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No livro A Dieta da Mente os carboidratos principalmente os farináceos que contem glúten

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO 
Alessandra Narchi 
Juliana Barbosa
Marina Narchi
 
 
 
DIETAS DA MODA
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2017
No livro A Dieta da Mente escrito pelo Dr. David Perlmutter refere que os carboidratos, principalmente os farináceos que contem glúten, inclusive os grãos integrais, são altamente prejudiciais a saúde devido a reprogramação nos genes humanos e prejudiciais ao cérebro devido a destruição lenta das células cerebrais, além de contribuir para o ganho de peso.
O cardápio dessa proposta tem uma distribuição de macronutrientes disposta apenas 5% de carboidratos, 75% de gorduras e 20% de proteína. O consumo de gordura, segundo o Dr. David Perlmutter é liberado pois não existe problema quando há baixa ingestão de carboidrato e o consumo de gordura saturada desempenha papel crucial em varias equações bioquímicas que nos mantém saudáveis representando 54% do leite materno, 50% das membranas celulares sendo preferidas pelas células dos músculos cardíacos, sistema endócrino e ossos. O autor cita que é mito que o cérebro prefere glicose como combustível, utilizando a gordura excepcionalmente bem para exercer suas funções, além disso uma dieta rica em gordura e proteínas, faz com que o nosso corpo se transforme em uma máquina de queima de gorduras com uma mente aguçada, prevenindo também doenças degenerativas do sistema nervoso, depressão, enxaquecas, disfunções cognitivas e inflamações.
No livro há recomendação de jejuns intermitentes de 24 até 72 horas com suplementação de alguns compostos como o resveratrol, óleo de coco, probióticos, cúrcuma e vitamina D para otimizar as funções do cérebro, os astrócitos e corpos cetogênicos são profundamentes neuroprotetores reduzindo a produção de radicais livres e estimulam a produção de antioxidantes. 
Em contraponto existem varias controvérsias em relação a proposta do Dr. David, como por exemplo, a distribuição de macronutrientes que é totalmente avessa da proposta da OMS (Organização Mundial da Saúde) que preconiza a ingestão de em torno de 55%-75% de carboidratos justamente porque eles são a principal fonte energética para o organismo (e não as gorduras que são o segundo substrato energético). A ingestão de 15%-30% de lipídeo e de até 7% de ácido graxo saturado já que a mesma está relacionada a doenças cardiovasculares, aterosclerose, hipercolesterolemia ou problemas de sobrepeso e obesidade. E a ingestão de 10%-15% de proteínas.
Em relação ao glúten o livro refere-se a ele como causador de diversos malefícios da saúde de qualquer indivíduo, já segundo as referencias, sua restrição deve ser feita apenas para quem possui sensibilidade ou intolerância (doença celíaca), não sendo prejudicial as outras pessoas que não possuem nenhuma dessas patologias (KRAUSE, 2013).
O jejum prolongado não é recomendado, pois assim como dito anteriormente, o organismo necessita dos substratos energéticos (principalmente carboidrato) provenientes da alimentação para manter a sua homeostase e realizar demais atividades. Nos períodos em jejum o corpo utilizará suas reservas (glicogênio hepático, lipídeo e aminoácidos, respectivamente) para a geração de energia e para que não chegue ao ponto de catabolizar as proteínas, é necessário que haja ingestão de alimentos, principalmente ricos em carboidratos.
Portanto o livro reúne muitas informações com poucos fatos verdadeiros e com um discurso apelativo. O escritor usa dados reais, como em relação a diabetes e doenças neurológicas, para chegar a conclusões errôneas ( MILLER, 2013).

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