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1 INTRODUÇÃO
O tema do artigo é a importância da participação da sociedade na criação de propostas para o uso estratégico das tecnologias da informação e comunicação, infraestrutura e serviços no planejamento e gestão do espaço público. No qual foi delimitado o tema para “Cidades Inteligentes e suas interações com a Política Urbana: Alguns exemplos de como a interação da sociedade e um bom planejamento urbano podem influenciar positivamente no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida de determinada população”.
Quais as soluções que devem ser aplicadas pelos governos locais e por sua população para melhorar a qualidade de vida da sociedade? O presente trabalho busca solucionar esse questionamento desenvolvendo conceitos referentes às áreas de Política Urbana e Modelos de Gestão Urbanísticos, além de tentar esclarecer o que são as denominadas “Smart Cities” (Cidades Inteligentes), dando alguns exemplos de cidades que desenvolveram modelos a partir do planejamento e das novas tecnologias para criar um ambiente de desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida de sua população. Tem como objetivo geral conceituar expressões utilizadas no contexto da Política Urbana e das Cidades Inteligentes exemplificando esses conceitos com projetos de cidades que melhoraram a vida de sua população ou aperfeiçoaram a infraestrutura e o seu comercio local, abordando temas referentes a administração pública e a participação comunitária. E os objetivos específicos tais como, conceituar termos referentes a Política Urbana e Cidades Inteligentes, exemplificar situações onde foram aplicadas melhorias em algumas das Cidades Inteligentes espalhadas pelo mundo, analisar quais mudanças essa nova proposta de Política Urbana trouxe para a população desses locais, identificar melhorias que essas mudanças trouxeram ao comercio local e ao turismo e tentar mostrar algumas cidades brasileiras que aplicam esse conceito de cidades inteligentes.
A partir da nova economia e das crises político-econômicas e da necessidade por novas tecnologias, houve um aumento da procura por resoluções da gestão da sustentabilidade das comunidades em suas múltiplas dimensões, implementando novas formas de pensar sobre a cidade, acrescentando inteligência na valorização do conhecimento e na utilização de tecnologias de informação e comunicação (TIC), vistas como pilares e estratégias fulcrais de desenvolvimento (FERNANDES & FERNANDES, 2006).
Debater sobre o planejamento urbano, tornou-se a partir de então um tema de muita relevância, principalmente pelo crescimento populacional nos centros urbanos nas últimas décadas. A evolução dos debates e importância surge para mostrar que as cidades são espaços e locais privilegiados para a troca de conhecimento científico e fluxos globais de comunicação, às redes de transações econômicas para a geração da capital e criação de valor, por meio de interdependências institucionais técnico-científicas públicas, privadas, arquiteturas empresariais torna favorável a promoção de soluções criativas, inovadoras e inclusivas. Nessa dinâmica, novas expressões tais como cidades globais ou ainda “cidades inovadoras, científicas e criativas”, surgem como reflexões sobre essa nova ordem mundial, buscando direções e soluções para o enfrentamento dos problemas que envolvem a manutenção da qualidade de vida das populações urbanas (CASTELLS; HALL, 1994; CASTELLS, 1996; SCOTT, 1998; BENKO; LIPIETZ, 2000; COOKE, 2008; COOKE; PORTER; 2009).
O termo cidade inteligente surgiu para caracterizar áreas (comunidades, bairros, distritos, cidades, regiões) que tem a competência de albergar em si o ensino, o desenvolvimento tecnológico e os procedimentos de inovação, além de ser um ambiente que engloba um espaço digital atrelado ao processamento de informação, a transferência de conhecimento e a instrumentos vinculados a tecnologia (KOMNINOS, 2002). De acordo com os autores Giffinger e Gudrun (2010) as cidades inteligentes são aquelas que bem realizam a visão de futuro em várias vertentes: economia, pessoas, governança, mobilidade, meio ambiente e qualidade de vida, e são construídas sobre uma relevante combinação de atitudes decisivas, independentes e conscientes dos atores que nelas atuam.
Logo, as novas formas de geração de energia, preservação de recursos naturais, transportes eficientes, educação e saúde, segurança e alimentação são os grandes desafios a serem vencidos no futuro. No cenário brasileiro, esses elementos aparecem ainda de forma mais intensas dadas às condições atuais da infraestrutura tecnológica da maioria das cidades (WEISS; BERNARDES; CONSONI, 2014). De acordo com o artigo 182 da Constituição Federal de 1988, A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei têm por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. O Estatuto da Cidade estabelece entre as diretrizes gerais na Política Urbana a “[...] garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações [...]” (BRASIL, 2001a, art. 2º, I).
O trabalho apresenta nos próximos tópicos uma série de definições e conceitos do atual planejamento urbano nas cidades inteligentes e as que têm pretensão de ser, além de dar exemplos de cidades inteligentes espalhadas pelo mundo e mostrar iniciativas no Brasil. Nas considerações finais o autor resume o trabalho apresentando suas expectativas em relação ao futuro e os desafios de novas pesquisas sobre o tema e ao desenvolvimento de novas propostas das comunidades aos gestores públicos.
2 A POLÍTICA URBANA ATUALMENTE
No início da década de 1990, a maioria das pessoas que diziam que estavam interessadas em "política urbana", falando sobre um conjunto bastante reduzido de problemas - as dificuldades fiscais das grandes cidades, a pobreza concentrada, os bairros devastados pelo crime, a habitação pública em dificuldades. Esse pensamento os levou a um conjunto igualmente estreito de respostas de políticas públicas -	Subvenções de bloco de desenvolvimento comunitário, desenvolvimento de habitação subsidiada, policiamento comunitário. Hoje, a política urbana abrange muito mais território - tanto geograficamente quanto topicamente.
A política urbana não é mais sobre as cidades centrais. As jurisdições urbanas e suburbanas que compõem as áreas metropolitanas estão tão interligadas que não faz sentido concentrar a atenção exclusivamente nas principais cidades. Nos Estados Unidos, na região de Washington, por exemplo, partes dos subúrbios de Montgomery e dos concelhos de Fairfax são tão densamente desenvolvidas e diversas como os bairros de seu Distrito Federal. Há muitos outros empregos fora do Distrito de Columbia do que dentro, e as pessoas circulam de uma cidade para outro e de volta para o trabalho, comércio, cultura e recreação. Ao longo das últimas duas décadas, Washington passou de uma comunidade em declínio que estava perdendo sua população, empregos e base de impostos para o coração vibrante de uma região próspera. E a pobreza e o desinvestimento da vizinhança que uma vez pareciam sinônimos com o interior da cidade agora flagelam alguns subúrbios também.
O alcance das políticas urbanas é amplo. Ainda precisa-se das políticas de tijolos e argamassa que criam ou reabilitam habitação a preços acessíveis e instalações comunitárias, bem como programas que visam serviços para bairros problemáticos. Mas sem escolas boas, ruas seguras, empregos decentes, cuidados de saúde acessíveis, alimentos nutritivos, crédito justo e uma rede de segurança confiável, as comunidades metropolitanas não podem oferecer as oportunidades que seus moradores precisam prosperar. Portanto, a definição de política urbana precisa se estender.
3 CIDADES INTELIGENTES
Ainda não existe uma definição universalmente aceitapara o que é uma cidade inteligente. O termo pode significar coisas diferentes para diferentes pessoas. A conceitualização da “Smart City”, portanto, varia de cidade para cidade e de país a país, dependendo do nível de desenvolvimento, da vontade de mudar e reformar, dos recursos e aspirações dos residentes da cidade. Uma cidade inteligente tem uma conotação diferente em locais distintos como na índia na e Europa. Mesmo na Índia, não existe uma única maneira de definir o termo de Cidade Inteligente.
Alguns limites de definição são necessários para orientar cidades com o objetivo de se tornar uma cidade inteligente. Na imaginação da maioria da população, por exemplo, a imagem de uma cidade inteligente contém uma lista de desejos de infraestrutura e serviços que descrevem seu nível de aspiração. Para providenciar os desejos e necessidades dos cidadãos, os planejadores urbanos visam desenvolver o ideial de todo o ecossistema urbano, representado pelos quatro pilares da abrangência de desenvolvimento: institucional, física, social e econômica. Isso pode ser um objetivo em longo prazo e as cidades podem contribuir para o desenvolvimento de infraestrutura de forma incremental, adicionando camadas de "inteligência".
O objetivo principal de uma cidade inteligente deve ser de fornecer uma infraestrutura dinâmica e dar uma qualidade de vida decente aos seus cidadãos, um ambiente sustentável e aplicação de soluções inteligentes. O foco está em desenvolvimento sustentável e inclusivo e a idéia é olhar para áreas compactas, criar um modelo replicável que atuará como uma inspiração para outras cidades desejam melhorar a vida de seus habitantes. Assim, o planejamento visa definir exemplos que podem ser replicados dentro e fora da cidade, catalisando a criação de cidades inteligentes semelhantes em várias regiões e partes do país.
Os elementos essenciais da infraestrutura em uma cidade inteligente incluem: 
Abastecimento de água adequado; 
Fornecimento de eletricidade assegurado;
Saneamento, incluindo gestão de resíduos sólidos; 
Mobilidade urbana eficiente e transporte público; 
Habitação a preços acessíveis, especialmente para os de baixa renda;
Conectividade e Inclusão digital avançadas;
Boa governança, especialmente e-governança e participação cidadã; 
Ambiente sustentável; 
Segurança dos cidadãos, em particular mulheres, crianças e idosos; 
Saúde e educação. 
Consequentemente, o objetivo das chamadas cidades inteligentes é impulsionar o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida das pessoas, permitindo o desenvolvimento da área local e aproveitando a tecnologia, principamente tecnologia que leva a resultados eficientes. Esse desenvolvimento transformará as áreas existentes (reformulação e reconstrução), incluindo favelas, em lugarescom melhores taxas de desenvolvimento humano, melhorando assim a capacidade de vida de toda a população. Esses aprimoramentos também são desenvolvidos em torno das cidades, a fim de acomodar a expansão da população em áreas urbanas. A aplicação de soluções inteligentes permitirá que cidades usem tecnologias, informações e dados para melhorar infraestrutura e serviços. Um desenvolvimento abrangente dessa maneira melhorara a qualidade de vida, cria empregos e aumenta o rendimento da população, especialmente as famílias de baixa renda e os desfavorecidos, fazendo com que a cidade seja inclusiva.
4 PARTICITPAÇÃO COMUNITÁRIA E SOCIAL
As concepções amplamente mantidas de planejamento mudaram ao longo do último século de modelos normativos e racionais que posicionam os planejadores como especialistas técnicos, em direção a um pluralismo teórico caracterizado pela natureza política do planejamento, interesses conflitantes das partes interessadas e decisões como resultados negociados facilitados pelos planejadores. Nestes modelos mais contemporâneos, a maioria dos quais foram primeiro conceitualizados nas décadas de 1960 e 1970, veem a participação cidadã como parte fundamental do processo de planejamento. O planejamento participativo aumenta a eficácia e adaptabilidade do processo de planejamento e que a participação do cidadão fortalece a nossa compreensão do papel das comunidades no sistema urbano.
Com o surgimento das cidades inteligentes aumentaram rapidamente os discursos da participação comunitária, bem como em seus números reais nos últimos anos. No entanto, o conceito de cidade inteligente varia muito e suas práticas levantam vários números. Enquanto muitos expressam otimismo, outros expressam preocupações sobre suas múltiplas armadilhas. Muitos desses discursos baseiam-se em conceitos simplificados e não em iniciativas reais de cidades inteligentes, ou em generalizações de projetos de alguns projetos salientes, como Songdo na Coréia do Sul ou Masdar nos Emirados Árabes. Além dessas poucas novidades, havia cerca de 150 projetos de cidades inteligentes em 2014, principalmente localizados na Europa, Ásia e América do Norte, que merecem uma análise cuidadosa. Vale ressaltar que a literatura acadêmica estabelece uma distinção clara entre os conceitos de cidade inteligente e "Comunidades inteligentes" (METI). Assim, os autores distinguem a comunidade Inteligente com letras maiúsculas referentes aos projetos do METI, do conceito acadêmico da comunidade inteligente.
As Comunidades Inteligentes baseiam-se principalmente em tecnologias de rede inteligentes, que visam otimizar o gerenciamento de energia, integrando energia renovável segura e alcançando o pico de mudança através de preços dinâmicos ou resposta da demanda. No entanto, elas aspiram ir mais longe de uma mera rede inteligente, uma vez que, embora se concentrem em questões de energia, um dos seus objetivos é tornar inteligente não só a organização, mas também os comportamentos da indústria, do comércio, dos negócios e dos chefes de família, incluindo problemas de mobilidade. Neste sentido, o apelo de projetos do METI indica duas características inovadoras das Comunidades Inteligentes, a participação de todas as partes interessadas entre as quais os cidadãos e a mudança de comportamento através da inovação do estilo de vida. Vale ressaltar que este foco em questões de energia não é específico para Comunidades inteligentes: o próprio conceito de cidade inteligente é imbuído dessa prioridade.
As últimas décadas foram marcadas por uma tendência internacional para o aumento do envolvimento dos cidadãos na formulação de políticas e crescente interesse em questões de participação pública de pesquisadores. A participação foi implementada nos governos locais e nacionais e em uma grande variedade de áreas. Os mecanismos participativos permitem que os cidadãos participem do projeto, na implementação, monitoramento e avaliação de políticas públicas. Desde o estudo histórico realizado por Arnstein em 1969, muitos estudiosos criticaram essa questão e elaboraram classificações de participação pública com base em sua finalidade e acordo. Por exemplo, a tipologia representativa proposta pela OCDE estabelece uma distinção entre informação, consulta e participação, na qual a relação entre o governo e os cidadãos é, respectivamente, de um jeito do primeiro para o último, de duas vias com o último simplesmente convidado a participar e dar sua opinião. Considera-se geralmente que a participação pode gerar numerosos benefícios, como ganhos democráticos e de legitimidade, melhoria da qualidade das políticas públicas e dos serviços, inclusão social, justiça social e contribuição para os processos de educação e socialização.
5 PLANEJAMENTO E PLANEJADORES URBANOS
O planejamento urbano é um processo técnico e político preocupado com o desenvolvimento e uso da terra, permissão de planejamento, proteção e uso do meio ambiente, bem-estar público e design do ambiente urbano, incluindo o ar, a água e a infraestrutura passando para dentro e para fora de áreas urbanas, como redes de transporte, comunicações e distribuição. O planejamento urbano também é referido como planejamento urbano e regional, planejamento regional, urbanismo,planejamento urbano, planejamento rural ou alguma combinação em várias áreas em todo o mundo. Toma muitas formas e pode compartilhar perspectivas e práticas com design urbano.
O planejamento urbano orienta o desenvolvimento ordenado nas áreas urbanas, suburbanas e rurais. Embora predominantemente preocupado com o planejamento de assentamentos e comunidades, o planejamento urbano também é responsável pelo planejamento e desenvolvimento de uso e recursos de água, terras rurais e agrícolas, parques e áreas de conservação de importância ambiental natural. Os profissionais do planejamento urbano estão preocupados com pesquisas e análises, pensamento estratégico, arquitetura, design urbano, consulta pública, recomendações políticas, implementação e gerenciamento. 
Os planejadores urbanos trabalham com os mais conhecidos campos da arquitetura, arquitetura paisagista, engenharia civil e administração pública para alcançar objetivos estratégicos, políticos e de sustentabilidade. Os primeiros urbanistas eram freqüentemente membros desses campos conhecidos. Hoje, o planejamento urbano é uma disciplina profissional separada e independente. A disciplina é a categoria mais ampla que incluem diferentes subcampos, tais como planejamento de uso da terra, zoneamento, desenvolvimento econômico, planejamento ambiental e planejamento de transporte. 
O planejador urbano é o profissional que trabalha no campo do planejamento urbano com o objetivo de otimizar a eficácia do uso e infraestrutura da terra de uma comunidade. Eles formulam planos para o desenvolvimento e gerenciamento de áreas urbanas e suburbanas, geralmente analisando a compatibilidade do uso da terra, bem como as tendências econômicas, ambiental e social. Ao desenvolver o plano para uma comunidade (comercial, residencial, agrícola, natural ou recreativa), os planejadores urbanos também devem considerar uma grande variedade de questões como sustentabilidade, poluição do ar, congestionamento de trânsito, crime, valores de terras, legislação e códigos de zoneamento. 
A importância do planejador urbano está aumentando ao longo do século XXI, já que a sociedade moderna começa a enfrentar problemas de aumento do crescimento populacional, mudanças climáticas e desenvolvimento insustentável. Um planejador urbano poderia ser considerado um profissional de que trabalha nos setores ambientais da economia. 
Alguns pesquisadores sugerem que os planejadores urbanos em todo o mundo trabalham em diferentes "culturas de planejamento", adaptadas às suas cidades e culturas locais. No entanto, existem vários conhecimentos básicos, habilidades e habilidades que são universalizáveis ​​para a profissão de planejamento urbano, mesmo entre os planejadores em diferentes países e regiões.
6 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA VISÃO DOS GESTORES
Com mais de metade da população mundial já morando em áreas urbanas, e essa porcentagem deverá aumentar para 75% até 2050, é claro que o caminho para o desenvolvimento sustentável deve passar pelas cidades. Mas exatamente como as cidades devem se organizar para promover o crescimento verde para todos e melhorar a vida cotidiana dos moradores permanece aberta ao debate.
Ao longo dos últimos anos, alguns projetos se concentraram na modernização baseada em energias renováveis. Seu objetivo era alcançar edifícios e distritos de quase zero energia-consumo. Agora, tenta-se escalar tal intervenção para toda a cidade. Isso pode ser feito através da integração de técnicas de adaptação de energia com medidas de mobilidade eficientes, utilizando tecnologias de informação e comunicação (TIC). A ideia é integrar infraestruturas para impulsionar a mudança para cidades mais sustentáveis ​​e inteligentes.
O quadragésimo sétimo congresso do Banco Mundial centrou-se em como os gestores públicos podem abraçar a ideia de cidades inteligentes como forma de conciliar o crescimento e sustentabilidade. O gerente do setor urbano do Banco Mundial, Abha Joshi-Ghani, disse que é necessário um crescimento inclusivo e sustentável para alcançar a redução da pobreza. "As cidades são escadas rolantes de crescimento, mas as cidades inteligentes são mais do que isso", informou Joshi-Ghani. "As cidades inteligentes tornam a urbanização mais inclusiva, reunindo setores formais e informais, conectando núcleos urbanos com periferias, prestando serviços aos ricos e aos pobres e integrando os migrantes e os pobres à cidade. Promover cidades inteligentes é repensar cidades como inclusivas, integradas e habitáveis​​".
Muitas das necessidades dos países em desenvolvimento se centram no fornecimento e manutenção de infraestrutura moderna (estradas, usinas, usinas de tratamento de água, sistemas de esgoto, sistemas de trânsito). Uma vez que este ambiente construído dura muito tempo, obter a infraestrutura correta no lugar dá forma a uma cidade por décadas. Planejar uma cidade com a infraestrutura correta, e não apenas reproduzir práticas passadas que muitas vezes foram aleatorias, significa confiar mais em evidências e análises sobre como as cidades sustentáveis ​​podem e devem crescer.
A maioria dos representantes do setor privado, bancos de desenvolvimento multilaterais, governos, autoridades de habitação, academia e organizações da sociedade civil estão convencidos da necessidade de cidades inteligentes tornarem-se a norma no planejamento urbano, mesmo que todos tenham uma visão ligeiramente diferente do que constitui uma cidade inteligente.
A promessa de cidades inteligentes é a sua capacidade de coletar, analisar e canalizar dados para tomar melhores decisões no nível municipal através do uso maior da tecnologia.
7 PLATAFORMAS DE CIDADES INTELIGENTES
A plataforma de gestão “Machine-to-Machine” (M2M) é onde os aparelhos tecnológicos usam recursos da rede para se comunicar com a infraestrutura de aplicativos remotos para fins de monitoramento e controle, quer da própria máquina, ou do ambiente envolvente. A interconexão potencial de objetos inteligentes e a maneira como o homem interage com o meio ambiente é o que a “Internet das coisas” (IoT) é imaginada, onde o mundo físico se fundirá com o mundo digital.
Desde o início, o debate sobre a cidade inteligente acenou entre uma vertical abordagem e uma abordagem holística das cidades. A abordagem vertical analisa o projeto de cidade inteligente com foco na resolução de problemas específicos da cidade, como o tráfego e poluição. Vários projetos sobre estacionamento inteligente e monitoramento da poluição podem seja visto dessa maneira. Aqueles que refletem uma abordagem M2M para a cidade, resolvendo um problema específico relacionado a um conjunto específico de dados.
Uma plataforma de cidade inteligente pode ser definida como uma estrutura para detectar, para comunicação, para integração, e para a tomada de decisão inteligente. A Internet das coisas será fundamental para esta estrutura, sendo feita de uma multiplicidade de aplicações diversas de uso.
Uma cidade inteligente visa fornecer uma plataforma unificada para operações e serviços da cidade. A tecnologia M2M está bem estabelecida em várias indústrias, particularmente nas áreas de transportes e automação industrial. Em contraste com projetos industriais M2M e IoT, as cidades têm uma gama muito mais ampla de requisitos e tipos de aplicativos. Isso levanta desafios em termos de recursos e habilidades.
Ainda não existe uma cidade totalmente inteligente. Contudo o objetivo final de uma cidade inteligente é uma entidade que sentirá todos os estímulos ambientais, com a capacidade de conectar tudo isso e responder como um organismo vivo. A resposta assumirá o formulário de entregar as informações minuciosas e serviços que os cidadãos precisam, com base na informação recebida. Ao fornecer informações on-line em real tempo, as cidades podem aperfeiçoar o uso de recursos para várias operações, gestão de tráfego, estacionamento e iluminação, tudo com o objetivo de melhorar a eficiência e reduzindo os custos.
As aplicações baseadas em M2M evoluíram a partir de sistemas queconectam ativos remotos para fins de monitoramento, para uma gama cada vez maior de aplicações. Esses aplicativos, no entanto, não estão conectados entre si. O conceito de uma infraestrutura da cidade inteligente reunirá uma variedade de aplicações diversas sob o mesmo espaço inteligente.
Os espaços inteligentes são ordens de magnitude mais complexa do que uma implementação M2M; eles são tendendenciosos a ambientes. Eles devem ter uma força industrial, escalável, não só capaz de acomodar e processar mais dados do mesmo tipo, mas também de uma variedade de fontes e tipos diferentes.
8 EXEMPLOS DE CIDADES INTELIGENTES
De acordo com Frost & Sullivan, o mercado global de Smart Cities deverá atingir US $ 1,56 trilhões até 2020. Com a rápida urbanização e o envelhecimento das populações, as cidades enfrentam cada vez mais pressão sobre os recursos de infraestrutura, transporte, energia e saúde. Para enfrentar esses desafios urbanos, os governos estão abraçando o conceito de cidade inteligente e buscando aplicar novas tecnologias para melhorar a sustentabilidade, a capacidade de vida e a qualidade de vida dos cidadãos. O bacharel em Engenharia Eletríca e editor da revista Egovinnovation, Tan Wee Kwang, examinou algumas das principais cidades inteligentes de todo o mundo e suas iniciativas.
Barcelona foi nomeada a Capital Europeia da Inovação em 2014 pela União Europeia e hospeda o Congresso Mundial anual Smart City Expo. Possui mais de 100 projetos ativos de cidades inteligentes que vão desde semáforos inteligentes, serviços de telecare e carros elétricos até o onipresente Wi-Fi público. A plataforma urbana inteligente de Barcelona, ​​conhecida como Plataforma Urbana, reúne dados da rede de sensores de código aberto, dos sistemas de informação da cidade, bem como das redes sociais e da web 2.0, permitindo que ele resolva os desafios urbanos. A cidade é líder global em seu uso extensivo da IoT. As lâmpadas de Smart LED são ativadas somente quando o movimento é detectado, produzindo 30% de economia de energia e são equipados com sensores para coletar dados do meio ambiente. Mais de 70 mil idosos e deficientes estão conectados ao serviço Telecare da cidade que controla proativamente os residentes. Os sensores monitoram a chuva e a umidade para determinar a quantidade de água necessária para irrigar os parques. As caixas inteligentes municipais monitoram os níveis de resíduos e são limpas apenas quando estão cheias, otimizando as operações de coleta de lixo. As paradas de ônibus digitais fornecem horas de chegada de ônibus, acesso Wi-Fi gratuito e portas de carregamento USB, enquanto um sistema de estacionamento inteligente orienta os veículos para os espaços de estacionamento disponíveis, reduzindo o congestionamento e as emissões.
Considerada a capital mais verde do mundo, Copenhague é um centro de inovação de tecnologia limpa e comprometeu-se a ser neutro em carbono até 2025. Desde 1995, Copenhague reduziu as emissões de carbono em 50%. Um bilhão de DKK (Coroa dinamarquesa) foram investidas em pistas de bicicleta e rodovias superciclo e 45% dos moradores andam ao trabalho ou a escola todos os dias. Um sistema inteligente de gerenciamento de tráfego aperfeiçoa o fluxo de tráfego e remedia os congestionamentos rodoviários, enquanto um sistema dinâmico de preços rodoviários baseados em RFID é usado para empurrar os cidadãos para o transporte verde. Copenhague envia menos de 2% de seus resíduos para aterros sanitários. Metade dos resíduos são reciclados e a maior parte do lixo é usada para gerar calor para a rede de aquecimento urbano da cidade. Seu sistema de aquecimento urbano altamente eficiente conecta 98% de todas as famílias, enquanto nos meses de verão, um sistema de refrigeração distrital depende da captação de água do mar fria para economizar 70% de energia em comparação com o ar condicionado tradicional.
A cidade-estado de Cingapura pretende ser a primeira nação inteligente do mundo, alavancando uma das maiores taxas de penetração de banda larga móvel e de banda larga no mundo. Sua peça central é uma Plataforma Smart Nation que reúne dados de uma rede nacional de sensores. As caixas Above Ground (AG) pré-fabricadas estão sendo implantadas para fornecer energia e conectividade aos sensores, reduzindo a necessidade de trabalhos de base desnecessária. Os dados coletados serão alimentados em uma plataforma de dados aberta, bem como um modelo 3D dinâmico de "Cingapura Virtual" que permitirá que os planejadores da cidade avaliem os conceitos de analise o tráfego e os fluxos de pedestres e execute simulações como evacuações de multidão durante uma emergência. 98% dos serviços governamentais estão acessíveis on-line, e uma equipe interna de serviços do governo digital lançou vários aplicativos móveis centrados no cidadão para serviços de transporte, saúde e municípios. Enquanto Cingapura adota uma abordagem em grande parte de cima para baixo para o desenvolvimento do Smart Nation, poucos países podem combinar sua camada singular de vontade do governo de transformar tecnologicamente o país.
A capital da Finlândia pilotou seus projetos de cidades inteligentes através do seu distrito Smart Kalasatama, uma plataforma de inovação da cidade onde novas soluções podem ser desenvolvidas e testadas em um ambiente urbano vivo. O desenvolvimento ágil e a cocriação são conceitos fundamentais em Kalasatama - os residentes são testadores e iniciadores de serviços inteligentes e novas tecnologias. A visão de Kalasatama é tornar-se tão eficiente que os moradores ganharão uma hora extra todos os dias. Alguns projetos incluem um sistema automatizado de coleta de lixo que reduz o tráfego de caminhões de lixo em 80-90%, redes inteligentes e monitoramento de energia em tempo real para reduzir o consumo de energia em 15% e praças de estacionamento com carga de carro elétrico. Os passageiros podem se inscrever em pacotes com um aplicativo que planeja rotas de viagem ideais usando todos os modos de transporte disponíveis. Helsinki também é muito forte no campo da inovação aberta de dados - mais de 1200 conjuntos de dados foram publicados na plataforma da região de Helsinque e inúmeras competições de hackathons, eventos que reúnem programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software em maratonas de trabalho com o objetivo de criar soluções específicas para um ou vários desafios, e aplicativos abertos são realizadas anualmente. As escolas de Helsínquia são conhecidas por seus sistemas educacionais voltados para o futuro, afastando-se da pedagogia tradicional para uma abordagem de aprendizagem baseada em descoberta.
De acordo com o site, Dicas de Arquitetura, da arquiteta Fernanda Dias Goe, a primeira cidade inteligente do Brasil ficará no município cearense de São Gonçalo do Amarante no distrito de Croatá, a Cidade Inteligente Laguna, que deve ficar pronta até o final de 2017 e terá espaço para cerca de 25 mil habitantes. Será uma cidade planejada e sustentável, com lotes à venda a partir de 24.300 reais, pagos em até 120 vezes. A Cidade Inteligente Laguna possuirá, no total, 3.300.000 m² de área, com espaço para lotes residenciais, comerciais e industriais, além de um cinturão verde que abrange todo o empreendimento e um lago paisagisticamente projetado. É uma iniciativa conjunta de duas organizações italianas, a Planeta Idea e a SocialFare – Centro para Inovação Social com uma organização israelense, a StarTau – Centro de Empreendedorismo da Unversidade Tel Aviv. O que as três têm em comum é o objetivo de gerar impactos sociais e tecnológicos. A escolha de Croatá visa beneficiar o alto potencial de valorização e desenvolvimento econômico da região, considerada estratégica por estar próxima a uma importante via comercial e industrial do Ceará, a BR-222, e de pólos econômicos da região, como o Porto do Pecém, e a Companhia Siderúrgica do Pecém, que fazem com que ela se torne um atrativo para investidores. Além disso, está instalado no local o Cinturão Digital, que é a base da plataformatecnológica das organizações envolvidas, usado para proporcionar acesso à internet com maior facilidade e qualidade.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dados apresentados no artigo mostram a necessidade dos gestores públicos tornarem as cidades mais inteligentes, trazendo benefícios à população como a otimização da infraestrutura, o uso mais sustentável dos recursos e melhora na qualidade de vida da população. O artigo também mostrou as diversas iniciativas de cidades inteligentes ao redor do mundo, como as cidades de Barcelona, Copenhague a cidade-estado de Cingapura, porém até o momento nenhuma cidade possui uma infraestrutura completa de “hardware” e “software”.
Portanto, existe uma grande quantidade de desafios que ainda devem ser superados, como a privacidade dos dados dos usuários, capacidade de manipulação na comunicação, armazenamento e processamento de dados, e ainda os altos custos que acabam por coibir a evolução de um sistema inteligente em muitos casos. A resolução desses problemas visa melhorar e ampliar a arquitetura e engenharia de software para essas cidades com o aprimoramento de protocolos, algoritmos e ferramentas.
É preciso que a comunidade científica, trabalhando em conjunto com os novos investidores, gestores públicos e a comunidade, desenvolva pesquisas e soluções criativas e efetivas para os desafios especificados acima de forma a atingir o objetivo fundamental das cidades inteligentes, que é contribuir para a melhoria da qualidade de vida de todos os habitantes das cidades e regiões.

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