integrante devidamente credenciado a emitir a PT; 7.1.3 Porte de todos os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) definidos em Norma de Segurança. 7.1.4 Para cada serviço de acesso por corda deve ser elaborado um Plano de Execução de Serviço, conforme item 8.0. Este plano servirá de base para a elaboração da Análise Preliminar de Perigo de Serviço. 7.1.5 Para cada serviço de acesso por corda deve ser elaborada uma Análise Preliminar de Perigo de Serviço de acordo com o procedimento de análise de risco de cada cliente. 7.2 Riscos Exemplo de riscos genéricos mais freqüentes na atividade de acesso por corda: 7.2.1 Queda de pessoas 7.2.2 Queda de material 7.2.3 Choque mecânico (Batido contra) Extremidade pintada na cor preta, neste exemplo com 50mm Caracteres de identificação INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 10 de 37 7.2.4 Contato com superfície quente/energizada 7.2.5 Contato com superfície corto/perfurante 7.2.6 Incêndio / Explosão / Vazamento 7.3 Causas Principais causas: 7.3.1 Descumprimento de procedimento 7.3.2 Rompimento das cordas de sustentação do profissional de acesso por corda em conseqüência de contato com superfície cortante/quente. 7.3.3 Equipamentos de acesso por corda, mal dimensionados (Corda, fitas, mosquetões, ascensores, descensor, trava quedas, talabarte). 7.3.4 Falta de inspeção periódica dos equipamentos de acesso por corda. 7.3.5 Rompimento das ancoragens. 7.3.6 Não utilização do trava queda combinado com falha do descensor. 7.3.7 Condição física/psicológica não adequada para realização do serviço. 7.3.8 Falha/falta de inspeção do 2º profissional de acesso por corda no equipamento e no início da manobra do profissional de acesso por corda que irá executar a tarefa. 7.3.9 Contato das cordas com superfície aquecidas. 7.3.10 Executante inapto para o trabalho. 7.3.11 Rompimento da corda de trabalho combinado com não utilização da corda segurança. 7.3.12 Não utilização de sacolas para transporte de ferramentas pesadas e/ou ferramentas soltas. 7.4 Controle de Riscos 7.4.1 Realizar DDSSMA - Diálogo Diário de Segurança, Saúde e Meio Ambiente antes do início dos serviços, enfocando no mínimo os seguintes itens: • Riscos do serviço. • Uso correto das ferramentas. • Recursos e EPI’s a serem utilizados. • Cenários perigosos das áreas próximas ao local do serviço. • Paralisação dos serviços ao sentir odor que provoque incômodo ou na presença de produtos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos. • Evasão. • Como e quando utilizar a máscara de fuga. • Enfatizar a importância da plena condição física e psicológica dos componentes da equipe durante a execução do trabalho. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 11 de 37 7.4.2 Efetuar inspeção diária dos equipamentos de acesso por corda e na emissão da PT, apresentar ao Operador da área o Check list diário de inspeção. 7.4.3 Todos os equipamentos de acesso por corda, utilizados deverão estar dimensionados para atender as cargas de solicitação e possuírem certificação. 7.4.4 A equipe de executante deve ser qualificada e treinada, estando também dimensionada para realização de auto-resgate. 7.4.5 Efetuar inspeção visual nos pontos de ancoragem para certificação da integridade dos mesmos, conforme item 10.5. 7.4.6 A ancoragem não deverá ser feita em estruturas aquecidas ou que possam vir a aquecer. 7.4.7 A ancoragem deverá ser feita em no mínimo 02 (dois) pontos distintos. 7.4.8 Antes da descida do profissional de acesso por corda para execução do serviço, deverá ser feito uma verificação geral, por outro componente da equipe, em todos os equipamentos de acesso por corda. 7.4.9 Antes de se iniciar os trabalhos, deverá ser feito um teste de carga na via de acesso, este teste consiste na instalação de uma pedaleira nas extremidades inferiores das cordas para que um componente da equipe possa instalar seu próprio peso, a fim de garantir a integridade do sistema de acesso. Este teste deverá ser feito em uma corda de cada vez e será feito rotineiramente 7.4.10 Durante a execução do trabalho, o profissional de acesso por corda deverá utilizar duas cordas, sendo uma principal e outra de segurança, ancoradas em pontos diferentes. 7.4.11 Caso o trabalho venha a ser paralisado por prazo superior à 48h (por exemplo nos finais de semana), as cordas deverão ser recolhidas e guardadas na sua sacola própria. 7.4.12 Em áreas sujeitas a descargas de produtos para a atmosfera, todas as cordas deverão ser recolhidas diariamente ao final de cada turno de trabalho. 7.4.13 O posicionamento de trabalho adequado requer a colocação de chave de bloqueio no descensor, o trava queda com o dispositivo de travamento acionado e se possível o talabarte fixado em algum ponto. 7.4.14 Utilizar sacolas de lona com fundo reforçado e em perfeito estado de uso, presas ao cinto tipo paraquedista para acondicionamento das ferramentas. 7.4.15 As ferramentas deverão ser amarradas à sacola. 7.4.16 Efetuar isolamento e sinalização no local do serviço 8.0 PLANO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇO Para cada atividade de Acesso Por Corda, um Plano de Execução de Serviço deverá ser elaborado. É atribuição exclusiva do profissional N3 o preenchimento do formulário, com a finalidade de fornecer previamente, subsídios para a elaboração da Análise Preliminar de Perigo do Serviço, como também informações para toda a equipe de profissionais que executará o trabalho. Neste plano, são abordados os seguintes itens: (Ver Anexo A) • CLIENTE – Nome da empresa contratante. • UNIDADE – Área operacional da empresa contratante. • EQUIPAMENTO / TAG – Identificação do equipamento onde o serviço será executado. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 12 de 37 • DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS – Descrição sucinta do serviço que será executado no equipamento. • VIAS DE ACESSO – Quantidade e disposição das vias de acesso montadas no equipamento. • PONTOS DE ANCORAGEM – Estabelecer previamente, onde serão instaladas as vias de acesso. • DADOS DA CORDA – Informar a quantidade, o comprimento e o diâmetro das cordas que serão utilizadas no serviço. • MANOBRAS – Especificar as manobras de acesso, que poderão ser executadas no desenvolvimento do trabalho. • PLANO DE RESGATE – Definir qual procedimento deverá ser aplicado de acordo com a complexidade do serviço: Auto-resgate, resgate pela equipe ou resgate pela brigada de emergência. • ESPECIALIDADES – Informar qual(is) a(s) especialidade(s) de manutenção que irá(ão) ter envolvimento com o serviço. • FERRAMENTAS / EQUIPAMENTOS – Relacionar todas as ferramentas e/ou equipamentos que serão utilizados na execução do serviço. • RISCOS / CAUSAS – Avaliar todos os possíveis riscos envolvidos na atividade e analisar as prováveis causas. • OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES – Informações importantes devem ser relatadas neste campo, tais como: necessidade de recolhimento das cordas e em que periodicidade, elevações das ancoragens, cuidados adicionais com contaminantes no local do trabalho, etc. 9.0 CONDIÇÕES GERAIS Para a realização de atividades, utilizando as Técnicas de Acesso Por Corda, é obrigatória a observaçãodos seguintes pontos: 9.1 Todos os profissionais envolvidos necessitam ter total conhecimento do trabalho a ser realizado, a fim de estabelecer o método a ser aplicado e assegurar-se, de que todos os riscos em potencial foram identificados e estão controlados. 9.2 As zonas de exclusão devem ser estabelecidas, não se limitando apenas ao topo e à base do local de trabalho onde será realizado o serviço com acesso por corda. 9.3 A equipe de acesso por corda é composta no mínimo por dois profissionais. A depender da complexidade da tarefa a ser executada ou do nível de riscos envolvidos no trabalho, deverá ser planejado a utilização de tantas equipes quantas forem necessárias para a realização do trabalho e controle dos riscos, sob supervisão direta ou remota. 9.4 Devido a multiplicidade de áreas, serviços e atividades à que a técnica de acesso por corda é aplicada, o tipo de supervisão a ser utilizada deve ser definida durante a elaboração da APPS. 9.5 O responsável pela equipe de acesso por corda deve verificar o local de trabalho quanto às condições de segurança, discutidas e acordado na APPS, e se houve alguma mudança no cenário que necessite ações corretivas e/ou preventivas, ou até mesmo a elaboração de uma nova APPS. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 13 de 37 9.6 Nenhuma queda deve causar no profissional impacto contra qualquer superfície. Por isto, a APPS deve sempre contemplar o risco “batido contra”, para que sejam discutidas e aplicadas medidas que venham a eliminar ou controlar este risco. 9.7 Todos os equipamentos devem ser inspecionados antes e depois de cada uso. O registro da inspeção deve ser feita em formulário próprio, e apresentado no momento da emissão da PT. No formulário devem constar os equipamentos individuais e coletivos, e se eles estão aprovados ou não para utilização. 9.8 O cinto de segurança tipo paraquedista deve ser ajustável, fixado ao corpo do profissional de acesso por corda, de forma a distribuir as forças de sustentação e de parada sobre as coxas, cintura, peito e ombros. 9.9 Todo equipamento ou sistema de descida utilizado deve ser autoblocante, caso o profissional venha a soltar as mãos dos mesmos, eles travam automaticamente na posição em que se encontram. 9.10 Os equipamentos utilizados para a realização da técnica de acesso por corda devem ser armazenados e receber manutenção conforme recomendação do fabricante. As informações do fabricante e fornecedor, como número de série do equipamento, devem ser mantidas com a finalidade de obter rastreabilidade. 9.11 Quando o profissional estiver em posicionamento de trabalho, o trava queda deverá ser sempre travado e posicionado na altura da cabeça, o talabarte sempre que possível deverá estar fixado a qualquer estrutura próxima e o descensor deverá estar com chave de bloqueio instalada, estas ações são importantes a fim de minimizar o risco e o fator queda. 9.12 A força de impacto sobre um profissional em qualquer queda nunca deve ser superior a 6 kN. Para tanto, o talabarte deve limitar a força de impacto e o trava quedas deve ser posicionado a uma altura que minimize o fator de queda. 9.13 Para evitar que o profissional nunca desça inadvertidamente a uma distância maior que a corda de trabalho ou segurança, elas devem ser finalizadas com um nó de retenção nas extremidades. 9.14 Profissional de Acesso por Corda 9.14.1 Todo profissional, ao utilizar o método de acesso por corda, deve utilizar duas cordas em sistemas de ancoragem independentes e/ou individuais de modo que, em caso de falha de uma, o profissional não sofra uma queda. NOTA: Este é o princípio da dupla proteção, que é essencial para garantir pelo menos uma alternativa de segurança para prevenção de queda de profissionais. Isto significa que, qualquer que seja a falha em um sistema de suspensão, há um apoio adequado para prevenir um acidente. (Ver figura 4) INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 14 de 37 Figura 4 – Corda principal e de segurança 9.14.2 Todo profissional, ao utilizar o método de acesso por corda, deve estar conectado em dois pontos de ancoragem independentes e/ou individuais, de modo que, em caso de falha de um, o profissional não sofra uma queda. NOTA: Os ascensores só são considerados como ponto de ancoragem se estiver conectados em conjunto, do contrário cada um, vale meio ponto (como exemplo, ver Figura 5). Figura 5 — Exemplos de pontos de conexão 9.14.3 A conexão de um profissional ao sistema de acesso por corda deve ser feita em uma área onde não haja risco de queda de altura, a menos que haja proteção por outros meios. 9.14.4 O profissional deve estar conectado a ambas as cordas, de trabalho e de segurança, por meio de dispositivos autoblocantes ao cinto de segurança tipo pára- quedista, específico para o trabalho de acesso por corda. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 15 de 37 9.14.5 O profissional deve saber inspecionar e utilizar os seus equipamentos, incluindo um entendimento de quando os equipamentos devem ser retirados de serviço. 9.14.6 O profissional deve sempre estar em condições de resgatar a si mesmo, ou ser resgatado por sua equipe como parte da técnica de trabalho, ou por uma equipe de resgate de prontidão no local. 9.14.7 Quando o profissional estiver em progressão artificial, deve haver sempre dois pontos de conexões à estrutura (ver Figura 6). Figura 6 – Exemplo de progressão artificial 9.15 Todos os equipamentos de acesso por corda devem ser inspecionados anualmente por um profissional Nível 3. Esta inspeção deve ser registrada em formulário próprio. 10.0 PRÁTICAS DE TRABALHO 10.1 Princípios de trabalho 10.1.1 A corda de trabalho e a corda de segurança devem estar ancoradas separadamente. Entretanto, as duas ancoragens podem ser ligadas uma à outra para segurança adicional. Os supervisores são responsáveis pela verificação, se as cordas estão corretamente protegidas (ver Figura 7). INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 16 de 37 Figura 7 – Exemplo de ancoragem 10.1.2 Deve-se instalar um nó de retenção na extremidade de cada corda, quando as mesmas possuírem um comprimento menor do que a altura do equipamento, com a finalidade de se evitar que o profissional desça inadvertidamente, além do limite final da corda de trabalho ou de segurança (ver figura 8). Figura 8 - Nó de figura oito (ou oito simples) INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 17 de 37 10.1.3 A progressão guiada deve ser realizada com corda dinâmica (ver figura 9). Figura 9 – Exemplo de progressão guiada 10.2 Equipes de trabalho 10.2.1 Devido aos riscos do trabalho de acesso por corda, as equipes de trabalho devem ser supervisionadas separadamente. 10.2.2 Uma equipe de trabalho deverá ser composta por pelo menos dois profissionais. 10.2.3 O supervisor da equipe deve assegurar-se, antes do início dos trabalhos, que todas as providências foram tomadas para que os serviços sejam executados com controle total dos riscos. O procedimento de resgate, o plano de execução de serviço,a análise preliminar de perigo do serviço (APPS) e o planejamento das tarefas estão elaborados e todos os recursos disponíveis para a execução dos serviços. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 18 de 37 10.3 Verificação de Rotina dos Equipamentos de Acesso Por Corda 10.3.1 No começo de cada dia, a equipe de trabalho deve reavaliar os riscos que possam afetar o resultado do trabalho. Esta reavaliação deve incluir referência à declaração do método de segurança e à APPS já preparada. 10.3.2 Os equipamentos de cada profissional de acesso por corda devem ser inspecionados visualmente, pelo líder da equipe e pelo próprio profissional. Deve-se registrar esta inspeção em formulário próprio, conforme Anexo B. Qualquer componente do Kit de Acesso Por Corda que apresente qualquer irregularidade deverá ser imediatamente segregado e reenviado ao almoxarifado. 10.3.3 No começo de cada dia de trabalho e em outras ocasiões, quando necessário (exemplos: mudança de equipe de trabalho, mudança de local, purga para a atmosfera de produto, uso inadequado e/ou suspeita de dano), o supervisor deve verificar todas as ancoragens e cordas, além das estruturas que os apóiam. 10.3.4 A inspeção das cordas deve ser feita e registrada no formulário de Controle de Vida Útil das Cordas (Ver Anexo C). A inspeção deve ser feita de forma visual, tátil e por meio de tração, além do registro do tipo de serviço em que a mesma foi utilizada. 10.3.5 O teste de tração deve ser realizado com a carga de duas pessoas se pendurando na extremidade inferior da corda. A carga empregada deve ser de no mínimo 140Kg, o que corresponde ao peso de aproximadamente duas pessoas com 70kg cada uma. A finalidade deste teste é de averiguar a integridade das cordas ao longo do seu comprimento. 10.3.6 É possível que, em algumas circunstâncias raras, a serem verificadas durante a elaboração da análise de risco, cordas molhadas tornam-se caminho preferencial para descargas elétricas. Se o acesso por corda for utilizado em tais circunstâncias, salvaguardas tais como aterramento, devem ser utilizadas. 10.3.7 Um membro da equipe deve ser designado para ficar atento à área de trabalho e ancoragem. A área deve ser isolada e sinalizada prevenindo o acesso não autorizado à área de trabalho. 10.4 Procedimento de Trabalho 10.4.1 O supervisor deve designar uma zona de exclusão em relação à ancoragem, para assegurar que profissionais da equipe não estejam em risco de queda nos limites do trabalho. 10.4.2 As ancoragens e pontos de ancoragens preferencialmente devem estar fora da zona de exclusão, de modo que o profissional possa colocar seus EPI´s e EPC´s e conectar-se às cordas de trabalho e segurança antes de entrar na zona de exclusão. ATENÇÃO! — Ninguém deve ser autorizado a entrar na zona de exclusão, a menos que esteja conectado a uma corda de vida ou ponto de ancoragem. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 19 de 37 10.4.3 Deve-se prevenir contra danos as cordas quando em uso. As cordas devem estar guarnecidas, a fim de evitar que corram sobre as bordas agudas de estruturas de aço, pedra, concreto ou alvenaria, ou sobre superfícies quentes. É essencial que a corda esteja protegida, o protetor deve ser instalado na própria corda e/ou no próprio ponto de contato identificado como agressivo à corda (ver Figura 10). Figura 10 — Exemplos de proteção de corda 10.4.4 Os profissionais devem descender verticalmente com o mínimo de movimentos pendulares para reduzir o risco de danificar ou sobrecarregar as cordas ou as ancoragens. 10.4.5 Os efeitos do vento sobre as cordas devem ser levados em conta. Deve ser garantido que o excesso das cordas não entre em contato com objetos que possam danificá-las. Ao final do turno de trabalho as extremidades inferiores devem ser esticadas e amarradas a estruturas próximas, a fim de se evitar danos por contato em superfícies agressivas, provocadas por vibração devido à atuação dos ventos. Caso seja verificado que a atmosfera do ambiente de trabalho é agressiva, todas as cordas deverão ser recolhidas ao final de cada turno de trabalho e acondicionadas em sacolas. 10.4.6 No planejamento do trabalho, verificar a necessidade de instalação e ajuste de ancoragens intermediárias para manter os profissionais na sua posição e com segurança na execução do trabalho. 10.5 Ancoragens 10.5.1 Os pontos de ancoragem podem ser, entre outros: 10.5.1.1 Estrutura de Concreto – Colunas, vigas e bases de equipamentos. 10.5.1.2 Estrutura Metálica – Perfis, treliças, olhais, suportes, parafusos e porcas. 10.5.1.3 Tubulação Industrial – Desde que possua diâmetro igual ou maior que 4”, possua temperatura de superfície menor que 70°C e seja fabricada em material metálico. 10.5.1.4 Artificial – Chumbadores mecânicos e químicos. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 20 de 37 10.5.2 Check List – Pontos de Ancoragem – A determinação dos pontos de ancoragem deverá ser feita previamente pelo profissional N3 com a anuência de um Técnico em Inspeção de Equipamentos, que realizará um ensaio visual dos pontos escolhidos. O resultado desta inspeção será registrado no formulário de CHECK LIST – PONTOS DE ANCORAGEM (Anexo D). A escolha dos pontos de ancoragem deve obedecer aos critérios abaixo: 10.5.2.1 As válvulas não devem ser utilizadas como pontos de ancoragens. 10.5.2.2 Os pontos de ancoragem devem possuir resistência para suportar a carga que irão sustentar e a escolha desses pontos deve ser considerado durante a elaboração da APPS. 10.5.2.3 Os pontos de ancoragens do tipo artificial, chumbadores mecânicos e químicos devem ser instalados conforme ABNT NBR 14827 e ABNT NBR 15049, ou orientação do fabricante. 10.5.2.4 Onde não houver nenhum ponto de ancoragem no qual possam ser fixadas as cordas diretamente, outros sistemas de ancoragens devem ser usados. 10.5.2.5 A quantidade e a distribuição dos pontos de ancoragens devem estar previstos e identificados no Plano de Execução de Serviço. 10.5.2.6 A resistência do sistema de ancoragem, onde as cordas são redirecionadas nos desvios, tem valor aproximado conforme os ângulos mostrados na Figura 11. Figura 11 — Exemplo de como o ângulo nas ancoragens intermediárias de desvio, afetam o sistema de ancoragem. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 21 de 37 10.6 Sistema de comunicação • Um sistema de comunicação deve ser estabelecido entre todos os profissionais e, quando necessário, entre os profissionais e terceiros. • O tipo de sistema deve ser definido durante a elaboração da APPS. NOTA: Recomenda-se que um sistema de rádio seja utilizado para fins de comunicação, a menos que a área de trabalho seja tal que todos os envolvidos estejam sempre visíveis uns em relação aos outros e dentro de um raio audível. • Sinais de voz e de mão podem ser responsáveis por mal-entendidos. Portanto, quaisquer sinais especiais devem estar bem acordados e ensaiados antes que o trabalho tenha início. Estes devem incluir um sinal que habilite o profissional a comunicar a necessidade de ajuda, quando qualquer outro método de comunicação adotado tiver falhado. 10.7 Verificação de pré-utilização de equipamentos • Todos os equipamentos devem ser submetidos a uma verificação de pré- utilização paraassegurar que estejam em boas condições físicas (como por exemplo, conectores sem corrosão, costuras sem rompimento etc.) e funcionando corretamente. • Antes de abordar o ponto de descida ou subida, ou iniciar a ascensão ou a descensão, é preciso assegurar que: • o(s) cinto(s) esteja(m) afivelado(s) e ajustado(s); • os talabartes e conectores estejam fixados e ajustados; • as ancoragens estejam seguras; EXEMPLO: Mosquetão com a trava de segurança acionada, corda com proteção em região de canto vivo, mosquetão não estar em posição incorreta. Ver Figura 12 para este último exemplo. • as cordas de trabalho e de segurança estejam ancoradas e livres de danos; • os nós (ver Anexo E) de fim de curso (quando aplicável) estejam apertados nas terminações inferiores de ambas as cordas (de trabalho e de segurança) e numa posição onde se considera o alongamento da corda para cada serviço; • as ferramentas e outros objetos a serem utilizados nos serviços, estejam fixados para que não caiam. • Quando o ponto de ancoragem é alcançado, novas verificações devem ser feitas para assegurar que: • as cordas estejam amarradas de modo que se evitem danos durante a operação de trabalho; INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 22 de 37 • os equipamentos de ajuste nas cordas estejam instalados, ou seja, descensores, ascensores, trava quedas e talabartes. Figura 12 – Exemplo de mosquetão posicionado de forma incorreta 10.8 Uso dos equipamentos trava quedas e descensor • Trava quedas O equipamento de trava quedas deve ser utilizado para proteção em toda a situação de risco de queda. Ele deve ser o primeiro item a ser conectado, antes dos ascensores e descensores, e o último a ser removido. Com o objetivo de manter o potencial de queda ao mínimo, recomenda-se que o equipamento de trava quedas nunca seja posicionado abaixo do nível da conexão do cinto tipo pára-quedista do profissional. Como boa prática, recomenda-se que o mesmo seja posicionado sempre na altura da cabeça. • Descensor Durante a parada com o descensor deve-se realizar a chave de bloqueio, com o objetivo de não permitir uma descida inadvertida. Para a realização da chave de bloqueio (ver Figura 13) devem ser seguidas as recomendações do fabricante. Figura 13 — Exemplo de chave de bloqueio INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 23 de 37 11.0 Anexos • Anexo A – PLANO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇO • Anexo B – CHECK LIST – EQUIPAMENTO DE ACESSO POR CORDA • Anexo C – CONTROLE DE VIDA ÚTIL DE CORDAS • Anexo D – CHECK LIST – PONTOS DE ANCORAGEM • Anexo E - TÉCNICAS DE NÓS E DE ANCORAGEM • Anexo F - TIPOS DE MANOBRAS NO ACESSO POR CORDA INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 24 de 37 Anexo A – PLANO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇO INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 25 de 37 Anexo B – CHECK LIST – EQUIPAMENTO DE ACESSO POR CORDA INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 26 de 37 Anexo C – CONTROLE DE VIDA ÚTIL DE CORDAS F INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 27 de 37 INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 28 de 37 Anexo D - CHECK LIST – PONTOS DE ANCORAGEM INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 29 de 37 Anexo E - TÉCNICAS DE NÓS E DE ANCORAGEM E.1 Técnicas de nós Os nós são utilizados para unir os diferentes elementos que compõem os sistemas do acesso por corda. Eles diminuem a resistência da corda e cada um possui uma aplicação específica. Um que se comporta bem submetido a cargas estáticas pode escorregar, transformar-se ou vir a desfazer-se quando submetido a movimentos ou pressões variadas (carga dinâmica). É importante conhecer suas características para aplicá-las adequadamente a cada circunstância. Qualquer nó deve ser adequado ao uso a que será aplicado, ser resistente, seguro, fácil de realizar e desfazer. Deve possuir estética e forma definida, sem cordas torcidas ou sobreposta. Os nós agrupam-se em várias classes e função do uso a que vão ser destinados, destacando-se as seguintes: • Nós de ancoragem: utilizados para unir as cordas ao lugar de trabalho, sendo os principais tipos os mostrados nas Figuras 1,2 e 3; • Nós de encordamento: servem para unir uma corda diretamente a um ponto fixo (como, por exemplo, a argola do cinto de segurança do profissional, utilizando o nó oito guiado (Ver Figura 4); • Nós amortecedores: destinados a limitar e reduzir a força de choque de uma possível queda, nos sistemas das cordas de trabalho. (como por exemplo, o nó borboleta alpina. (Ver Figura 5); • Nós de união: servem para unir cordas, fitas e cordeletes (Ver Figura 6 a 8); • Outros nós utilizados: Ver Figuras 9 a 11. Figura 1 — Oito com alça Figura 2 — Oito com alça dupla (coelho) INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 30 de 37 Figura 3 — Nove duplo Figura 4 — Oito guiado Figura 5 — Borboleta alpina Figura 6 - Oito de união Figura 7 – Pescador duplo INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 31 de 37 Figura 8— Nó de fita Figura 9 — Prussik Figura 10 —Volta do fiel Figura 11— Meia volta do fiel E.2 Técnicas de ancoragem • Pontos de ancoragem tipo natural Os pontos de ancoragem tipo natural são aqueles oferecidos pela própria estrutura. EXEMPLO: Perfis de uma estrutura metálica, vigas de uma cobertura, viga de uma plataforma, suporte mão francesa, formação geológica (Ver Figura 12). Os pontos de ancoragem devem ser inspecionados visualmente para verificar se não estão danificados e se podem ser utilizados para tal finalidade. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 32 de 37 Figura 12 – Exemplo de pontos de ancoragem tipo natural • Pontos de ancoragem tipo artificial Os pontos de ancoragem tipo artificial são aqueles que utilizam chumbadores mecânicos ou químicos, devendo ser instalados conforme ABNT NBR 14827e ABNT NBR 15049, ou orientação do fabricante. Figura 13 — Exemplo de ancoragem mecânica Figura 14 — Exemplo de ancoragem química A carga nos pontos de ancoragem aumenta em função do ângulo interno formado pela ancoragem, como pode ser visto na Figura 15. INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 33 de 37 Figura 15 — Carga nos pontos de ancoragem em função dos ângulos E.3 Tipos de ancoragens Exemplos de ancoragens são mostrados na Figura 16. Figura 16 — Ancoragens INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 34 de 37 ANEXO-F TIPOS DE MANOBRAS NO ACESSO POR CORDA F.1 Desccenção F.2 Ascenção INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 35 de 37 F.3 Fracionamento F.4 Desvio INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 36 de 37 F.5 Transferência de Corda F.6 Progressão Artificial INSTRUÇÃO DE TRABALHO ACESSO POR CORDA Código IT-TEC-001 Revisão: 05 Data: 18/07/2011 Página 37 de 37 F.7 Tirolesa F.8 Resgate (uma variação)
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